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aula- individualização da pessoa natural

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DIREITO CIVIL 
AULA DO DIA 28/09
Individualização da Pessoa Natural-
1. Nome da pessoa natural: é a designação pela qual a pessoa identifica-se no seio da família e da sociedade.
1.2. Natureza jurídica (teorias aplicáveis)
	1.2.1. Direito de propriedade: nós seriamos proprietários do nossos nomes, assim como somos proprietários dos nossos bens materiais.
-não é muito aceita no Brasil, pois essa teoria não abrange a disponibilidade, ou seja, o nome é indisponível, diferentemente das outras propriedades.
	1.2.2. Direito sui generis: o nome seria uma mera decorrência da necessidade de identificação das pessoas.
-também não é aceita no Brasil, pois mesmo que o nome tenha esse objetivo, ele não se limita a isso.
1.2.3. Direito da personalidade: os direitos da personalidade são aqueles que recaem sobre os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa; ex: direito à vida).
1.3. Elementos do nome:
	1.3.1. Prenome: é a partícula inicial do nome, podendo ser simples (Maria) ou composta (Maria Clara). É atribuído pelos pais aos filhos, que devem observar 3 limites: o prenome não pode expor ao ridículo (se isso ocorrer, o registro civil pode recusar o registro do nome); irmãos não podem ter exatamente o mesmo prenomes; os prenomes devem ser gravados concordando com a ortografia oficial (exceto os estrangeiros).
1.3.2. Patronímico ou sobrenome: é a parte do nome que indica a ancestralidade do indivíduo. Desde de que indiquem a ancestralidade, os pais têm liberdade para escolhe-lo. Não existem regras para o posicionamento do prenome (pode ser o do pai e depois o da mãe, ou vice-versa).
1.4. Imutabilidade do prenome: é relativa, pois comporta exceções.
1.4.1. Exceções: algumas estão na lei, outras são admitidas pela jurisprudência.
	1.4.1.1. Evidente erro gráfico: nesse caso, a alteração é feita apenas para a correção do erro.
	1.4.1.2. Exposição ao ridículo do seu portador: ao ser feita a mudança, a pessoa irá escolher o novo nome.
*o ridículo pode não ser considerado assim agora, mas pode passar a ser.
	1.4.1.3. Substituição ou adição por cognomes públicos e notórios
	1.4.1.4. Coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime: caso a pessoa seja testemunha ou colabore com a apuração do crime ela pode muda-lo, mas, ao cessar essa ameaça, ela pode retornar ao seu nome original.
	1.4.1.5.
	1.4.1.6. Em caso de adoção
	1.4.1.7. Pelo interessado no primeiro ano após atingir a maioridade, desde que não prejudique os apelidos de família.
	1.4.1.8. Em caso de homonímia (nomes iguais) que cause confusões e prejuízos à pessoa.
	1.4.1.9. Transexualidade: pode ser feita independentemente da realização da cirurgia de gênero.
1.5. Imutabilidade do sobrenome:
1.5.1. Exceções:
	1.5.1.1. Adição de sobrenomes de ascendentes (sobrenome materno, dos avós, etc.).
	1.5.1.2. Casamento: na lei isso só serve para adicionar e não para substituir, mas na pratica ocorre essa substituição, Geralmente a mulher adiciona o sobrenome do marido ao seu. A partir de 1967 isso passou a ser facultativo, antes disso era obrigatório.
	1.5.1.3. Adoção: nesse caso a mutação do sobrenome é obrigatória.
	1.5.1.4. Reconhecimento de filho: é facultativo o acréscimo do sobrenome.
	1.5.1.5. Separação judicial (divórcio): pode ocorrer a retirada do sobrenome que se adotou por ocasião do casamento.
1.6. Distinções necessárias:
	1.6.1. Cognome: é a forma como alguém é popularmente conhecido (Rafael -> Rafa). Pode ser hipocorístico (formado pelo próprio nome da pessoa; Rafão, Rafinha, Rafa...). *alguns são utilizados de forma pejorativa (vulgo, epiteto...). 
	1.6.2. Agnome: é a partícula do nome utilizada para distinguir pessoas da mesma família que possuem os mesmos nomes (ex: Jr, Neto, Filho...). *não é obrigatório e só pode ser utilizado se os nomes forem exatamente iguais.
	1.6.3. Apelido: pode ser utilizado no mesmo sentido de cognome ou no mesmo sentido de sobrenome/patronímico.
	1.6.4. Pseudônimo: é o nome utilizado por alguém para o exercício de determinada atividade. Frequentemente utilizados por artistas (Zezé Di Camargo, na verdade é Mirosmar). *pode ser igual ao cognome ou não.
1.7. Tutela jurídica do nome: todas as pessoas têm direito a um nome (prenome + sobrenome) e a defende-lo; isso é um direito individual garantido.
2. Estado da pessoa natural: o Estado, em direito privado, é noção técnica destinada a caracterizar a posição jurídica da pessoa no meio social. Constitui uma série de características juridicamente relevantes que permitem a identificação do indivíduo.
*herdamos essa identificação dos romanos.
2.2. Espécies:
	2.2.1. Estado político: a pessoa pode brasileira ou estrangeira, e, sendo brasileiro, pode ser nato ou naturalizado. A disciplina do Estado político é feita pelo Direito Constitucional.
	2.2.2. Estado familiar:
		2.2.2.1. Sob o prisma matrimonial: quer saber sobre o estado civil da pessoa, que pode ser solteira, viúva, divorciada, casada ou judicialmente separada (era uma espécie de fase probatória do divórcio; hoje é um instituto raro atualmente, geralmente utilizada pelas pessoas cuja religiões não permitem o divórcio). 
		2.2.2.2. Sob o prisma do parentesco:
-consanguíneos: procedem de um tronco/ancestral comum; em linha reta (entre ascendente e descendente) ou em linha transversal/colateral (entre pessoas que não estão entre si na relação de ascendente ou ascendente, como irmãos). 
-afins: é o vínculo que há entre alguém o os consanguíneos do seu cônjuge; em linha reta (se forem consanguíneos em linha reta) ou em linha colateral (se foram consanguíneos em linha colateral). *afinidade em linha reta não acaba com o fim do casamento. *o único afim em linha colateral é o cunhado.
	2.2.3. Estado individual: é residual e reúne aspectos como a idade (maioridade ou menoridade), o sexo (masculino ou feminino) e a saúde (saúde mental).
2.3. Características: 
	2.3.1. Indisponibilidade: não pode ser transmitido nem renunciado. 
	2.3.2. Indivisibilidade: ninguém pode ostentar simultaneamente estados contraditórios (ex: solteiro e casado ao mesmo tempo) *com exceção da dupla nacionalidade.
	2.3.3. Imprescritibilidade: não se perde o estado em razão do passar do tempo (não se deixa de ser filho/pai/irmão com o passar do tempo).
2.4. Ações de estado: se refere as ações judiciais que objetivam criar, modificar ou extinguir o estado da pessoa natural. São imprescritíveis e só pode ser intentada pelo legitimo interessado (pela pessoa que detém o estado) e exigem o acompanhamento do Ministério Público. Ex: teste de paternidade, divórcio.

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