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MATRIZ GE A Matriz GE foi criada na década de 1970 pela consultoria McKinsey para um de seus mais importantes clientes, a General Electric (GE). Foi por isso que recebeu essa nomenclatura. Como é sabido, a multinacional atua em diversas frentes de atuação com várias unidades. Portanto, era preciso desenvolver novos parâmetros de análise. Assim, a prestadora de serviços elaborou a matriz para organizar as estratégias do negócio. Mas, em vez de criar algo do zero, tomou como base outro modelo famoso, a Matriz BCG, criada pela Boston Consulting Group alguns anos antes. Assim, aperfeiçoou o formato original e deu origem à Matriz GE. Sua principal funcionalidade é avaliar a prioridade dos investimentos. Em outras palavras, onde deveriam ser aplicados ou realocados, visando aumentar os ganhos da indústria. Na ocasião, foram adicionados cinco quadrantes. Dessa forma, totalizando nove quadrantes, são considerados os eixos “Atratividade da Indústria” e “Força da Unidade de Negócio”. A partir da correta avaliação da Matriz GE, podemos aumentar o ROI de cada uma das unidades ou simplesmente excluí-las do rol de possibilidades Como funciona a estrutura da Matriz GE? Na parte de dentro da matriz, temos cinco quadrantes, nos quais cada unidade deve ser inserida. São eles: · Investimento Prioritário: os itens aqui encaixados são prioridades para a empresa. Eles são os principais responsáveis pelo crescimento do negócio · Investimento Seguro e Crescimento: dá para dizer que é seguro investir nos itens aqui posicionados, mas, ainda assim, realizar melhorias para que obtenham uma pontuação mais alta · Investimento Seletivo/Cauteloso: sinal amarelo aqui. Existem alguns riscos ao investir nesse item. Por isso, essas ameaças devem ser calculadas e conhecidas · Expansão Limitada ou Colheita: para os itens inseridos neste quadrante, devem ser destinado o investimento mínimo para continuar as operações. No entanto, podem ser descontinuados gradualmente · Zona de Perigo (Colher e/ou Desinvestir): não há prognóstico positivo para esses itens. Ou seja, suas expectativas são muito baixas. A recomendação, nesse caso, é a cessão dos investimentos, ou a aplicação mínima. Ao destinar cada um dos elementos em seus respectivos quadros, é possível saber qual atitude deve ser tomada em relação a ela. Por conta disso, fica claro que se trata de uma análise interna, mas alicerçado por elementos externos. Esse protótipo avalia o portfólio da empresa de maneira geral, podendo ser utilizado mesmo em negócios menores. Gostaria de ver um exemplo? Então, vou trazer um para você. Vamos falar sobre Luís Augusto, que é um profissional freelancer que tem uma empresa como microempreendedor individual. Ele oferece os serviços de social media, e-mail marketing, redação de artigos, copywriting, planejamento estratégico, gestão de conteúdo e consultoria. Ao posicionar cada um deles dentro da matriz, percebe que a prestação de tarefas de e-mail marketing está no último quadrante. Assim, decide por encerrar essa atividade e eliminá-la de seu portfólio de serviços. Por outro lado, o copywriting é avaliado como Investimento Prioritário. Isso significa que ele deve direcionar seus recursos à divulgação desses serviços, elevando os ganhos de seu negócio. Muito interessante, né? Agora, você deve estar se perguntando: mas como posicionar corretamente cada elemento em seu respectivo quadrante? Bom, existem alguns fatores que influenciam a correta classificação. Entre eles, estão os seguintes: · Tamanho do mercado · Preço médio do produto · Conhecimento do público · Engajamento · Logística · Penetração. No outro eixo, temos fatores que impactam diretamente na força competitiva, a exemplo de: · Ticket médio · Força da marca · Fidelidade dos clientes · Capacidade de inovação · ROI · Concorrência. Há, ainda, muitos outros fatores influenciadores, que variam de acordo com o público, tamanho ou nicho no qual a empresa está inserida.