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TEORIAS DE ENFERMAGEM
Callista Roy – Teoria da Adaptação
Callista Roy, no seu Modelo de Adaptação, considera o objetivo da enfermagem a promoção da adaptação dos indivíduos e grupos nos quatro modos de adaptação (modo adaptativo: físico-fisiológico, identidade de autoconceito, interdependência e desempenho de papel), contribuindo assim para a saúde, a qualidade de vida e a morte com dignidade.
O modo de adaptação “físico-fisiológico” está associado à forma como a pessoa responde como ser físico aos estímulos do ambiente, sendo o comportamento a manifestação das atividades fisiológicas do organismo. As cinco necessidades básicas de integridade fisiológica são oxigenação, nutrição, eliminação, atividade e repouso e proteção.
Os outros modos de adaptação são modos psicossociais: autoconceito, interdependência e desempenho de papel.
O “autoconceito” envolve especificamente os aspectos psicológicos e espirituais do sistema humano. É composto pelo ser físico, que envolve a imagem corporal, pelo ser pessoal, que engloba a autoconsciência, o auto ideal ou expectativa, e pelo ser ético, moral e espiritual.
O modo de adaptação “desempenho de papel” refere-se aos papéis que cada pessoa desempenha na sociedade no sentido da preservação da integridade social, isto é, saber quem se é em relação aos outros. As pessoas desempenham papéis primários (determinam a maioria dos comportamentos tidos pela pessoa em uma fase da vida e são determinados pela idade, sexo ou estádio de desenvolvimento), secundários (assumidos pela pessoa para cumprir a tarefa associada a um estádio de desenvolvimento ou a um papel primário) ou terciários (são de natureza temporária e livremente escolhidos pelo indivíduo), que podem ser concludidos por comportamentos instrumentais, que são aqueles em que há um desempenho real e físico do comportamento, ou comportamentos expressivos que envolvem as emoções, sentimentos atitudes de uma pessoa perante um papel ou desempenho.
Por último, o modo de adaptação “interdependência” centra-se nas relações próximas entre as pessoas e suas finalidades, estrutura e desenvolvimento, individualmente e em grupos.
Fundamentação Teórica
Teoria- Possui os quatro elementos essenciais pertencentes ao metaparadigma.
Ambiente- Refere-se ao conjunto de três estímulos internos e externos inerentes à pessoa ou ao grupo: focal, contextual e residual, ou seja, todas as condições, circunstâncias e influências situacionais que afetam o desenvolvimento da pessoa. São estímulos importantes, na adaptação humana, o estágio do desenvolvimento da pessoa, a família e a cultura. 
Saúde- O objetivo da enfermagem é o de promover a adaptação e contribuir para a saúde que é um estado e processo do ser humano como um todo integrado, que tem o seu estilo peculiar de vida. Roy define a saúde como um estado e um processo de ser e vir a ser uma pessoa integrada e total. A integridade da pessoa é expressa como a habilidade de alcançar as metas de sobrevivência, crescimento reprodução e proficiência.
Pessoa- E o sistema adaptativo em que se manifestam os principais mecanismos de adaptação categorizados como reguladores, sensoriais ou perceptores e as formas de adaptação identificadas: fisiológicas, de autoconceito, desempenho de papel e interdependência. A pessoa é vista como um receptor do cuidado de Enfermagem, e a está cabe intervir auxiliando no período de adaptação da condição especial da doença e da adaptação.
Meta de enfermagem- Roy a define como a promoção de respostas adaptativas que interferem positivamente na saúde. A meta de Enfermagem é reduzir as adaptações ineficientes e promover comportamentos de saída adaptativos. As atividades de Enfermagem são ações realizadas para manipular os estímulos que invadem a pessoa e assim prepara-las para as mudanças que virão exigir reações adaptativas.
Temos ainda os conceitos:
Adaptação- Faz-se necessária para o equilíbrio da pessoa em termos de saúde, em relação às mudanças do meio interno e externo. As respostas adaptativas constituem uma função dos estímulos oriundas das mudanças do meio e do nível de adaptação da pessoa/grupo. Os comportamentos são classificados como adaptados ou não efetivos, segundo sejam alcançados ou não os objetivos da adaptação, isto é, sobrevivência, crescimento, reprodução e domínio sobre si, sua vida e o ambiente. 
Estímulos focais- É o estímulo interno ou externo que constitui o maior grau de mudança, gerando um forte impacto.
Estímulos Contextuais- São todos os outros estímulos presentes na situação que contribuem para o efeito do estímulo focal.
Estímulos Residuais- São os fatores cujos efeitos na situação atual não são centrais e a pessoa pode não ter consciência da influência destes fatores.
Sistema Cognitivo- Processo de enfretamento que envolve quatro canais cognitivo-emotivos: processamento perceptivo e de informação, apre4ndizado, julgamento e emoção.
Subsistema regulador- Processo adaptativo que responde através dos canais neurais, químicos e endócrinos.
Processo de controle estabilizador- Estruturas e processos que modificam o “sistema”, envolve atividades cotidianas; nesse caso a pessoa atende a finalidade principal do grupo e propósitos comuns da sociedade.
Processo de controle inovador- Subsistema interno que envolve estruturas e processos para o crescimento.
Resultados e discussões 
•	Observação de aspectos que ajudasse na compreensão de como os idosos se adaptavam a instituição – Modelo de Roy 
O Eu físico
1.	Desvalorização da vida; 
2.	Lembranças da juventude;
3.	Improdutivos;
•	Condições físicas alteradas como motivo de distanciamento e escolha de residir em Uma instituição de longa permanência;
•	Baixo nível de satisfação com a imagem corporal;
•	A construção da imagem da velhice ligada não só ao físico mas também ao contexto econômico e social;
•	O cuidado com a pessoa idosa depende de uma ampla rede de assistência, contudo uma escassez dessa assistência leva a pessoa a residir nas ILPI;
•	Ainda que nas ILPI os idosos tenham total liberdade de deslocamento, sentem falta do convívio familiar;
•	Utilização do modelo de adaptação de Roy – atuação do enfermeiro na elaboração das ações de cuidado de acordo com a história de cada um.
Eu pessoal 
Auto coerência: esforço pessoal para evitar o desequilíbrio
•	 Visão da internação em uma ILPI como um processo de isolamento social; 
•	Ideia de que as construções ao longo da vida permanecem apenas no passado; 
•	Muitas vezes a instituição não garante a manutenção dos costumes dos idosos residentes levando a uma ruptura dos referenciais individuais. 
[...] quando eu cheguei aqui, até que eu tentei ser forte. Na verdade, eu sou uma pessoa forte ... Mas quando eu me lembrava das minhas coisinhas, da minha casa, eu chorava [...]
•	Entender essa situação ajuda o enfermeiro a adotar intervenções que minimizem essas alterações;
Auto ideial 
•	20 dos participantes almejavam sair da instituição e voltar a morar com novos parceiros;
•	Esforço em retomar o equilíbrio da vida e o ideal de construção de uma nova vida; 
Ser moral-ético-espiritual
•	Todos os idosos do estudo tinham crenças e hábitos religiosos efetivos;
•	Autoconceito para Roy;
•	Religiosidade como forma de fortalecimento.
Conhecer os estímulos externos que são impostos aos idosos ajuda os enfermeiros a promover uma adaptação a essas mudanças, planejando assim Intervenções que minimizem o risco da não adaptação.
Teoria Ambientalista – Florence Nightingale
A teoria da mãe da Enfermagem, Florence Nightingale. Esta teoria destaca as interferências e condições do ambiente que afetam a vida e o funcionamento do organismo, que podem auxiliar na prevenção da doença ou contribuir para a morte.
Segundo Macedo (2008) Florence, em suas anotações, cita os elementos do ambiente que devem ser ajustados e controlados para a recuperação da saúde do paciente: ar puro, claridade, limpeza, aquecimento, silêncio, fazer as intervenções na hora certa e na oferta da dieta adequada.
Florence quando atuou na guerra da Criméia, contexto em que vivenciou e desenvolveu açõesinovadores ao cuidado da saúde, percebeu que se atentar às condições ambientais no processo de reabilitação dos soldados feridos foi crucial para o aumento considerável de sobreviventes e diminuições de amputações por piora do quadro de saúde. Assim, ela percebeu o que era eficaz e o que prejudicava esse processo de reabilitação. Estes ideais fazem parte hoje do contexto da prática de enfermagem vivenciada pelos profissionais. A execução de cuidados que vai além do próprio paciente, mas que exerce sobre ele potencial de melhora do seu quadro de saúde (MEDEIROS; ENDERS; LIRA, 2015).
Assim, Florence ensinou a criar ambientes favoráveis à recuperação da saúde do paciente e, mais tarde, propôs modificações na forma de construir hospitais e gerenciá-los (MEDEIROS; ENDERS; LIRA, 2015).
Teoria do Autocuidado - Dorothea Orem
A teoria do autocuidado, de Dorothea Orem, refere-se ao autocuidado, às demandas terapêuticas e aos requisitos para o mesmo. Este autocuidado é a prática de atividades realizadas pelo próprio indivíduo para cura ou melhora de sua realidade; são práticas que buscam a manutenção da vida, da saúde e bem-estar.
Quando o indivíduo contém habilidades preservadas de desenvolver ações que atendam a sua necessidade, ele está apto para o autocuidado, sendo esta dada de forma emancipatória pelo profissional de saúde, que o ensina a executar as ações corretamente. Para isto, deve-se levar em conta o potencial de aprendizado do indivíduo que é influenciado pela idade, experiências de vida, cultura, crenças, educação e outros fatores (MANZINI; SIMONETTI, 2009).
As demandas terapêuticas são classificadas por Manzini e Simonetti (2009) em: 
Requisitos universais – busca manter a vida e o funcionamento do ser humano. Instrumentos para sua execução: dados do exame físico, hábitos de vida, entre outros;
Desenvolvimento – oferece as condições necessárias, permitindo adaptações para o desenvolvimento do indivíduo; por exemplo: o histórico familiar, situação socioeconômica, doenças preexistentes, etc;
Desvios de saúde – são as mudanças que se manifestam na presença de doenças, incapacidades e tratamentos para o restabelecimento do indivíduo. Tem como exemplos: queixas atuais, percepções sobre a doença e o tratamento.
O compromisso do indivíduo com a própria saúde e o seu envolvimento com o autocuidado levam a uma melhora do estado da saúde, já que a impossibilidade de se manter contato direto com o paciente pode ser um agravante. Dar poder ao paciente fará com que a assistência seja contínua e adequada, já que o mesmo a executa de forma correta (MANZINI; SIMONETTI, 2009).
Teoria das Necessidades Humanas Básicas – Wanda Horta
A teoria de Wanda Horta se apoia e engloba a leis gerais que regem os fenômenos universais, como a lei do equilíbrio (homeostase): todo o universo se mantém por processos de equilíbrio dinâmico entre os seus seres; adaptação: os seres interagem com seu meio; lei do holismo: o ser humano é um todo, a célula é um todo, esse todo tem potenciais próprios, portanto, individuais (HORTA, 2005).
Compreendendo a enfermagem como uma ciência e arte de assistir o ser humano, atendendo às suas necessidades humanas básicas preestabelecidas, entende-se que este indivíduo tem suas peculiaridades, que são expressas na sua percepção à assistência prestada. Essas necessidades, sendo respeitadas e seguidas, contribuem para melhora do quadro atual deste indivíduo.
Portanto, a enfermagem compreende as necessidades e os fatores que alteram a vida dos indivíduos e presta assistência de forma resoluta e eficaz para os diferentes indivíduos, que expressam as necessidades de forma diferente. Todo cuidado interfere de forma preventiva e curativa, já que o indivíduo pode ser a causa do equilíbrio e/ou também a causa do desequilíbrio (HORTA, 2005); emancipar estes, é um ato de promover, recuperar a saúde e reabilitar indivíduos.
Teoria Holística – Myra Levine
No geral, a autora Myra Levine vê o homem como um “todo” dinâmico, em constante interação com o ambiente também dinâmico. Sua teoria explica os sistemas de resposta do homem ao meio ambiente e considera a enfermagem uma conservadora das energias do paciente, pela avaliação das respostas dadas pelo homem ao processo de enfermagem (Horta, 2005).
Do momento do nascimento até a morte, cada indivíduo mantém e defende seu “todo”, sua “unidade” (HORTA, 2005). Assim, a integridade do homem é constituída pelos mecanismos de respostas aos estímulos que eles são expostos, atuando cada um conforme seus processos funcionais próprios.
Em cada situação particular de anormalidade que o homem é exposto (ser hospitalizado, por exemplo), deve ajustar-se ao novo ambiente, e em face a muitas novas experiências sua capacidade em se ajustar está intimamente relacionada às informações que recebe (HORTA, 2005).
Assim, entende-se que para cada estímulo há respostas que são expressas pelo indivíduo, a fim de regular suas alterações orgânicas, estimuladas por algo externo ou interno. Sendo estas respostas resultantes de uma cadeia de ações que pode interagir com diversas partes orgânicas do corpo, como doenças psicossomáticas. Sendo o ser um todo e integral, intervenções, por mais que sejam direcionadas, terão expressões diversas.

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