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Aula 3 Sistema reprodutor feminino e as principais doencas-1

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Sistema reprodutor 
feminino e as principais 
doenças
PROF. MSC. HUGO MAIA TORQUATO
Estruturas anatômicas
Funções
u Produção do gameta feminino – óvulo;
u Manutenção do óvulo fertilizado durante seu desenvolvimento completo;
u Síntese e secreção dos hormônios sexuais femininos – estrogênio e
progesterona.
Ovários
u Formato de uma pequena azeitona;
u Aproximadamente 3 cm de comprimento;
u Responsável pela produção dos óvulos;
u Produção dos hormônios femininos.
Tubas uterinas
u Também conhecidas como trompas uterinas ou trompas de Falópio;
u Local onde ocorre a fecundação;
u Transportam o embrião até o útero.
Útero
u Local onde a zigoto se instala para o desenvolvimento embrionário e
fetal;
u Alterações no desenvolvimento durante o ciclo menstrual.
IMPORTANTE 
SABER!!!
ZIGOTO
EMBRIÃO
ÓVULO
OVÓCITO
Vagina
u Aproximadamente 10 cm de comprimento;
u Comunicação entre a vulva e o útero;
u Saída do fluxo menstrual;
u Recebe o pênis durante o ato sexual;
u Forma o canal do parto.
Hormônios
Mensageiros 
químicos
Crescimento
Desenvolvim
ento
Funções 
teciduais
Funções 
reprodutivas
Regulação 
metabólica
Estrogênio
u O estrogênio é responsável pelas alterações que ocorrem nas meninas na
puberdade
crescimento e desenvolvimento da vagina, do útero e das trompas de Falópio
aumento no tamanho dos seios
modelagem (conteúdo gorduroso) dos contornos do corpo feminino e para a 
maturação do esqueleto
crescimento dos pelos das axilas e pubianos 
pigmentação das aréolas e mamilos dos seios 
Progesterona
u Hormônio atuante em todo o corpo feminino e, em especial, é
responsável por manter a secreção endometrial, dando suporte na
sobrevivência do embrião.
u Responsável pela amenorréria.
Principais 
doenças 
ginecológicas
v VULVOVAGINITE
v SÍNDROME DO OVÁRIO 
POLICÍSTICO
v ENDOMETRIOSE
v MIOMA UTERINO
v DOENÇA INFLAMATÓRIA 
PÉLVICA
Vulvovaginite
u É uma alteração inflamatória ou infecciosa da vulva, vagina e colo do
útero, podendo ser causada por infecção de bactérias, protozoários e
fungos ou por alteração da própria flora bacteriana. O problema
acomete, principalmente, mulheres na idade reprodutiva e é causado
normalmente pela proliferação desses germes, associada à baixa de
imunidade.
Corrimentos Odor fétido Prurido Hiperemia
Dispareunia
Lesões 
internas e 
externas
Irritação
Tricomoníase Candidíase Vaginose
bacteriana
Gonorréia Clamídia
Quais os 
sintomas?
Quais as 
doenças?
Tratamento
u Metronidazol 500 mg VO – 12/12h por 7 dias
u Metronidazol gel – 5 dias
u Clindamicina 300 mg VO – 12/12h por 7 dias 
ou
u Clindamicina creme 2% - 5 dias
ou
u Clindamicina óvulo 100mg – 3 dias
Síndrome do Ovário Policístico (SOP)
u Atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e é considerada
a causa mais frequente de infertilidade em mulheres com anovulação
crônica, ou seja, que não ovulam adequadamente.
u Trata-se de um distúrbio hormonal que provoca alteração dos níveis de
hormônios masculinos (androgênios) no corpo da mulher. Essa alteração,
em geral começa na adolescência e causa irregularidade na
menstruação, alterações na pele e pode levar à formação de microcistos
nos ovários.
Tratamento
u Mudança de estilo de vida;
u Dieta com redução de carboidrato; 
u Hormonioterapia.
Endometriose
u Frequente na idade reprodutiva, é conhecida como a “doença da
mulher moderna”, por conta do adiamento da maternidade ou pela
opção de não engravidar. A endometriose é uma doença
ginecológica caracterizada pela presença do tecido do endométrio,
camada que reveste o interior do útero, fora de seu local habitual.
u Esse tecido é sensível às alterações do ciclo menstrual e, por isso, cada
vez que a mulher menstrua, ocorre um sangramento em local indevido. As
alças intestinais e os órgãos da pelve acabam bloqueando esse
sangramento. O processo provoca dor pélvica e afeta mais comumente
o tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio), os ovários, as
tubas uterinas e pode causar infertilidade
Algumas mulheres 
podem não 
apresentar os 
sintomas da 
doença 
ginecológica.
q Cólica menstrual;
q Dor pélvica 
crônica;
q Dispareunia;
q Hematúria;
q Disúria;
q Constipação 
intestinal.
Tratamento
u Hormonioterapia – DIU levonorgestrel.
Mioma Uterino
u É um tumor benigno localizado no útero e que acomete, geralmente,
mulheres de 30 a 50 anos de idade. De origem genética, o mioma uterino
pode apresentar crescimento excessivo e, considerando a localização
dele dentro do útero, pode causar hemorragias com coágulos, cólicas
intensas, aumento do útero, dor na relação sexual e infertilidade.
u Tratamento – hormonioterapia -> DIU levonorgestrel
Sangramento 
intenso durante 
a menstruação
Cólicas
Urgência ao 
urinar
Dor ou pressão 
abaixo do 
umbigo
Dispareunia
75% das 
mulheres não 
apresentam 
nenhum 
sintoma!!!
Infecções 
sexualmente 
transmissíveis 
(IST)
DOENÇAS 
SEXUALMENTE 
TRANSMISSÍVEIS 
(DST)
Sífilis
u A infectividade da sífilis por transmissão sexual é maior (cerca de 60%) nos
estágios iniciais (primária, secundária e latente recente), diminuindo
gradualmente com o passar do tempo (latente tardia e terciária). Essa
maior transmissibilidade explica-se pela intensa multiplicação do
patógeno e pela riqueza de treponemas nas lesões, comuns na sífilis
primária e secundária. Essas lesões são raras ou inexistentes por volta do
segundo ano da infecção.
u Causada pelo agente etiológico Treponema pallidum
u Sífilis primária
§ Período de incubação com duração média de três semanas.
§ Primeira manifestação é caracterizada por uma erosão ou úlcera no local de
entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros
locais do tegumento) – cancro duro.
§ Geralmente única, indolor, com base endurecida e fundo limpo, sendo rica
em treponemas.
§ Esse estágio pode durar entre duas a seis semanas e desaparecer de forma
espontânea, independentemente de tratamento.
u Sífilis secundária
§ Sinais e sintomas surgem em média entre seis semanas e seis meses após a
infecção e duram em média entre quatro e 12 semanas; porém, as lesões
podem recrudescer em surtos subentrantes por até dois anos.
§ As lesões secundárias são ricas em treponemas.
§ Erupções cutâneas em forma de máculas (roséola) e/ou pápulas,
principalmente no tronco; lesões eritemato-escamosas palmo-plantares (essa
localização sugere fortemente o diagnóstico de sífilis no estágio secundário);
placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas; lesões pápulo-
hipertróficas nas mucosas ou pregas cutâneas (condiloma plano ou
condiloma lata); alopecia em clareira e madarose (perda da sobrancelha,
em especial do terço distal), febre, mal-estar, cefaleia, adinamia e
linfadenopatia
u Sífilis latente
§ Período em que não se observa sinal ou sintoma clínico de sífilis,
verificando-se, porém, reatividade nos testes imunológicos que detectam
anticorpos.
§ A maioria dos diagnósticos ocorre nesse estágio.
Sífilis latente recente – menos de um ano de infecção
Sífilis latente tardia – mais de um ano de infecção
Tratamento
Penicilina benzatina
2,4 mi UI
3 semanas
Gonorreia e clamídia
u A cervicite mucopurulenta ou endocervicite é a inflamação da mucosa
endocervical (epitélio colunar do colo uterino). Os agentes etiológicos mais
frequentes são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.
u Há evidências científicas da associação de Chlamydia trachomatis e Neisseria
gonorrhoeae aos seguintes fatores: mulheres sexualmente ativas com idade
inferior a 25 anos, novas ou múltiplas parcerias sexuais, parcerias com IST,
história prévia ou presença de outra IST e uso irregular de preservativo.
u As cervicites são frequentemente assintomáticas (em torno de 70% a
80%). Nos casos sintomáticos, as principais queixas são corrimento vaginal,
sangramento intermenstrual, dispareunia e disúria. Ao exame físico,
podem estar presentes dor à mobilização do colo uterino, material
mucopurulento no orifício externo do colo e sangramento ao toqueda
espátula ou swab. As principais complicações da cervicite por clamídia e
gonorreia, quando não tratadas, incluem: dor pélvica, DIP, gravidez
ectópica e infertilidade.
Tratamento
Clamídia
Azitromicina 1g VO – dose única
Doxiciclina 200mg/dia VO – 7 dias
u Gonorreia
Ceftriaxona 250mg IM – dose única
Ciprofloxacina 500mg VO – dose única
Hepatites virais
u Hepatite B - é uma infecção de transmissão parenteral,
predominantemente, pela via sexual. A transmissão vertical também
pode ocorrer, e ocasiona uma evolução desfavorável, com maior
chance de cronificação. Diferentemente da hepatite viral A, as infecções
causadas pelo HBV são habitualmente anictéricas em mais de dois terços
das pessoas infectadas.
u Hepatite C - é uma infecção de transmissão principalmente parenteral. A
história natural do HCV é marcada pela evolução silenciosa. Muitas vezes,
a doença é diagnosticada décadas após a infecção, e os sinais e
sintomas são comuns às demais doenças parenquimatosas crônicas do
fígado, manifestando-se apenas em fases mais avançadas.
HPV
u O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta
pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de
mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e
câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma
Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
u A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em
alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar
sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não
visíveis a olho nu).
u A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação
do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria
das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução
espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24
meses.
u Vacina contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a
infeção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:
§ Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
§ Pessoas que vivem HIV;
§ Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos
RESSALTA-SE QUE A VACINA NÃO É UM TRATAMENTO, NÃO SENDO EFICAZ CONTRA 
INFECÇÕES OU LESÕES POR HPV JÁ EXISTENTES
HIV
u A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico,
que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células
mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA
dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe
os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
§ Período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da
doença;
§ Infecção das células do sangue e do sistema nervoso;
§ Supressão do sistema imune.
u Transmissão
§ Sexo vaginal sem camisinha.
§ Sexo anal sem camisinha.
§ Sexo oral sem camisinha.
§ Uso de seringa por mais de uma pessoa.
§ Transfusão de sangue contaminado.
§ Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na 
amamentação.
§ Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Referência
u Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções
Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância
em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2015.
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O B R I G A D O !

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