Buscar

1- CADERNO DE QUESTÕES TRIBUTÁRIO - COM FUNDAMENTOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 1 de 16 
 
ACADÊMICO:___________________________________________. 
 
AULÃO 
PREPARATÓRIO 
OAB 
“DIREITO 
TRIBUTÁRIO” 
 
CADERNO DE 
QUESTÕES: 
 
 
 
OBJETIVAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO; 
DISCURSIVAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL. 
 
 
 
 
 
SANTARÉM-PA/2021.2 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 2 de 16 
 
 
 
 
Questões da OAB 2019 para Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
30/06/2019 
 
1. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de 
Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase 
A Fazenda Pública apurou que fato gerador, ocorrido em 12/10/2007, referente a um 
imposto sujeito a lançamento por declaração, não havia sido comunicado pelo 
contribuinte ao Fisco. Por isso, efetuou o lançamento de ofício do tributo em 05/11/2012, 
tendo sido o contribuinte notificado desse lançamento em 09/11/2012, para pagamento 
em 30 dias. Não sendo a dívida paga, nem tendo o contribuinte impugnado o lançamento, 
a Fazenda Pública inscreveu, em 05/10/2017, o débito em dívida ativa, tendo ajuizado a 
ação de execução fiscal em 08/01/2018. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso do prazo 
decadencial. 
b) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo prescricional para 
propor a ação de execução fiscal. 
c) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito tributário, em 
05/10/2017, suspendeu, por 180 dias, a contagem do prazo prescricional para 
propositura da ação de execução fiscal. 
d) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a ocorrência 
do fato gerador (12/10/2007) e a inscrição em dívida ativa do crédito tributário 
(05/10/2017). 
 
R= B, 174 CTN 
 
2. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
O Município X, na tentativa de fazer com que os cofres municipais pudessem receber 
determinado tributo com mais celeridade, publicou, em maio de 2017, uma lei que 
alterava a data de recolhimento daquela exação. A lei dispunha que os efeitos das suas 
determinações seriam imediatos. 
Nesse sentido, assinale a afirmativa correta. 
a) Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), a lei é 
válida, mas apenas poderia entrar em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a sua 
publicação. 
b) A lei é inconstitucional, uma vez que não respeitou o princípio da anterioridade. 
c) A lei é constitucional, uma vez que, nessa hipótese, não se sujeita ao princípio da 
anterioridade. 
d) A lei é válida, mas só poderia vigorar 90 (noventa) dias após a sua publicação. 
 
R = C, SV 50 e S. 669 STF. 
 
3. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 3 de 16 
 
A União lavrou auto de infração para a cobrança de créditos de Imposto sobre a Renda, 
devidos pela pessoa jurídica PJ. A cobrança foi baseada no exame, considerado 
indispensável por parte da autoridade administrativa, de documentos, livros e registros de 
instituições financeiras, incluindo os referentes a contas de depósitos e aplicações 
financeiras de titularidade da pessoa jurídica PJ, após a regular instauração de processo 
administrativo. 
Não houve, neste caso, qualquer autorização do Poder Judiciário. Sobre a possibilidade 
do exame de documentos, livros e registros de instituições financeiras pelos agentes 
fiscais tributários, assinale a afirmativa correta. 
a) Não é possível, em vista da ausência de previsão legal. 
b) É expressamente prevista em lei, sendo indispensável a existência de processo 
administrativo instaurado. 
c) É expressamente prevista em lei, sendo, no entanto, dispensável a existência de 
processo administrativo instaurado. 
d) É prevista em lei, mas deve ser autorizada pelo Poder Judiciário, conforme exigido 
por lei. 
 
R = B, 197, 198, CTN 
 
4. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
A União, diante de grave desastre natural que atingiu todos os estados da Região Norte, 
e considerando ainda a severa crise econômica e financeira do país, edita Medida 
Provisória, que institui Empréstimo Compulsório, para que as medidas cabíveis e 
necessárias à reorganização das localidades atingidas sejam adotadas. 
Sobre a constitucionalidade da referida tributação, assinale a afirmativa correta. 
a) O Empréstimo Compulsório não pode ser instituído para atender às despesas 
extraordinárias decorrentes de calamidade pública. 
b) O Empréstimo Compulsório deve ser instituído por meio de Lei Complementar, 
sendo vedado pela CRFB/88 que Medida Provisória trate desse assunto. 
c) Nenhum tributo pode ser instituído por meio de Medida Provisória. 
d) A União pode instituir Empréstimo Compulsório para atender às despesas 
decorrentes de calamidade pública, sendo possível, diante da situação de 
relevância e urgência, a edição de Medida Provisória com esse propósito. 
 
R = B, 148, I, CF, 62, §1º, CF 
 
5. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
O Chefe do Executivo do Município X editou o Decreto 123, em que corrige o valor venal 
dos imóveis para efeito de cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de 
acordo com os índices inflacionários anuais de correção monetária. 
No caso narrado, a medida 
 
a) fere o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo somente pode 
ser realizada por meio de lei em sentido formal. 
b) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a majoração da base de cálculo 
do IPTU dispensa a edição de lei em sentido formal. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 4 de 16 
 
c) está de acordo com o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base 
de cálculo do IPTU pode ser realizada por meio de decreto. 
d) fere o princípio da legalidade, pois a atualização monetária da base de cálculo do 
IPTU não dispensa a edição de lei em sentido formal. 
 
R = C, 97, §2º CTN 
 
 
FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
Aplicada em 20/10/19 - Nível Superior 
 
6. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXX - Primeira Fase 
A sociedade empresária ABC Ltda. foi autuada pelo Fisco do Estado Z apenas pelo 
descumprimento de uma determinada obrigação tributária acessória, referente à 
fiscalização do ICMS prevista em lei estadual (mas sem deixar de recolher o tributo 
devido). Inconformada, realiza a impugnação administrativa por meio do auto de 
infração. Antes que sobreviesse a decisão administrativa da impugnação, outra lei 
estadual extingue a previsão da obrigação acessória que havia sido descumprida. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) A lei estadual não é instrumento normativo hábil para extinguir a previsão dessa 
obrigação tributária acessória referente ao ICMS, em virtude do caráter nacional 
desse tributo. 
b) O julgamento administrativo, nesse caso, deverá levar em consideração apenas a 
legislação tributária vigente na época do fato gerador. 
c) Não é possível a extinção dos efeitos da infração a essa obrigação tributária 
acessória após a lavratura do respectivo auto de infração. 
d) A superveniência da extinção da previsão dessa obrigação acessória, desde que 
não tenha havido fraude, nem ausência de pagamento de tributo, constitui hipótese 
de aplicação da legislação tributária a ato pretérito. 
R=D, Art. 106 CT 
 
7. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXX - Primeira Fase 
Otávio, domiciliado no Estado X, possui ações representativas do capital social da 
Sociedade BETA S/A, com sede no Estado Y, e decide doar parte da sua participação 
acionária a Mário, seu filho, então domiciliado no Estado Z. 
Com dúvidas quanto ao Estado para o qual deverá ser recolhido o imposto sobre a 
Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) incidente nessa operação, Mário consulta 
seu escritório, destacando que o Estado Z estabelece alíquotas inferiores às praticadas 
pelos demais Estados. 
Com base nisso, assinale a afirmativa correta. 
a) O ente competente para exigir o ITCD na operação em análise é o Estado X, onde 
tem domicílio o doador. 
b) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Y, uma vez que o bem a ser doado consiste 
em participação acionária relativa à sociedade ali estabelecida, e o imposto 
compete ao Estado da situação do bem. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 5 de 16 
 
c) O ITCD deverá ser recolhido ao Estado Z, uma vez que o contribuinte do imposto 
é o donatário. 
d) Doador ou donatário poderão recolher o imposto ao Estado X ou ao Estado Z, pois 
o contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada. 
R= D, art. 155, §1º, II, CF 
 
8. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXX - Primeira Fase 
Projeto de Resolução do Senado Federal pretende fixar nacionalmente as alíquotas 
mínimas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), tributo de 
competência estadual. 
Um Senador, membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado 
Federal, que terá de elaborar parecer sobre o tema, consulta você sobre sua opinião 
jurídica acerca desse projeto de Resolução. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) O Senado, por ser órgão do Poder Legislativo da União, não possui competência 
constitucional para, por Resolução, dispor sobre o tema, por se tratar de ingerência 
indevida da União na autonomia dos Estados. 
b) É lícito ao Senado instituir a referida Resolução, pois existe autorização expressa 
na Constituição para tal fixação por Resolução do Senado. 
c) A fixação de alíquota mínima de tributo, por mera Resolução do Senado, viola o 
princípio da legalidade tributária. 
d) Resolução do Senado poderia tratar do tema, desde que ratificada por ao menos 
dois terços dos membros do Conselho Nacional de Política Fazendária 
(CONFAZ). 
R= A, art. 155, §1º, II, CF 
9. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXX - Primeira Fase 
O Estado Y concedeu, em 2018, por iniciativa própria e isoladamente, mediante uma lei 
ordinária estadual, isenção fiscal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
(ICMS) a um determinado setor de atividade econômica, como forma de atrair 
investimentos para aquele Estado. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) É suficiente lei ordinária estadual para a concessão de tal isenção de ICMS, por 
se tratar de tributo de competência estadual. 
b) Ainda que se trate de tributo de competência estadual, somente por lei estadual 
complementar seria possível a concessão de tal isenção de ICMS. 
c) A lei ordinária estadual pode conceder tal isenção de ICMS, desde que 
condicionada a uma contrapartida do contribuinte beneficiado. 
d) Apesar de se tratar de tributo de competência estadual, a concessão de tal isenção 
de ICMS pelo Estado deve ser precedida de deliberação dos Estados e do Distrito 
Federal (CONFAZ). 
R= D, 155, §2º, XII, g, CF; LC 24/75 
 
10. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXX - Primeira Fase 
No final do ano de 2018, o Município X foi gravemente afetado por fortes chuvas que 
causaram grandes estragos na localidade. Em razão disso, a Assembleia Legislativa do 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 6 de 16 
 
Estado Y, em que está localizado o Município X, aprovou lei estadual ordinária 
concedendo moratória quanto ao pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano 
(IPTU) do ano subsequente, em favor de todos os contribuintes desse imposto situados 
no Município X. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) Lei ordinária não é espécie normativa adequada para concessão de moratória. 
b) Lei estadual pode conceder moratória de IPTU, em situação de calamidade 
pública ou de guerra externa ou sua iminência. 
c) Lei estadual não pode, em nenhuma hipótese, conceder moratória de IPTU. 
d) A referida moratória somente poderia ser concedida mediante despacho da 
autoridade administrativa em caráter individual. 
R = C, art. 152, I, a, CTN, 
 
FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
Aplicada em 08/02/20 - Nível Superior 
 
11. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXI - Primeira Fase 
A sociedade empresária ABC, concessionária de serviço de transporte público coletivo 
de passageiros, opera a linha de ônibus 123, que inicia seu trajeto no Município X e 
completa seu percurso no Município Y, ambos localizados no Estado Z. 
Sobre a prestação onerosa desse serviço de transporte, deve incidir 
a) o ISS, a ser recolhido para o Município X. 
b) o ISS, a ser recolhido para o Município Y. 
c) o ICMS, a ser cobrado de forma conjunta pelo Município X e o Município Y. 
d) o ICMS, a ser recolhido para o Estado em que se localizam o Município X e o 
Município Y. 
R= D, art. 155, II, CF 
 
12. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXI - Primeira Fase 
João da Silva, servidor da Administração Tributária do Município Y, recebeu propina de 
José Pereira, adquirente de um imóvel, para, em conluio com este, emitir uma certidão 
que atestava falsamente a quitação de débito do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis 
(ITBI) incidente sobre a transferência de propriedade. A certidão seria apresentada ao 
tabelião para lavrar-se a escritura pública de compra e venda imobiliária e para posterior 
registro. 
Considerando-se que, nesse Município, o contribuinte de ITBI é o adquirente de imóvel, 
assinale a afirmativa correta. 
a) O servidor João da Silva poderá ser responsabilizado funcional e criminalmente 
por esse ato, mas a dívida tributária somente poderá ser cobrada de José Pereira, 
o único que é parte na relação jurídico-tributária com o Município credor. 
b) O servidor João da Silva poderá ser responsabilizado pessoalmente pelo crédito 
tributário e juros de mora acrescidos. 
c) O tabelião poderá ser o único responsabilizado pela dívida tributária e juros de 
mora acrescidos, por ter lavrado a escritura pública sem averiguar, junto ao Fisco 
Municipal, a veracidade das informações da certidão apresentada. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 7 de 16 
 
d) Caso seja aplicada multa tributária punitiva contra José Pereira, este poderá exigir 
do Fisco que 50% do valor da multa seja cobrado do servidor João da Silva. 
R=B, art. 208, CTN. 
 
13. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXI - Primeira Fase 
Maria dos Santos, querendo constituir hipoteca sobre imóvel de sua propriedade em 
garantia de empréstimo bancário a ser por ela contraído, vai a um tabelionato para lavrar 
a escritura pública da referida garantia real. Ali, é informada que o Município Z, onde se 
situa o bem, cobra o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) sobre a constituição 
de direitos reais de garantia. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) É possível tal cobrança, pois a constituiçãode direito real de garantia sobre bens 
imóveis, por ato inter vivos, é uma das hipóteses de incidência do ITBI. 
b) O contribuinte do ITBI, nesse caso, não seria Maria dos Santos, mas sim a 
instituição bancária em favor de quem a garantia real será constituída. 
c) O tabelião atua como responsável por substituição tributária, recolhendo, no lugar 
do contribuinte, o ITBI devido em favor do Município Z nessa constituição de 
direitos reais de garantia. 
d) Não é possível exigir ITBI sobre direitos reais de garantia sobre imóveis 
 
R = D, art. 156, II, CF 
 
14. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXI - Primeira Fase 
Uma sociedade empresária em recuperação judicial requereu, perante a Secretaria 
Estadual de Fazenda do Estado X, o parcelamento de suas dívidas tributárias estaduais. 
O Estado X dispunha de uma lei geral de parcelamento tributário, mas não de uma lei 
específica para parcelamento de débitos tributários de devedor em recuperação judicial. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) O parcelamento não pode ser concedido caso inexista lei específica estadual que 
disponha sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor 
em recuperação judicial. 
b) O prazo de parcelamento a ser concedido ao devedor em recuperação judicial 
quanto a tais débitos para com o Estado X não pode ser inferior ao concedido por 
lei federal específica de parcelamento dos créditos tributários do devedor em 
recuperação judicial. 
c) O parcelamento do crédito tributário exclui a incidência de juros, em regra, no 
caso de devedor em recuperação judicial. 
d) O parcelamento do crédito tributário exclui a incidência de multas, em regra, no 
caso de devedor em recuperação judicial. 
 
R= B, art. 155-A, §3º, CTN 
15. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXI - Primeira Fase 
Uma lei ordinária federal tratava de direitos do beneficiário de pensão previdenciária e 
também previa norma que ampliava, para 10 anos, o prazo decadencial para o lançamento 
dos créditos tributários referentes a uma contribuição previdenciária federal. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 8 de 16 
 
A respeito da ampliação de prazo, assinale a afirmativa correta. 
a) É inválida, pois, em razão do caráter nacional das contribuições previdenciárias 
federais, somente poderia ser veiculada por Resolução do Senado Federal. 
b) É inválida, pois somente poderia ser veiculada por Lei Complementar. 
c) É válida, pois o CTN prevê a possibilidade de que o prazo geral de 5 anos, nele 
previsto para a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, seja ampliado por 
meio de Lei Ordinária Específica. 
d) É válida, por existir expressa previsão constitucional, específica para 
contribuições de seguridade social, autorizando a alteração de prazo de 
constituição do crédito tributário por Lei Ordinária. 
R= B, art. 146, III, b, CF, Súmula Vinculante nº 8, STF. 
 
Questões da OAB 2021 para Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
Aplicada em 13/06/21 - Nível Superior 
 
16. no: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXII - Primeira Fase 
A sociedade empresária Quitutes da Vó Ltda. teve sua falência decretada, tendo dívidas 
de obrigação tributária principal relativas a tributos e multas, dívida de R$ 300.000,00 
decorrente de acidente de trabalho, bem como dívidas civis com garantia real. 
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
a) O crédito tributário de obrigação principal tem preferência sobre as dívidas civis 
com garantia real. 
b) A dívida decorrente de acidente de trabalho tem preferência sobre o crédito 
tributário de obrigação principal. 
c) O crédito tributário decorrente de multas tem preferência sobre a dívida de R$ 
300.000,00 decorrente de acidente de trabalho. 
d) O crédito relativo às multas tem preferência sobre o crédito tributário de obrigação 
principal. 
R= B, art. 83,I, e III, todos da Lei de Falência. 
 
17. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXII - Primeira Fase 
Maria Silva, que, durante sua vida, foi domiciliada no Distrito Federal, faleceu deixando 
um apartamento no Rio de Janeiro e um automóvel que, embora registrado no DETRAN 
do Amazonas, atualmente está em uso por um de seus herdeiros no Ceará. O inventário 
está em curso no Distrito Federal. 
Quanto ao Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD devido, assinale a 
afirmativa correta. 
a) O ITCMD referente ao apartamento compete ao Distrito Federal, local onde o 
inventário está sendo processado. 
b) O ITCMD referente ao automóvel compete ao Ceará, local onde o bem está sendo 
usado. 
c) O ITCMD referente ao automóvel compete ao Distrito Federal, local onde o 
inventário está sendo processado. 
d) O ITCMD referente ao automóvel compete ao Amazonas, local onde o bem está 
registrado. 
R= C, art. 155, § 1.º, inc. II, CF 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 9 de 16 
 
18. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXII - Primeira Fase 
Rodrigo, em janeiro de 2018, objetivando melhorar o seu inglês, mudou-se para a 
Austrália para realizar um intercâmbio de 5 (cinco) meses, sem, contudo, prestar qualquer 
tipo de informação à Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
Durante o seu intercâmbio, precisando aumentar sua renda, Rodrigo prestou alguns 
serviços no exterior, recebendo por mês o equivalente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), 
totalizando R$ 100.000,00 (cem mil reais) ao longo dos cinco meses. Tais valores foram 
tributados na Austrália. 
Em abril do ano seguinte, Rodrigo questiona você sobre se deve declarar tais rendimentos 
à Secretaria da Receita Federal do Brasil, para fins de apuração do Imposto sobre a Renda 
de Pessoa Física (IRPF). 
Sobre a hipótese formulada e considerando que o Brasil não possui convenção 
internacional com a Austrália para evitar a bitributação, assinale a afirmativa correta. 
a) Como os rendimentos foram obtidos no exterior, o Fisco Federal não possui 
competência para cobrá-los; sendo assim, Rodrigo não deve declará-los. 
b) Como os rendimentos foram tributados no exterior, Rodrigo não deve declará-los, 
sob pena de bitributação. 
c) Rodrigo não está obrigado a declarar e recolher o IRPF, uma vez que os 
rendimentos obtidos no exterior estão alcançados por imunidade. 
d) Os rendimentos de Rodrigo deverão ser declarados e tributados, uma vez que, 
tratando-se de residente fiscal no Brasil, a tributação do imposto sobre a renda 
independe da origem dos rendimentos. 
R= D, Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal (SRF) n.º 208, de 27 de 
setembro de 2002 e Instrução Normativa RFB n.º 208/02. 
 
19. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXII - Primeira Fase 
Decretado estado de calamidade pública financeira, o Presidente da República edita 
Medida Provisória (MP), instituindo, temporariamente, imposto extraordinário, incidente 
sobre os serviços de qualquer natureza, a ser suprimido, gradativamente, no prazo 
máximo de 5 (cinco) anos. Em seu último parágrafo, a MP prevê que entra em vigor e 
passa a gerar efeitos a partir da sua publicação, o que se dá em 20/12/2019. 
Assinale a opção que apresenta o vício da referida Medida Provisória, tal como editada. 
a) À Lei Complementar, e não a uma MP, cabe instituir impostos extraordinários. 
b) A instituição de impostos extraordinários só é permitida na iminência ou no caso 
de guerra externa. 
c) À União é vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
d) A referida MP viola a competência constitucionalprivativa dos Municípios para 
instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza. 
R= B, o art. 154, II, da CF/88 
 
20. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXXII - Primeira Fase 
José está sendo executado por dívida tributária municipal não paga. Na Certidão de 
Dívida Ativa (CDA) que instrui a execução fiscal, constam o nome do devedor e seu 
domicílio; a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora; a origem e natureza 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 10 de 16 
 
do crédito, com menção do decreto municipal em que está fundado; e a data em que foi 
inscrito. José oferece embargos à execução, atacando a CDA, que reputa incorreta. 
Diante desse cenário, José 
a) tem razão, pois cabe à Fazenda Pública o ônus da prova de que a CDA cumpre 
todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei. 
b) tem razão, pois a CDA deve mencionar dispositivo de lei em que o crédito 
tributário está fundado. 
c) não tem razão, pois esta CDA goza de presunção iuris et de iure (absoluta) de 
certeza e liquidez. 
d) não tem razão, pois esta CDA contém todos os requisitos obrigatoriamente 
exigidos por lei. 
R= B, art. 202, inc. III, do CTN. 
 
 
QUESTÕES DISCURSIVAS 
 
1. Determinada Lei Estadual, publicada em 10/01/2010, estabeleceu a redução de 
alíquotas e das multas plicáveis, respectivamente, aos fatos jurídicos tributáveis e 
ilícitos fiscais previstos na legislação do ICMS daquele Estado. Considerando que 
certo contribuinte tenha sido autuado pela fiscalização local em 15/12/2009, em 
razão de falta de pagamento do ICMS relativo aos meses de fevereiro/2009 a 
novembro/2009, uma vez que este contribuinte ofereceu impugnação em tempo 
hábil, estando ainda pendente de julgamento na esfera administrativa? Responda, 
com base na legislação aplicável à espécie. 
R = A nova lei não pode ser aplicada ao que diga respeito a redução do fato 
gerador de 2009, tendo em vista a aplicabilidade do princípio da 
irretroatividade, art. 150, III. A nova lei pode ser aplicada ao que diga 
respeito à redução da multa, com base na retroatividade benigna, art. 106, II 
CTN. 
O art. 144 do CTN determina que o lançamento reporta-se à data do fato 
gerador do tributo, não se aplicando, desse modo, as alíquotas da lei nova aos 
fatos geradores ocorridos no ano de 2009, portanto, anteriores à sua entrada 
em vigor e à sua eficácia. /Todavia, quanto às multas, aplica-se o art. 106, III, 
letra c, do CTN, isto é, a lei nova poderá retroagir em benefício do 
contribuinte apenas quanto aos ilícitos ocorridos em 2009, em se tratando de 
ato ou fato não definitivamente julgado. Desse modo, mediante aditamento à 
impugnação fiscal oposta contra o Lançamento tributário, ainda pendente de 
julgamento, poderia o contribuinte apenas ser beneficiado com a redução da 
multa fiscal, conforme disciplinada pela nova legislação 
 
2. Determinado Prefeito Municipal editou o Decreto nº X, publicado em 20/09/2011, 
a fim de modificar os critérios relativos à apuração da base cálculo do IPTU, 
tornando-o mais oneroso para os contribuintes da respectiva municipalidade. 
Sabe-se que as mudanças inseridas no aludido Decreto só entrariam em vigor a 
partir do dia 01/01/2012. 
Nesse caso, o referido ato normativo compatibiliza-se com o ordenamento 
jurídico tributário em vigor? Justifique, com o apontamento dos dispositivos 
legais pertinentes. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 11 de 16 
 
 
R = Não, o ato normativo é inconstitucional por violação ao princípio da 
legalidade. Tendo em vista que a mudança da base de cálculo que torne o 
tributo mais oneroso, deve ser feita por meio de lei ordinária e não por 
decreto.art. 150, CTN, art 97, II, E §1º CTN 
3. Suponha que a União Federal tenha editado Lei Ordinária, nº “X” em 14/05/2012, 
a fim de disciplinar o imposto sobre grandes fortunas – IGF, dispondo em seu art, 
1º, exclusivamente, as seguintes hipóteses de incidência: 
I – a aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de renda, assim 
entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos com valor 
acima de 1 milhão de reais. 
II – quaisquer outros acréscimos patrimoniais não entendidos no inciso anterior. 
De acordo com o exposto, é possível a instituição e a cobrança do referido imposto 
sobre grandes fortunas (IGF)? Justifique, apontando os dispositivos legais 
pertinentes. 
R= Não, porque houve violação ao princípio da legalidade já que o IGF deve ser 
instituído por meio de lei complementar e não por meio de lei ordinária, art 153, III, 
CF 
4. Baseado em uma efetiva hipótese de calamidade pública, o Presidente da 
República edita, em março de determinado ano, Medida Provisória instituindo 
empréstimo compulsório que passará a incidir a partir do mês subsequente. 
Indaga-se: 
a) Pode o empréstimo compulsório ser instituído por Medida Provisória? 
Fundamente. 
b) Qualquer que seja a resposta à questão anterior, deve o empréstimo compulsório 
observar o princípio da anterioridade? Fundamente. 
 
R = A) Não, porque houve violação ao princípio da legalidade já que o IGF deve ser 
instituído por meio de lei complementar e não por meio de medida provisória, art 
148 CF e art. 62,§1º, III CF 
B) Não, porque a hipótese de calamidade pública não importa obediência aos 
princípios da anterioridade anual e nonagesimal, podendo ser cobrado de imediato, 
art. 150, §1º, CF. 
 
5. Presidente da República editou medida provisória estabelecendo normas gerais 
sobre o imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA), relativamente 
ao seu fato gerador, base de cálculo e contribuintes. 
Partindo da premissa de que estão preenchidos os requisitos de relevância e 
urgência, responda aos itens a seguir, de forma fundamentada, indicando os 
dispositivos legais e pertinentes. 
a) Pode uma medida provisória do presidente da República estabelecer normas 
gerais sobre o imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA), tal 
como a acima referida? 
b) Inexistindo normas gerais relativas ao imposto sobre propriedade de veículos 
automotores(IPVA), podem os legisladores estaduais definir, no âmbito de 
suas competências, e observados os limites impostos pela Constituição 
Federal, o fato gerador, a base de cálculo e os contribuintes desse imposto? 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 12 de 16 
 
R= a) não, porque haverá violação ao princípio da legalidade já que a edição de normas 
gerais em tributário é uma matéria reservada á edição de lei complementar não podendo 
em hipótese nenhuma, ser editada medida provisória, art 146, III, CF e art, 62, §1º, III 
CF. b) Sim, diante da inexistência de norma geral da União sobre IPVA, os Estados 
podem legislar de forma plena. Art, 24 §3º CF. 
 
6. O partido político XYZ do Brasil alugou um imóvel de sua propriedade ao 
locatário Mateus Silva. Posteriormente, Mateus recebeu, no imóvel, um carnê 
contendo cobrança de Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo, com lançamento 
efetuado em nome do proprietário. Mateus Silva, verificando seu contrato de 
locação, percebeu que havia previsão de que o locatário deveria arcar com o valor 
do pagamento de taxas que recaíssem sobre o imóvel. Entendendo que a cobrança 
era indevida, por violar a imunidade tributária dos partidos políticos e por não se 
tratar de serviço público remunerável por taxa, o locatário promove ação judicial 
para discutir o débito.Diante desse cenário, responda aos itens a seguir. 
a) É devida a cobrança da Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo em relação ao imóvel? 
b) O locatário pode promover ação judicial para discutir o débito tributário? 
 
Resposta: 
A) Sim, a cobrança é devida.A imunidade tributária, que abrange patrimônio, renda e 
serviços relacionados com as finalidades essenciais dos partidos políticos (Art. 150, 
inciso VI, alínea c, c/c. Art. 150, § 4º, da CRFB/88), referese apenas a impostos, nos 
termos literais do Art. 150, inciso VI, caput, da CRFB/88. Ademais, o STF, por meio da 
Súmula Vinculante 19, já assentou que a referida taxa é constitucional, por se tratar de 
serviço público específico e divisível que não viola o Art. 145, inciso II, da CRFB/88. 
B) Não. O contribuinte é o proprietário, e não o locatário, não podendo o locatário opor 
ao Fisco seu contrato de locação, nos termos do Art. 123 do CTN ou da Súmula 614 do 
STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária 
de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos. 
 
7. João, residente no estado X, é proprietário de veículo licenciado no município Y, 
situado no estado X. João não pagou o IPVA do carro, com vencimento previsto 
para a data de 11/05/2017, data esta publicada no Diário Oficial, pelo ente público, 
em calendário específico para recolhimento do IPVA. Considerando que não 
houve envio de correspondência à residência de João, responda aos itens a seguir. 
a) Ocorreu a constituição definitiva do crédito tributário? 
b) Qual será o termo inicial do prazo prescricional para o ajuizamento da Execução 
Fiscal, na hipótese de constituição definitiva do crédito de IPVA? 
 
A) Sim. Tendo sido publicado calendário específico para recolhimento do IPVA 
divulgado pelo ente, ocorreu a notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA, 
a qual perfectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário, nos termos do Artigo 
142 do CTN, conforme entendimento específico fixado pelo STJ, em Recurso 
Repetitivo (REsp nº 1.320.825-RJ). 
B) Na hipótese de constituição definitiva do crédito de IPVA, o prazo prescricional deverá 
ser contado a partir do dia seguinte à data estipulada como vencimento do imposto, ou 
seja, a partir de 12/05/2017, conforme entendimento específico fixado pelo STJ, em 
Recurso Repetitivo. (REsp nº 1.320.825-RJ). 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 13 de 16 
 
8. Lei municipal fixou determinada área do Município como zona de expansão 
urbana. Contudo, a região ainda não conta com melhorias típicas de áreas urbanas, 
tais como meio-fio ou calçamento, canalização de águas pluviais, abastecimento 
de água, sistema de esgotos sanitários, rede de iluminação pública, escolas 
primárias ou posto de saúde. A maior parte dos terrenos da região é ocupada por 
possuidores, que ali instalaram suas moradias. Os possuidores se surpreenderam 
quando começaram a receber carnês de IPTU do Município, insurgindo-se contra 
a cobrança. Sobre a hipótese apresentada, responda aos itens a seguir. 
a) É possível que meros possuidores sejam considerados contribuintes de IPTU pelo 
Município? 
b) É possível cobrar IPTU em tal zona, em que ausentes melhorias típicas de áreas 
urbanas? 
 
A) Sim. O contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio 
útil, ou o seu possuidor a qualquer título (Art. 34 do CTN). Sendo possuidores e tendo 
ali estabelecido suas moradias, é inequívoco o seu comportamento como se 
proprietários fossem (posse com animus domini). 
B) Sim. Embora a referida zona ainda não possua as melhorias urbanas que, em regra, 
são necessárias para a cobrança do IPTU (Art. 32, § 1º, do CTN), a lei municipal 
também pode considerar urbanas, para efeitos de cobrança de IPTU, as áreas 
urbanizáveis ou de expansão urbana (Art. 32, § 2º, do CTN), orientação essa que foi 
corroborada pela Súmula 626 do STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em 
área considerada pela lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está 
condicionada à existência dos melhoramentos elencados no Art. 32, § 1º, do CTN 
9. Após se lograr vencedora em um processo licitatório privado para fornecimento 
de 300 notebooks para a Associação X, reconhecida como entidade beneficente 
de assistência social, a pessoa jurídica Alpha ingressa com Mandado de 
Segurança, visando afastar o pagamento do ICMS incidente na importação desses 
notebooks, sob o fundamento de que a Associação X, destinatária final das 
mercadorias, possui imunidade tributária, por força do disposto no Art. 150, inciso 
VI, alínea c, da CRFB/88. Diante desse cenário, responda aos itens a seguir. 
a) Quanto ao mérito, procede o argumento da pessoa jurídica Alpha? 
b) Caso o ICMS incidente na importação seja recolhido a maior por Alpha e o seu 
valor seja embutido no preço de venda para a Associação X, poderia essa 
Associação ingressar com pedido de restituição do imposto recolhido na 
importação? 
 
A) Não, uma vez que a imunidade tributária subjetiva se aplica a seus beneficiários 
na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, 
sendo irrelevante para a verificação da existência da imunidade tributária a 
repercussão econômica do tributo envolvido, conforme decidido pelo STF, quando 
do julgamento do RE 608872, com repercussão geral reconhecida. 
B) Não, uma vez que o contribuinte de fato não detém legitimidade ativa para pleitear 
a restituição de valores pagos a título de tributo indireto recolhido pelo contribuinte 
de direito, por não integrar a relação jurídica tributária pertinente. Nesse sentido 
decidiu o STJ, no julgamento do Recurso Especial 903.394, sob o regime dos 
repetitivos. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 14 de 16 
 
O contribuinte de direito é o sujeito passivo que tem relação pessoal e direta com fato 
gerador, nos termos do Art. 121, parágrafo único, inciso I, do CTN. Na cadeia 
tributária, é quem recolhe o tributo ao Fisco. O contribuinte de fato, por sua vez, é 
quem suporta o ônus econômico do tributo, ou seja, a quem a carga do tributo indireto 
é repassada, normalmente o consumidor final. Tributos indiretos são aqueles que 
comportam transferência do encargo financeiro. 
 
 
 
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
Segurança 100 Corretora de Seguros Ltda., sediada na capital do Estado Alfa e 
devidamente autorizada a funcionar pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), 
recolheu aos cofres federais, no período compreendido entre 01/01/2014 e 31/12/2014, 
COFINS por ela devida, aplicando a alíquota de 3% para incidência cumulativa 
(sociedade empresária que apura o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica com base 
no Lucro Presumido). 
Em 15/10/2020, foi autuada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, pois, no 
entendimento desta, a empresa não teria recolhido a COFINS do ano de 2014 com a 
alíquota majorada (4%) prevista no Art. 18 da Lei nº 10.684/03: 
“Fica elevada para quatro por cento a alíquota da Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social – COFINS devida pelas pessoas jurídicas referidas no Art. 3º, §§ 6º e 
8º, da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998”. 
Por sua vez, o Art. 3º, § 6º, da Lei nº 9.718/98, indica que tais pessoas jurídicas que devem 
recolher a COFINS com alíquota majorada são aquelas previstas no Art. 22, § 1º, da Lei 
nº 8.212/91, a saber: “bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de 
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e 
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de 
títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de 
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros 
privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas”. 
À vista do rol legal acima indicado, a Secretaria da Receita Federal do Brasil entendeu 
ser exigível a alíquota majorada de tal empresa,pois seria qualificada como “sociedades 
corretoras” ou ainda como “agentes autônomos de seguros privados e de crédito”. 
No auto de infração, além do lançamento de ofício suplementar, foi aplicada multa 
tributária à sociedade. 
A referida sociedade empresária entende que a alíquota de COFINS a ser-lhe aplicada é 
de 3%, e não aquela majorada para 4%, exatamente como fizera nos recolhimentos 
originais, pois não estaria inserida em nenhuma das qualificações feitas pela Secretaria 
da Receita Federal do Brasil. Ademais, entende a empresa que, passados tantos anos, a 
Receita Federal já não poderia autuá-la. Além disso, a autuação está dificultando sua 
atuação profissional, pois necessita obter com urgência Certidões de Regularidade Fiscal 
por exigência do órgão regulador a que está submetida. 
Em razão disso, por seu advogado, ingressou com ação anulatória, com pedido de 
antecipação de tutela, objetivando a anulação do auto de infração, apresentando todos os 
documentos pertinentes, tais como comprovante de pagamento da COFINS e documentos 
que comprovam sua atividade e natureza de empresa corretora de seguros, bem como 
indicando a existência dos REsp 1.400.287 e REsp 1.391.092 (recursos repetitivos) sobre 
o tema, os quais tiveram sua ratio decidendi consagrada na Súmula nº 584 do STJ. 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 15 de 16 
 
Inicialmente, o juízo, ao qual coube a distribuição da ação (4ª Vara Federal da Capital da 
Seção Judiciária do Estado Alfa), concedeu a antecipação de tutela requerida. 
Contudo, a sentença revogou a tutela antecipada e o pedido foi julgado improcedente pelo 
mesmo fundamento da autuação, também reconhecendo-a realizada dentro do prazo legal. 
Ao fim, a corretora de seguros foi condenada em custas e honorários de sucumbência. 
Como advogado da sociedade empresária, redija o recurso cabível para tutelar o seu 
interesse no bojo deste mesmo processo e atacar a sentença prolatada, ciente de que 
decorreram apenas 10 dias úteis desde a publicação da sentença e de que a empresa 
continua necessitando emitir Certidões de Regularidade Fiscal. 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados 
para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não 
confere pontuação. 
 
O examinando deverá elaborar a peça de apelação, com o objetivo de ver reformada a 
sentença que manteve o auto de infração, bem como para ver reconhecida a decadência 
para o Fisco federal de constituir o crédito tributário. 
O recurso deve ser interposto perante o juízo de 1º grau (4ª Vara Federal da Capital da 
Seção Judiciária do Estado Alfa), mas as razões recursais devem ser endereçadas ao 
Tribunal Regional Federal da ... Região. É apelante a Segurança 100 Corretora de Seguros 
Ltda e apelada a União/Fazenda Nacional. 
Quanto ao cabimento, deve-se indicar que contra esta sentença cabe apelação, nos termos 
do Art. 1.009 e do Art. 1.013, § 5º, ambos do CPC, sendo o prazo de apelação de 15 dias 
úteis, nos termos do Art. 1.003, § 5º, do CPC. 
Também se deve indicar o recolhimento do preparo recursal. 
Os fatos devem ser descritos nos termos colocados pelo enunciado. 
Nas razões recursais, o examinando deve indicar a ocorrência do fenômeno da decadência 
tributária, uma vez que o prazo para o Fisco realizar o lançamento suplementar era de 5 
anos. A decadência ocorreu, seja na forma do Art. 150, § 4º, do CTN, seja na forma do 
Art. 173, inciso I, do CTN ou, ainda, conforme Súmula 555 do STJ. 
Também deve o examinando indicar que as corretoras de seguro não estão previstas no 
Art. 22, § 1º, da Lei nº 8.212/91, pois não são consideradas como sociedades corretoras 
de valores mobiliários, nem como agentes autônomos de seguros privados e de crédito. 
Assim, a majoração da alíquota da COFINS prevista no Art. 18 da Lei nº 10.684/03 não 
se aplica às corretoras de seguro, como firmado pelo STJ no julgamento do REsp 
1.400.287 (recurso repetitivo) e REsp 1.391.092 (recurso repetitivo) e consagrado na 
Súmula 584 do STJ: “As sociedades corretoras de seguros, que não se confundem com as 
sociedades de valores mobiliários ou com os agentes autônomos de seguro privado, estão 
fora do rol de entidades constantes do art. 22, § 1º, da Lei nº 8.212/1991, não se sujeitando 
à majoração da alíquota da Cofins prevista no Art. 18 da Lei nº 10.684/2003”. 
Por fim, como estão presentes tanto o fumus boni iuris (violação de Súmula do STJ e de 
tese de recursos repetitivos) como o periculum in mora (necessidade urgente de obter 
Certidão de Regularidade Fiscal), é cabível pedir o efeito suspensivo (antecipação de 
tutela recursal) na apelação, uma vez que a antecipação de tutela original concedida pelo 
juiz de 1º grau foi revogada por ocasião da sentença. Também se admite que, em vez de 
antecipação de tutela recursal, o examinando requeira tutela de evidência, pois todas as 
alegações podem ser comprovadas apenas documentalmente e há tese firmada em 
recursos repetitivos já indicados no enunciado (Art. 311, inciso II, do CPC). 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA 
CURSO DE DIREITO 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
PROFESSORA: MESTRA RENATA BENEVIDES 
 
Página 16 de 16 
 
Nos pedidos, deve o examinando requerer que se conceda a tutela de urgência (ou tutela 
de evidência) requerida e que seja dado provimento ao recurso, para reconhecer a 
decadência tributária, bem como para anular o auto de infração. Pode-se requerer o 
julgamento de mérito por decisão monocrática do Relator (em razão de afronta pela 
sentença a enunciados de Súmula do STJ e a recursos repetitivos, nos termos do Art. 932, 
inciso V, alíneas a e b, c/c. o Art. 1.011, inciso I, do CPC). Deve-se requerer também a 
inversão dos ônus de sucumbência. Por fim, o examinando deve respeitar as normas de 
fechamento da peça.

Continue navegando