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estenose hipertrofica do piloro

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ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO 
A EHP é definida como uma hipertrofia da musculatura pilórica que ocasiona alongamento e estreitamento do canal pilórico, provocando obstrução à saída do conteúdo gástrico.
Existe um predomínio do sexo masculino sobre o feminino, na relação de 4:1, e, apesar de vários estudos, sua etiopatogenia ainda não está́ totalmente esclarecida.
Fatores genéticos, extrínsecos e hormonais tem sido relacionado na patogênese da doença. Além desses, anomalias de componentes do músculo pilórico como células do músculo liso, fatores de crescimento, elementos da matriz extracelular, nervos e células ganglionares, sinapses, células nervosas de suporte, neurotransmissores e células intersticiais de Cajal tem sido implicado.
Os sintomas clínicos típicos iniciam-se em torno da terceira semana de vida. A criança apresenta vômitos em jato, com ausência de bile. Ao exame físico, observa-se um peristaltismo visível na parede abdominal, predominante na região epigástrica, no sentido da esquerda para a direita, e cranial para caudal. Quando se realiza a palpação abdominal, nota-se à direita, próxima ao fígado, uma massa descrita como ogiva (ou oliva) pilórica. Esta identificação na palpação é descrita em cerca de 100% dos casos.
Diante de quadro clínico e exame físico típicos, a grande maioria dos diagnósticos é facilmente realizada, não havendo necessidade de exame radiológico contrastado após a palpação da ogiva pilórica. Quando se realiza este exame, observa-se excessiva dilatação gástrica, com a grande curvatura do estômago, estendendo-se até L2 ou mais baixo, sinal do “bico do seio” no antro gástrico, sinal da “corda ou do fio” no canal pilórico, e a súbita dilatação do bulbo duodenal, simulando um “cogumelo ou guarda-chuva”.
O vômito é um sintoma muito frequente em crianças e ocorre em várias afecções clínicas e cirúrgicas, as quais podem ser confundidas com EHP. Merece menção, pela relativa frequência, a DRGE, associada ou não à hérnia de hiato. Outras afecções cirúrgicas mais raras, como as obstruções do duodeno, a duplicação gástrica, o pâncreas anular e o vício de rotação, também devem ser diferenciadas da EHP.
A EHP não é considerada uma emergência cirúrgica. A principal preocupação inicial deve ser a correção dos distúrbios metabólicos, antes mesmo da correção cirúrgica. As principais alterações metabólicas são a desidratação, que pode estar presente em graus variados, a hipopotassemia, a hipocloremia e o aumento de CO2. Além da correção das alterações metabólicas, em toda criança deve ser colocada uma sonda nasogástrica, que permanecerá aberta até a cirurgia.