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Estenose hipertrófica do piloro

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Alice Pontes Nogueira Vasconcelos 
APG 14- VOVÓ SABE TUDO 
 
OBJETIVOS: 
• ESTUDAR A FISIOPATOLOGIA DA ESTENOSE HIPERTRÓFICA DE PILORO 
• ENTENDER AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E ETIOLOGIA 
• COMPREENDER O PROCESSO FISIOLÓGICO DE ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
➢ Corresponde a passagem do 
conteúdo gástrico do piloro para o 
duodeno após todo processo de 
mistura dos alimentos com as 
secreções gástricas e redução dos 
tamanhos das partículas dos 
alimentos 
➢ A velocidade do esvaziamento 
gástrico é rigorosamente regulada, 
dando tempo para a 
neutralização do H+ no duodeno, 
digestão e absorção dos nutrientes 
➢ O esvaziamento de líquidos é 
exponencial (+ rápido) 
➢ Esvaziamento de grandes 
partículas sólidas começa somente 
após a trituração/moagem (fase 
de atraso), com os movimentos de 
propulsão e retropulsão estomacal, 
tornando-as suficientemente 
pequenas para realizar a 
passagem na forma de um quimo 
viscoso 
ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO 
INFANTIL 
➢ Obstrução progressiva do canal 
pilórico, ocasionada por hipertrofia 
da musculatura circular local 
➢ Distúrbio de ocorrência em bebês 
que pode progredir para uma 
obstrução quase completa da 
saída gástrica, levando a vômitos 
fortes 
EPIDEMIOLOGIA 
➢ Ocorre em aproximadamente 2 a 
3,5 por 1000 nascidos vivos 
➢ Mais comum em homens do que 
em mulheres (4:1 a 6:1) 
➢ Acontece mais em nascidos 
prematuros 
➢ De 30 a 40% dos casos ocorrem em 
filhos primogênitos 
➢ Menos comum em bebês de mães 
mais velhas 
➢ Sintomas se iniciam entre 3 a 5 
semanas de idade e mais 
raramente após 12 semanas 
ETIOLOGIA 
➢ Não é clara, mas provavelmente e 
multifatorial, envolvendo 
predisposição genética e fatores 
ambientais 
➢ A hipergastrinemia neonatal e a 
hiperacidez gástrica podem 
desempenhar um papel na 
doença, assim como a 
prematuridade 
FATORES AMBIENTAIS 
➢ Tabagismo materno durante 
gravidez 
➢ Alimentação com mamadeira 
ao invés da amamentação 
 
 
Alice Pontes Nogueira Vasconcelos 
FATORES GENÉTICOS 
➢ Herdabilidade da estenose pilórica 
equivalente a 87%, com 
contribuições maternas e paternas 
semelhantes 
➢ Locus de suscetibilidade no gene 
APOA1 (Apolipoproteína A1) - 
associado a colesterol plasmático 
baixo ao nascimento e risco de 
estenose pilórica 
ANTIBIÓTICOS MACROLÍDEOS 
➢ Eritromicina e azitromicina 
associados ao risco aumentado, 
particularmente quando 
administrados em crianças 
menores de 2 semanas de idade 
FISIOPATOLOGIA 
➢ Ocorre hipertrofia da musculatura 
circular do canal pilórico 
secundária ao espasmo do 
esfíncter (espasmo ocorre por 
imaturidade de células 
ganglionares) 
➢ A hipertrofia e hiperplasia difusa e 
progressiva do músculo liso resulta 
em alongamento e estreitamento 
persistente do canal pilórico, 
causando obstrução parcial com 
consequente retardo do 
esvaziamento gástrico e possível 
obstrução total do lúmen 
➢ Como consequência da 
obstrução, um peristaltismo 
vigoroso se inicia a fim de vencer a 
resistência ao escoamento 
gástrico, e a musculatura do 
estômago se torna mais 
hipertrofiada e ele se dilata 
➢ De acordo com alguns trabalhos, 
uma lesão inflamatória ou 
ulcerativa no piloro desencadearia 
um espasmo reflexo de sua 
musculatura 
➢ O paciente desenvolve alcalose 
metabólica devido a 
apresentação de vômitos 
constantes de conteúdo de suco 
gástrico (HCl, Na+, K+, Cl – e 
água), traduzida em consequente 
aumento de níveis séricos de 
bicarbonato 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
➢ Vômitos pós-prandiais imediatos 
em jato (súbito e não precedido 
de náuseas, podendo ser violento) 
➢ Pacientes descritos como 
emaciados (emagrecidos), com 
apetite voraz típico e desidratados 
➢ Apresentação de massa de “oliva” 
palpável na borda lateral do 
músculo reto abdominal no 
quadrante superior direito do 
abdômen (palpação da oliva é 
importante durante exame físico e 
essa apresentação ocorre como 
consequência do alongamento e 
espessamento do músculo do 
piloro, que acaba sendo desviado 
para cima) 
➢ Alcalose metabólica também é 
apresentação comum 
➢ Hipocalemia encontrada em 
bebês que vomitaram por mais de 
3 semanas 
➢ Hiperperistalse gástrica, 
caracterizada por ondas 
peristálticas vigorosas orientadas 
do quadrante superior esquerdo 
pro direito 
➢ Pode se associar com 
hiperbilirrubinemia (formando 
síndrome ictérico) e má rotação 
do intestino 
 
Alice Pontes Nogueira Vasconcelos 
DIAGNÓSTICO 
➢ Avaliação da história clínica, com 
enfoque na característica do 
vômito, mas também no alto 
apetite, baixa produção de urina, 
exposição a medicamentos 
antibióticos macrolídeos, história 
familiar de estenose pilórica 
➢ Palpação de oliva presente, 
sentindo uma massa firme na 
borda lateral do músculo reto 
abdominal no quadrante superior 
direito do abdômen, 
aproximadamente no tamanho e 
formato de azeitona 
➢ Avaliação do abdômen quanto a 
distensão e ruídos intestinais 
(sugerem obstrução intestinal e 
não estenose pilórica) 
➢ Avaliação de peso e comprimento 
(estado nutricional), membranas 
mucosas e turgor cutâneo 
(hidratação), pele e esclera 
(presença de eczema por alergia 
alimentar ou icterícia) 
➢ Testes laboratoriais são usados 
para avaliar a desidratação e 
depleção de eletrólitos (painel de 
eletrólitos e hemograma 
completo), com apresentação de 
cloreto e potássio baixos e 
bicarbonato elevado 
➢ Ultrassonografia é exame de 
imagem de escolha (normal: 
espessura do músculo pilórico 3 a 4 
mm; comprimento do músculo 
pilórico 15 a 19 mm; diâmetro 
pilórico 10 a 14 mm) 
 
➢ Série fluoroscópica gastrointestinal 
alta (sinais clássicos são canal 
pilórico alongado [sinal de corda], 
duas faixas finas de bário ao longo 
do canal pilórico criadas pela 
mucosa pilórica comprimida [sinal 
de double track]; ponta crônica 
terminando no canal pilórico [sinal 
de bico] e uma protuberância pré-
pilórica de bário [sinal do ombro]) 
➢ Endoscopia alta, onde em bebês 
com o distúrbio, a mucosa do 
antro e do piloro aparecem 
espessadas 
 
 
Alice Pontes Nogueira Vasconcelos 
 
TRATAMENTO 
➢ Tratamento definitivo é 
piloromiotomia cirúrgica, com 
incisão longitudinal do piloro 
hipertrófico com dissecção romba 
ao nível da submucosa, aliviando 
constrição e permitindo passagem 
normal do conteúdo do estômago 
pro duodeno 
➢ Gerenciamento de fluidos e 
eletrólitos, como manejo de 
concentrações de NaCl e dextrose 
(carboidrato)- deve ser controlada 
antes da cirurgia 
➢ Dilatação por balão guiada por 
endoscopia pode ser utilizada, 
porém não interrompe de forma 
confiável o anel seromuscular do 
piloro 
➢ Manejo conservador é uma das 
opções de tratamento, onde 
utiliza-se anticolinérgicos, porém 
apenas na impossibilidade da 
abordagem cirúrgica

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