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Aprendizado Baseado em Caso Clínico
Distúrbios no Metabolismo dos Carboidratos
Caso Clínico 1:
História da Doença Atual (HDA)
M.S.P, sexo feminino, 55 anos, profissão do lar, mora em uma fazenda com seu marido e foi encaminhada para Campo Grande para consulta médica de rotina, referindo cefaléia ocasional, visão turva e polifagia. Aumentou 10 kg nos últimos 5 anos. Não faz restrições alimentares. É sedentária. Fumante de 10 cigarros por dia.
Menopausa há 5 anos. Engordou 20 kg na última gravidez há 30 anos. Peso do filho ao nascer: 4,250 kg.
Antecedentes
Pai falecido de IAM e mãe obesa. Paciente desconhecia história de diabetes na família. Tabagista há 15 anos.
Exame Físico (parcial)
Altura: 1,56 m Peso: 76,800 kg IMC: 31,2 kg/m2
Cintura: 92 cm PA: 150 / 95 mmHg 
Restante do exame: NDN
Exames Laboratoriais
Glicose jejum: 132 mg/dL (VR: < 100mg/dL)
Hemoglobina glicada de 9,5% (VR: < 5,7%); 
Colesterol total: 280 mg/dL (VR: <200mg/dL)
Triglicérides: 300 mg/dL (VR: <150 mg/dL)
Creatinina: 0,9 mg/dL (VR: 0,6 a 1,2 mg/dL)
Exame Urina tipo I: glicosúria (+) / leucocitúria (+) (VR: Negativo)
Eletrocardiograma: Normal
a) Termos/ palavras desconhecidos
R: Polifagia: Aumento do apetite, fome elevada
IAM: Infarto agudo do miocárdio
Glicosúria: Presença de glicose na urina
b) Caso clínico 1 podemos pensar em que tipo de desordem (hipótese diagnóstica)? 
R: Diabetes Mellitus tipo 2
c) Descreva Evidências Clínicas (sinais e sintomas) versus Exames Laboratoriais
R: Paciente relata diversos sintomas como ganho de peso, fome frequente, glicose na urina e fatores de risco conhecidos que contribuem para pré-disposição da diabetes tipo 2 como: sedentarismo, tabagismo, hábitos dietéticos inadequados. Os exames laboratoriais foram detectados glicose em jejum acima dos valores de referencia (132mg/dl); presença de glicose na urina (glicosuria); hemoglobina glicada (9,5% VR: < 5,7%)
d) Como deve ser feito o diagnóstico laboratorial da DM?
R: O diagnostico deve ser feito com base nos exames de glicemia em jejum, hemoglobina glicada, TOTG (curva glicêmica). Normalmente o diagnostico é fechado quando os resultados se apresentam alterados repetidamente. 
e) Considerando que a hemoglobina glicada foi de 9,5 %, o que isso pode caracterizar? qual a importância de se avaliar esse parâmetro na DM? Justifique.
R: A hemoglobina glicada apresenta menos interferências de outros fatores alterações no dia a dia (ex: dieta) e independe de jejum 
f) Como deve-se iniciar o tratamento da DM?
R: O tratamento deve começar pela Educação nutricional, a maioria dos pacientes que desenvolvem diabetes tem hábitos sedentários e uma dieta não controlada. A mudança de hábitos é essencial pois está diretamente ligada a prevenção de complicações. No caso da paciente também seria essencial para maior controle da DM parar de fumar e iniciar atividade física. No caso da DM2 o médico também inicia o tratamento com antidiabético oral afim de manter os níveis de glicemia mais próximos aos valores de referência. A escolha do medicamento varia de acordo com os resultados laboratoriais, historia do paciente, custo do medicamento, comorbidades, entre outros. Entre as drogas utilizadas atualmente as mais prescritas estão: Glibencamida, glimepirida, metformina, pioglitazona, além de outras de custo mais elevado como Dapaglifllozina.
g) Quais as complicações tardias que a DM pode apresentar?
R: Pacientes diabéticos apresentam pré disposição a desenvolver doenças cardiovasculares, doença renal crônica, pé diabético, cegueira, e infecções recorrentes. 
Caso clínico 2:
Uma menina R.T, branca de 12 anos, chega ao pronto-socorro de um hospital de Campo Grande levada pelos pais, depois de 12 horas de náuseas, vômitos, dor abdominal e letargia com rápida progressão. Na última semana, ela sentiu polidipsia e poliúria. Os médicos suspeitaram de cetoacidose diabética (quadro agudo). O exame físico revelou uma menina magra e desidratada com taquipneia, taquicardia e sem resposta aos comandos verbais. Com exame de Glicose de jejum de 196 mg/dL (VR: < 100 mg/dL) e Urina tipo I: Corpos cetônicos (+++).
Pergunta-se:
a) Caso clínico 2 podemos pensar em que tipo de desordem? Justifique
R: Cetoacidose diabética, complicação aguda e a causa mais comum de morte em crianças e adolescentes com diabetes tipo 1. Normalmente apresenta os sintomas desidratação, confusão mental, polidipsia e poliúria (sede excessiva e micção frequente) como mencionados no caso. A cetoacidose ocorre quando há uma diminuição na insulina circulante combinada a liberação execessiva de hormônios reguladores como glucagon e cortisol, o que gera a produção de cetonas (ácidos sanguíneos). Esse quadro também pode ser desencadeados por infecções, uso de álcool, corticoides e traumas. Na cetoacidose os cuidados médicos são considerados urgentes para estabilização do paciente.

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