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Hislogia geral ii Deisy Gonçalves Mendes – XLI Maria Clara Conti – XLI Professor Miller Pereira Palhão 3° período – 2021/1 Sistema respiratório} - Morfologicamente, o Sistema Respiratório é dividido em porção condutora e porção respiratória. PORÇÃO CONDUTORA - O ar passa e sofre as modificações, ou seja, é aquecido, umidificado e filtrado. Formado por cavidade nasal, seios paranasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos (bronquíolo terminal). * No bronquíolo acontece a transição, à medida que ele se ramifica, a sua última porção, nos bronquíolos terminais, termina a porção condutora. PORÇÃO RESPIRATÓRIA - Cada bronquíolo terminal dá origem de 1 a 3 bronquíolos respiratórios, que é a primeira estrutura da porção respiratória e nesse local já ocorrem trocas gasosas. O bronquíolo respiratório tem parede intermitente, descontinuada com aberturas para os sacos alveolares (conjunto de vários alvéolos). Então, a porção respiratória é composta por bronquíolos respiratórios, sacos alveolares e alvéolos. - Saco alveolar possui um ducto alveolar e os alvéolos (unidade funcional, onde ocorre a troca gasosa). Esse ducto leva o ar a diversos alvéolos. Mucosa é um tecido epitelial e conjuntivo que reveste cavidades em contato com o meio externo. As mucosas são as nasais, conjuntival, oral e do trato urinário. Toda cavidade que tem uma continuação com o meio externo vai ter uma mucosa. Mucosa sempre tem uma camada de muco sob o tecido epitelial, então ela é sempre úmida. - Ao longo da porção condutora há 3 tipos de mucosa: Mucosa respiratória Mucosa olfatória Mucosa da laringe (cordas vocais) MUCOSA RESPIRATÓRIA (MR) - Tecido epitelial de revestimento pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes reveste uma superfície que está em contato com o ambiente externo. Possui núcleos próximos da membrana basal e outros próximos da superfície (núcleos em planos diferentes, mas todas as células possuem relação com a membrana basal, por isso não é estratificado). Sua principal célula é em formato colunar e na sua região apical possui cílios. As células caliciformes são células produtoras de muco e o muco reveste essa mucosa. - O batimento dos cílios varia seu sentido de acordo com o local onde está. Nas vias superiores (até início da traqueia e laringe) o batimento é sentido nasofaringe. Já nas vias aéreas inferiores, é ao contrário e impulsiona o muco a laringe para que ele volte e possa ser deglutido. - Além disso, existem células tronco teciduais nessa região que servem para reposição. Elas têm um certo grau de indiferenciação e se diferencia em células funcionais do tecido (célula colunar ciliada e célula caliciforme). - Derivado do epitélio, tem-se uma glândula exócrina chamada de seromucosa: uma secreção serosa e mucosa. Essa secreção ajuda a formar um “filme” que deixa a mucosa brilhante, é uma camada de muco acima das células. É importante para a filtração: as partículas ficam aderidas a ele. - O ar sofre um turbilhonamento na cavidade nasal e isso facilita que impurezas fiquem aderidas a esse muco, que precisa ter uma consistência pegajosa e liquida. - O conjuntivo que fica abaixo é muito vascularizado, formando plexos vasculares bem superficiais. Esses vasos aquecem a mucosa e o muco fica aquecido. Com isso, o muco também é responsável por aquecer o ar. - A medida que o ar passa pela mucosa ela também recebe umidificação. - Doenças respiratórias concentram nos meses mais frios do ano, porque as chuvas se tornam escassas, diminui a umidade do ar e resseca mais a mucosa, retirando mais água dela. As mucosas ficam com uma proteção menor, dificultando a limpeza, com isso o muco é levado para naso e orofaringe e vai ser deglutido para que ocorra uma renovação e novo muco seja produzido. Quando o ar está seco, dificulta a limpeza do ar e facilita a penetração de vírus e bactérias que destroem a mucosa. - Na cavidade nasal, essa mucosa está aderida a cartilagem (pericôndrio) ou ao osso (periósteo). * Pericôndrio = região dos septos. * Periósteo = conchas. - As lesões de células sempre iniciam pelo epitélio e na conjuntiva há um processo inflamatório com saída de células de defesa. Em casos leves, o tecido se repõe rapidamente. Em casos crônicos, como a rinite, pode ser depositado tecido fibroso na região. Em casos mais graves, pode atingir o osso ou cartilagem provocando mudança do formato do osso, culminando em desvio de septo. - Essa mucosa está presente em toda a porção condutora. Apenas nos bronquíolos que é uma região de transição. A medida que ele ramifica, essa mucosa muda a sua composição. - Se a mucosa é constantemente agredida, como pelo cigarro, há lesão, as células se multiplicam e sempre que há renovação célular há chances de ter metaplasia e neoplasia. - Metaplasia: aumento do número de mitoses na região. - Displasia: as células de reposição adquirem características diferentes da célula adulta. - Neoplasia: no meio das células que estão se dividindo, uma perde o controle e se divide de forma exagerada, formando tumores. MUCOSA OLFATÓRIA - Na região que reveste o osso etmoidal, no teto da cavidade nasal, a mucosa respiratória é substituída por uma mucosa olfatória. - Elas são parecidas, o diferencial é na presença da célula olfatória que parece um neurônio: possui um corpo (onde fica o núcleo), porção receptora (sensitiva) e porção motora (condutora) que se liga no gânglio, que possui um corpo de neurônios que se conecta no nervo olfatório, levando informação para o centro nervoso, podendo sentir o odor das substâncias. - Possui células ciliadas, não possui células caliciformes. - Possui células tronco que repõe os tipos de células presentes nesse epitélio. A célula madura dura em torno de 30 a 60 dias, depois sofrem apoptose. E as células imaturas vão desenvolver para repor essas outras células. - Glândula de Bowman – possui porção de ducto e a porção secretora e produz muco e algumas proteínas que ajudam a reconhecer o odor. O ar traz consigo algumas partículas odoríficas (flavorizantes) e essa proteína produzida junto ao muco, se liga nessas partículas e esse complexo é recebido pela célula olfatória, gera um potencial de ação nessa membrana, no gânglio e SNC. - Dependentes de cigarro não tem muita especificidade na hora de sentir o cheiro, pois ele se liga nessas células e impede a percepção de diferentes odores. Quando o indivíduo para de fumar em torno de 30 a 60 dias ele regenera essa função devido a regeneração dessas células. MUCOSA DA LARINGE (CORDAS VOCAIS) - Nessa região da laringe e, principalmente, das cordas vocais, a mucosa sofre drástica mudança na sua conformação. Ela não tem mais a função de umedecer, lubrificar e aquecer, mas sim de proteção contra atrito. Quando as cordas mudam o seu formato, fazem com que o ar passe com maior ou menor velocidade para ter a fonação adequada. - A mucosa respiratória é substituída por uma estratificada que tem a função de proteger contra o atrito. - É um Tecido Epitelial de Revestimento Estratificado Pavimentoso. Ele é mais resistente, pois naturalmente a taxa de renovação é mais rápida. A parte próxima a membrana basal é chamado de estrato germinativo. A medida que as células sobem elas sofrem alterações e chegam na superfície pavimentosas. - Porção tubular, a cavidade nasal conflui para ela. A partir dela o ar é conduzido por tubos. - Formada por 3 camadas: A camada mais interna é revestida pela mucosa respiratória, mas no conjuntivo aqui, existem as fibras elásticas, que permite a dilatação desse órgão durante a inspiração. Camada intermediária – cartilagem traqueal: é uma cartilagem hialina. Há os grupos isógenos que possuem os condrócitos, que estão se multiplicando. Possui crescimento intersticial: através da multiplicação dos condrócitos. Possui pericôndriodos dois lados e condroblastos. Camada adventícia – pode ter reserva de tecido adiposo e aporte sanguíneo que vai ser distribuído as outras camadas. * Nessa camada adventícia há uma camada de músculo liso, chamado de músculo traqueal. Ele une as duas aberturas da cartilagem, então durante a inspiração, o relaxamento desse músculo permite a abertura desse anel cartilaginoso. E a contração, permite o fechamento do anel cartilaginoso. - A traqueia chega até o pulmão na região da carina e se divide em brônquios principais que vão se ramificando cada vez mais, ocupando toda a área do pulmão. - Possui um revestimento seroso, que é a pleura visceral. Essa pleura tem uma capacidade de distensão. Sempre que tiver distensão de volume, vai ter conjuntivo rico em fibras elásticas. BRÔNQUIO - Formado por 3 camadas: Mucosa respiratória Músculo liso bronquial – está entre a mucosa e a camada adventícia. Ao longo do trajeto do brônquio o músculo liso vai fazendo voltas em espiral, até chegar próximo ao alvéolo. Então num corte perpendicular, em locais é possível ver o músculo e em outros não. Camada adventícia – possui pequenas placas de cartilagem hialina que servem para a sustentação, elas mantêm o lúmen aberto, como se fosse o “esqueleto” do brônquio. BRONQUÍOLO - Pode ser comparado a uma arteríola: ultimo local da via arterial que possui músculo e está sob controle do SNA (simpático e parassimpático). * Broncodilatação e bronquiolodilatação – aumenta o volume de ar que chega na via respiratória. * Broncoconstrição e bronquioloconstrição – diminui o volume de ar que chega na via respiratória - Não possui mais camada adventícia. - Mucosa com muita fibra elástica, que é importante para o enchimento e esvaziamento da porção respiratória. - Sua mucosa está em transição, então começa a ter algumas diferenças com a mucosa nasal: Ausência de células caliciformes Células colunares cúbicas Ausência de glândulas seromucosas Começam a aparecer células claras – produtoras de surfactante (impede o colabamento das mucosas) BRONQUÍOLO TERMINAL, RESPIRATÓRIO E SACOS ALVEOLARES - Bronquíolo terminal é a última estrutura da porção condutora. Nessa região ainda não tem troca gasosa. Porém, cada bronquíolo terminal, pode originar até 3 bronquíolos respiratórios. * Bronquíolo terminal: mucosa respiratória, músculo liso. - Bronquíolo respiratório: mucosa e musculatura lisa. Mas ao longo do seu trajeto ele possui os ductos alveolares e alvéolos, formando um saco alveolar. - Anatômica e histologicamente falando, cada bronquíolo terminal com os seus bronquíolos respiratórios formam o lóbulo pulmonar. E cada bronquíolo respiratório com os seus sacos alveolares, forma o ácino pulmonar. Bronquíolo terminal + respiratórios = lobo pulmonar Bronquíolos Respiratórios + sacos alveolares = ácino pulmonar ALVÉOLO - É revestido por 2 tipos de células cúbicas: Pneumócitos tipo I – faz trocas de O2 e CO2. Pneumócitos tipo II – Produz surfactante a nível alveolar. - Possui uma lâmina basal, onde se apoiam as células epiteliais. - Do lado dele aparece o interstício, que está envolvendo o alvéolo. Ele é muito vascularizado e é responsável pelas trocas: recebe sangue oxigenado e liberar o CO2. - Possui muitas fibras elásticas. - Esse conjuntivo pode ser onde as células iniciam uma resposta inflamatória no COVID-19. A resposta inflamatória desse tecido conjuntivo é exacerbada e leva a disfunção do alvéolo com consequente falta de ar. - Não possui músculo liso, quando o ar chega o alvéolo enche e expande. Quando ocorre o esvaziamento, a fibra elástica exerce uma força sobre o alvéolo, promovendo a renovação do ar. * Enfisema pulmonar = o organismo produz uma enzima, chamada elastase que quebra a proteína elastina que dá origem as fibras elásticas. Com isso, o alvéolo perde a capacidade de retrair e eles perdem a sua função.
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