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DI - Equilíbrio entre vida profissional e pessoal

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CENTRO EUCACIONAL FUNDAÇÃO SALVADOR ARENA 
FACULDADE DE TECNOLOGIA TERMOMECÂNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BEATRIZ DE SOUSA 
BEATRIZ IONARA 
BEATRIZ NASCIMENTO 
VANESSA YAHASHIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL: EQUILÍBRIO ENTRE VIDA PESSOAL E 
PROFISSIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Bernardo do Campo 
2018 
1 INTRODUÇÃO 
 
O equilíbrio entre a vida profissional e pessoal relaciona-se diretamente com o fator 
social determinante de cada indivíduo em sociedade. As origens desiguais que o atual 
sistema socioeconômico nos proporciona é o que permite que cada colaborador de uma 
empresa atue e desenvolva-se profissionalmente de forma diferente um do outro e o 
equilíbrio citado pode ser mais adjacente em determinado grupo social. 
 
2 VARIAVÉIS QUE INTERFEREM NO EQUILÍBRIO ENTRE A VIDA 
PROFISSIONAL E PESSOAL 
 
 2.1. Desenvolvimento familiar 
Entre os anos 40 e 70 houve uma crescente onda de desenvolvimento da educação, 
com a criação de escolas técnicas profissionalizantes para proporcionar melhores 
condições de vida para a classe trabalhadora e uma mudança no paradigma sociocultural 
com a inserção das mulheres no mercado de trabalho. Entretanto, essa inserção deu voz 
para algo velado pela sociedade, o poderio patriarcal que desde os primórdios bloqueia a 
expansão da mulher restringindo-a aos cuidados familiares. (SANTOS, 2012 apud 
WOOLF, 2004) 
A mulher entrou no mercado de trabalho inicialmente em razão das guerras – 
âmbito internacional – e/ou de desigualdades sociais que tornaram necessária dela para 
sustento ou complementação da renda familiar, – mas já com o valor de seu trabalho 
inferiorizado em relação ao do homem, este, visto como um ser produtivo e criador de 
valor enquanto o dela era visto como uma “ajuda”. Sua atuação se deu em postos mais 
sacrificados e mal remunerados. Paralelamente, a mulher continuou carregando a 
obrigação determinada socialmente do “cuidar” familiar, tarefa com uma característica 
intrínseca de insignificância social e que resulta numa divisão desigual das 
responsabilidades domésticas e na chamada “dupla jornada” de trabalho feminino, que 
precisa dar conta das tarefas domésticas sem remuneração e no trabalho remunerado nas 
empresas. Como expõe Santana (2006), o termo “dupla jornada” refere-se a quase 
impossibilidade de se haver um rendimento ou equilíbrio entre as duas jornadas por conta 
da grande exigência de tempo, disponibilidade e compenetração que ambos exigem. 
 2.2. Antecedentes e conflitos na vida pessoal 
A relação sócio-familiar positiva ou negativa na vida pessoal de cada colaborador 
interfere diretamente na maneira que este exercerá suas funções em uma empresa. O 
rendimento dos funcionários é afetado diretamente pelo seu estado emocional, pois somos 
igualitariamente seres emotivos e racionais. (LEITÃO et al, 2006 apud MATURANA, 
2001). Conflitos na vida pessoal, como constante presença ante cenas de violência, 
abusos, stress e desigualdades, tornam o indivíduo habituado à violência e desenvolva 
distúrbios mentais tais como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, ataques de raiva, 
stress e transmita parte desta hostilidade ao ambiente profissional. 
2.3. Desenvolvimento pessoal 
O desenvolvimento pessoal é uma área de estudo importante para se responder aos 
diferentes desafios profissionais, assim como possibilitar a vivência de novas 
experiências e oportunidades. Para alcançar o desenvolvimento pessoal, alguns fatores 
são importantes, como: autoconhecimento, planejamento pessoal e comunicação 
interpessoal. (NOVA APRENDIZAGEM) 
Outro fator importante é a inteligência emocional, que consiste na “capacidade para 
perceber, gerar e regular as nossas emoções de modo a promover-se o crescimento 
emocional e intelectual”. Para promover a inteligência emocional é necessário: ter 
consciência, atuar com visão, ter controle, saber avaliar, ter ambição. Um 
desenvolvimento pessoal eficaz contribui para a diminuição do absenteísmo, rotatividade 
e melhoria de desempenho. (NOVA APRENDIZAGEM; DESSEN, DA PAZ, 2010) 
 2.4. Desenvolvimento profissional 
O desenvolvimento profissional eficaz é possível ao ter o total conhecimento e 
compreensão da área de especialização, representando o alcance de habilidades e 
conhecimentos necessários, para executar a profissão e assim alcançar a ascensão e 
realização profissional e também uma aspiração pessoal. 
Um ambiente de trabalho agradável é de grande importância para o 
desenvolvimento das atividades de forma factível de uma organização, portanto é 
necessário investir cada vez mais em salas dinâmicas e espaços para descompressão, onde 
os colaboradores possam descontrair, e retornar ao trabalho revigorados, como indicado 
no estudo de Pereira Coutinho (2015), funcionários felizes e saudáveis são mais 
produtivos, proativos e criativos. 
Entretanto, é importante ressaltar que as divergências sociais afetam o 
desenvolvimento profissional, uma vez que a ocupação em âmbito profissional supre 
inúmeras variáveis sociais como, por exemplo, o gênero, em que mulheres atuam em 
maior escala (13% do total de mulheres do ensaio) em ocupações que apresentam 
remuneração menor, como em serviços domésticos sem registro, e homens atuam em 
72,4% em setores privados, com remuneração maior, e de carteira assinada. (ROLIM, 
2018). A carga horária do trabalho, aliada muitas vezes a carga horária dos estudos para 
desenvolvimento profissional também pode ter como consequência o aumento de 
transtornos mentais devido a pressão de ambos os ambientes. 
 2.5. Acompanhamento psicológico e apoios no ambiente profissional 
No ambiente profissional, a pressão por bons resultados e corriqueira rotina pode 
gerar nos colaboradores stress e, para conter tais distúrbios é necessário cuidados com a 
saúde mental e a vida emocional dos indivíduos. 
Uma prática que vem sendo adotada por algumas empresas é o plantão psicológico, 
que consiste em um atendimento realizado por psicólogos com o objetivo de orientar os 
gestores e colaboradores o que pode prejudicar a qualidade do trabalho exercido pelos 
mesmo, como dificuldades na vida pessoal, relacionamentos amorosos ou familiares 
complicados, sobrecarga de funções, entre outros, onde o foco passa a ser a qualidade de 
vida no trabalho e a valorização do bem-estar e da saúde mental. 
 2.6. Papel do gestor 
Atitudes éticas, respeito e lealdade são essenciais no ambiente profissional, a 
cooperação e a confiança devem ser mútuas, uma vez que para haver êxito nas atividades 
exercidas é necessário haver cumplicidade entre líderes e liderados. 
Entretanto, é de suma importância que o gestor conheça as limitações de cada 
indivíduo, identificando onde estão os problemas, planejando e executando treinamentos 
para o desenvolvimento dos seus liderados, oferecendo empatia e apoio para que os 
colaboradores se sintam respeitados e incentivados. 
 
3 CONCLUSÃO 
Alcançar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é uma tarefa árdua, que 
inclui inúmeras variáveis. Torna-se necessário que o gestor saiba lidar com os diferentes 
tipos de personalidade e desigualdades sociais que possam afetar o trabalho, as empresas 
mudem seu ambiente para atender as necessidades que a sociedade atual demanda com 
implementação de creches, espaços infantis, apoio psicológicos, treinamento para os 
gestores e líderes, e concomitantemente o colaborador busque o autoconhecimento, 
inteligência emocional e consequente desenvolvimento pessoal. 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
DESSEN, Marina C.; DA PAZ, Maria das Graças Torres. Bem-estar pessoal nas 
organizações: o impacto de configurações de poder e características de personalidade. 
Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 26, n. 3, pp. 549-556, jul./set. 2010. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n3/a18v26n3 > Acesso em: 21 out. 2018. 
PEREIRA COUTINHO,Miguel Ramos de Castro. A felicidade no trabalho: implicações 
no valor da empresa e no indivíduo. 2015. Tese de Doutorado. 
ROLIM, Lilian. N. (08 de Março de 2018). A inserção da mulher no mercado de trabalho 
brasileiro. Fonte: Carta Capital: https://www.cartacapital.com.br/blogs/brasil-debate/a-
insercao-da-mulher-no-mercado-de-trabalho-brasileiro, acesso em 20 de outubro de 
2018. 
NOVA APRENDIZAGEM. Desenvolvimento pessoal e formação. Disponível em: 
<http://www.rcc.gov.pt/novaaprendizagem/nl/Documents/Guia%20@prender_9.pdf>. 
Acesso em: 21 out. 2018. 
SANTOS, Taysa S.; MAIA, Suzana. A condição feminina: dupla jornada de trabalho. 
Revista Partes, 2012. 
LEITÃO, Sergio Proença; FORTUNATO, Graziela; DE FREITAS, Angilberto Sabino. 
Relacionamentos interpessoais e emoções nas organizações: uma visão biológica. Revista 
de Administração Pública, v. 40, n. 5, p. 883-908, 2006.

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