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Saimon Gabriel Sozinho Adriano Paulo Juliano Nelson Daniel José Baptista Manuel André Iatroquímica História de Química Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química Universidade Púnguè Tete, Junho, 2021 ii Saimon Gabriel Sozinho Adriano Paulo Juliano Nelson Daniel José Baptista Manuel André Iatroquímica Licenciatura em Ensino de Biologia com habilitações em Química Trabalho a ser entregue no Departamento de Ciências Naturais e Matemática, como critério de avaliação para a cadeira de História de Química, orientado por: Msc. Castigo Sebastião Chame. Universidade Púnguè Tete, Junho, 2021 iii Índice 1. Introdução............................................................................................................................ 4 2. Objetivos ............................................................................................................................. 4 2.1. Objetivos Geral ............................................................................................................ 4 2.2. Objetivos Específicos .................................................................................................. 4 3. IATROQUÍMICA ............................................................................................................... 5 3.1. Paracelso e a Iatroquímica ........................................................................................... 5 3.2. Sucessos e fracassos da Iatroquímica .......................................................................... 7 3.3. Objetivos da iatroquímica ............................................................................................ 8 3.4. Contribuição da Iatroquímica para o desenvolvimento da química ............................ 8 4. Conclusão ............................................................................................................................ 9 5. Bibliografia........................................................................................................................ 10 4 1. Introdução A iatroquímica pode ser reconhecida como um conjunto de ideias que explicavam o funcionamento do corpo humano e as doenças segundo processos químicos. Neste contexto, a principal inovação desta escola foi a introdução de compostos químicos no tratamento de doenças, em contraposição à ideia dos galenistas de que apenas forças ocultas, aliadas às ervas medicinais, surtiriam efeito na cura dos males do corpo. Surgida sob os punhos de Paracelsus e organizada sob a mente de Van Helmont, a iatroquímica reinou absoluta durante o século VII, até a introdução das ideias iatromecânicas de caráter oposto à iatroquímica. A escola iatromecânica explicava as doenças e o funcionamento do corpo humano segundo processos puramente mecânicos e representou, de certa forma, uma complementação das ideias iatroquímicas. 2. Objetivos 2.1. Objetivos Geral Conhecer a Iatroquímica 2.2. Objetivos Específicos Analisar a iatroquímica Explicar os fracassos e sucesso de iatroquímica Identificar os objetivos da iatroquímica Descrever as contribuições da iatroquímica para o desenvolvimento da química https://proquimica.iqm.unicamp.br/glossario.htm https://proquimica.iqm.unicamp.br/glossario.htm https://proquimica.iqm.unicamp.br/glossario.htm 5 3. IATROQUÍMICA saimone O Renascimento, período da história da Europa marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinala ao final da Idade Média e ao início da Idade Moderna, possuía como características fundamentais o racionalismo e a experimentação. Para e desenvolvimento científico são esses atributos fundamentais; desenvolvera assim as bases do método científico. Neste período, um certo número de homens dedicara sua vida à coleta de dados e ao armazenamento criterioso de informações, as quais possibilitaram posteriormente que fôssemos muito além da alquimia medieval predominante na idade média. Entre 1400 e 1600, com a iatroquímica focou-se mais a cura das doenças através de substâncias misteriosas. As ideias desenvolvidas pela Iatroquímica ainda estavam muito influenciadas por uma forte noção de sobrenatural. Pensava-se que um grande número de observações experimentais eram diretamente determinadas por forças vitais misteriosas, as quais não podiam ser entendidas. Sucedendo a Alquimia, a Iatroquímica herdou um legado de procedimentos laboratoriais sem um método estabelecido, que não chegou aos resultados esperados, mas possibilitou a descoberta, extração e síntese de muitas substâncias químicas, o que acabou por incentivar indistintamente a sua utilização no tratamento de doenças da época, princípio preconizado pela Iatroquímica. A Iatroquímica tratava de uma nova forma de avaliar o conhecimento científico produzido pelo homem. Combatia a Alquimia afirmando que um cientista verdadeiro dedicava-se à produção de medicamentos, e não à fabricação do ouro. Dessa forma, surge então a indústria de medicamentos, a qual baseava-se basicamente em extratos vegetais e minerais; estes últimos até mesmo derivados de metais pesados. O nitrato de mercúrio (HgNO3), por exemplo, foi utilizado no combate à sífilis por longa data, doença de grandes proporções no século XVI. 3.1. Paracelso e a Iatroquímica sozinho De acordo a Vanin (1994), entre 1490 e 1541 viveu uma grande figura na área da iatroquímica, sendo este Theophrastus Bombastus von Hohenheim, mais conhecido como Phillipius Aureolus Paracelsus. ele acreditava que o corpo seria um conjunto harmonioso de https://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/ https://www.infoescola.com/historia/historia-moderna/ https://www.infoescola.com/quimica/alquimia/ https://www.infoescola.com/quimica/substancia-quimica/ https://www.infoescola.com/quimica/metais-pesados/ 6 compostos químicos, e que eram necessários medicamentos, ou substâncias químicas, que devolvessem essa harmonia quando o corpo fosse atacado por uma doença. Paracelsus teve grande influência no progresso da medicina e da química, embora algumas de suas práticas fossem contaminadas pelo misticismo da época, trazendo observações e avaliações equivocadas. Ele acreditava que o homem era feito por três princípios: o sal, o enxofre e o mercúrio. A separação destes resultaria em doenças. Esta teoria é de origem árabe, ampliada pelos gregos é data do século XVI. Visto que o pai de Paracelso era um grande conhecedor da metalurgia e praticava a Alquimia; Paracelso desde pequeno se tornou também exímio conhecedor das propriedades e da manipulação dos minerais. Mais tarde esse conhecimento foi ampliado, quando passou a trabalhar em minas e oficinas. Aos 14 anos, de modo obstinado, como era de seu costume, Paracelso partiu a pé para a Europa em busca de conhecimento em universidades. Quando estava quase completando 20 anos, ele passou a expor suas ideias heterodoxas, pois rejeitou por completo as doutrinas de seu tempo. Segundo Vanin (1994), “O princípio mercúrio seria responsável pela fluidez e pelo brilho metálico, o enxofre pela combustibilidade e o sal pela estabilidade.” Ainda de acordo com Vanin (1994), Paracelsus apesar de ter feito observações errôneas a respeito de alguns experimentos, foi importante. “Seu trabalho teve muitos aspetos positivos, como a introdução das tinturas, isto é, extratos alcoólicos, sendo o pioneiro no uso de remédios a base de ópio e de substâncias inorgânicas, como o mercúrio, ferro, enxofre, chumbo, arsênico e sulfato de cobre. Várias dessas substâncias, devidamente formuladas, fazem parte do receituário médico de hoje. É o caso do ópio (sedativo), do ferro (antianêmico), do mercúrio (presente em antissepticos, como o merúrio-cromo e o metiolate),e do enxofre ( antimicótico, especialmente de uso veterinário).” (VANIN, 1994) Segundo ele, um médico de verdade deveria sair à procura do conhecimento de pessoas como “velhas comadres, ciganos, feiticeiros, tribos nômades, velhos ladrões” e aprender com elas, por meio da experiência. E foi isso o que ele fez. Suas viagens lhe renderam muito conhecimento popular, que ele pôde aplicar em suas práticas médicas, com bastante êxito; ainda que, de início, as pessoas se mostrassem receosas e desconfiadas com seus métodos nada convencionais. 7 Tais prescrições de Paracelsus foram usadas até meados do século XX, e algumas substituídas por novos produtos por avanços da química. Com o passar do século, começou a haver divergências entre as “autoridades” do conhecimento, com isso causando fissuras irrecuperáveis no antigo sistema. Grandes estruturas como os pensamentos de Aristóteles começam a perder suas forças, sendo assim necessitando a formulação de uma nova maneira de interpretar o mundo. 3.2. Sucessos e fracassos da Iatroquímica nelson Fracassos e jose Baptista Sucessos A escola médica iatroquímica, fundada por Jan Baptista van Helmont baseava-se no estudo do funcionamento do organismo humano a partir de processos e reações químicas. Neste contexto, a principal inovação desta escola foi a “introdução de compostos químicos no tratamento de doenças”, em contraposição à ideia dos galenistas de que apenas forças ocultas, aliadas às ervas medicinais, surtiriam efeito na cura dos males do corpo. A grande causa do surgimento da iatroquímica foi o desenvolvimento da alquimia. Segundo esta, era possível a transformação de quaisquer metais em ouro, ou seja, “a transmutação pela pedra filosofal”. “Procurar o processo que permitiria tal proeza fez com que muitos alquimistas realizassem experiências sem critérios científicos bem estabelecidos, sem um método, o que gerou uma grande quantidade de resultados que não atingiram o objetivo da transmutação”. Com tantos experimentos, muitas novas substâncias químicas foram descobertas, o que incentivou seu uso no tratamento de doenças, exatamente o que era pregado pela iatroquímica. Obviamente, surgiram resistências a este tipo de abordagem. A Faculdade de Medicina de Paris, ainda galenista, não adotava as ideias iatroquímicas enquanto a Faculdade de Montpellier as adotava. O tiro de misericórdia às ideias galenistas foi dado quando o rei da França declarou ter sido curado de uma enfermidade após ter ingerido vinho com antimônio e proclamou a excelência deste último como medicamento. A maioria dos iatroquímicos era formada por médicos que foram severamente criticados por suas ideias. Dizia-se que eram mais especuladores, mais cientistas de gabinete do que homens ligados à realidade das doenças e da morte. Apesar das críticas e do cunho sobrenatural que ainda permeavam a iatroquímica, não se pode negar que esta estendeu os limites dos https://pt.wikipedia.org/wiki/Jan_Baptista_van_Helmont https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo 8 tratamentos de doenças, muitos foram modificados e outros surgiram, fornecendo condições para o desenvolvimento da farmacologia. 3.3. Objetivos da iatroquímica Manuel Produção de medicamentos Trazer cura á doenças. 3.4. Contribuição da Iatroquímica para o desenvolvimento da química Paulo A Iatroquímica ficou conhecida como o ramo da química a serviço da medicina, o que para nós hoje seria chamado de química medicinal. O preparo de medicamentos e a explicação das doenças são os focos nesse contexto. Uma das maiores contribuições da Iatroquímica para o desenvolvimento da química foi a aplicação prática dos produtos. A utilização de conhecimentos químicos para a produção de medicamentos e para a cura de doenças foi o que mais marcou esse período, levando ao desenvolvimento da própria química e também da medicina. 9 4. Conclusão As ideias da iatroquímica eram carregadas de um cunho sobrenatural e influenciadas pelos galenistas. O próprio Van Helmont achava que os fenômenos vitais eram determinados por uma força misteriosa chamada “arqueus” situada na região estomacal. A grande causa do surgimento da iatroquímica foi o desenvolvimento da alquimia. Segundo esta, era possível a transformação de quaisquer metais em ouro, ou seja, “a transmutação pela pedra filosofal”. Procurar o processo que permitiria tal proeza fez com que muitos alquimistas realizassem experiências sem critérios científicos bem estabelecidos, sem um método, o que gerou uma grande quantidade de resultados que não atingiram o objetivo da transmutação. Com tantos experimentos, muitas novas substâncias químicas foram descobertas, o que incentivou seu uso no tratamento de doenças, exatamente o que era pregado pela iatroquímica. A maioria dos iatroquímicos era formada por médicos que foram severamente criticados por suas ideias. Dizia-se que eram mais especuladores, mais cientistas de gabinete do que homens ligados à realidade das doenças e da morte. Apesar das críticas e do cunho sobrenatural que ainda permeavam a iatroquímica, não se pode negar que esta estendeu os limites dos tratamentos de doenças, muitos foram modificados e outros surgiram, fornecendo condições para o desenvolvimento da farmacologia. https://proquimica.iqm.unicamp.br/glossario.htm https://proquimica.iqm.unicamp.br/glossario.htm 10 5. Bibliografia “Enciclopédia Medicina e Saúde”, Volume Histórico, Editora Abril Cultural, São Paulo, 1968. VANIN, José Atílio. Alquimistas e Químicos: O Presente e o Futuro. 7d. São Paulo: Moderna, 1994.
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