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Direito previdenciário - financiamento da seguridade social

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Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, 
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: 
• De maneira direta é quando alguém está elencado como contribuinte. Por exemplo: pratica um fato e este 
fato gera a obrigação de pagar a contribuição, como ocorre com o trabalhador com o exercício de atividade 
remunerada. 
• De maneira indireta, quando o recurso não pertence de forma originaria a seguridade. Por exemplo: a união 
é responsável por socorrer a seguridade ou a previdência, assim quando faltar recursos para pagar benefícios, 
quando não tem como pagar a União que socorre. 
Art. 76 ADCT – desvincula de órgãos, fundos ou despesas 30% de várias contribuições sociais. 
Então é um mecanismo que transforma as contribuições sociais em impostos, como se fosse um ‘desaetamento’. 
Assim, a União ao invés de aportar recursos na seguridade, os retira. 
Os orçamentos dos Estados, Municípios e DF não compõem a receita da União. 
I- do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
Importante! 
Temos a tendência em acreditar que empresa é 
sempre pessoa jurídica, podendo ser pessoa 
física. Por exemplo: mestre de obras, o médico 
que possui uma secretária. Conceito fiscal amplo. 
 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe 
presta serviço, mesmo sem vínculo empregatício. 
CPP – Contribuição Previdenciária Patronal. É utilizado o termo 
previdenciário, porque a própria Constituição afeta/ vincula a 
arrecadação ao pagamento do benefícios no art. 167, xi, CF. 
 
Quando uma empresa pago ao seu empregado hora extra, salário, gratificação é um fato gerador de obrigação 
previdenciária. Quando uma empresa contrata um trabalhador autônomo, ele não tem vínculo, mas gera obrigações. 
b) a receita ou o faturamento; 
COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
– sendo direcionada para a saúde, educação, assistência e 
previdência. 
 
Exemplo: o faturamento é um supermercado que vendeu seus produtos e tem a incidência de tributos sobre isso. 
c) o lucro. 
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Liquido. 
 
Direito Previdenciário 
 FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL 
II- do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotados alíquotas progressivas de 
acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas 
pelo Regime Geral de Previdência Social; 
CPS – Contribuição Previdenciária do Segurado – na previdência 
o segurado tem que pagar de forma compulsória. É considerado 
previdenciária pois o art. 167, XI, CF, veda a receita seja alocada 
em outro ponto que não seja para pagar benefícios. 
 
A partir do “podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição” – é uma 
inovação jurídica a alíquota progressiva. 
“não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social”, ou 
seja, quando o INSS paga pensão ou aposentadoria isso não gera obrigação de pagar contribuição previdenciária. O 
pagamento de aposentadoria e pensão não é fato gerador previdenciário. 
 
CUIDADO! Não estou dizendo que o aposentado quando volta a trabalhar está dispensado de contribuição, mas 
sim, que o provento e a contribuição pagas pelo regime federal não gera obrigação de pagar. 
 
As contribuições que o aposentado paga, gera o direito a outro benefício? NÃO, e não possibilita o recalculo da 
primeira aposentadoria que recebia, não gera direito de devolução. 
 
No entanto, se o aposentado continua trabalhando para um terceiro, não isenta o empregador de realizar o 
pagamento patronal. O não pagamento gera multas e juros. 
 
Permite que a União exija contribuição de quem é trabalhador e mesmo de quem não é trabalhador, mas contribui 
para o regime geral de maneira facultativa. E permite-se a criação de alíquotas progressivas, à medida que a base 
contributiva sobe as alíquotas sobem também. 
A aposentadoria e pensão pagas pelo regime geral são imunes ao regime de contribuição, a União não tem 
competência para exigir. 
 
III- sobre a receita de concursos de prognósticos; são os concursos da caixa econômica federal em que uma parte são 
para o pagamento do prêmio (34%), custeio (18%), repasses sociais (48%) – imposto de renda e previdência. 
 
IV- do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
PIS/ COFINS – IMPORTAÇÃO. 
 
ATENÇÃO! A constituição federal não cria tributos, atribui a União instruir através de leis ordinária ou medida 
provisória. 
 
AFETAÇÃO DE RECEITAS 
Art. 167. São vedados: 
XI – a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a e II, para a realização 
de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. 
 
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL 
Art. 195 (...) 
§6° As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da 
publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”. 
 
COMPETÊNCIA RESIDUAL 
Art. 195 (...) 
§4° A lei poderá instituir outras fontes distintas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido 
o disposto no art. 154, I. 
 
Art. 154. A união poderá instituir: 
I- Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não- cumulativos e não 
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição. 
 LC 
Requisitos Não- cumulatividade 
 Inovação FG/ BC 
 
LEI 8.212/1991 – REDAÇÃO ORIGINAL (91) 
Este artigo trata da CPP – contribuição previdenciária patronal. 
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade social, além do disposto no art. 23, é de: 
I- 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título no decorrer do mês, 
aos segurados empregados, empresários, trabalhadores avulsos e autônomos que lhe prestem serviços; 
Hoje nem temos o que falar sobre empresários e trabalhadores avulsos, viraram contribuintes individuais. 
Em 91, o texto original da constituição federal sem a emenda 20 não tinha suporte: 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada (...) e das seguintes contribuições sociais: 
I- dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro; 
II- dos trabalhadores; 
III- sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 
Antes, a União poderia por meio de uma lei ordinária exigir dos empregadores as contribuições incidentes sobre a 
folha de salários. Isso pode ficar complicado em trabalhadores autônomos que não possuem o vínculo com o 
empregador e assim gerando um descompasso com a competência tributária. 
 
RE 166.772, j. 12/05/1994 
(...) O conteúdo político de uma Constituição não é conducente ao desprezo do sentido vernacular das palavras, muito 
menos ao do técnico, considerados institutos consagrados pelo Direito. (...). A relação jurídica mantida com 
administradores e autônomos não resulta de contrato de trabalho e, portanto, de ajuste formalizado à luz da 
Consolidação das Leis do Trabalho. Daí a impossibilidade de se dizer que o tomador dos serviços qualifica-se como 
empregador e que a satisfação do que devido ocorra via folha de salários. Afastando o enquadramento no inciso I, 
do artigo 195 da Constituição Federal, exsurge a desvalia constitucional da norma ordinária disciplinadora da 
matéria. A referência contida no §4° do artigo 195 da Constituição Federal ao inciso I do artigo 14 nela insculpido, 
impõe a observância de veículo próprio – a lei complementar. Inconstitucionalidadedo inciso I do art. 3° da Lei n° 
7.787/89, no que abrangido o que pago a administradores e autônomos. Declaração de inconstitucionalidade limitada 
pela controvérsia dos autos, no que não envolvidos pagamentos a avulsos. 
 
RE 177.296, j. 15/09/1994 
EMENTA: - Contribuição social. Arguição de inconstitucionalidade, no inciso I do artigo 3° da Lei 7.787/89, da expressão 
‘avulsos, autônomos e administradores”. Procedência. – O Plenário desta Corte, ao julgar o RE 166.772, declarou a 
inconstitucionalidade do inciso I do artigo 3° da Lei 7.787/89, quando aos termos “autônomos e administradores”, 
porque não estavam em causa os avulsos. A estes, porém, se aplica a mesma fundamentação que levou a essa 
declaração de inconstitucionalidade, uma vez que a relação jurídica mantida entre a empresa e eles não resulta de 
contrato de trabalho, não sendo aquela, portanto, sua empregadora, o que afasta o seu enquadramento no inciso I 
do artigo 195 da Constituição Federal, e, consequentemente, impõe, para a criação de contribuição social a essa 
categoria, a observância do disposto no par. 4° desse dispositivo, ou seja, que ela se faça por lei complementar e 
não – como ocorreu – por lei ordinária. Recurso extraordinário conhecido e provido, declarando-se a 
inconstitucionalidade dos termos “avulsos, autônomos e administradores” contidos no inciso I do artigo 3° da Lei n° 
7.787/89. 
 
ADIN 1.102, j. 05/10/1995 
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL: EXPRESSÕES 
“EMPRESÁRIOS” E “AUTONOMOS” CONTIDAS NO INC. I DO ART. 22 DA LEI N. 8.212/91. PEDIDO PREJUDICADO 
QUANTO AS EXPRESSÕES “AUTONOMOS E ADMINISTRADORES” CONTIDAS NO INC. I DO ART. 3° DA LEI N. 7.787/89. 
1. O inciso I do art. 22 da Lei n. 8.212/91, derrogou o inciso I do art. 3° da Lei n. 7.787/89, porque regulou inteiramente 
a mesma matéria (art. 2°, par. 1° da LICC). Malgrado esta revogação, o Senado Federal suspendeu a execução das expr 
essões “avulsos, autônomos e administradores” contidas no inc. I do art. 3° da Lei n. 7.787, pela Resolução n. 15, de 
19.04.95 (DOU 28.04.95), tendo em vista a decisão desta Corte no RE n. 177.296-4. 2. A contribuição previdenciária 
incidente sobre a “folha salários” (CF, art. 195, I) não alcança os “autônomos” e “administradores’, sem vínculo 
empregatício; entretanto, poderiam ser alcançados por contribuição criada por lei complementar (CF, arts. 195, par. 
4° e 154, I). Precedentes. 3. Ressalva do Relator que, invocando política judicial conveniência, concedida efeito 
prospectivo ou “ex-nunc” a decisão, a partir da concessão liminar. 4. A ação direta conhecida e julgada procedente 
para declarar a inconstitucionalidade das expressões “empresários” e “autônomos” contidas no inciso I do art. 22 da 
Lei n. 8.212, de 25.07.91. 
 
LC 84, DE 18/01/1996 – com base no artigo 195, §4° da Constituição Federal. 
Art. 1°. Para a manutenção da Seguridade social, ficam instituídas as seguintes contribuições sociais: 
I – a cargo das empresas e pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, no valor de quinze por cento do total das 
remunerações ou retribuições por elas pagas ou creditadas no decorrer do mês, pelas serviços que lhe prestem, sem 
vínculo empregatício, os segurados empresários, trabalhadores autônomos, avulsos e demais pessoas físicas; e 
 
Quando uma empresa remunerasse um autônomo sobre essa remuneração haveria a contribuição previdenciária 
patronal de 15%. A partir de quanto essa contribuição seria exigida – bastando a noventena (art. 195, §6° da CF). 
 
Art. 8° Esta lei entra em vigor na data de publicação, produzindo efeitos a partir do dia primeiro do mês seguinte ao 
nonagésimo dia daquela publicação. 
 
É VÁLIDA A LEI COMPLEMENTAR 
 
RE 228.321, j. 01/10/1998 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: EMPRESÁRIOS. AUTONOMOS 
E AVULSOS. Lei complementar n° 84, de 18.01.96: CONSTITUCIONALIDADE. I – Contribuição social instituída pela Lei 
Complementar n° 84 de 1996: constitucionalidade. II. – R.E. não conhecido. 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – REDAÇÃO DA EC 20/1998 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, 
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: 
I- do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salário e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe 
preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 
Antes da emenda 20, se a união quisesse aumentar a contribuição criada pela lei complementar poderia ser por lei 
ordinária? Não, porque foi criada em lei complementar. 
Dependendo de lei complementar para criar, majorar ou extinguir. Então, quanto as contribuições não previstas na CF 
dependiam da lei complementar. 
No entanto, com a emenda 20, a competência foi alargada, podendo ser por lei ordinária. 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro. 
 
LEI 9.876, de 29/11/1999 
Art. 1° A lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações: CPP 
Art. 22. ......................................................” 
“III- vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos 
segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços”. 
 
Empresa – contribuinte individual – quando a empresa realiza a remuneração a contribuição previdenciária patronal 
de 20%. 
A contribuição de 15% virou 20%, foram necessários os 90 dias para o contribuinte. 
Art. 9° Revogam-se a Lei complementar n° 84, de 18 de janeiro de 1996. 
 
COMPETÊNCIA RESIDUAL – LEI COMPLEMENTAR – ART. 195, §4° 
 
 
 
 COMPETÊNCIA 
(CF) EBAS 
ISENÇÃO 
 NÃO Art. 195, §7° 
 INCIDÊNCIA 
 INCIDÊNCIA DA LEI IMUNIDADE 
 
 Art. 28, §9° da lei n° 8.212/91.

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