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TCC pedagogia

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA
gislene de jesus macedo
A CONTRIBUIÇÃO DOS CONTOS DE FADA para a alfabetização e o letramento nos anos iniciais ENSINO FUNDAMENTAL
Belo Horizonte
2021
gislene de jesus macedo 
A CONTRIBUIÇÃO DOS CONTOS DE FADA NA PRÁTICA para a alfabetização e o letramento nos anos iniciais DO ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia.
Docente supervisor: Fabiane Reis Armanelli
 Adriana Dutra de Mello
Belo Horizonte
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	6
3	PARTICIPANTES	8
4	OBJETIVOS	9
4.1 GERAL:	9
4.2 ESPECÍFICOS:	9
5	PROBLEMATIZAÇÃO	10
6	REFERENCIAL TEÓRICO	13
7	METODOLOGIA	20
8	CRONOGRAMA	22
9	RECURSOS	23
10	AVALIAÇÃO	24
11	CONSIDERAÇÕES FINAIS	25
REFERÊNCIAS	26
INTRODUÇÃO
O estudo realizado tem por objetivo verificar a contribuição da literatura infantil no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança, também enfocar toda a importância que a literatura infantil possui, ou seja, que ela é fundamental para a aquisição de conhecimento, recriação, informação e interação necessárias ao ato de ler.
 Este trabalho destina-se a abordar a alfabetização e o letramento no universo dos contos de fadas, tendo como público alvo alunos do 1º ano dos anos iniciais da rede pública, localizada no município de Belo Horizonte/MG.
 Atualmente sabe-se que os anos iniciais não são apenas um espaço para ensinar a ler e escrever, mas também para educar as outras áreas do conhecimento. E isto significa abrir novos horizontes onde a criança possa descobrir, criar e construir seu aprendizado. Nada melhor do que a leitura para proporcionar isso. A escola e a literatura, tendo em vista a responsabilidade pela aprendizagem, pode levar a criança a exercitar seu pensamento e ampliar suas formas de interação com o mundo e com os outros por meio do incentivo à pratica da leitura. Neste sentido, o docente precisa ter uma formação adequada a fim de apontar alguns caminhos para estimular a leitura pela via do domínio literário. Portanto, ele é figura fundamental nesse processo.
 Através delas pode-se entrar num mundo magnífico, onde tudo é possível, ao mesmo tempo em que se ensinam lições maravilhosas, aproximando assim os alunos das atividades lúdicas. Para isso, não se pode deixar de lado o prazer da descoberta, que não é possível tornando o hábito da leitura como algo obrigatório. Para demonstrar a importância de um trabalho bem elaborado com a literatura infantil, estaremos desenvolvendo uma série de considerações sobre a mesma. Abordará a literatura infantil no processo de alfabetização e letramento. A função dos contos de fadas na construção da personalidade e a importância de contar e ouvir histórias. Enfatizando sempre a importância de formar leitores, de incentivar desde cedo as crianças a adquirirem o hábito/gosto/prazer pela leitura. Pois é através da literatura que a criança desperta uma nova relação com diferentes sentimentos e visões de mundo, adequando assim, condições para o desenvolvimento intelectual e a formação de princípios individuais para medir e codificar os próprios sentimentos e ações.
13
TEMA
A literatura infantil, sobretudo a originada da tradição oral, tem grande contribuição no processo de alfabetização e letramento de crianças em aprendizado das práticas de leitura e escrita. Ao fornecer ao leitor não só informações de caráter utilitário, mas valores simbólicos e morais, a literatura infantil promove a autonomia e a integração com a sociedade.
Os contos de fadas têm um papel de suma importância, pois através da leitura o educador oferece várias situações que possibilitem o desenvolvimento integral da criança, sempre com a função de distrair, estimular a imaginação e resolver conflitos internos quando inserido no mundo. É através de ouvir e contar, que as crianças vão organizando seus sentimentos e construindo seu desenvolvimento moral e social.
Para atingir a aprendizagem significativa os professores devem permear o cotidiano das salas de aula com leituras de textos literários, receitas culinárias, notícias de jornal para que os alunos percebam o uso social da linguagem, utilizando como recursos materiais escritos para ler e não apenas para aprender a ler, visto que as crianças aprendem dentro de um contexto, atribuindo sentidos a um enunciado.
O ensino de linguagem não pode se limitar ao conceito tradicional de alfabetização, que de acordo com Soares (2004) se concentra na aquisição do código escrito e no desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. Pois, este processo ocorre de forma mecânica e repetitiva, preso aos materiais para aprender a ler, tais como livros didáticos e cartilhas, desvinculadas da realidade da criança, conforme Barbosa,
Cartilhas são livros didáticos infantis destinados ao período da alfabetização. Daí seu caráter transitório, limitando-se seu uso à etapa em que, na concepção tradicional da alfabetização, a criança necessita dominar o mecanismo considerado de base na aprendizagem da leitura e escrita. A cartilha apresenta um universo de base bastante restrito, em função mesmo de seu objetivo: trata-se de um pré-livro, destinado a um pré- leitor. (BARBOSA, 1994, p. 54).
Faz-se relevante que o trabalho com as concepções de letramento se inicie na Educação Infantil e se estenda nos anos iniciais, podendo ser feito por meio do uso da literatura adequada a faixa etária, a qual explora temas da realidade infantil, compondo um excelente pano de fundo para o aprendizado de grafemas e fonemas em conjunto com práticas sociais e leitura e escrita.
Portanto, a leitura de livros literários infantis possibilita o professor alfabetizador desenvolver um trabalho lúdico, prazeroso e contextualizado, ampliando a visão de mundo dos alunos, estimulando o pensamento crítico e principalmente formar crianças leitoras.
Por isso, é importante que a literatura infantil não seja utilizada apenas como recurso pedagógico, mas também proporcione momentos recreativos. Neste sentido o conto de fadas oferece significativas contribuições para o trabalho com linguagem na Educação Infantil.
Os contos de fadas estimulam a imaginação e a fantasia das crianças, apresentam narrativas baseadas em situações reais que qualquer criança já viveu, convidando-as a participar na resolução de conflitos como o enfrentamento da bruxa junto com Joãozinho e Maria, descriminação sofrida pelo Patinho Feio potencializando o desenvolvimento do aluno da educação infantil e promovendo o aprendizado de maneira lúdica.
Nesse sentido, o educador pode utilizar as narrativas dos contos de fadas para ensinar valores, princípios morais como não mentir (Pinóquio), obedecer à mãe (Chapeuzinho Vermelho), preparando-os para o convívio em sociedade.
Para Abramovich (1991) os contos de fadas oferecem a possibilidade de as crianças experimentarem sentimentos de sua própria vivência, tais como medo, amor, conflito entre familiares, sonhos, ansiedades que são apresentados por meio de uma linguagem simbólica, levando o educando a se conhecer melhor e a compreender o mundo que o cerca.
Dessa forma, “o conto de fadas é a cartilha onde a criança aprende a ler na linguagem das imagens, a única linguagem que permite a compressão antes de conseguirmos a maturidade intelectual.” (BETTEHEIM, 1980 apud FRANTZ, 2005, p.68).
O educador deve ser um leitor para formar leitores competentes e diversificar o modo de trabalhar literatura em sala de aula realizando leituras diárias, interpretações coletivas e estimulando o registro de palavras ouvidas mediado pelo professor, no processo de atribuição de sentido do texto que contribui para alfabetização e o letramento, visto que a criança converte suas leituras em escrita e linguagem de uso social.
JUSTIFICATIVA
A escolha pelo tema se deu ao perceber a relevante contribuição dos contos de fadas no processode aprendizagem das crianças e como a contação de história demonstra pedagogicamente como se pode favorecer a alfabetização e o letramento nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Trabalhar com contos de fada é uma proposta pedagógica interessante, pois nos remete a vários assuntos que vão desde a ficção dos contos de fada que mexe com o imaginário da criança trazendo uma “fuga” da realidade até a análise dos mesmos de forma crítica. Essa análise possibilita trabalhar com releituras, interpretações e várias outras coisas que possibilitarão o desenvolvimento e aperfeiçoamento da linguagem oral e a socialização dos alunos.
O trabalho com a literatura infantil proporciona à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo muito importante. Desenvolver o interesse e o costume pela leitura é um processo lento e contínuo, que deve começar muito cedo, em casa, aperfeiçoa-se na escola e que continua por toda a vida. Nesse viés, existem diversos pontos que estimulam o interesse pela leitura. O primeiro e, um dos mais importantes, é determinado pela “atmosfera literária”, que, de acordo com Bamberguerd (2000, p.71) a criança encontra em casa. Segundo Bamberguerd (2000), a criança que lê com maior desenvoltura se interessa pela leitura e aprende mais facilmente, neste sentido, a criança interessada em aprender se transforma num leitor capaz. Sobre isso, cabe destacar a importância da imersão da criança desde muito cedo nesse mundo da literatura, uma vez que, imersa nesse mundo ela está sendo estimulada a aperfeiçoar, primeiramente, a linguagem oral e depois a linguagem escrita, como afirma Abramovich (2006) que:
A criança que houve histórias desde cedo, que tem contato direto com livros e que seja estimulada, terá um desenvolvimento favorável ao seu vocabulário, bem como a prontidão para a leitura. Ler para mim, sempre significou abrir todas as comportas para entender o mundo através dos olhos dos autores e da vivência das personagens... ler foi sempre maravilha, gostosura, insubstituível... E continua, lindamente, sendo exatamente isso! (ABRAMOVICH, 2006, p.17).
Diante disso, pode-se dizer que a capacidade de ler está intimamente ligada a motivação. Infelizmente são poucos os pais que tem tempo e dedicam um tempo para contar histórias aos seus filhos e, assim, estimulá-los a apreciar e literatura infantil. Outro fator que contribui positivamente em relação à leitura é a influência do professor. Nesta perspectiva, cabe ao professor desempenhar um importante papel: o de ensinar a criança a conhecer a literatura infantil e apreciá-la desde cedo para trabalhar o desenvolvimento infantil de forma integral estimulando o desenvolvimento social, emocional e cognitivo nos educandos. Pois o trabalho com a literatura infantil faz florescer a imaginação e a criatividade nas crianças uma vez que, se bem trabalhado, estimula a linguagem, as atividades motoras, e a socialização das crianças e o desenvolvimento emocional, como escreve Coelho (2000): 
Para que o convívio do leitor com a literatura resulte afetivo, nessa aventura espiritual que é a leitura, muitos são os fatores em jogo. Entre os mais importantes está a necessária adequação dos textos às diversas etapas do desenvolvimento infantil. (COELHO, 2000, p.32).
A imersão do aluno no mundo da literatura não depende apenas da sua faixa etária, mas também de como que os textos infantis são trabalhados com ele, por isso a opção do trabalho com contos de fada é muito relevante, uma vez que os mesmos estimulam a imaginação da criança através do encantamento dos personagens e dos locais em que ocorriam. Sobre a utilização correta da literatura para o desenvolvimento infantil Coelho (2000, p. 33) afirma que da “inter-relação entre sua idade cronológica, nível de amadurecimento biopsíquico, afetivo, intelectual e grau de conhecimento da leitura”, pois
quanto mais as crianças puderem falar em situações diferentes, como contar o que lhe aconteceu em casa, contar histórias, dar um recado, explicar um jogo, pedir informação, mais poderão desenvolver suas capacidades comunicativas de maneira significativa. (BRASIL, 1998, p. 121).
Proporcionar para as crianças essa imersão no mundo das histórias é oportunizar e facilitar o desenvolvimento de sua linguagem e, consequentemente alfabetização, pois com as histórias as crianças já tem a familiaridade do mundo das letras e a vontade de decifrá-las.
Pode-se, assim, começar a compreender a importância da Literatura Infantil no desenvolvimento cognitivo das crianças. Utilizou-se essa imersão na literatura infantil para demonstrar, como o apoio literário auxilia para desenvolver o lado cognitivo, afetivo e social dos alunos. 
PARTICIPANTES
Este projeto de ensino destina-se aos alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, especificamente para o 2º ano, pois a proposta de trabalho pedagógico estruturada através dos contos de fadas, denota que é possível observar que este instrumento tem múltiplas funções, dentre eles colaborar para a alfabetização e o letramento e proporcionar à criança um momento lúdico.
Dessa forma, os alunos do 2º ano serão diretamente contemplados, considerando que o processo de alfabetizar pode ser longo ou curto, pois não existe uma definição comum para todos como iguais, os aspectos sociais, familiares e biológicos determinam o sucesso ou fracasso no decorrer do ciclo de alfabetização que se inicia com o nascimento, prolongando-se até sete, oito anos em crianças que não apresentam nenhuma patologia, sendo consideradas normais. 
OBJETIVOS
4.1 GERAL:
Apresentar as contribuições da literatura infantil, em especial os contos de fadas, no desenvolvimento da alfabetização e letramento de crianças matriculadas no 2º ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
4.2 ESPECÍFICOS:
1. Favorecer a aprendizagem significativa por meio dos contos; 
2. Desenvolver a alfabetização e posteriormente seu letramento;
3. Despertar a curiosidade e desenvolver comportamento leitor.
PROBLEMATIZAÇÃO
Os desafios de leitura e escritas são enormes, no percurso são encontradas muitas dificuldades, no percurso para conseguir chegar à alfabetização e ao letramento. A sociedade possui papel de destaque uma vês que a linguagem antecipa os processos citados anteriores e ela se constitui uma prática social que andam sempre junta (fala, linguagem, leitura e escrita).
De acordo com Freire 1989:
[...] A leitura de mundo precede a leitura da palavra, (...) a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de reescrevê-lo, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente (FREIRE,1989,11-20).
Então a leitura e escrita em sua construção ampla é precedida pela leitura de mundo de acordo com as práticas e experiências vividas pelos indivíduos em seu contexto social. A criança desde seu nascimento é inserida em ambientes ricos de aprendizado e cada um deles depositam sua parcela de ensinamento na vida da criança ajudando na construção do seu EU. Ela vai crescendo e consolidando suas estruturas mentais da forma que foi melhor é assimilada. De acordo com seu crescimento biológico suas estruturas mentais se fortificam e se ampliam para o mundo. Bock (2002, p.98) diz que “o desenvolvimento humano se refere ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua, que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais”.
Alfabetização é “a ação de alfabetizar, tornar o indivíduo capaz de ler e escrever” (Soares, 1998, p. 31). É o processo onde aprende-se a ler e escrever mais não podemos classificar apenas em termos simplistas assim, pois seria negligenciar sua complexidade. Ele é mais amplo e complexo e envolve várias etapas da fala, linguagem e leitura.
A linguagem oral é um precursor no processo de alfabetização, o sujeito vai melhorando a linguagem o processo vai tornando-se fácil e preciso. Essa linguagem humana acontece naturalmente e aos poucos é adquirida através da capacidade cognitiva e das interaçõessociais. Normalmente o processo da linguagem oral precede a língua escrita, porém a escrita é aprimorada conforme o nível do desenvolvimento da linguagem.	
“[...] O domínio da linguagem falada e da leitura e da escrita[...]. Uma pessoa alfabetizada tem a capacidade de falar, ler e escrever com outra pessoa e a consecução da alfabetização implica aprender a falar, ler e escrever de forma competente” (Garton e Pratt 1991, p.19-20).
A criança que escuta histórias regularmente, desenvolve mais rápido a capacidade de simbolizar e a consciência fonológica e metalinguística são amplamente aprimoradas seu raciocínio e compreensão crescem e desenvolvem mais rápido. Durante a alfabetização se faz necessário usar todos os sentidos para melhorar sua capacidade de compreensão explorando o máximo possível essa percepção. Após aprender o som de cada letra acontece a mágica “a descoberta dos sons”, a junção de dois ou mais sons formam um fonema, que pode ter significa caso forme uma palavra ou necessitar de mais fonemas para ter significado.
Paulo Freire afirma sobre a alfabetização:
[...] possibilita uma leitura crítica da realidade, constitui-se como um importante instrumento de resgate da cidadania e reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social (FREIRE,1991, p.68).
Então a alfabetização tem um compromisso de transformar a realidade e oferecer meios de ver o mundo de uma forma diferente melhorando sua vida social.
Um fato referente a escrita é que a escrita vem após a leitura e acontece em partes de modo processual e contínuo. Primeiro vem garatuja que são popularmente conhecidos como “rabiscos”. Conforme escreve Oliveira (2010, p. 71):
As crianças imitavam o formato da escrita do adulto, produzindo apenas rabiscos mecânicos, sem nenhuma função instrumental, isto é, sem nenhuma relação com os conteúdos a serem representados. Obviamente este tipo de grafismo não ajudava a criança em seu processo de memorização. Ela não era capaz de utilizar sua produção escrita como suporte para a recuperação da informação a ser lembrados.
Aos poucos os traços vão ganhando forma e normalmente se transformam em bolinhas e nasce a primeira letra de forma inconsciente. Nesse momento inicial a criança estar conhecendo os traços, sons, formas e força do seu traçado ela não é letrada ainda. 
REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 Alfabetização e letramento
Segundo Soares (1999), alfabetizar implica que a criança aprenda a codificar e decodificar, pois é um sistema inventado, diferente da língua oral: o ser humano já nasce programado para falar. A escrita é uma convenção. É uma ingenuidade achar que a criança deva reinventar um sistema convencional, arbitrário. Então é preciso ensinar isso sistematicamente. O que não quer dizer que isso deve ser feito em contextos falsos, como no tempo das cartilhas, mas a associação entre alfabetização e letramento é possível e necessária quando se orienta a criança – e aí insistimos nos advérbios – explícita e sistematicamente a aprender – e não descobrir – as relações entre os sons da língua e a representação gráfica desses sons. Como? Com materiais reais, como livros de literatura infantil, as propagandas, outdoors, folhetos, qualquer material que seja do interesse da criança, sobretudo a literatura infantil, que, de certa forma, deve substituir o antigo livro didático ou cartilha. Aí se faz o letramento, o contato com a história, a literatura, o poema. E a professora pode tirar uma palavra, uma frase, para trabalhar sistematicamente em sequência, explicitamente, as relações fonema-grafema. O que o construtivismo não fazia, não faz (SOARES, 1999, p. 8). Portanto, Soares (1999) defende que função de alfabetizador exige um professor com amplo domínio das áreas envolvidas nesse processo.
No final dos anos 1980, com a chegada, ao campo da alfabetização, da teoria sociocognitiva e sociocultural da aprendizagem, passa a prevalecer a concepção de que o processo de aprendizagem da língua escrita pela criança se dá por uma construção progressiva do conceito de língua escrita, considerada não apenas um sistema de representação dos sons da fala por sinais gráficos, mas sobretudo um objeto sociocultural. Como consequência, a alfabetização – a aprendizagem do sistema alfabético-ortográfico – não poderia ocorrer dissociada dos usos socioculturais da língua escrita, ou seja, dissociada do letramento. Assim, a alfabetização, na concepção atual, desenvolve-se no contexto de uma vivência intensa diversificada, pela criança, dos usos e práticas sociais da língua escrita, o que significa interagir com materiais reais de leitura e de escrita: textos de diferentes gêneros e em diferentes suportes, textos para ler, e não textos artificialmente elaborados para aprender a ler, apagando-se, assim, a distinção anterior entre aprendizagem do sistema de escrita e práticas efetivas de leitura.
Entre essas práticas efetivas de leitura, destaca-se a prática da leitura literária, ou do letramento literário. Assim, entre a multiplicidade e a diversidade de gêneros de textos que circulam nas práticas sociais em contextos de que as crianças participam, e que, por isso, devem fazer parte das atividades de alfabetização e letramento, privilegia-se aqui, o texto literário, mais especificamente a literatura infantil e sua associação com o processo de alfabetização.
6.2 Aprendizagem significativa e os contos de fadas
O domínio da leitura é uma experiência tão importante na vida da criança, que determina o modo como ela irá perceber a escola e a aprendizagem em geral. Em decorrência disso, o esforço despendido pela criança no reconhecimento de letras e palavras precisa aliar-se à certeza de que será compensado pela leitura de textos altamente estimulantes.
Conforme Bettelheim (1984), o acesso ao código escrito confere à criança o poder de participar do mundo secreto dos adultos. Assim, para ela o ato de ler é uma aventura fascinante, que lhe garante um novo domínio. A fascinação de exercê-lo torna-se ainda maior quando a criança descobre que, através da ficção encontra resposta às suas indagações interiores. Ao defrontar-se com textos de valor estético e cultural, que traduzem o sentido da existência por engendrarem respostas e seus conflitos e emoções, a criança acrescenta um novo estímulo à sua vida.
Consequentemente, a aprendizagem da leitura deve propiciar a sensação de que, por meio dela um mundo insólito se abre para sua mente. Por isso, exige-se dos educadores a seleção de obras potencialmente significativas que enriqueçam o mundo interior da criança e que harmonizem com suas aspirações.
A literatura infantil insere-se em duas áreas: na área da arte, porque desenvolve na criança o gosto pela leitura literária que é diversão, emoção, prazer; na área da pedagogia, porque é meio de formação do leitor, particularmente do leitor literário. Embora participando simultaneamente dessas duas áreas, nos livros destinados à infância ora predomina a intenção artística, ora a intenção pedagógica. É esta última que orienta os livros que pretendem oferecer suporte à alfabetização.
Atualmente, de acordo com Oliveira (1996), muito tem discutido sobre a importância da literatura infantil na vida da criança. As crianças começam a formar sua leitura de mundo e despertar para rabiscos, traços e desenhos desde muito cedo, conforme as oportunidades que lhes são oferecidas. O meio no qual a criança vive, ou seja, a oportunidade oferecida tanto pela família como pela escola com os livros de literatura infantil, muito contribuem para seu desenvolvimento. Uma criança que desde cedo escuta estórias contadas por seus pais, certamente, será um adulto leitor acostumado ao hábito da leitura, terá prazer em ler, sua imaginação e criatividade são estimuladas a expressar ideias. Cabe ressaltar que a literatura infantil oportuniza situações, nas quais as crianças possam interagir em seu processo de construção do conhecimento possibilitando, assim, o seu desenvolvimento e aprendizagem. O universoda leitura não deve ser compreendido somente como recurso à alfabetização, mas também, como um instrumento que permite a interpretação, a compreensão daquilo que se lê.
A literatura infantil possibilita, ainda, que as crianças consigam redigir melhor desenvolvendo sua criatividade, pois o ato de ler e o ato de escrever estão intimamente ligados. Nesse contexto, Oliveira (1996, p. 27) afirma que:
A literatura infantil deveria estar presente na vida da criança como está o leite em sua mamadeira. Ambos contribuem para o seu desenvolvimento. Um, para o desenvolvimento biológico e o outro, para o desenvolvimento psicológico, nas suas dimensões afetivas e intelectuais.
Conforme se pode perceber nas citações anteriores, a literatura infantil traz uma lição de vida de forma imaginária, contribuindo para a formação da criança no processo de construção da sua personalidade. Ela é um dos caminhos que facilitam a aprendizagem durante o processo de alfabetização, além de desenvolver a imaginação, a criatividade e proporcionar o prazer pela leitura.
Sendo assim, a escola deve ser um espaço específico onde a criança pode entrar em contato direto com a literatura escrita para ela, pois os contos de fadas abordam inúmeros aspectos da personalidade infantil, que são essenciais para a formação de uma boa estrutura psicológica, e a partir destes a criança aprende a lidar com os problemas.
6.3 O comportamento leitor a partir dos contos de fadas
Os contos contribuem para formação leitora e desenvolvimento de várias habilidades, formando cidadãos críticos reflexivos participativos nas decisões e autônomos capazes de tomar suas próprias escolhas. Na primeira infância possuem papel de destaque e podem ser muito utilizados pelos professores em rodas de leitura e contação de histórias. Podem ser utilizados como meio de intervenção em comportamentos e atitudes da turma através de projeto direcionado a uma finalidade especifica. Cada história pode ser retirada uma lição um ensinamento capaz de conscientizar o aluno ao que ele não deve fazer e as possíveis consequências que podem acontecer caso venha a insistir em suas atitudes.
Ajudam também na imaginação, criatividade, socialização, interação com a turma, desenvolvimento da fala do vocabulário, compreensão de sequencias, antecipação de fatos e conhecimento dos personagens e suas características externas e internas.
A contação de histórias é atividade própria de incentivo à imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar uma história para ser contada, tomamos a experiência do narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor. Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário, mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4).
Durante a contação de história a criança é levada a imersão no mundo do faz de contas. Pode viajar a reinos e mundos mágicos com: Duendes, fadas, bruxas e monstros. Conhecer situações de perigo, aventura, amor e muitos finais felizes. As emoções são criadas à medida que a história vai ficando interessante para o aluno e as reações podem ser diversas de acordo com cada criança e seu estado emocional momentâneo.
No campo cognitivo a contação de história abrange uma grande área no ensino aprendizagem, por meio delas o professor pode desenvolver muitas atividades, desde que tenha feito um planejamento adequado e capaz de contemplar as habilidades que ele almeja alcançar. Em uma simples história o professor pode explorar suas diferentes características abordando o conteúdo do dia. Para alcançar bons resultados faz-se necessário buscar mecanismos atrativos capazes de satisfazer a necessidade da criança e despertar o gosto pela leitura.
A literatura de contos de fadas ajuda os professores a entenderem o pensamento das crianças e ajudá-las a solucionar seus conflitos interiores. É muito comum que a criança possua um pensamento imaginário e mágico bem parecido com os contos de fadas, talvez seja por isso que o entendimento destes contos seja claro e interessante.
O mais interessante é que todo conto tem uma formação moral embutida no seu contexto e essas histórias que estão inseridas no crescimento de todas as crianças vão ajudando a construir princípios e a formação do próprio eu da criança.
O desígnio dos contos de fada é um tipo de abertura para novas descobertas, de um universo novo e extraordinário, mais próximo da realidade infantil do que da realidade natural.
Por meio dos contos as crianças resolvem suas dúvidas interiores e solucionam problemas que aparentemente para elas não tem solução. Os contos de fada demonstram que para todo problema existe uma solução alcançável, talvez não da forma esperada, mas da forma que propicie o desdobramento do martírio.
De acordo com Bettelheim (2004, p. 20):
Enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre si mesma, e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança.
Diz ainda, Bettelheim (2004), que o conto de fadas tem um efeito terapêutico na medida em que a criança encontra uma solução para as suas dúvidas através da contemplação do que a história parece implicar acerca dos seus conflitos pessoais nesse momento da vida.
Quem não gosta de uma bela história com muito suspense, ingredientes mágicos, personificações humanas, animais encantados, amuletos e bruxas? Todos nós gostamos, adoramos este gênero literário, nestas estórias, podemos voar, liberar nossa imaginação, nos encantarmos, somos heróis, lutamos pelo bem, pela coisa boa, pelo mesmo ideal. Esta é a diferença entre um conto de fadas e uma estória comum.
Portanto, os contos de fadas são ótimos para a formação da personalidade, pois por meio deles a criança percebe que é possível vencer obstáculos porque no final o herói sempre vence, e com esta intenção de repetição que os contos se internalizam nas crianças, e assim também ajudam a superar as dificuldades encontradas durante o processo de alfabetização e letramento.
Em relação as formas de se ler um texto e os conhecimentos adquiridos, podemos entender de que forma os conteúdos dos contos da tradição oral são apreendidos pelas crianças e por que são tão indicados durante e após a alfabetização e também no letramento. Koch (2002, p. 19) diz que “na atividade de leitura, ativamos lugar social, vivências, relações com o outro, valores da comunidade, conhecimentos textuais”. Sendo o texto já inserido no contexto cultural da criança, caso da tradição oral, a literatura torna-se mais fácil de ser absorvida.
Recorrendo a várias concepções de leitura, é possível constatar que diversas habilidades são postas em ação no ato de ler e compreender o texto e que esta atividade é social e não solitária, como muitas vezes entende o senso comum. Para ler e interpretar um texto, são ativadas referências culturais, morais, sociais e políticas, que podem interferir e até modificar o sentido original da obra que o autor tinha a intenção de transmitir quando a produziu. Este processo de interação com o texto é mediado pelos diversos tipos de conhecimentos adquiridos pelo leitor ao longo de sua vida.
Koch (2002) diz que há diferentes formas de se conceber o texto, seja com foco no autor, no texto ou na interação autor – texto – leitor, de acordo com a forma de ver a língua, o sujeito, o texto e o sentido. Quando a língua é considerada uma representação do pensamento, o sujeito é visto como individual e dono de suas vontades e ações, e o foco da leitura passa a estar no autor, sendo o leitor apenas um receptor passivo. Quando a língua é vista como estrutura, o sujeito fica “assujeitado” pelo sistema, sendo caracterizado por uma espécie de não consciência, e o foco da leitura está no texto, que é visto como simples produto da codificação de um emissor a serdecodificado pelo leitor.
Na concepção interacional da língua, os sujeitos são vistos “como atores/construtores sociais, sujeitos ativos que se constroem e são construídos no texto, considerando o próprio lugar da interação e da constituição dos interlocutores” (KOCH, 2002, p. 10). Sob esta última concepção, Koch diz que o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeito e não algo que preexista a essa interação.
A leitura é, pois, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza evidentemente com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo. (KOCH, 2002, p. 11).
Koch (2002) afirma que são três os grandes sistemas de conhecimento utilizados no processamento textual: conhecimento linguístico, conhecimento enciclopédico e conhecimento interacional. O conhecimento linguístico abrange o conhecimento gramatical e lexical, com os quais é possível compreender a organização do material linguístico na superfície textual, a seleção lexical adequada ao tema ou aos modelos cognitivos ativados. O conhecimento enciclopédico ou conhecimento de mundo é bem geral e diz respeito a conteúdos alusivos a vivências pessoais e eventos espaço-temporalmente situados, permitindo a produção de sentidos. Já o conhecimento interacional refere-se às formas de interação por meio de linguagem.
Desses diversos tipos de conhecimento expostos e suas relações com a aquisição e interpretação dos sentidos do texto, o conhecimento enciclopédico, associado à concepção interacional da língua, são os que mais estão alinhados com a prática social de leitura e escrita, sobretudo da tradição oral.
METODOLOGIA
O presente projeto será desenvolvido de agosto a dezembro com alunos do º ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para a realização do projeto foi destinado um período para escolha do tema e pesquisa bibliográfica. Em seguida foram definidas e planejadas as atividades (15 aulas), locais para realização das mesmas e os materiais necessários.
O conto de fadas é um gênero textual formado por narrativas simples, são narrativas que, há milênios, surgiram anonimamente e passaram a circular entre os povos da Antiguidade, transformando-se consideravelmente com o passar do tempo. Atualmente, versões adaptadas dos contos de fadas são vinculadas à literatura infantil, tendo como uma das funções apresentar um esboço compreensível da sociedade e das várias relações intersociais com uma linguagem leve e simplificada. Uma de suas principais características é seu início com o famoso “Era uma vez” ou outra frase curta que demonstra um tempo indeterminado. Possui também um enredo ficcional, que normalmente apresenta seus personagens e os aspectos mágicos do conto, em seguida traz um conflito que ocorrerá com momentos de tensão, deixando explícita a relação do bem e do mal e por fim o desfecho que revela a solução para o conflito.
As atividades que compõem as ações do projeto pertencem aos seguintes objetos do conhecimento: Reconstrução das condições de produção e recepção de textos; Estratégia de leitura/compreensão em leitura e formação do leitor literário; Forma de composição das narrativas; Forma de composição do texto; Contação de histórias; Planejamento de texto; escrita autônoma e compartilhada.
Tais atividades englobam as seguintes práticas de linguagem: Leitura e escuta (compartilhada e autônoma); Análise linguística e semiótica; Oralidade; Produção de textos; escrita autônoma e compartilhada).
De acordo com a BNCC, para que a alfabetização ocorra até o 2º ano dos anos iniciais é necessário compreender o funcionamento do sistema alfabético de escrita, seguindo, nos demais anos, com a aprendizagem dos padrões de escrita que consolidam o domínio do sistema. 
As finalidades das aulas justificam-se através das seguintes habilidades: Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade; Refletir sobre o contexto de produção do conto de fadas tradicional reconhecendo suas finalidades, espaços e tempos em que ocorrem as interações; Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam; Realizar leituras de títulos e imagens de diferentes contos de fadas, localizando informações explícitas, decodificando o que está escrito e relacionando com possíveis significados; Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação; Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas; Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura; Localizar informações explícitas em textos; Reconhecer o conflito gerador de uma narrativa ficcional e sua resolução, além de palavras, expressões e frases que caracterizam personagens e ambientes; Identificar e reproduzir, em relatos de experiências pessoais, a sequência dos fatos, utilizando expressões que marquem a passagem do tempo (“antes”, “depois”, “ontem”, “hoje”, “amanhã”, “outro dia”, “antigamente”, “há muito tempo” etc.), e o nível de normatividade necessário; Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
CRONOGRAMA
O referido projeto será desenvolvido conforme ações descritas no cronograma abaixo e está de acordo com a metodologia definida para as ações que serão executadas para realização do mesmo.
	ATIVIDADES
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Escolha do Tema
	x
	
	
	
	
	Pesquisa
	x
	
	
	
	
	Planejamento
	x
	
	
	
	
	Execução
	
	x
	x
	x
	
	Avaliação
	
	
	
	
	x
RECURSOS
Para a realização das ações que envolvem o projeto em questão os materiais necessários são: Baú ou caixa para colocar os livros de diferentes contos de fadas tradicionais (tomar o cuidado para selecionar alguns títulos não tão conhecidos pelos alunos), papel pardo ou cartolina, canetinha, cola. Envelopes contendo títulos de contos de fadas tradicionais e contemporâneos e envelopes com as imagens ou representações destes contos, ficha de planejamento de produção textual quadro, giz. Envelopes contendo títulos de contos de fadas tradicionais e contemporâneos e envelopes com as imagens ou representações destes contos, folha de atividade, lápis e borracha. Texto com a resolução da atividade para o professor, projetor, computador, vídeo: Os três porquinhos - histórias contadas por Fafá conta, disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=rBktfihbSCU e o vídeo Os três porquinhos - Varal de histórias, com outra versão do conto que se encontra no link: https://www.youtube.com/watch?v=ZIgJ4Grnwgs. Ficha de autoavaliação da produção oral (grupo), celular ou câmeras para gravar os ensaios, equipamento para reproduzir os vídeos.
Os locais onde tais atividades serão realizadas necessitam de espaços como sala de aula, biblioteca, pátio da escola, cantinho de leitura e quadra poliesportiva.
AVALIAÇÃO
O ato de avaliar assume diferentes significados de acordo com seu contexto e com os seus objetivos. No campo educacional, a avaliação consiste em um conjunto de procedimentos etécnicas de registro, observação e mensuração de dados referentes às condições, processos, concepções, objetivos e conteúdo da educação na perspectiva da definição de prioridades para a elaboração e retroalimentação do planejamento para o alcance das aprendizagens.
Certamente, não há educação e instrução sem a pressuposição de avaliação de todos os envolvidos no processo. Tanto educador quanto o educando são avaliados em seus procedimentos em qualquer forma de educação. 
Dessa forma, pode-se afirmar com segurança que todo processo educativo instrutivo pressupõe uma forma de avaliação. E tais são os nexos entre as histórias dos contos de fadas e educação, instrução que a ficção literária não renunciou a esse dimensionamento de processo.
Sob essa ótica os alunos serão avaliados ao longo do projeto, de forma qualitativa, contínua, gradativa e processual através de relatórios descritivos, desenvolvidos pelo professor, durante suas observações, percepções e análises durante as rodas de contação de história e também em relação ao desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, e consequente, letramento, até para socializar os conhecimentos que os contos de fadas nos traz. 
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quem convive com crianças sabe o quanto elas gostam de escutar a mesma história várias vezes, pelo prazer de reconhecê-la, de aprendê-la em seus detalhes, de cobrar a mesma sequência e de antecipar as mesmas emoções que tiveram da primeira vez.
Esse encantamento por essas histórias se dá porque as crianças vivenciam nelas sentimentos e emoções que são passados através dos diversos personagens. Tais personagens dramatizam situações do dia-a-dia ou as relações entre as pessoas que são identificadas e percebidas diretamente pelas crianças. Também através das histórias, as crianças ampliam seus conhecimentos, pois seu enredo retrata formas diferentes de pensar, agir e ser.
Percebemos, então, que a leitura é fundamental, havendo, assim, a necessidade de iniciá-la desde cedo, a fim de contribuir para o desenvolvimento de leitores mais críticos que veem nos livros uma atividade prazerosa. Para que o livro prenda a atenção da criança deve despertar sua curiosidade, mas para enriquecer sua vida deve estimular-lhe a imaginação, ou seja, ajudá-la a desenvolver seu intelecto, reconhecer suas dificuldades e sugerir soluções para seus problemas.
Os contos de fadas são histórias que, embora sejam antigas, promovem nas crianças esse desenvolvimento pleno de aguçar o interesse e a imaginação. Seu enredo possui personagens e uma estrutura simples que favorecem a identificação das crianças com os contos e ajudam-nas na resolução dos conflitos internos que estejam enfrentando no momento. Percebemos que os educadores podem estar mais preparados para trabalhar contos de fadas com crianças, se tiverem conhecimento da importância que os contos de fadas têm para o desenvolvimento infantil.
As escolas além de contarem com profissionais não tão interessados, por desconhecimento no geral, enfrentam também a falta de investimentos. As crianças são afetadas diretamente, pois ficam impossibilitadas de estarem em constante contato com os livros. Para isso são necessários profissionais qualificados, empenhados e comprometidos com a educação, para que a mesma seja prazerosa, com consciência, experiência e diversificada, que torne o quinquagésimo primeiro livro de uma fonte de prazer e enriquecimento para o desenvolvimento essencial da criança. Particularmente, os contos de fada.
REFERÊNCIAS
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