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Função Hepática

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UCT XIII – SP4 | Gabriella Abdallah 
 
 
Função Hepática 
FUNÇÕES DO FÍGADO 
• Função de síntese; 
• Função de excreção e detoxificação; 
• Função de armazenamento; 
• Formação e secreção da bile; 
- PROVAS DE FUNÇÃO HEPÁTICA: 
- Lesão hepatocelular: avalia lesão celular no fígado, 
são dosados alanina aminotransferase (ALT), aspartato 
aminotransferase (AST) e desidrogenase lática (LDH); 
- Disfunção de síntese hepática: para dosar proteínas 
para verificar se está ocorrendo a síntese de proteína, 
é dosado proteínas sérica, proteínas totais e frações e 
principalmente albumina e globulinas; 
- Disfunção de excreção e detoxificação do fígado: 
demonstra alterações na bile pela bilirrubina (total e 
frações) e alguns indicadores de colestase como 
fosfatase alcalina e gamaglutamil transferase (gama-
GT); 
- ANATOMIA: 
Na organização micro se tem os hepatócitos, entre 
esses se tem vários sinusoide e ducto biliar - local onde 
a bilirubina é liberada e levando até a bile e seguindo 
para intestino. 
Drenagem venosa é realizada pela veia mesentérica 
inferior, veia esplênica e veia porta e essa que leva 
(metabolitos, síntese) tudo que sobro do intestino vai 
até a veia porta e chega no fígado para fazer a 
excreção/detoxfixação. 
No fígado também ocorre a excreção de conteúdos 
como a bilirrubina, que é conjugada nos hepátocitos e 
liberada nos canalículos biliares para ser excretado na 
bile. Na bile se tem conteúdo hepático de excreção 
hepática, a bile se junta com conteúdo proveniente do 
pâncreas e compõe o conteúdo para terminar de fazer 
a digestão dos alimentos na 1ª porção do intestino no 
duodeno. 
 
No ducto do colédoco pode ter obstrução que gere 
regurgitação pois, não tem liberação do conteúdo da 
vesícula biliar, ou problemas nos hepatocitos e 
organização estrutural podem interferir nos exames 
laboratoriais. 
CASO CLÍNICO 
Paciente de 58 anos é levado ao PS por alteração do 
nível de consciência. Tem histórico de etilismo (1 a 2 
cervejas dias). Há três meses apresenta queda do 
estado geral e perda de peso; há um mês teve 
aumento do volume abdominal e edema de MMII. 
Encontra-se ictérico (3+4+). 
Exames laboratoriais: 
Bilirrubina total: 18 mg/dL (VR: 0,3 – 1,2 mg/dL) 
TGO ou AST: 146 mg/dL (VR: 15-40) 
UCT XIII – SP4 | Gabriella Abdallah 
 
TGP ou ALT: 72 mg/dL (VR: 10-40) 
- Discussão do caso: 
1- Imagem com presença de varizes esofagiana; 
2- Idéia de calculo, podendo ter alguma via 
obstruída; 
3- Razão de Ritis: >2 indica lesão crônica; 
4- Quem da idéia de icterícia são as bilirrubinas; 
HD: provável problema crônico de abuso de álcool – 
doença hepática alcoólica (DHA). 
METABOLISMO DA BILIRRUBINA 
A partir da destruição das hemácias senescentes, que 
acontece no reticulo endotelial principalmente. Na 
hemácia tem a porção heme, sendo desse componente 
que se tem a liberação da biliverdina. O heme passa 
por um processo que irá liberar o ferro, libera biliverdina 
e essa será reduzida a bilirrubina indireta. 
 
 
 
 
 
- METABOLISMO HEPÁTICO DA BILIRRUBINA: 
1. Captação; 
2. Conjugação; 
3. Excreção 
Bilirrubina chega até o hepatócito e é desvinculada da 
albumina e ocorre a primeira reação que é a captação 
(devido essa fase que não se tem muita bilirrubina 
indireta no sangue (VR↓), pois quando chega no 
hepatócito essa já e capitada). 
Depois de ser captada e entrar no hepático precisa que 
a bilirrubina fique solúvel, então ela é conjugada com a 
enzima UDP Glucuronil tranferese faz a reação de 
conjugação com ácido glicurônico reagindo em 
bilirrubina direta ou bilirrubina ligada, pois está ligada 
ao ácido glicurônico sendo ácido UDP-glicurônico. 
A bilirrubina direta passa pelo ducto biliar e é secretada 
pela bile e chega até ao intestino, junto com a secreção 
pancreática. No intestino como se tem ação de 
bactérias de microbiota esses converte a bilirrubina 
direta é conjugada em urobilinogênio – da coloração 
amarronzada para as fezes – é convertido em urobilina 
e estercobilina e formando as fezes. 
NOTA: as fezes do bebê é amarela pois nos primeiros 
dias de vida ainda não se tem microbiota para 
converter a bilirrubina direta em urobilinogênio, sendo 
então eliminado bilirrubina. 
Ainda pode se ter bilirrubina direta sendo filtrada e 
caindo na corrente sanguínea e sendo eliminada na 
urina, o que também da coloração a urina. 
Na secreção/excreção chamada de etapa limitante do 
metabolismo das bilirrubinas, a excreção ocorre no 
hepatócito. É dito como um processo limitante pois se 
tiver alguma alteração na anatomia ou fibrose ou 
desorganização pode fazer com que o conteúdo do 
hepatócito ao invés de ir para bile, esse regurgita. 
Como não consegue ir para bile, cai nos capilares 
irrigando os hepatócitos, atingindo a corrente 
sanguínea, conseqüentemente ↑bilirrubina direta no 
sangue – quando se tem ↑bilirrubina direta é problema 
na excreção pois essa já está conjugada. 
NOTA: em caos de cirrose, hepatite alcoólica, se tem 
problema nos hepatótcitos e ducto biliar e ocorre a 
regurgitação. 
- BILE: 
 Na bile se tem vários conteúdos como bilirrubina, sais 
biliares, fosfolipídios, colesterol. São esses 
componentes que podem formar cálculos, esses 
podem ficar depositados na vesícula ou pode obstruir 
qualquer região anatômica, como ducto colédoco, 
ampola pancreática, entre outros. 
- CONCEITO DE ICTERÍCIA: 
Caracterizada pelo aumento de coloração amarela no 
paciente, que resulta da deposição de pigmentos 
biliares na pele, plasma e mucosas. Aumento de 
bilirrubina entre 2 – 3 mg/dL. 
↑ bilirrubina - ↑ pior prognostico. 
Bilirrubina Indireta ou não ligada (pois não foi 
conjugada) 
Insolúvel 
Apolar – precisa de um carreador (albumina) 
para chegar até o fígado 
 
AST – TGO 
ALT - TGP 
UCT XIII – SP4 | Gabriella Abdallah 
 
- AST/ALT: 
 
São indicadores sensíveis de lesão hepática (lesão ou 
necrose hapatocelular). Enzimas liberadas e lançadas 
no sangue em maiores quantidades quando se tem 
algum dano a membrana das células hepáticas (maior 
permeabilidade), ou seja, indicador de problema no 
hepatócito. 
Não se tem correlação direta ao dano ou prognóstico. 
- AST/TGO: 
É encontrado no fígado, músculo cardíaco, músculo 
esquelético, rins, cérebro, pâncreas, pulmões, 
leucócitos e eritrócitos, em ordem decrescente de 
concentração. 
Indicadores sensíveis de lesão hepática (lesão ou 
necrose hepatocelular). 
AST no hepatócito está no citoplasma e nas 
mitocôndrias isso significa que para ter a liberação 
ocorre quando se tem necrose, destruição pois acaba 
eliminando o conteúdo mitocondrial, ou seja é liberado 
em condições severas/crônica. Tempo ½ vida: 17 
horas. 
- ALT/TGP: 
Só é liberado principalmente pelo fígado, ou seja, é 
mais especifico. O tempo de meia vida maior, sendo de 
47 horas. 
Tem exclusividade de localização no citoplasma – 
condições mais leves/aguda. 
- INTERPRETAÇÃO DAS AMINOTRANSFERASES 
Níveis séricos de até 300 UI/L – são inespecíficos, 
podendo ser encontrados em qualquer tipo de distúrbio 
hepático (não correlaciona com nenhum problema). 
Aminotransferase > 1000 UI/L – ocorrem quase 
exclusivamente em distúrbios associados a lesão 
hepatocelular extensa, pode estar acontecendo: 
1. Hepatite viral; 
2. Lesão hepática isquêmica (hipotensão 
prolongada ou insuficiência cardíaca aguda); 
3. Lesão hepática induzida por toxinas ou por 
fármacos; 
- RAZÃO DE RITiS: 
 
A partir do resultado consigo avaliar qual o padrão de 
alteração baseado pela razão de rits, diferencia entre 
lesões agudas e crônicas 
Lesões agudas: tem predomínio de ALT; 
Lesões crônicas: tem predomínio de AST; 
• Quando a razão AST/ALT < 1 (↑ ALT): 
predomínio de ALT relacionado a lesões 
agudas; 
• Quando a razão AST/ALT > 2 (↑ AST): 
predomínio de AST relacionado a lesões 
crônicas; 
ÁLCOOL 
Quando se trata de problema com álcool, possui uma 
seqüênciade eventos que irão começar ocorre 
degradando o fígado 
1. Esteatose hepática (acúmulo de gordura) – 
acomete 90% das pessoas que ingerem álcool; 
2. Hepatite alcoólica (inflamação); 
3. Cirrose – começa a ter perda de tecido 
hepático normal sendo substituído por tecido 
cicatricial (fibrose), com a fibrose começa a se 
ter dificuldade dos componentes do 
hepatócitos; 
NOTA: paciente com cirrose tem ↑ bilirrubina direta 
(predomina) e indireta em casos mais evoluídos devido 
a todos os problemas no metabolismo. 
UCT XIII – SP4 | Gabriella Abdallah 
 
Com a ocorrência da seqüência citada começa a ter 
regurgitação (em relação a bilirrubina). O hepatócito 
consegue conjugar pouca quantidade de bilirrubina, 
mas na excreção se tem o desarranjo estrutural 
(fibrose), não deixando a bilirrubina ser levada para a 
bile, então tem a regurgitação. 
Também pode ocorrer liberação de componentes 
hepatotoxíco na corrente sanguínea gerando 
neurotoxicidade, que no paciente gera alterações do 
nível de consciência. 
O que leva ao paciente ter edema, varizes esofagiana 
é devido ao sistema porta (pega todos componentes do 
sistema digestorio e manda para fígado para fazer a 
digestão), mas como o fígado está com muita 
toxicidade, ocorre obstrução da veia porta, chamado de 
hipertensão portal – encefalopatia hepática. 
O sangue que está subindo para veia porta e não 
consegue entrar, começa a tentar criar atalho que são 
as varizes na região abdominal – varizes esofagianas. 
BILIRRUBINA 
Pode ocorrer problema de diminuição da produção e 
aumento da excreção. 
A concentração sérica da bilirrubina representa um 
equilíbrio entre sua produção e sua excreção. 
- CLASSIFICAÇÃO DAS ICTERÍCIAS: 
• Icterícia causada pelo aumento predominante 
de bilirrubina não conjugada, podendo ser de 
causa pré – hepática ou hepática; 
• Icterícia causada pelo aumento 
predominantemente da bilirrubina conjugada, 
podendo ser de causa hepatocelular ou pós – 
hepática; 
A hiperbilirrubinemia ocorre em 3 situações: 
1. Quando a produção de bilirrubina excede a 
capacidade de excreção do fígado (hemólise) – 
bilirrubina indireta; 
2. Quando o fígado lesado não consegue 
excretar a bilirrubina produzida em 
quantidades normais – bilirrubina direta; 
3. Por obstrução dos canais excretores do fígado 
– bilirrubina direta; 
 ↑ BILIRRUBINA INDIRETA – NÃO CONJUGADA: 
Não está sendo excretada, pois não passa a barreira 
renal, se acumulando no sangue. 
Ocorre: 
• Síndrome hemolítica; 
• Icterícia neonatal; 
• Síndrome de Crigler – Najjar; 
• Síndrome de Gilbert; 
Como a bilirrubina indireta é apolar, se deposita no 
tecido nervoso e causa lesão neurológica, 
principalmente no neonato ocorrendo a síndrome de 
Kernicterus 
- PRÉ-HEPÁTICA: 
-Síndrome hemolítica: se tem destruição excessiva de 
hemácias, aumentando a porção HEME 
conseqüentemente aumenta a concentração de 
bilirrubina não conjugada acima de 20mg/dL. 
- HEPÁTICA (falta de conjugação): 
-Hiperbilirrubinemia em RN: quando bebê está na 
barriga da mãe quem conjuga e excreta a bilirrubina é 
a mãe, que recebe essa pela placenta. Após 
nascimento, bebê pode eliminar a bilirrubina pelas 
fezes, só que esse ainda não tem flora intestinal que é 
importante para fazer a conversão da bilirrubina em 
urobilinogênio, que forma estercobilina que da a cor as 
fezes, devido a essa ausência que o bebê faz coco 
amarelo, pois toda bilirrubina está sendo eliminada. 
Então no bebe o trato GI irá desconjugada a bilirrubina 
direta por um tempo e se tem a circulação enterro-
hepática da bilirrubina indireta atingindo a corrente 
sanguínea, ou seja, é normal/fisiológico o bebe ter 
aumento de bilirrubina 7 – 10 dias de vida. 
Patológica: após 10 dias de vida não ocorreu a 
diminuição da concentração de bilirrubina se tem dano 
cerebral. Ocorre acumulo de bilirrubina indireta, não 
solúvel no sistema nervoso e gera a síndrome de 
UCT XIII – SP4 | Gabriella Abdallah 
 
Kernicterus. O banho de luz (fototerapia) faz a 
atividade da enzima, conjugando a bilirrubina e liberada 
como solúvel não gera acumulo no SN. 
- DESORDEM HEREDITÁRIA AUTOSSÔMICA 
RECESSIVA RARA - SÍNDROME DE CRIGLER 
NAJJAR: tem-se aumento de bilirrubina indireta pela 
ausência da enzima UDP glucoronil, podendo ser 
deficiência total ou parcial. 
- SÍNDROME DE GILBERT: manifesta pela falta de 
atividade da UDP glucoronil e a pessoa têm tendência 
de ter picos de bilirrubina indireta aumentada 
associada a algum gatinho, por exemplo, nervosismo. 
Paciente pode ter sintomas como fadiga, indisposição 
por conta do depósito. 
- ↑ BILIRRUBINA DIRETA – CONJUGADA: 
Tem-se comprometimento hepatocelular ou de causa 
pós - hepática. 
 
- HEPATOCELULAR: 
-Cirrose: 
Na icterícia hepatocelular ocorre problema no 
hepatócito, caracterizado pelo desaparecimento da 
arquitetura normal devido a um processo fibrótico, 
conjuga mas não consegue excretar, tendo: 
• ↑ Bilirrubina direta; 
• Bilirrubina na urina; 
• ↓ Urobilinogênio nas fazes; 
Como tem problema de liberação, ocorre regurgitação 
para o sangue, como é solúvel é filtrada é eliminada na 
urina – urina coca-cola. 
 
Tem como marcador ↑AST/ALT muito acima do 
normal, principalmente o predomínio de AST. 
O nível de bilirrubina conjugada fica 50 a 70% da 
bilirrubina total. 
- PÓS – HEPÁTICA (OBSTRUTIVA): 
As principais causas são cálculos biliares no nível do 
canal colédoco e tumores que comprimem as vias 
biliares extrahepáticas, como o carcinoma da cabeça 
do pâncreas. 
• ↑ Bilirrubina direta; 
• Bilirrubina na urina; 
• ↓ Urobilinogênio nas fazes; 
CASO CLÍNICO 
 
- Discussão do caso: 
1- AST/ALT normal já demonstra que não tem 
problema no hepatócito; 
2- Se tem bilirrubina direta, está conjugando; 
3- Sintomatologia falando cor de urina e fezes 
relacionam com bilirrubina; 
4-Fezes muito branca – fezes de vidraceiro; 
5-Pelas fezes muito claras relacionam com colestase; 
HD: presença de cálculo que está obstruindo a 
passagem em algum ponto e não está liberando o 
UCT XIII – SP4 | Gabriella Abdallah 
 
conteúdo da vesícula biliar e do ducto pancreático, 
provavelmente pode ser cálculo na região de ampola 
de vater – síndrome colestática.

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