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Alex Sandro da Silva RA: 1148169 Língua Brasileira de Sinais Portfólio Ciclo 2 Trabalho apresentado ao Claretiano Centro Universitário para a disciplina Língua Brasileira de Sinais como requisito parcial para obtenção de avaliação, ministrado pela professora: Aparecida Helena Ferreira Hachimine. Batatais 2021 Descrição da atividade Com base nas leituras anteriores, responda às questões a seguir: 1) Sabemos que a audição é o meio pelo qual o indivíduo entra em contato com o mundo sonoro e com as estruturas da língua oral, possibilitando, dentre outras coisas, o desenvolvimento da linguagem (PEDROSO, 2013, p. 55). Sendo assim, a audição desempenha as funções de: a) Localização e identificação: capacidade de reconhecermos de onde vem um som e qual é a fonte sonora que o está produzindo. b) Alerta: capacidade de nos atentarmos para todos os estímulos sonoros que nos rodeiam, como, por exemplo, a buzina de um carro vindo em nossa direção. c) Socialização: capacidade de nos relacionarmos, pois é principalmente pela audição que entramos em contato com as outras pessoas. d) Intelectual: grande parte das informações nos é transmitida por meio do código oral. e) Comunicação: a fala é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem, e é por meio da audição que a linguagem e a fala se desenvolvem. Levando em consideração cada uma das funções da audição citadas anteriormente, apresente um exemplo de ações cotidianas na vida de um surdo e compare com a vida de um ouvinte. R.: O falar e o ouvir marcaram a identidade dos surdos de uma maneira negativa, pois num grupo de pessoas ouvinte, os surdos não eram envolvidos de forma plena, principalmente em episódios de socialização e convívio linguístico. Ao mesmo tempo, num núcleo surdo, a degradação da língua de sinais gerou a falta de imersão na mesma, o que não permitia a identificação e convívio entre os pares. Neste contexto, o surdo não tinha uma colocação nem num meio ouvinte e nem num meio surdo. Ser surdo, é pertencer a um mundo de experiência visual e espacial, e não auditiva. Portanto, ao nos comunicarmos num grupo onde tenha alguma pessoa surda, devemos nos expressar facial e corporalmente, pois as expressões transmitem o estado emocional que o indivíduo quer comunicar aos seus interlocutores. Quando tratamos de surdez, o corpo fala muito mais alto, pois as expressões nem sempre estão ligadas ao que o sujeito está sentindo no momento da conversação, mas ao que ele está querendo transmitir. Quando conversamos entre ouvintes, como no caso de conversarmos no celular ou por mensagens, não precisamos necessariamente demonstrar nossas emoções ou expressões para que a pessoa que esteja do outro lado nos entenda. Mas, quando tivemos a possibilidade de no comunicar com alguma pessoa surda, devemos usar todos os artifícios das expressões corporais, faciais e espaciais, para que assim consigamos interagir social e intelectualmente, facilitando uma comunicação e entendimento entre todos, caso contrário, a comunicação para o surdo será vazia, e ele não entenderá de maneira clara o que o interlocutor deseja transmitir a ele. 2) Leia atentamente a citação a seguir: “A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala socialmente inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo no desenvolvimento global e dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura e da escrita, apresentando-se muitas vezes, apenas parcialmente alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO & DIAS, 2000, n.p.). Reflita sobre a relação que existe entre a situação educacional das crianças surdas reveladas por Mantelato, Pedroso e Dias (2000), a história da educação dos surdos e as abordagens educacionais. A seguir responda se é correto afirmar que a história da educação dos surdos foi marcada pelo autoritarismo dos ouvintes. Justifique sua resposta relacionando-a com as abordagens educacionais estudadas nesta unidade. R.: Certamente a história e escolarização dos surdos não segue uma forma transversal, sempre foi marcada pelo autoritarismo dos ouvintes, pois por muito tempo ocorreu a exclusão de todos aqueles indivíduos que não se encaixavam na normalidade que a sociedade ouvinte acredita ser. A partir do século 16 na Europa, as escolas passaram a ensinar os alunos com deficiência, assim surgindo algumas abordagens como o bilinguismo, que proporcionou ao indivíduo surdo condições de frequentar a escola e aprender também o oralismo. Durante todo o tempo, foi e ainda é necessário muitas lutas e batalhas, afim de incluir socialmente as deficiências, respeitando-as e abrangendo os direitos humanos para todos os seres, não tendo obséquios. Hoje, a língua adotada pelos deficientes auditivos, é a língua de sinais e desde que queiram aprender, é ensinada para toda a sociedade, sendo obrigatória para todos os profissionais graduados e que participam da vida social, para que o aluno com surdez tenha plena condições de aprender, entender e ser incluso na sociedade. Passamos por um processo de inclusão no Brasil, mas ainda estamos diante de uma inclusão incompleta, pois muitas escolas ainda estão despreparadas e não oferecem suporte necessário para o atendimento de alguns alunos, mas acredito que estamos caminhando para uma inclusão efetiva. Referências B.M.S. CLEUSANGELA. Libras: as expressões faciais dos surdos e intérpretes. Disponível em: https://blog.signumweb.com.br/curiosidades/libras-expressoes- faciais-dos-surdos/. Acesso em: 14 de setembro de 2021. BRASIL.GOV.BR. Educação Especial: A Educação dos Surdos. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/educacao_surdos.pdf Acesso em: 14 de setembro de 2021. https://blog.signumweb.com.br/curiosidades/libras-expressoes-faciais-dos-surdos/ https://blog.signumweb.com.br/curiosidades/libras-expressoes-faciais-dos-surdos/ http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/educacao_surdos.pdf
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