TREINAMENTO ESPORTIVO PARA O ALTO RENDIMENTO - part 1

Prévia do material em texto

TREINAMENTO ESPORTIVO 
PARA O ALTO RENDIMENTO
Prof. Dr.: Michael N. S. Santana
Aracaju
2019
Objetivos
 1. Capacitar o aluno a desenrolar a estrutura geral de um treinamento visando
o desporto e/ou a qualidade de vida;
 2. Identificar os diferentes métodos de treinamento associados ao desporto e a
qualidade de vida;
 3. Capacitar o aluno a identificar as diferentes estruturas de treinamento
voltados a criança, mulher e a 3ª idade;
 4. Desenvolver no final do semestre a compreensão dos diferentes meios e
métodos de treinamento utilizados para a obtenção da performance
desportiva e da melhoria da qualidade de vida.
O que aprenderemos nesta disciplina?
 Unidade I- Períodos e Fases do Treinamento
1.1 Período preparatório, competitivo e transitório: revisão e aprofundamento.
 Unidade II- Parâmetros da Forma Física e da Habilidade Motora (Capacidades Físicas)
2.1. Habilidades Motoras: coordenação, descontração, agilidade, velocidade, equilíbrio.
2.2. Forma Física: força, resistência e flexibilidade;
 Unidade III Organização do treinamento Esportivo
3.1. Plano de Expectativa Individual (treinamento a longo prazo): etapa de formação básica, de
especialização, de performance e de manutenção.
3.2. Macrociclo: objetivo, tipos e divisão; Mesociclo: objetivo, tipos e divisão; Microciclo: objetivo, tipos e
divisão; Sessão: objetivo, tipos e divisão (ordenação do conteúdo dentro da sessão de treino).
3.3 Metodologia Clássica de Matvéiev
3.4 Metodologias Atuais: Periodização em Blocos, Sistema Integrador, Sistemas de Cargas Seletivas,
Sistema Pendular, Sistema de Tschiene.
Procedimentos de avaliação
A composição das notas para efeitos de avaliação considerará o
aproveitamento do discente no que tange ao seu desempenho nas
atividades propostas em classe (resenhas, seminários, pesquisa de
campo) e nas respectivas etapas Institucionais como: AV1; AV2; AV3. As
notas serão compostas da seguinte forma:
AV1 - avaliação conceitual (50%) e trabalho em grupo - seminário (50%)
AV2 - avaliação conceitual (80%) e trabalho - proposta pedagógica (20%)
AV3 - avaliação conceitual.
Bibliografia básica
 BOMPA, T. Periodização no treinamento esportivo. São Paulo: Manole, 
2001. 
 DANTAS, E.H.M. Prática da preparação física. Rio de Janeiro: Shape, 
2003. 
 MONTEIRO, A; LOPES, C. Periodização esportiva: estruturação do
treinamento. 2 ed. rev e amp. São Paulo: AG editora, 2015.
Bibliografia complementar
BARBANTI, V. Teoria e prática do treinamento esportivo. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.
MCARDLE, W.d.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e
desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
WILMORE, J. & COSTIL, W. Fisiologia do Exercício e Esporte. São Paulo: Manole, 2001.
WEINECK, J. Treinamento Ideal. São Paulo: Manole, 1999.
ELLIOTT, Bruce; MESTER, Joachim (Ed.). Treinamento no esporte: aplicando ciência no
treinamento. Tradução Luciano Sales Prado. São Paulo: Phorte, 2000.
O QUE SIGNIFICA 
SER ATLETA?
É saudável?
ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO
É aquele praticado segundo normas e 
regras nacionais e internacionais, com a 
finalidade de obter resultados e integrar 
pessoas e comunidades do país e estas 
com outras nações. 
Alto rendimento Lesões
X
PRINCÍPIOS 
DO 
TREINAMENTO
❑ O Princípio da Individualidade
❑ Princípio da Adaptação;
❑ Princípio da Sobrecarga;
❑ Princípio da Continuidade;
❑ Princípio da Interdependência 
(Volume-Intensidade );
❑ Princípio da Especificidade.
(TUBINO, 1984; DANTAS, 1995)
Princípio da individualidade
GENÓTIPO FENÓTIPO
GENÓTIPO
- Motivações;
- Personalidade;
- Biotipo;
- Habilidades.
FENÓTIPO
- Meio ambiente;
- Estímulos de treinamento;
- Condição social;
- Incentivos.
→ RENDIMENTO
Princípio da individualidade
Fatores determinantes do rendimento
Princípio da adaptação
“Compreende-se “adaptação” fundamentalmente como uma reorganização 
orgânica e funcional do organismo, frente a exigências internas e externas”.
INTENSIDADE DOS ESTÍMULOS E ADAPTAÇÕES
Estímulos Resposta
1 Débeis
2 Médios 
3 Médios a fortes
4 Muito fortes
Não acarretam consequências
Apenas excitam
Promovem adaptações
Causam danos
(TUBINO, 1984)
Princípio da sobrecarga
“O equilíbrio entre carga aplicada e tempo de recuperação é que 
garantirá a existência da supercompensação de forma permanente.”
Princípio da continuidade
“Este princípio compreenderá sempre no treinamento em curso uma 
sistematização de trabalho que não permita uma quebra de continuidade”.
1980
Princípio da Interdependência 
Volume-Intensidade
“Na maioria das vezes, o aumento dos estímulos de uma dessas duas variáveis é 
acompanhado da diminuição da abordagem em treinamento da outra” 
Aplicação de cargas crescentes
Restauração ampliada
Recuperação
Capacidade física
Faixa de ganho
Faixa de 
aplicação das 
cargas
(Adaptado de DANTAS, 1993; 1995)
Princípio da especificidade
“O treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da 
performance, em termos de qualidade física interveniente, sistema energético 
preponderante, segmento corporal e coordenações psicomotoras utilizados” 
(DANTAS, 1995)
Não planejar é preparar 
o caminho pro fracasso.
Antônio Vasconcelos Raposo (Federação Portuguesa de Natação)
Periodização para o alto rendimento
Estruturação do plano de treinamento
O objetivo da preparação consiste em possibilitar que o atleta obtenha o nível máximo de 
preparação técnica-tática, física e psicológica, de acordo com a especificidade da modalidade.
MONTEIRO, 2009
 O que é periodização?
 Porque periodizar?
 Quando periodizar?
Estruturação do plano de treinamento
A periodização compreende a divisão da temporada de 
treino com períodos particulares de tempo, contendo 
objetivos e conteúdos bem determinados.
(Matveev, 1997)
O que é periodização?
Fases 
sensíveis
Treinabilidade das 
capacidades 
motoras 
Idades mais 
favoráveis aos 
melhores resultados 
Evolução do 
rendimento 
desportivo 
Caraterísticas 
específicas da 
modalidade 
O que preciso saber pra 
iniciar a periodização?
Conhecer as características da 
prova/modalidade
Sistema energético predominante
Topografia 
Condições climáticas
1º
Exemplo: futebol
MODALIDADE TIPOS DE FIBRA METABOLISMO 
DETERMINANTE
METABOLISMO 
PREDOMINANTE
SUBSTRATOS DAS 
AÇÕES MOTORAS
Futebol Tipos I e II Anaeróbio Aeróbio PCr e Glicogênio
(Monteiro e Lopes, 2008)
Conhecer o perfil do atleta ou equipe 
Tempo de prática Nível da competição Especialidade ou 
posição
Melhores resultados, 
títulos
Meses
Anos
municipal, estadual, 
nacional, internacional
Provas de fundo
Atacante
Melhor tempo nos 
10km
2º
Conhecer os testes físicos e treinamentos 
realizados 
Antropometria Teste de esforço Teste de força
3º
Entender o calendário esportivo priorizando as 
principais competições
4º
Definir o plano de periodização
5º
Pra quem não tem objetivo, qualquer caminho serve!
Definir o tempo destinado para cada 
período da periodização
 Período preparatório 
 Período competitivo
 Período transitório
6º
PRONTO, AGORA PODEMOS 
COMEÇAR A DISCIPLINA
MAS ANTES...
VAMOS CONHECER ALGUNS CONCEITOS QUE 
FACILITARÃO O ENTENDIMENTO
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
ALGUNS CONCEITOS ESSENCIAIS QUE FACILITARÃO
A ORGANIZAÇÃO NO TREINAMENTO ESPORTIVO
Carga de treino:
É a causa que provoca as alterações de adaptação no organismo do desportista (Zakharov, 1992),É o resultado em relacionar quantidade de trabalho com seu aspecto quantitativo (Manso et al, 1996).
É a relação inversa entre o potencial do treinamento e a condição do atleta (Fortaleza & Farto, 2007).
É a soma dos estímulos efetuados sobre o orgasnismo do atleta, podendo ser interna e externa (Navarro, 2000).
Carga Externa e Carga Interna:
A Carga Externa corresponde ao treino e é igual para todos os atletas que fazem um determinado trabalho, ou
seja, se o treino for 30 minutos de corrida contínua (volume) numa média de 4,30 minutos por quilômetro
(intensidade), essa é a carga externa do treino e é igual para todos os atletas.
A Carga Interna corresponde ao efeito que determinado treino tem sobre cada atleta e depende de diversos
fatores como por exemplo a idade, o nível desportivo, a experiência, a forma física, o sexo, o estado de
espírito, a fadiga acumulada, etc.
ALGUNS CONCEITOS ESSENCIAIS QUE FACILITARÃO
A ORGANIZAÇÃO NO TREINAMENTO ESPORTIVO
ALGUNS CONCEITOS ESSENCIAIS QUE FACILITARÃO
A ORGANIZAÇÃO NO TREINAMENTO ESPORTIVO
O conceito de força é entendido como a capacidade de superar ou
opor-se a uma resistência por meio da atividade muscular. Força
muscular é a quantidade máxima de força que um músculo ou grupo
muscular pode gerar em um padrão específico de movimento.
ALGUNS CONCEITOS ESSENCIAIS QUE FACILITARÃO
A ORGANIZAÇÃO NO TREINAMENTO ESPORTIVO
Conceito de resistência muscular: definida pela habilidade do grupo
de músculos exercer um esforço submáximo por um extenso período
sem afetar a qualidade do exercício.
A resistência pode ser dividida em alguns tipos como:
-resistência aeróbica;
-resistência anaeróbica;
-resistência muscular localizada e resistência de força.
ALGUNS CONCEITOS ESSENCIAIS QUE FACILITARÃO
A ORGANIZAÇÃO NO TREINAMENTO ESPORTIVO
Conceito de velocidade: é uma característica neuromuscular que está
presente em todas as situaçoes nos vários esportes. Popularmente, diz-
se que a velocidade é uma capacidade de realizar movimento no menor
espaço de tempo.
Para melhor se compreender a diferença entre volume e
intensidade da carga de treino, vamos dar alguns exemplos:
❑ 50 minutos de corrida numa média de 4,15 minutos por quilômetro:
volume (50 minutos), intensidade (4,15m/Km).
❑ 10x 200 metros para 31 segundos: volume (2000m), intensidade (31
segundos).
❑ 2x (5x 300 metros) para 85%: volume (3000m), intensidade (85%).
❑ 10 saltos em comprimento com 8 passos de balanço: volume (10 saltos),
intensidade (média dos resultados dos 10 saltos).
❑ 12 séries de saltos a pés juntos sobre 5 barreiras a 91cm: volume (60
saltos), intensidade (barreiras a 91cm).
❑ 5x 8 execuções de peito com 60 Kg para um atleta que tem como
recorde pessoal neste exercício 100Kg: volume (40 execuções de peito),
intensidade (60%).
Periodização 
esportiva
INTRODUÇÃO
O que é periodizar?
Por que é periodizar?
CARGA DE
TREINAMENTO
Volume
Intensidade 
Densidade
Quantidade
Qualidade
Estímulo e recuperação
Séries
Repetições
Exercícios
Tempo
Distância 
Velocidade
Peso 
Amplitude
Rígido
Curto 
Completo
Compensatório
prolongado
Periodização 
esportiva
ADAPTAÇÃO 
AO 
TREINAMENTO
Teoria da supercompensação
Magnitude de carga
MEIOS E MÉTODOS 
DE
TREINAMENTO
Meios O que? 
P. Gerais
P. Especiais
Competitivos
Catabolismo
Anabolismo
Supercompensação 
Recuperativa
Estabilizadora
Ordinária
Choque 
Exercícios 
Métodos Como?
Contínuo
Intervalado
Repetição
Circuito
Complexo