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Estrutura da Contabilidade Brasileira Aula 2

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ESTRUTURA DA 
CONTABILIDADE BRASILEIRA 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Edenise Aparecida dos Anjos 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! 
Nesta aula, vamos estudar especificamente as características da 
informação contábil e sua capacidade de ser útil para seus usuários. Os temas a 
serem explorados são: 
 Característica da informação contábil útil e característica qualitativa 
fundamental: relevância; 
 Características qualitativas fundamentais: representação fidedigna; 
 Características qualitativas de melhoria: comparabilidade e verificabilidade; 
 Características qualitativas de melhoria: tempestividade e 
compreensibilidade; 
 Restrição do custo versus benefício da informação contábil. 
CONTEXTUALIZANDO 
Anteriormente, estudamos os aspectos conceituais da contabilidade, os 
relatórios contábeis e principais usuários. Nesta aula, nosso enfoque é 
direcionado sobre a qualidade das informações contábeis, ou características 
qualitativas da informação contábil. 
 Para iniciar nossa aula, apresenta-se o seguinte questionamento: quais as 
características que se espera da informação contábil para que um usuário a 
classifique como útil e a utilize como base para a sua tomada de decisão? 
A informação, para ser útil, precisa conter alguns atributos, como ser 
relevante e representar de maneira fidedigna a situação da entidade. Deve ainda 
ser passível de ser melhorada, ao ser comparada, verificada, compreensível e 
ser apresentada tempestivamente, ou seja, no momento oportuno. 
São muitos atributos? Não se preocupe, vamos estudar cada um deles e 
apresentar exemplos que facilitam o entendimento. Bons Estudos! 
TEMA 1 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE INFORMAÇÕES 
FINANCEIRAS ÚTEIS 
As características qualitativas da informação contábil são atributos que 
tornam a informação contida nos relatórios contábeis úteis, para que seus 
usuários possam tomar suas decisões. Voltando aos objetivos dos relatórios 
 
 
3 
contábeis, já estudamos que são emitidos de acordo com as normas contábeis, 
para atender as necessidades de uma ampla gama de usuários. 
Agora vamos estudar a qualidade da informação gerada pelos 
Demonstrativos Contábeis, analisando suas características fundamentais, 
como relevância das informações, e se representam de forma fidedigna a 
situação patrimonial e financeira de uma entidade. 
De forma complementar aos atributos fundamentais, espera-se ainda que 
a qualidade dessas informações possa ser aumentada, por meio das 
características de melhoria, quanto à capacidade de serem comparadas e 
verificadas; em termos da disponibilidade da informação, a tempo de ser utilizada 
no momento certo, com tempestividade; e em relação a seu conteúdo, a 
compreensibilidade, na perspectiva de seus usuários. Assim, as características 
qualitativas são classificadas em dois grupos: fundamentais e de melhoria. A 
Figura 1 apresenta as características de cada uma. 
Figura 1 – Características qualitativas 
 
Fonte: CPC, 2019. 
 Em síntese, os relatórios contábeis, elaborados de acordo com as normas, 
devem produzir informações que possam ser julgadas como úteis por seus 
usuários. Para aprender sobre essas características fundamentais e de melhoria, 
vamos estudá-las individualmente, iniciando pelas características fundamentais. 
C
ar
ac
te
rí
st
ic
as
 Q
u
al
it
at
iv
as
Fundamentais
Relevância 
Representação 
fidedigna
Melhoria
Comparabilidade
Verificabilidade
Tempestividade 
Compreensibilidade
 
 
4 
1.1 Características qualitativas fundamentais 
As características qualitativas fundamentais da informação contábil são 
classificadas em relevância e representação fidedigna. São classificadas como 
fundamentais pois representam os preceitos básicos do que se espera dos 
demonstrativos contábeis; são carregadas de valor, tanto quantitativa (expressos 
em números e valor) quanto qualitativamente (percepção de qualidade). 
1.2 Características qualitativas fundamentais: relevância 
A relevância é uma das características qualitativas fundamentais, 
relacionada com a capacidade de uma informação fazer a diferença nas decisões 
tomadas pelos seus usuários, ainda que eles optem por não tirar vantagem, e 
mesmo que já tenham conhecimento delas e de outras fontes (CPC, 2019). Essa 
classificação é apresentada na estrutura conceitual da contabilidade. 
Mas qual a importância da característica da relevância? Essa é uma 
das principais características da informação contábil, pois esse atributo deve estar 
contido em todas as informações apresentadas pelos Demonstrativos Contábeis, 
independente do fato de as informações apresentarem cunho quantitativo (de 
quantidade), valores monetários e quadros explicativos. Somente assim o usuário 
poderá avaliar se a informação é útil, verificando a capacidade de influenciar a 
tomada de decisão. 
No entanto, para o uso da informação contábil, o usuário precisa ter 
conhecimento dos elementos patrimoniais e de resultados, para que possa 
realizar suas análises. É nesse momento que entra o julgamento da utilidade da 
informação, pois a partir dos valores preditivos e confirmatórios é possível decidir 
se a informação disponibilizada para tomada de decisão será ou não utilizada. 
A informação relevante deve conter valor preditivo, que são os dados 
constantes nos relatórios, que podem ser processados como entradas para serem 
utilizados em previsões (análise da entrada de dinheiro em caixa em períodos 
futuros). Deve também apresentar valor confirmatório, em referência à 
informação disponível nos relatórios, que ao serem analisadas e confrontadas 
com períodos anteriores fornecem um feedback da situação encontrada. Espera-
se que uma informação relevante contenha os dois valores, preditivo e 
confirmatório, ao mesmo tempo. 
 
 
5 
Figura 2 – Características qualitativas 
 
Fonte: CPC, 2019. 
Exemplo: analise a seguinte situação 
A empresa XX Ltda analisou a necessidade de investir em novos 
equipamentos para aumentar sua produção e consequentemente suas vendas. 
Para isso, decidiu verificar com fornecedores e instituições financeiras qual a 
melhor opção. 
Os fornecedores e instituições, para conceder o crédito para a Empresa 
XX, solicitaram os demonstrativos contábeis dos últimos três anos e do ano 
corrente. 
De posse dos demonstrativos contábeis, analisam os períodos anteriores 
para avaliar o desempenho da empresa (valor confirmatório) e verificar sua 
capacidade de gerar fluxos de caixa futuros para saldar dívidas (valor preditivo). 
Analisam ainda se ela tem estoques para vender; além dos direitos a receber de 
seus clientes e do nível de endividamento (obrigações a pagar) nos últimos anos 
(valor confirmatório), para analisar a capacidade a capacidade futura de 
pagamento (valor preditivo). 
Somente após tais análises os fornecedores e as instituições financeiras 
avaliam a concessão dos empréstimos/financiamento para a empresa XX. Sendo 
aprovado pelas entidades credoras, a empresa XX agora analisa qual a melhor 
opção. 
Observe, neste exemplo hipotético, que a base para a concessão de crédito 
está atrelada à qualidade da informação contábil e sua relevância, e aos valores 
preditivos e confirmatórios contidos na sua apresentação. Somente assim poderá 
ser julgada como útil para a tomada de decisão. 
 
Informação relevante
Valor preditivo 
Utilizada como dados de 
entrada para previsões
Valor confirmatório
Fornece feedback sobre 
avaliações anteriores 
 
 
6 
1.3 Materialidade 
A relevância é diretamente associada ao conceito de materialidade, pois se 
uma informação material for omissa ou distorcida, pode influenciar as decisões 
dos usuários dos relatórios financeiros (CPC, 2019). Ressalta-se, nesse contexto, 
que a contabilidade é realizada com requinte de detalhes; todavia, nem todas as 
informações são relevantes para seus usuários,se pensarmos nos esforços 
necessários para a sua elaboração e nas métricas de proporções. 
Exemplo: analise a seguinte situação 
Uma empresa de grande porte distribui por departamentos o material de 
consumo. Em determinado período, identificou o total de despesas com papel A4 
no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). De posse dessa informação, o 
encarregado pelas despesas de papel A4, decidiu, então, identificar quantas 
folhas de papel A4 cada departamento consome, para atribuir de forma correta as 
despesas aos seus respectivos departamentos. Para isso, designou uma equipe 
para fazer o controle. 
Essa decisão foi tomada levando em consideração a relevância e a 
materialidade da informação? 
Para responder essa pergunta, vamos comparar a despesa de R$ 5.000,00 
com a Receita Líquida de Vendas da entidade, no valor aproximado de R$ 
3.000.000,00 (três milhões de reais). Analise, agora, o quanto essas despesas 
(R$ 5.000,00) consomem das receitas líquidas de vendas nesse mesmo período. 
𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜:
5.000,00
3.000.000,00
= 0,001667 𝑥100 = 0,17% 
Analisando a proporção de 0,17%, podemos inferir que não faz sentido 
montar uma equipe para analisar quanto de papel A4 cada departamento 
consome – ou seja, essa informação é imaterial. Afinal, o custo para quantificar 
quanto cada departamento consome de folhas é maior que o benefício da 
informação. Portanto, é imaterial e irrelevante para a tomada de decisão. 
Agora vamos tomar como base a mesma despesa com papel A4, mudando 
apenas para o contexto de uma microempresa, que obtém Receitas líquidas 
de Vendas no valor de R$ 120.000,00 (centro e vinte mil reais) no período. 
Quando analisado o consumo de papel no valor de$ 5.000,00, comparando-o com 
as receitas, vamos obter um percentual de 4,17%. Segue cálculo: 
 
 
7 
𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟çã𝑜:
5.000,00
120.000,00
= 0,041667 𝑥100 = 4,17% 
Pode-se agora inferir que a mesma despesa, considerada como imaterial e 
não significativa para a empresa de grande porte, é material para uma 
microempresa – ou seja, deve ser quantificada para identificar os motivos pelos 
quais essa despesa consome 4,17% das receitas, sendo portanto relevante para 
análise e posterior tomada de decisão. 
Aplicar os conceitos de materialidade, julgar o que é relevante ou não para 
uma entidade, não é tarefa fácil, pois requer, do contador, vivência, expertise e 
bom senso no exercício de sua função. 
Em resumo, uma informação relevante deve ser oportuna, ou seja, deve 
servir o usuário no momento em que ele precisa, permitindo análise, 
interpretação e utilização, para estabelecer metas, fazer investimentos, enfim, 
tomar decisões que vão influenciar nos negócios da entidade que reportou a 
informação. 
TEMA 2 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS: 
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA 
Para serem úteis, as informações contábeis, além de relevantes, precisam 
representar fielmente a situação financeira do patrimônio, que está sendo 
retratada nos relatórios contábeis, ou seja, deve ser fidedigna. Essa 
representação pode ser feita em palavras e números, como apresentar o nome 
correto das contas e os saldos das transações a que se refere, evitando o uso de 
terminologias genéricas, como despesas gerais, por meio das quais não é 
possível identificar quais são essas despesas e seus respectivos valores, 
suprimindo assim informações que possam vir a ser importantes para a tomada 
de decisão. 
Na perspectiva da estrutura conceitual, para a elaboração de relatórios 
financeiros úteis, as informações financeiras não devem apenas representar 
fenômenos relevantes, mas também, de forma fidedigna, a essência dos 
fenômenos que se pretende representar (CPC, 2019). 
Assim, a característica qualitativa de uma informação fidedigna é a 
representação fiel da situação patrimonial de uma entidade em determinado 
 
 
8 
período. Deve ainda ser maximizada por três características: completa, neutra e 
isenta de erros. 
Figura 3 – Representação fidedigna 
 
Fonte: CPC, 2019. 
2.1 Representação fidedigna: completa 
Uma representação completa inclui todas as informações necessárias 
para que o usuário compreenda os fenômenos que estão sendo representados, 
inclusive todas as descrições e explicações necessárias. 
Por exemplo, a representação completa de grupo de ativos inclui, no 
mínimo, a descrição da natureza dos ativos do grupo, a representação numérica 
de todos os ativos do grupo, e a descrição daquilo que a representação numérica 
retrata (como valor do custo histórico ou valor justo). 
Uma informação completa envolve também explicações de fatos 
significativos sobre a natureza e as dimensões de qualidade da informação. Por 
exemplo, as notas explicativas que evidenciam as práticas contábeis, além de 
políticas, critérios e normas adotados para elaboração dos relatórios. 
2.2 Representação fidedigna: neutra 
A informação, para ser neutra, deve ser imparcial, não tendenciosa, 
buscando apresentar dados e informações sem viés (CPC, 2019). Assim, a 
neutralidade diz respeito à não existência de viés na escolha da forma de registro 
ou de mensuração, quer para melhorar artificialmente a realidade, quer para piorá-
la. 
A neutralidade em casos de incertezas no reconhecimento dos elementos 
contábeis é apoiada pelo exercício da prudência, devendo-se adotar o menor 
valor para os ativos e o maior valor para os passivos. Nesse contexto, o 
contador deve ter cautela, ou seja, exercer o princípio da prudência, de modo que 
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA 
COMPLETA NEUTRA LIVRE DE ERROS
 
 
9 
os ativos ou receitas não sejam superestimados, e os passivos ou despesas não 
sejam subestimados. 
Exemplo 
A empresa, a partir do uso das características confirmatórias e preditivas 
da informação contábil, observou um padrão de inadimplência, identificando um 
percentual de 3% dos valores que ela deveria receber por mês de seus clientes, 
não sendo pagos ou saldados. Nesse caso, para que a conta de Duplicatas a 
Receber de clientes no Ativo não ficasse superestimada, apresentando um 
valor que não será convertido em caixa (dinheiro), a contabilidade reconhece essa 
perda estimada com clientes de liquidação duvidosa. 
Ao reconhecer essa perda, ocorre a redução do valor da conta de 
Duplicatas a receber, evidenciando somente os valores que a empresa 
efetivamente espera receber em dinheiro no caixa, e com os quais poderá contar 
para uso em operações diárias. 
Ativos: 
(+) Duplicatas de Clientes a receber 
(-) Perdas estimadas de cliente de liquidação duvidosa 
(=) Saldo de Duplicatas de Clientes a receber 
2.3 Representação fidedigna: livre de erros 
Representação fidedigna não significa representação precisa em todos os 
aspectos. Diante disso, espera-se no mínimo que os demonstrativos contábeis 
elaborados de acordo com as práticas e normas contábeis sejam isentos ou livre 
de erros, representando fielmente a situação econômica e financeira da entidade. 
Por exemplo, quando a estimativa de preço ou valor não pode ser estimada 
com precisão, o valor deve ser descrito de forma clara e precisa como sendo 
estimativa. Assim, a informação conterá em seu escopo as limitações da 
estimativa; se nenhum erro tiver sido cometido na escolha e na aplicação do 
processo, será representada de forma fidedigna. 
Em resumo, pode-se afirmar que as Demonstrações contábeis estão longe 
de se constituírem em uma ciência exata, pois as informações ou os valores 
informados são consequência da utilização de julgamentos. Dessa forma, espera-
se que contenham as características fundamentais de relevância e representação 
fidedignas, para que possam orientar os usuários na tomada de decisão. 
 
 
10 
2.4 Aplicação das características qualitativas fundamentais 
A estrutura conceitual (CPC, 2019) determina três passos, definidos como 
processos eficientes para aplicação das características qualitativas fundamentais, 
para elaboração eobservação das informações contábeis. 
Figura 4 – Aplicação das características qualitativas fundamentais 
 
Fonte: CPC, 2019. 
 Por fim, entende-se que as informações apresentadas nos demonstrativos 
contábeis, para serem classificadas como úteis por seus usuários, devem ser 
relevantes (conter valores preditivos e confirmatórios), influenciando na tomada 
de decisão, devem conter representação fidedigna (a informação precisa ser 
completa, neutra e Isenta de erro), observando os preceitos de prudência e 
materialidade nos registros, além de reconhecimento e desreconhecimento dos 
elementos patrimoniais e de resultados apresentados. 
TEMA 3 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA 
As características de melhoria, como o termo aponta, tem o objetivo de 
elevar o nível de qualidade da informação contábil. Assim, uma informação, além 
de relevante e fidedigna, deve ter ainda a capacidade de ser comparada, 
verificada, compreensível e apresentada no momento oportuno, tempestivo para 
a tomada de decisão. 
• Identificar o fenômeno 
econômico, com 
informações sobre o que 
pode ser útil para os 
usuários das informações 
financeiras da entidade 
que reporta.
1º Passo:
• Identificar
o tipo de informação sobre 
esse fenômeno que é 
mais relevante.
2º Passo:
• Determinar se essas 
informações estão 
disponíveis e se podem 
fornecer representação
fidedigna do fenômeno 
econômico.
3º Passo:
 
 
11 
Figura 5 – Características de melhoria 
 
Fonte: CPC, 2019. 
3.1 Comparabilidade 
A comparabilidade é característica qualitativa que permite, aos usuários, 
tomarem decisões que envolvem escolher entre alternativas, como vender ou 
manter o investimento, ou investir em uma ou outra entidade. Esse processo é 
facilitado quando as entidades divulgam seus relatórios contábeis; sua utilidade 
será aumentada se puderem se forem comparados a informações similares 
sobre outras entidades, e sobre a mesma entidade, referentes a outro período ou 
outra data (CPC, 2019, item 2,24). 
Para facilitar esse processo, os demonstrativos contábeis devem ser 
divulgados e publicados evidenciando os resultados de pelo menos dois períodos. 
Veja o exemplo do balanço Patrimonial da Cia Alpargatas S.A., em que se pode 
observar que o ativo total referente ao exercício de 2018 foi de R$ 3.980.105; no 
ano de 2019, foi de R$ 4.522.040. A comparabilidade permite a análise dos 
elementos patrimoniais e de resultados, para avaliar a situação econômica e 
financeira de uma entidade. 
 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE 
MELHORIA
Comparabilidade 
Capacidade de 
verificação 
Tempestividade Compreensibilidade 
 
 
12 
Tabela 1 – Balanço Patrimonial Alpargatas S.A. 
 ALPARGATAS S.A. 
 
Fonte: B3, 2020. 
Então comparabilidade é isso? Esse é um exemplo de como a 
informação contábil deve ser útil para seus usuários, pois é necessário que 
apresente elementos que possam ser comparados, o que inclui as informações 
da própria empresa em períodos diferentes (2018 e 2019), e de outras empresas 
do mesmo segmento ou área de atuação, para que se possa fazer inferências. 
Por segmento, entende-se determinados grupo de entidades que 
desenvolvem atividades econômicas semelhantes, como produtos, serviços e 
mercado consumidor. 
Os usuários comparam a informação contábil, para verificar como a 
empresa evoluiu nos últimos anos, se é rentável, gera lucros aos proprietários, e 
qual o percentual de crescimento de período a período. Pode-se fazer 
comparações, ainda, com as informações publicadas de outras empresas do 
mesmo segmento. Assim, para afirmar que uma empresa obteve um bom 
desempenho em determinado período, é preciso comparar os resultados da 
empresa analisada com os resultados de outras empresas do mesmo segmento. 
A característica qualitativa da comparabilidade permite também a análise 
do segmento de mercado de atuação das entidades, e se o momento é propício 
para investir nesse tipo de organização. Veja que a comparabilidade permite aos 
usuários tomarem os mais diversos tipos de decisão, sejam internas (compras, 
vendas, produção e investimento), como externas (investimentos, em outras 
entidades, concessão de créditos, abertura de ações no mercado, entre outros 
aspectos). Nesse entendimento, a comparabilidade permite aos usuários 
identificar as variações econômicas e financeiras de uma entidade entre diferentes 
 
 
13 
períodos, buscando compreender similaridades. Por exemplo, se o elemento de 
análise for o estoque, as contas analisadas devem ser correlatas às contas de 
estoques, para que se mantenha a similaridade, permitindo assim entender as 
diferenças. 
Dentre as características da comparabilidade, pode-se observar que um 
dos pontos importantes repousa sobre a consistência da informação de um 
período para outro. 
Por exemplo, critérios de apuração dos inventários-estoques, se os 
mesmos métodos foram aplicados de período a período, se houve mudança 
nas políticas da empresa, e outras diferenças que mais adiante vamos estudar no 
reconhecimento e desreconhecimento dos elementos patrimoniais. 
A apuração do inventário-estoques corresponde ao método adotado por 
uma empresa para avaliar seus estoques e apurar o custo do produto vendido – 
e consequentemente o lucro no momento da venda. 
Em síntese, um único fenômeno econômico, apresentado de forma 
fidedigna, pode contemplar as características necessárias de uma informação 
contábil. No entanto, sua relevância é diminuída se não puder ser comparável. 
3.2 Capacidade de verificação: verificabilidade 
 Dentre as características de melhoria, destaca-se a capacidade de 
verificação da informação contábil. Por exemplo, a informação apresentada de 
forma fidedigna (representação fiel dos eventos econômicos e financeiros da 
entidade) permite que os usuários verifiquem, confiram, façam auditorias e 
perícias, chegando a um consenso sobre os métodos e práticas aplicados para a 
elaboração dos demonstrativos contábeis. 
Assim, a capacidade de verificação significa que diferentes 
observadores, bem informados e independentes, podem chegar a um consenso, 
embora não a um acordo necessariamente completo, quanto ao fato de que a 
representação específica é fidedigna (CPC, 2019). A capacidade de verificação 
pode ser direta e indireta. 
 
 
 
14 
Figura 6 – Capacidade de Verificação 
 
Fonte: B3, 2020. 
A verificação direta pode ser classificada como quantitativa, observada 
por exemplo na contagem dos estoques físicos para comparação com os 
relatórios emitidos no sistema, na conferência do dinheiro em caixa no fim do 
expediente, dentre outras finalidades. 
A verificação indireta, por sua vez, está relacionada com os métodos de 
aplicação contábil. Um exemplo é verificar o valor contábil do estoque, 
checando as informações (quantidades e custos) e recalculando o estoque final, 
com métodos como a média ponderada móvel ou o método primeiro a entrar, 
primeiro a sair (CPC, 2019). 
Por fim, observe que a capacidade de verificação pode ser tanto 
quantitativa (contagem da quantidade física dos estoques) quanto qualitativa (por 
exemplo, o método aplicado para reconhecer o valor contábil dos estoques). 
Carece, ainda, da representação fidedigna e da comparabilidade das informações. 
A capacidade de verificação é relevante, na medida que os relatórios 
contábeis apresentam as informações referentes aos eventos econômicos e 
financeiros da entidade, e as complementem com explicações sobre métodos e 
políticas aplicados na sua elaboração. Somente assim os usuários poderão julgar 
a utilidade da informação fornecida. 
VERIFICAÇÃO
DIRETA
verificar o valor ou outra representação 
por meio de observação direta, por 
exemplo, conferindo o dinheiro do caixa. 
INDIRETA
verificar os dados de entrada de modelo, 
fórmula ou outra técnica e recalcular os 
dados de saída utilizando a mesma 
metodologia. Por exemplo: recalcular a 
folha de pagto ouimpostos
 
 
15 
TEMA 4 – CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA: 
TEMPESTIVIDADE E COMPREENSIBILIDADE 
Assim como as características fundamentais, a comparabilidade e a 
verificação são importantes. Para classificar uma informação como útil, ela deve 
ser apresentada no momento certo – deve ser tempestiva e compreensível. 
Vamos estudar agora as características qualitativas de melhoria. 
4.1 Tempestividade 
Por tempestividade, podemos entender a disponibilização das informações 
com tempo hábil para influenciar na tomada de decisão por parte de seus 
usuários. Entende-se, assim, que quanto mais antiga uma informação, menos útil 
ela é. 
Exemplo 
Uma empresa de pequeno porte de vendas no varejo foi atingida 
fortemente pela recessão econômica em que vive o país. Com menor poder 
aquisitivo, os clientes estão endividados e sem dinheiro para adquirir os produtos 
de consumo, seja a prazo ou a vista. Diante disso, o empresário percebe que não 
está passando por um bom momento, mas as vendas que foram parceladas em 
períodos anteriores estão aquecendo o caixa. Otimista, na expectativa de 
aumentar suas vendas com a chegada das festas de fim de ano, abasteceu seus 
estoques. 
No mesmo período, a contabilidade, que é terceirizada, fechou os 
demonstrativos contábeis da empresa. O contador observou que o volume de 
vendas da empresa vinha reduzindo significativamente nos últimos anos para o 
mesmo período. Assim, o cenário econômico não era propício para adquirir um 
volume tão grande de mercadorias, pois essa ação poderia comprometer o fluxo 
de caixa no futuro próximo. Pensou em conversar com o empresário, imprimiu os 
relatórios e guardou-os na gaveta. 
Passados três meses, o empresário chegou desaminado ao escritório, 
manifestando a possibilidade de fechar as portas, pois não conseguiria vender 
seus estoques, e estava ficando sem caixa. O contador, mais que depressa, puxa 
os demonstrativos contábeis guardados. 
 
 
16 
Agora reflita, essa informação é relevante para o empresário neste 
momento? Caso o contador tivesse reportado a informação no momento 
oportuno, o empresário “poderia” ter tomado decisões mais conservadoras, 
comprando um volume menor de mercadorias, ou talvez realizando companhas 
de marketing para atrair mais clientes, fazendo promoções, baixando os preços. 
Enfim, uma informação somente é valiosa e útil se influenciar tempestivamente a 
tomada de decisão. 
Nesse contexto, pode-se observar que os registros contábeis fornecem 
informações de resultados que já ocorreram. Por isso, uma informação perde a 
relevância se o contador demorar muito tempo para comunicá-la ou divulgá-la. 
Quanto mais antiga a informação, menos valor ela tem, pois perde a 
relevância – ou seja, a capacidade de influenciar: a tomada de decisão; a análise 
de desempenho (mensal, trimestral ou anual) da entidade; o valor preditivo para 
fornecer informações para projeções futuras; a capacidade de verificação e 
comparação; entre outras características. 
4.2 Compreensibilidade 
Característica de melhoria, a compreensibilidade tem como função 
apresentar e classificar as informações evidenciadas nos demonstrativos 
contábeis, de modo claro e conciso, tornando-as compreensíveis aos usuários 
da informação (CPC, 2019). 
Exemplo de compreensibilidade 
Pelo MEP, o resultado de equivalência patrimonial é reconhecido diretamente no 
resultado do período, enquanto a variação cambial do investimento no exterior 
deve ser reportada em conta específica do Patrimônio Líquido (Ajuste Acumulado 
de Conversão – Outros Resultados Abrangentes), sendo somente reconhecida 
como receita ou despesa no resultado, quando da realização dos investimentos 
(venda ou baixa do investimento líquido). 
Fonte: Gelbcke; Martins; Santos, 2018, p. 231 
Você, aluno que está iniciando seu curso, consegue entender a explicação 
dos autores? Conhece todos os termos utilizados, como MEP (Método de 
equivalência patrimonial), Variação cambial, Resultados Abrangentes, Realização 
dos investimentos? 
 
 
17 
Alguns alunos, por já estarem no mercado de trabalho, pode ser que já 
conheçam, mas a maioria não. Afinal, é necessário que o aluno percorra uma 
trilha de conhecimentos, ao longo da qual lhe serão apresentados aos poucos, 
e de forma evolutiva, conceitos, definições, técnicas, classificações etc., para que 
ao longo do curso possa construir conhecimento, de forma que esteja habilitado 
para aplicar a contabilidade e desenvolver competências para interpretar as 
informações contábeis, inerentes à prática da profissão. Assim, para que possa 
construir conhecimento, o aluno deve ser munido de informações claras e 
concisas, para ser considerado como habilitado para, por exemplo, interpretar os 
termos descritos no recorte apresentado. 
Com os usuários dos demonstrativos contábeis, acontece o mesmo, 
pois os relatórios são elaborados de acordo com as normas contábeis vigentes, e 
por vezes apresentam informações complexas. Por isso, a compreensibilidade é 
uma característica qualitativa importante, permitindo o entendimento da 
informação por meio de padronização e métodos pré-determinados, como 
estamos vendo ao longo da disciplina. 
No entanto, isso não significa que os termos e jargões técnicos específicos 
da área contábil e de negócios devem ser suprimidos (ocultados) para que sejam 
compreensíveis. Porque, assim como acontece nas Ciências Jurídicas, na 
Contabilidade os usuários devem estar aptos para interpretar as informações 
contábeis fornecidas. 
Por isso, “os Relatórios financeiros devem ser elaborados para usuários 
que têm conhecimento razoável das atividades comerciais e econômicas e 
que revisam e analisam as informações de modo diligente” (CPC, 2019). 
Neste contexto, destaca-se a importância do profissional da Contabilidade, 
pois, por vezes, mesmo que os usuários sejam habilitados, seus conhecimentos 
podem não ser suficientes, cabendo aqui o papel consultivo do contador para 
sanar dúvidas, sempre que solicitado. 
As características qualitativas de melhoria devem potencializar o máximo 
possível a qualidade das informações contábeis. Todavia, se as informações não 
forem relevantes, representando fidedignamente os fenômenos econômicos e 
financeiros de uma entidade, perdem totalmente sua utilidade (CPC, 2019). 
 
 
18 
TEMA 5 – RESTRIÇÕES DO CUSTO SOBRE RELATÓRIOS FINANCEIROS ÚTEIS 
Nos temas anteriores, abordamos as características qualitativas 
fundamentais e de melhoria de uma informação contábil, como critérios que 
qualificam uma informação contábil como útil. Qual é o custo benefício de gerar 
as informações contábeis? Já pensou sobre isso? 
Imagine um mercadinho da sua comunidade, bairro ou vila, publicando 
seus Demonstrativos Contábeis no Diário Oficial da União. Consideramos aqui 
uma microempresa que fatura até R$ 120.000 (cento e vinte mil reais) por mês. 
Destaque para o fato de que esse tipo de empresa é desobrigado da divulgação 
pública de seus relatórios financeiros. 
Tabela 2 – Custos de publicação para o Diário Oficial no Estado do Paraná 
 
CUSTO DE PUBLICAÇÃO 
Custo por cm 
Diário Oficial Executivo (Poder Executivo Estadual) R$ 26,00 (centímetro) 
Diário Oficial Comércio, Indústria e Serviços R$ 30,00 (centímetro) 
CUSTO DE PUBLICAÇÃO POR PÁGINA Custo por página inteira 
Diário Oficial Comércio, Indústria e Serviços 
 R$ 1.620,00 (17 x 27 cm) - A4 
 R$ 2.790,00 (25 x 31 cm) – Tabloide 
 R$ 5.709,00 (30 x 52 cm) - Página dupla 
 
Avalia: realmente vale a pena para esta microempresa publicar suas 
informações no Diário Oficial, elaborar demonstrativos, notas explicativas de 
forma pormenorizada, desembolsando de R$ 1.620,00 a 5.709,00? A quem se 
destina ou quem são os usuários dessa informação? Vale o custo? Qual o 
benefício? 
Essas são perguntas que devem ser levadas em consideração, pois os 
relatórios contábeis, elaborados de acordo comas normas contábeis, são 
destinados primariamente aos usuários externos, que farão uso dessa 
informação para a tomada de decisão, pensando em investimentos em outras 
empresas, vendas de ações no mercado financeiros, negócios de fusão, 
incorporação, cisão. De modo geral, envolvem grandes negociações. 
Para uma microempresa, o custo pode não ter benefícios, pois o esforço 
para emiti-las pode não trazer resultados (benefícios) para a empresa, 
transformando-se em despesas. 
 
 
19 
Por outro lado, no caso de uma sociedade anônima, que está obrigada a 
publicar o conjunto completo de demonstrações contábeis, para atender às 
normas da CMV (Comissão de valores Mobiliários) e da bolsa de valores, há a 
necessidade de produzir informação aos acionistas quanto à distribuição dos 
lucros, aos investidores interessados nas atividades da empresa, calculando o 
preço das ações, pensando nos demais usuários interessados. O custo benefício 
é relevante, pois seus usuários aguardam o momento da divulgação e publicação 
dos demonstrativos contábeis, para avaliar se continuam ou não a investir na 
empresa. 
Assim, e diante de tudo que já estudamos nesta aula, pode-se inferir que 
os custos para divulgar uma informação devem ser imbuídos de benefícios. A 
estrutura conceitual da contabilidade define o custo como “uma restrição 
generalizada que pode ser fornecida pelo relatório financeiro, e desse modo, 
devem ser justificados pelos seus respectivos benefícios” (CPC, 2019). 
Os fornecedores da informação, ou seja, a entidade que reporta, 
representada pela contabilidade, demandam tempo e esforço em termos de coleta 
de dados, processamento, adequação às normas, verificação e disseminação de 
informações financeiras. É um trabalho minucioso, e por isso se deve levar em 
consideração o custo-benefício de gerar a informação. 
Sob o ponto de vista dos usuários, podemos observar que também há 
custo-benefício, pois para se avaliar a utilidade da informação é necessário 
dispender tempo e contratar especialistas para analisar e interpretar as 
informações disponibilizadas. Caso essas informações não sejam necessárias ou 
suficientes, incorrem em custos adicionais para obter as informações em qualquer 
outra parte, ou para estimá-las. 
Portanto, procura-se considerar custos e benefícios em relação ao 
relatório financeiro, de modo geral, e não apenas em relação a entidades 
individuais que reportam. 
TROCANDO IDEIAS 
Estudamos, nesta aula, que os relatórios contábeis devem fornecer 
informações úteis para a tomada de decisão. No entanto, para serem julgadas 
como úteis por seus usuários, devem conter características, ou atributos, que as 
qualifiquem como tal. 
 
 
20 
Com base nos temas apresentados e em um movimento de socialização 
profissional, sugerimos que conversem com profissionais contábeis em atividade, 
que você conhece ou no seu ambiente de trabalho, para investigar qual a 
percepção que apresentam a respeito dos atributos da informação: características 
qualitativas fundamentais e de melhoria. 
 Investigue como essas características são percebidas pelos contadores; 
 Qual o nível de aplicabilidade na sua rotina (essas características são 
observáveis no dia a dia?); 
 Quem são os principais usuários que consomem informações contábeis no 
contexto analisado (usuários internos ou externos). 
De posse dessas informações, entre no fórum de seu ambiente virtual e 
discuta, com seus colegas, a aplicabilidade dessas características qualitativas e 
os principais usuários da informação contábil. 
NA PRÁTICA 
As características qualitativas de informações financeiras úteis se 
aplicam a informações financeiras fornecidas nas demonstrações 
contábeis, bem como a informações financeiras fornecidas de outras 
formas. O custo, que é uma restrição generalizada sobre a capacidade 
da entidade que reporta de fornecer informações financeiras úteis, se 
aplica de forma similar. (CPC, 2019) 
Com base neste recorte do CPC, correlacione as características da 
informação contábil: 
1. Características qualitativas fundamentais. 
2. Características qualitativas de melhoria. 
Associe, atribuindo 1 ou 2 paras as sentenças: 
 A capacidade de verificação significa que diferentes observadores bem 
informados e independentes podem chegar ao consenso, embora não a acordo 
necessariamente completo. 
 A compreensibilidade tem como função apresentar e classificar as informações 
evidenciadas nos demonstrativos contábeis de modo claro e conciso tornando-
as compreensíveis aos usuários da informação. 
 A representação fidedigna é a representação fiel da situação patrimonial de 
uma entidade em determinado período. 
 A relevância é relacionada com a capacidade de uma informação fazer a 
diferença nas decisões tomadas pelos seus usuários, devendo conter valor 
preditivo e confirmatório ou ambos. 
 Tempestividade é a disponibilização das informações há tempo de influenciar 
na tomada de decisão por parte de seus usuários. 
 
 
 
 
21 
Assinale a sequência correta1: 
a. 2; 1; 1; 2; 2. 
b. 2; 2; 1; 1; 2. 
c. 2; 1; 1; 1; 2. 
d. 2; 1; 1; 2; 1. 
e. 2; 2; 1; 2; 1. 
FINALIZANDO 
Nesta aula, estudamos a qualidade das informações geradas pelos 
relatórios contábeis. Podemos pensar, a partir do exposto, sobre a importância 
das observações das normas contábeis a para sua elaboração. 
Outro ponto importante que podemos observar é a importância do 
profissional contábil, seja para a preparação dos dados (reconhecimento e 
escrituração), como também no auxílio a tomada de decisão, de forma direta ou 
indireta, por meio dos relatórios emitidos. 
Por fim, podemos inferir que os usuários da informação, a partir das 
características qualitativas apresentadas, determinam se elas influenciam ou não 
a tomada de decisão. São os usuários que determinam a utilidade da informação. 
 
 
 
1 O gabarito para essa questão pode ser encontrado ao final deste material, após a seção 
Referências. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Ações. Disponível em: 
<http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-
variavel/empresas-listadas.htm>. Acesso em: 10 mar. 2020. 
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 00 (R2): Estrutura Conceitual 
para Relatório Financeiro. 2019. Disponível em: 
<http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos>. Acesso 
em: 10 mar. 2020. 
GELBCKE, E. R.; MARTINS, E.; SANTOS, A. dos. Manual de contabilidade 
societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas 
internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
 
 
 
23 
GABARITO 
A resposta correta é a b. 2; 2; 1; 1; 2.

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