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KELVIN ROCHA DE SOUZA 201801013373 AO DOUTO JUIZO DA 2° VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS / SC. Processo n° … Distribuição por dependência. PEDRO DE CASTRO , nacionalidade, estado civil, profissão, com RG n°…, inscrito no CPF sob n° …, residente e domiciliado na Rua …, n°…, município, bairro, cidade, Estado, CEP… com tel.( ) e endereço eletrônico…, vem por intermédio do seu advogado (a), abaixo assinado, procuração anexo, com endereço profissional na Rua …, no°…, município, bairro, cidade, Estado, CEP…, com tel. ( ) e endereço eletrônico, pelos fundamentos do art. 914 do CPC, opor os presentes KELVIN ROCHA DE SOUZA 201801013373 EMBARGOS À EXECUÇÃO PELO RITO COMUM em face do BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob n°…, com sede na Rua…, no°…, município, bairro, Rio de Janeiro / RJ, CEP …, pelos fatos e fundamentos que passa a expor. I - DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO A presente peça de Embargos à Execução encontra-se tempestiva, tendo sido oferecidos no prazo de 15 dias úteis a contar do dia da juntada aos autos do cumprimento do mandado pelo oficial de justiça, sendo a data do dia .../.../.., como dispõe os arts. 915 e 231 II do CPC. II - PRELIMINARES DA AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE PASSIVA Preliminarmente, com fulcro no art. 337, XI do CPC, alega o embargante não ser parte legítima para configuração do polo passivo da demanda, tendo em vista que não contraiu a presente obrigação alegada pelo embargado, devendo configurar no polo passivo apenas a Sra. LAURA que é a responsável pelo prejuízo causado ao embargado. Tendo como consequência a alteração do polo passivo no prazo de 15 dias, conforme determina o art. 338, KELVIN ROCHA DE SOUZA 201801013373 concomitantemente a aplicação do Pú desta lei para que assim o embargado reembolse as despesas e honorários advocatícios do procurador do embargante. Mas, caso V.Exa. entenda pelos efeitos peremptórios que seja determinada a extinção do processo. III - DOS FATOS Alegou o embargado BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, em sua Ação de Execução por Título Extrajudicial, a execução de um empréstimos no valor de R$ 150.000, 00 ( cento e cinquenta mil reais), sob a apresentação de nota promissória e requereu a penhora do consultório do embargante, que fica situado na Rua Nóbrega, n°36, sala 801, Centro, Florianópolis. III.I- DA VERDADE DOS FATOS No dia … de agosto de 2015 o embargante assumiu, mediante nota promissória, o encargo de AVALISTA do EMPRÉSTIMO DE MÚTUO FINANCEIRO, que fora contraído por LAURA, no valor de R$ 300.000,00 a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas. Contudo, no dia … de março de 2016 o embargante foi informado pelo embargado que a Sra. LAURA se encontrava inadimplente desde a 4ª, vencida no dia … de dezembro de 2015. Acometido pela boa - fé, a fim de evitar maiores transtornos o avalista, ora embargante, decidiu por QUITAR A DÍVIDA NO DIA KELVIN ROCHA DE SOUZA 201801013373 03 DE ABRIL DE 2016 , MEDIANTE NOTA PROMISSÓRIA. Ocorre que o BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, ora embargado não realizou a entrega da nota promissória assinalada ao embargante. Tendo sido utilizada pelo embargado, a referida nota promissória, com a finalidade de embasar a execução perante este juízo como requisito de empréstimo diverso que também foi contraído por LAURA, no qual o embargante não foi Avalista. Oportunidade em que o embargado solicitou a penhora do bem - consultório do embargante, que fica situado na Rua Nóbrega, n°36, sala 81, Centro, Florianópolis, pedido este que foi deferido pelo juiz e consequentemente a intimação da penhora por oficial de justiça. Situação incabível e praticada mediante má-fé do BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, ora embargado que vem causando grande incômodo ao embargante que por meio das fotocópias comprobatória anexas justifica não fazer jus a responsabilidade empregada. IV - DO DIREITO Este consignante se apoia no art. 914 caput e parágrafo 1 do CPC como fundamentação para propositura e deferimento destes Embargos à Execução que ficam livres da dependência de penhora, caução ou depósito. Por força do art. 917, do CPC/2015, no qual determina as matérias que podem ser opostas no momento dos Embargos à Execução, o inciso VI deixa claro que o executado poderá alegar “ KELVIN ROCHA DE SOUZA 201801013373 qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento" Desta forma, nestes embargos aponta-se a ocorrência de Título Executivo Extrajudicial diverso do dever de obrigação pelo empréstimo alegado em Execução, sendo o embargante parte ilegítima do polo passivo da demanda, conforme consta em documentos comprobatórios das referidas alegações. Sendo assim, não há razão para o prosseguimento da execução proposta pelo embargado, muito menos a manutenção da penhora realizada sobre o consultório do embargante. Neste sentido, considerando a quantia do referido título executivo extrajudicial apresentado em juízo adimplente desde o dia 03 de abril de 2016, e a tentativa do embargado de cobrar ilicitamente o embargante, configurando, assim, enriquecimento sem causa, nos moldes do art. 884 do CC. Vide “ Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Parágrafo único . Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.” Portanto, é imprescindível que seja recebido o efeito suspensivo dos presentes embargos à execução, tendo em vista a presença de todos os requisitos necessários, como bem dispõe o art. 919, paragrafo 1° CPC, sendo eles os pressupostos: KELVIN ROCHA DE SOUZA 201801013373 ● Juízo garantido por ( penhora, depósito ou caução) ● Verificados os requisitos para concessão da tutela provisória Estando o juízo garantido pela penhora e a comprovação dos requisitos da tutela, qual seja o Fumus Boni Iuris e Periculum In Mora, preenchidos pelo título executivo extrajudicial - nota promissória quitada no dia 03/04/2016, um excelente documento capaz de demonstrar alegações de probabilidade do direito requerido ser acolhido. E por fim, por se tratar o bem penhorado de um consultório utilizado para subsistência do embargante o risco do dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado. Assim, requer-se que o presente embargos sejam recebidos com efeito suspensivo. “AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. DECISÃO QUE ATRIBUIU EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS. IRRESIGNAÇÃO DO AGENTE FINANCEIRO EMBARGADO. ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. DEVEDORA PRINCIPAL QUE SE ENCONTRA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. DEMANDA PROPOSTA TAMBÉM EM DESFAVOR DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS. NOVAÇÃO DO CRÉDITO QUE NÃO OPERA EFEITOS EM RELAÇÃO AOS TERCEIROS COOBRIGADOS. INTELIGÊNCIA DO ART. 49, § 1º, DA LEIN. 11.101/2005. ENTENDIMENTO PACIFICADO PELO STJ NO JULGAMENTO DO RESP. REPETITIVO N. 1.333.349/SP (TEMA 885). POSSIBILIDADE DO PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO CONTRA OS TERCEIROS GARANTIDORES. REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA. "A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das execuções nem induz suspensão ou extinção de ações ajuizadas KELVIN ROCHA DE SOUZA 201801013373 contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória, pois não se lhes aplicam a suspensão prevista nos arts. 6º, caput, e 52, inciso III, ou a novação a que se refere o art. 59, caput, por força do que dispõe o art. 49, § 1º, todos da Lei n. 11.101/2005 (STJ, REsp 1.333.349/SP, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, julgado em 26/11/2014)" EXCESSO DE EXECUÇÃO. ATRIBUIÇÃO DO EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS. NECESSIDADE DA GARANTIA DO JUÍZO. PRESENÇA APENAS DOS REQUISITOS DA TUTELA PROVISÓRIA INSUFICIENTE À CONCESSÃO DA MEDIDA. INTELIGÊNCIA DO ART. 919, § 1º, CPC. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. “ V- DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer a V.Exa.: I- A aplicação dos efeitos suspensivos atribuído à execução, com a consequência da suspensão da execução contra o embargante; II - A citação do embargado, na pessoa do seu procurador, para que apresente sua defesa no prazo de 15 dias, sob pena de revelia; III- Que seja reconhecida a ilegitimidade passiva do embargante, com a consequente extinção da execução, bem como a desconstituição da penhora feita no imóvel do embargante; IV- A condenação do embargado ao pagamento de custas, honorários advocatícios sucumbenciais. VI - DAS PROVAS Requer provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente pelos documentos já juntados, oitiva de KELVIN ROCHA DE SOUZA 201801013373 testemunha caso necessário, juntada de documentos supervenientes, perícia, expedição de ofício, etc. Dá-se à causa o valor de R$ … ( valor do bem penhorado) TERMO EM QUE, PEDE DEFERIMENTO FLORIANÓPOLIS / SC - DATA … ADVOGADO / OAB N°...
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