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FAMILIAS MONOPARENTAIS Uma análise sobre a realidade do CRAS de São José dos Pinhais-PR RESUMO Este artigo tem como finalidade realizar uma breve discussão sobre a monoparentalidade1, considerada um fenômeno social que tem adquirido relevância teórica nas últimas décadas. Apresentam-se os resultados de pesquisa fomentada em 2014, no Centro de Referência de Assistência Social Affonso Celso de Araújo Franco, em São José dos Pinhais/PR, região metropolitana de Curitiba. A natureza da pesquisa de cunho quantitativo e os sujeitos, mulheres provedoras de famílias monoparentais femininas usuárias da Assistência Social, beneficiárias do Programa Bolsa Família. Os resultados serão apresentados ao longo do trabalho, realizando as reflexões e fundamentações para análise e problematização dos dados. Palavras-Chave: política social, famílias monoparentais; Serviço Social. 1 INTRODUÇÃO O presente artigo é fruto da discussão que se inicia nos estudos para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, ampliando-se para o debate e pesquisas junto ao Grupo de Estudos e Pesquisa de “Gênero, Trabalho e Violência Doméstica e Familiar” (GETRAVI) do curso de Serviço Social do Centro Universitário Autônomo do Brasil (UNIBRASIL), tendo em vista que a discente, à época de investigação, era uma das alunas-pesquisadoras do referido grupo apoiada pelos professores e demais pesquisadores do curso. A pesquisa aqui apresentada almeja discutir a questão das políticas sociais e o debate no contexto das famílias monoparentais femininas. Discute-se a família como base fundamental no âmbito da proteção social, sendo essa considerada um grupo de pessoas que se encontram unidas por laços consanguíneos, afetivos e/ou de solidariedade (PNAS, 2004). Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o conceito de família foi ampliado e, atualmente, existe o reconhecimento da pluralidade de famílias inseridas na sociedade, ou seja, há diversificadas configurações familiares – famílias, no plural, conforme preconiza Mioto (1997). 1Monoparentalidade: situação em que filhos/as ou crianças/adolescentes vivem apenas com a genitora (mãe) ou com o genitor (pai). Famílias Monoparentais femininas, portanto, são aquelas que a mulher é provedora do lar (em todos os âmbitos: financeira, educacional, emocionalmente, dentre outros) e inexiste a figura paterna ou de companheiro/a afetivo/a corresponsável (presente no lar). Para fins da discussão, o trabalho está divido em três partes: esta breve introdução; o desenvolvimento, abordando as Políticas Sociais e famílias monoparentais; o contexto da família e a situação de monoparentalidade feminina. Nessa mesma parte, ainda será explanado sobre os achados e as análises sobre famílias monoparentais do CRAS Affonso Celso de Araújo - localizado em São José dos Pinhais/PR, região metropolitana de Curitiba, demonstrando os resultados da pesquisa de campo. Por fim, as considerações finais são apontadas, bem como a indicação de continuidade dos estudos, compreendendo que este não se encerra aqui, portanto, há pontos a serem aprofundados com novas pesquisas e reflexões sobre o tema. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 As Políticas Sociais e Famílias Monoparentais O desenho das políticas sociais brasileiras, especialmente a partir da contrarreforma do Estado na década de 80/90, colocou em xeque os avanços conquistados com a Constituição Federal de 1988. Houve um resgate de processos conservadores, especificamente, no que se refere a proteção social e as políticas de bem-estar no contexto da sociedade brasileira, bem como o reforço de processos de privatização, ampliando o poder do mercado e do terceiro setor (BEHRING & BOSCHETTI, 2011) Neste contexto, o modo de produção capitalista apontou mudanças na forma do Estado prover a proteção social, as quais influenciaram diretamente nos antigos vínculos comunitários e familiares, especificamente, às suas novas estruturas e organizações, tanto no modo de vida no meio urbano e/ou rural. Diante destas condições e cenários e das transformações ocorridas no âmbito da economia mundial, assiste-se um retrocesso na esfera da proteção social. Surge a ideia de um recrudescimento da família como ator fundamental na provisão de bem-estar e cuidado de seus membros, apontando-a como importante “agente privado de proteção social” (PEREIRA, 2006, p. 26). As agendas governamentais e politicas reforçam, de uma forma ou de outra, políticas de apoio familiar. Porém, Rizzini (2006, apud TEIXEIRA, 2015) elucida que existe um descompasso entre a importância atribuída ao papel e funções da família e a falta de condições mínimas de suporte e serviços oferecidos pelo poder público. A responsabilização da família pela proteção social de seus membros é clara, visto a forte tendecia de redução dos recursos “para as formas institucionalizadas e a continua demanda (...), faltam serviços de inclusão da família que promovam mudanças nas condições de vida, aliados aos serviços socioeducativos” (TEIXEIRA, 2015, p. 217). Ao discutir propostas e respostas politicas relacionadas às famílias, considera-se perspectivas pluralistas de concepção de Estado de bem-estar. De um lado, a família aparece como recurso fundamental para a construção da sociabilidade e preservação do tecido social. Por outro, exige-se da família, enquanto instituição social, o exercício presente e substitutivo em relação aos sistemas de direitos sociais, cuja efetividade se torna incerta (MIOTO, 2004). 2.2 Famílias e a situação de monoparentalidade feminina A instituição familiar não é estanque, ela influencia e é influenciada pela sociedade na qual se insere e, também, pela conjuntura e contexto histórico. Na concepção de Mioto (1997, p. 120), a definição de família pode ser como “um núcleo de pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso de tempo (...) e que se encontram unidas (ou não) por laços consanguíneos”. Segundo a autora, essa entidade tem a tarefa primordial de cuidar a proteger seus membros. Outra definição é a família como um “núcleo afetivo, vinculada por laços consanguíneos, de aliança ou afinidade, onde os vínculos circunscrevem obrigações recíprocas e mútuas, organizadas em torno de relações de geração e de gênero” (NOB, 2005, p. 17). A família tradicional, composta por pai, mãe e filhos, por muitos séculos foi instituída como única, porém, atualmente, reconhece a pluralidade de configurações familiares, dentre essas, as famílias monoparentais. Os primeiros registros dessa configuração familiar no Brasil tem as mulheres negras como protagonistas, cujas formas de organização e planejamento familiar se diferenciavam da população branca brasileira2, especificamente, com a abolição do regime escravagista (SAMARA, 1999). No 2Não abordaremos o tema no momento, mas reconhecemos sua importância e a necessidade de maior aprofundamento. entanto, foram expurgadas da sociedade e subjugadas pela ordem patriarcal de gênero3. Embora o fenômeno seja constatado há algum tempo, o termo monoparentalidade emergiu na Inglaterra, em 1960, quando se constatou o crescimento da pobreza entre famílias que haviam rompido laços conjugais. O divórcio é um fato importante para analisar a monoparentalidade, pois intensificou-se nos últimos vinte anos, cujo período se constatou o maior número de divórcios (LEITE, 2003). Nessa perspectiva, A família monoparental ou unilinear desvincula-se da ideia de um casal relacionado com seus filhos, pois estes vivem apenas com um dos seus genitores, em razão de viuvez, separação judicial, divórcio, adoção unilateral, não reconhecimento de sua filiação pelo outro genitor, produção independente, etc. (DINIZ, 2002 apud SANTOS; SANTOS, 2009, p.08). Orecorte de gênero é imprescindível nessa análise, pois segundo dados do Censo/IBGE de 2010, as famílias monoparentais femininas ganharam expressividade, considerando seu aumento de 22,2% em 2000 para 37,3% em 2010 dos domicílios brasileiros. O fenômeno da monoparentalidade, especificamente, feminina, vivida por mais de nove milhões de mulheres, é associada ao tema da “feminização da pobreza”. Conforme Pereira (2006, p.81), se deve ao fato de que essas mulheres “não conseguiam o suficiente para sustentar a si e aos seus dependentes, por falta de efetiva inserção no mercado de trabalho e de proteção publica devida”. Consonante com a afirmação da autora, Carloto (2005, p.16) também aduz que (...) a condição de gênero, a responsabilidade pela esfera doméstica, pelo cuidado dos filhos sem uma rede de proteção social, sem acesso a um trabalho e salário dignos, potencializa a condição de vulnerabilidade, ficando a mulher dependente de benefícios providos pelas políticas de assistência, que por sua vez, além de quantitativamente baixos, são seletivos, focalizados e temporários. Quando a família tem os seus laços conjugais dissolvidos através das separações ou do divórcio, existe um processo complexo de restabelecimento 3 Segundo Cisne (2012, p. 17), o patriarcado ou ordem patriarcal de gênero refere-se ao “sistema de dominação exploração sobre as mulheres, regido pelo medo e pela desigualdade de poder entre homens e mulheres. (...) entende-se que o patriarcado é um sistema porque funciona independentemente da presença dos homens, ou seja, ele encontra-se enraizado nas relações sociais de tal forma que, mesmo entre mulheres, sem necessariamente haver a presença masculina, há a sua ratificação e a sua reprodução. (...)”. da mulher enquanto provedora, especificamente, quando essa não possui autonomia financeira e/ou não possui renda própria. Em alguns casos, as provedoras contam com a rede de apoio, podendo ser advinda da família, de vizinhos, amigos, de auxílio de terceiros. O Estado, após o reconhecimento jurídico da família monoparental na Constituição Federal de 1988, também se torna responsável pela proteção da família. Segundo Santos & Santos (2009), só a atuação privada não supre a situação de vulnerabilidade que muitas famílias monoparentais se encontram. Isso cristaliza a necessidade da intervenção estatal por meio das políticas sociais e dos programas - como por exemplo, de transferência de renda. A partir do contexto apresentado, é plausível afirmar que existe o conhecimento, por parte do Estado, do que se deve fazer. Todavia, há o distanciamento entre “o querer” e “o poder fazer”, pois envolve limites e possibilidades que não deveriam se limitar a programas sociais, embora sejam importantes, mas modificar o quadro de vulnerabilidade dessas famílias. Com base na reflexão forjada, apresenta-se os resultados da pesquisa realizada. 2.3. Os achados e análises sobre Famílias Monoparentais no CRAS Affonso Celso de Araújo A presente pesquisa foi elaborada a partir de observações realizadas durante o Estágio Supervisionado em Serviço Social, no CRAS Affonso Celso de Araújo Franco, na região da Borda do Campo, em São José dos Pinhais. Para a análise, utilizou-se a base de dados de atendimentos entre janeiro e agosto de 2014, compreendendo o universo de 311 pessoas. A natureza da pesquisa se deu no campo quantitativo e foram eleitos sujeitos significativos, sendo mulheres provedoras de famílias monoparentais femininas usuárias da Assistência Social, precisamente, beneficiárias do Bolsa Família. Assim, verificou-se que das famílias que procuram os serviços da assistência social no referido CRAS, 81% são do sexo feminino. Dessas, 41% pertence a famílias monoparentais femininas e estão inseridas no Cadastro Único do Governo Federal para utilizar benefícios e/ou serviços. Constatou-se que 42% dessas mulheres se encontra na faixa etária de 31 a 40 anos. A mensuração dos dados sobre a idade dessas usuárias do referido CRAS, merecem destaque: os apontamentos da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílios (2009) demonstram que a faixa etária desse público era de 46 a 55 anos à época da pesquisa. Deste modo, leva-se a reflexão que a monoparentalidade tem se constatado em mulheres cada vez mais jovens. Sobre a composição familiar, a maioria dessas famílias (31%) é formada por quatro integrantes - sendo mulher provedora filhos/as, netos/as. A idade dos/as dependentes, em maioria, varia de 15 a 17 anos (21%). No que concerne à escolaridade, verificou-se que 33% possuem o Ensino Fundamental incompleto, sendo esse um dado possível para analisar a situação de vulnerabilidade dessas mulheres, ao passo que se problematiza suas condições de vida e sobrevivência. O perfil do município de São José dos Pinhais, loco desse estudo, apontou que houve aumento do número das mulheres provedoras de lar que não concluíram o ensino fundamental, dentre essas, a maioria possui filhos/as entre 0 e 15 anos. Ainda, a PNAS (2004, p. 13) mensura que entre a população “pobre” (termo utilizado na referencia), com 25 anos ou mais, a média de anos de estudo em 2002 era de 3,4 anos. Relacionando escolaridade com o tamanho do município, o mesmo instrumento afere que os de pequeno porte, a média de estudo é de 4 anos, enquanto nos municípios de médio e grande porte, há o aumento para 6 a 8 anos de estudo. Na pesquisa, também se identificou que 54% das mulheres exercem trabalho autônomos com renda inferior a ½ salário mínimo mensal. O supracitado perfil também apontou que a inserção no mercado formal de trabalho dessas mulheres, era de 11,27% em 1991, passando para 14,11% em 2000 e em 2010 somava 18,88%, ou seja, em que pese esteja em tímido processo de crescimento, a inserção acontece de forma informal. Constata-se que o trabalho informal se caracteriza como uma das soluções alternativas para enfrentar o desemprego. Segundo Leite (2003), as mulheres provedoras tendem a ingressar no mercado de trabalho em ocupações informais, consequentemente, com baixas remunerações, visto que estes possibilitam maior flexibilidade conciliando o trabalho gerador de renda e os afazeres domésticos e os cuidados com os filhos. No que refere ao valor do benefício recebido (Bolsa Família), a maioria (38%) dessas mulheres recebe entre R$ 150,00 e R$ 199,99. Ademais, 65% declararam que não recebem pensão alimentícia e/ou assistência financeira do pai/genitor dos/as filhos. Em que pese os dados sejam quantitativos, salienta-se sua importância para mensurar as condições de sobrevivência que mulheres provedoras de famílias monoparentais femininas vivenciam. Ademais, é imperioso considerar que a divisão sexual do trabalho tem impactos diretos nas condições de trabalho dessas mulheres, visto que realizam múltiplas jornadas de trabalho, dividindo-se entre o trabalho remunerado e o não-remunerado (como o doméstico, o cuidado com os/as filhos/as, a provisão material, educacional, emocional, dentre outros). 3 CONCLUSÃO As transformações que vem ocorrendo no âmbito da família, das políticas sociais, do mundo do trabalho e a interação destes domínios com outras esferas, como Estado e mercado, levam-nos a redimensionar pesquisas, posturas e práticas profissionais direcionadas principalmente às famílias. Este contexto se caracteriza como espaço em que também afloram contradições, cuja dinâmica de convivência é marcada por conflitos e por desigualdades. Para além das políticas sociais e de proteção, a família apresenta funções correspondentes e essenciais frente a situação de vulnerabilidade social de seus membros. Mas, além da sua importância centrada nas políticas não podemos esquecer das estratégias que são criadas, como as redes sociais e de apoio para dar sustentação a organização donúcleo familiar principalmente de seus membros neste contexto. Portanto, diante de tal realidade, finalizamos este artigo com algumas conclusões preliminares: que a família monoparental feminina, que tem como responsável financeira e afetiva exclusivamente a mulher, principalmente as de classe mais empobrecidas, buscam como alternativas o ingresso nas políticas sociais o que de certa forma ameniza sua responsabilidade diante do sustento da família; de que responsabilizar a família monoparental no sustento e na prestação do cuidado, e em especial a mulher, é algo tratado como natural pela sociedade capitalista contemporânea, traduzindo a bem conhecida discriminação própria do capitalismo. Isto nos remete a continuar pesquisando e a realizar novos debate sobre família associado com os estudos sobre gênero e o trabalho da mulher. REFERÊNCIAS ATLAS. Perfil: São José dos Pinhais/PR. Disponível em: <www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil/sao-jose-dos-pinhais_pr> Acesso em: 02/10/2014 BEHRING, E. R. & BOSCHETTI, I. 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