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RELATÓRIO DO ESTÁGIO ENSINO MÉDIO I - HISTÓRIA

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR
 2ª LICENCIATURA EM HISTÓRIA
EMARIZETE ALVES DE SOUZA
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO E/OU EDUCAÇÃO PROFISSIONAL I
Cerejeiras/RO
2021
EMARIZETE ALVES DE SOUZA
RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO E/OU EDUCAÇÃO PROFISSIONAL I
Relatório apresentado à Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina de Estágio Curricular do Ensino Médio e/ou Educação Profissional I do Curso de 2ª Licenciatura em História.
Cerejeiras/RO
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	6
1	LEITURAS OBRIGATÓRIAS	7
2	PLANEJAMENTO ANUAL	9
3	PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC	12
4	METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS	14
5	PROCESSO DE GESTÃO ESCOLAR	17
6	ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA	19
7	PLANOS DE AULA	21
CONSIDERAÇÕES FINAIS	25
REFERÊNCIAS	26
INTRODUÇÃO
A educação em tempos de pandemia exigiu mudanças em todos os níveis de ensino, e nas graduações não foi diferente. A necessidade de distanciamento social aduziu diversas mudanças nos currículos, fazendo com que atividades antes presenciais fossem flexibilizadas para meios digitais. Tal mudança foi autorizada pelo Ministério da Educação, por meio da aprovação do Parecer CNE/CP nº 19/2020, que permitiu que diversas atividades pudessem ser adaptadas pela utilização de meios tecnológicos de informação e comunicação, inclusive os estágios curriculares obrigatórios.
Destarte, a presente produção acadêmica objetiva abordar não apenas fundamentos teóricos, mas, principalmente, aspectos práticos que correspondem a esta etapa relevante da formação docente, que é o estágio curricular supervisionado para o ensino da História no ensino médio.
Neste sentido, diversos aspectos da prática docente do professor de História são abordados de forma contextualizada, por exemplo, o planejamento anual da disciplina nos três anos do Ensino Médio, a abordagem de temas transversais contemporâneos, o uso de metodologias ativas e recursos tecnológicos, tendo como ponto de partida o contexto social da escola, comunidade e dos alunos. Além disso, são evidenciados os papeis dos gestores e equipe pedagógica e como estes se relacionam com docentes, comunidade, funcionários e discentes na construção e condução dessa estrutura dinâmica que é a escola.
Os temas supracitados, são abordados neste estudo de maneira contemporânea, algo imprescindível na formação de qualquer docente, já que as transformações sociais acontecem cada vez mais rapidamente, e estar preparado para os desafios do docente do século XXI passa pelo conhecimento dos melhores recursos e metodologias mais atuais para a condução adequada das aulas.
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS
O uso de ferramentas tecnológicas de comunicação é, atualmente, intrínseco a vida do cidadão do século XXI. É praticamente impossível negligenciar a necessidade de se saber utilizar, e bem, os recursos tecnológicos disponíveis, seja para fazer parte de um grupo social específico, e até para tarefas cotidianas simples como gerenciar uma conta bancária ou mesmo se deslocar em uma cidade desconhecida.
No universo educacional esta assertiva não é diferente. O conhecimento que até pouco tempo (duas décadas, talvez) era proveniente somente dos livros didáticos fornecidos pelo poder público aos estudantes, ou mesmo de grandes coleções enciclopédicas, hoje está disponível à praticamente qualquer um com acesso à rede mundial de computadores.
Entretanto, apesar desse horizonte à primeira vista repleto de oportunidades, é notório que o uso dos recursos de TIC’s (tecnologias da informação e comunicação) não vem sendo implementado de maneira adequada na rede pública de ensino. Na verdade, o cenário educacional tem mudado em um ritmo substancialmente mais lento que o avanço das tecnologias, de modo que o apego aos livros didáticos e às aulas expositivas ainda persiste de modo bastante enraizado em nosso sistema educacional.
Cumpre ressaltar, neste ponto, que o ensino da disciplina de História é um dos que mais teve ganhos com a revolução tecnológica da informação e comunicação em curso. Sem sair da sala de aula, atualmente é possível visitar alguns dos museus mais reconhecidos e prestigiados do mundo (como o do Louvre, em Paris, o Metropolitan, em Nova Iorque, ou o The British Museum, em Londres, por exemplo) ou ainda ter acesso à diversos filmes e documentários relevantes à compreensão e aprendizado desta ciência tão dinâmica que é a História.
Bem, assim como a História em si não é algo estático, já que mesmo o passado pode mudar à medida que a interpretação da sociedade quanto à momentos e fatos passados se transforma, os meios que utilizamos para otimizar – ou seja, melhorar dos pontos de vista qualitativo e de eficiência – o aprendizado dos fatos que tornaram a sociedade o que ela é hoje também pode (ou melhor, deve) se modificar.
Desta forma, torna-se essencial que tanto o Estado e a família enquanto corresponsáveis por uma educação de qualidade e que realmente forme cidadãos plenos e trabalhadores preparados para o competitivo mercado de trabalho de nosso tempo, quanto os discentes e professores enquanto atores do processo de ensino-aprendizagem, concentrem esforços na inserção de recursos tão valiosos no cotidiano escolar.
Não obstante seja uma demanda que envolve, por parte do Estado, o investimento de recursos financeiros em equipar as escolas com recursos materiais (como computadores que realmente funcionem, televisores, data shows), lógicos (diga-se, internet de excelente qualidade) e atualização dos educadores (muitos formados antes da revolução das TIC’s) para ao uso destes recursos, os potenciais benefícios ultrapassam substancialmente os custos e esforços.
Outrossim, por parte dos docentes e estudantes, é necessário vontade e motivação para um uso racional e planejado, para que a imensidão de informações e recursos não seja utilizada de modo aleatório e impensado, o que pode trazer mais prejuízos que benefícios.
A luz do exposto, evidencia-se que a inserção de recursos de TIC’s é essencial para o desenvolvimento de uma educação pública de qualidade, e mais, da sociedade enquanto um todo, já que as ferramentas tecnológicas não são apenas instrumentos mas parte inseparável do cotidiano de qualquer cidadão de nosso tempo, e sem o qual o exercício pleno de sua cidadania torna-se incompleto. Deste modo, podemos pensar o aprendizado digital como uma ferramenta de inclusão social, de modo bastante semelhante à compreensão que temos de que o acesso à uma alimentação, moradia, educação, saúde e trabalho de qualidade são essenciais.
2 PLANEJAMENTO ANUAL
Qual a proposta do professor quanto aos conteúdos a serem trabalhados pela disciplina para a respectiva série do Ensino Médio
Os conteúdos propostos para o 1º ano são: História, fontes, patrimônio e tempo; origem do ser humano; povos da Mesopotâmia; Egípcios e cuxitas; Hebreus, fenícios e persas; a Grécia antiga; a Roma antiga; os francos e o feudalismo; a civilização árabe-muçulmana; formações políticas africanas; as monarquias nacionais e a expansão marítima; o Renascimento e as reformas religiosas.
No 2º ano, por outro lado, os conteúdos abrangem: introdução aos conteúdos históricos; Estado absoluto e expansão marítima; África e a chegada dos Europeus; colonização da América Espanhola, colonização da América Portuguesa; Iluminismo; revoluções na Inglaterra, colonização e independência da América Inglesa; Revolução Francesa e Império Napoleônico; independência da América Espanhola; Independência do Brasil; e Brasil Império.
Já no 3º ano, os conteúdos a serem contextualizados são: Imperialismo; Primeira República Brasileira; Guerras Mundiais, Revolução Russa, oscilações do capitalismo e regimes totalitários; Era Vargas (1930-1945); Guerra Fria; emancipação da África e da Ásia; democracia e ditadura na América Latina; Mundo Globalizado;Conflito árabe-israelense e terrorismo; e redemocratização do Brasil.
Quais os objetivos da disciplina nessa fase do ensino
Os objetivos de ensino no 1º ano do Ensino Médio são a compreensão, análise e conhecimento de conceitos como patrimônio cultural, fontes históricas e periodização da história. Abrangem, ainda, a compreensão o desenvolvimento da humanidade, desde o Paleolítico e Neolítico, até o surgimento das primeiras civilizações na Mesopotâmia e Egito. Ademais, conhecer civilizações como a Grega, Romana e Bizantina, o feudalismo na Europa também faz parte desta etapa. São conhecidas, também, as culturas árabe-muçulmana e africana com enfoque em religiosidade e economia. Por fim, devem se analisadas as monarquias francesa e inglesa, a expansão marítima de Portugal e Espanha, o declínio da Igreja Católica, o advento do protestantismo, bem como o período do Renascimento Cultural.
Por outro lado, no 2 º ano, os objetivos são a compreender a formação de Estados Absolutos, as grandes navegações e suas relações com o colonialismo Europeu, principalmente com relação aos impactos na sociedade africana. No mesmo sentido, devem ser compreendidos os processos de formação das Américas Espanhola, Portuguesa e Inglesa e o processo de independência dessas colônias das respectivas potências europeias. Devem ser analisados, ainda, os aspectos que levaram à Revolução Industrial e suas consequências. Outro aspecto importante é compreender a Revolução Francesa e o período napoleônico. Por fim, deve ser compreendido o período do Império Brasileiro nas vertentes econômica, política, revolucionária, escravagista e o processo de abolição da escravatura.
No 3º ano, por fim, devem ser caracterizados os motivos, formas e repercussões do Imperialismo do século XIX, e relacionar tais fatos com o advento do capitalismo, o desenvolvimento tecnológico e ideias racistas pseudocientíficas. Na história brasileira, deve-se compreender a formação da Primeira República. No âmbito das duas grandes guerras (1ª e 2ª Guerras Mundiais) devem ser caracterizados os motivos e consequências, e a participação do Brasil em ambos os conflitos. A Revolução Russa e o advento do Socialismo também devem ser compreendidos, bem como a polarização em socialistas e capitalistas, no período da Guerra Fria. Deve-se caracterizar, também, o processo de emancipação dos países africanos e asiáticos, neste período, principalmente da Índia e África do Sul. Outros objetivos relevantes são, descrever a formação das ditaduras na América Latina e os regimes civil-militar, os processos que levaram ao fim da URSS, o conflito árabe-israelense e o advento do terrorismo.
Quais as metodologias, os recursos e as formas de avaliação.
A metodologia, no 1º ano, abrange aulas expositivas, dialogadas e uso do livro didático. Além disso, são propostas atividades que estimulam o aprendizado ativo, como a elaboração de mapas conceituais. Os recursos são o livro didático, documentos de relevância histórica, além de recursos tecnológicos como TV, DVD e laboratório de informática. A avaliação ocorrerá por meio de trabalhos orientados pela professora e uma prova individual e sem consulta. 
No 2º e 3º ano, as aulas serão expositivas com análise de textos e documentos. A leitura e interpretação de textos e imagens e a respectiva produção de relatos escritos e orais serão meios de fixação dos conteúdos. Os recursos privilegiados são o quadro negro, livro didático, fontes escritas e imagéticas. A avaliação ocorrerá por meio de provas, produção dissertativa-argumentativa e atividades de fixação e interpretação, que ocorrerão de forma contínua, permanente, processual e cumulativa, voltada para a identificação/solução de problemas.
22
3 PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC
	Proposta de Atividade
	TCT
	Trabalho
	Objetivo
	Reconhecer as relações de trabalho no contexto socioeconômico em que está inserido.
Compreender as transformações aduzidas pelas tecnologias nos processos de trabalho.
	Atividade proposta
	Assistir ao filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin e descrever as condições de trabalho apresentadas no filme, bem como o desenvolvimento tecnológico, no contexto da revolução industrial.
Comparar as condições de trabalho apresentadas no filme com a de algum familiar ou amigo (ou do próprio aluno) que trabalhe, quanto à qualidade de vida, carga horária, remuneração e descanso remunerado.
Socializar com os colegas as percepções que teve quanto às diferenças nas condições trabalhistas entre essas diferentes épocas, bem como o impacto das tecnologias nas formas do trabalho.
	Áreas de conhecimento
	História
Geografia
	Habilidade (texto com código)
	(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens, levando em consideração, na atualidade, as transformações técnicas, tecnológicas e informacionais.
	Avaliação
	Diagnóstica: os alunos serão convidados a apresentarem os conhecimentos prévios que tenham a respeito de condições de trabalho na atualidade e no período da Revolução Industrial, em forma de roda de conversa.
Formativa: ocorrerá concomitantemente ao desenvolvimento das atividades, principalmente nos momentos de socialização de ideias, quanto à uma visão sistêmica acerca do TCT abordado na atividade.
4 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS
A construção de uma escola com mais engajamento por seus discentes precisa oferecer a eles, os principais atores do processo educativo, “inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa” e exercer sua criatividade. (MORÁN, 2015, p. 17). Assim, de acordo com a realidade apresentada pela pedagoga, faz-se necessária uma intervenção eficaz na metodologia de ensino da escola, capaz de reverter o quadro de alta evasão e baixo rendimento, e o uso de metodologias ativas pode ser um meio eficaz.
Cabe ressaltar, também, que o uso inadequado dos recursos tecnológicos, neste caso os celulares, pode ser revertido em favor do processo educacional, corroborando o que afirma Tezani apud Silva, et al, 2016, que afirmam serem recursos úteis "ao desenvolvimento de competências e habilidades pessoais de comunicação, agilidades, busca de informações e autonomia individual”. Neste sentido, utilizando meios já disponíveis, sem necessidade de maiores investimentos, é possível mudar uma realidade.
Destarte, ao reconhecer a realidade da escola, inclusive o contexto social em que está inserida, uma estratégia interessante é a adoção da Aprendizagem Baseada em Problemas (em inglês, Problem Based Learning – PBL) que, segundo Medeiros, et al, 2017, teve como pioneira em sua aplicação a Universidade de McMaster no Canadá e já tem aplicação no Brasil em cursos de nível superior desde 1997.
O trabalho com a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) aduz ao processo educativo, um problema ou situação “real ou potencialmente real, para estimular os aprendizes” de forma a contextualizar o ensino e não o tornar dissociado da realidade do aluno (ALMEIDA; RODRIGUES, p. 1). Assim, para intervir no problema de falta de motivação dos alunos, pode ser adotada a ABP, de forma a contextualizar o ensino de acordo com problemas reais enfrentados pela comunidade.
No ensino da história isto é plenamente aplicável, já que se pode relacionar aspectos históricos que fazem parte dos acontecimentos que culminaram na realidade vivenciada pelos estudantes, ou seja, os próprios alunos podem fazer uma ligação histórico-temporal entre a realidade que vivem e os fatos passados.
Neste contexto, o uso dos telefones celulares até então utilizados de forma prejudicial, pode se tornar um aliado na busca pelo conhecimento. Evidentemente, a transição do uso apenas recreativo para o uso educativo necessita de uma prévia intervenção por parte do docente, no sentido de que sejam apresentadas ferramentas como a pesquisa de livros disponíveis ao domínio público, documentários, artigos científicos,e como estes podem ser utilizados na busca pelo conhecimento.
A Aprendizagem Baseada em Problemas, neste contexto escolar, pode contribuir de modo a trazer ao aluno para o centro do processo ensino-aprendizagem, já que não utiliza de aulas expositivas, mas uma busca ativa pelo conhecimento.
Segundo Medeiros, et al, 2017, p. 37, os passos a serem seguidos na supracitada metodologia são:
(1) leitura em voz alta do problema; (2) esclarecimento de palavras desconhecidas que estavam no problema; (3) leitura silenciosa do problema; (4) levantamento de questionamentos acerca do problema; (5) levantamento de hipóteses para as questões levantadas, com base no conhecimento prévio dos estudantes; (6) formulação dos objetivos de estudo para discussão no próximo encontro e averiguação das hipóteses formuladas.
Aliás, cabe mencionar que a ABP permite, ainda, a integração de diversos componentes curriculares, o que talvez seja até positivo, dada a necessidade de existência de mediadores em cada grupo tutorial, que deve ser constituído por grupos menores, com o número aproximado de 10 alunos.
Além disso, os alunos neste contexto poderiam conciliar o ensino presencial com o estudo individual, que poderia tanto ocorrer no ambiente escolar como de forma remota, uma vez que a busca pelos conhecimentos traçados nos objetivos ocorre de maneira autônoma. E é justamente neste ponto que o uso dos aparelhos celulares pode ser ressignificado, de um mal uso, para uma ferramenta extremamente eficaz na busca de informações.
Desta forma, entende-se que diversos problemas relatados pela pedagoga quando da apresentação da situação atual da escola poderiam ser melhorados, já que o problema da falta de atratividade da escola seria combatida com a contextualização do conhecimento com a realidade dos estudantes pela Aprendizagem Baseada em Problemas; o uso prejudicial dos telefones celulares seria revertido em favor da busca pelo conhecimento, na resolução dos objetivos traçados; e tais intervenções podem impactar nos problemas evidenciados, já que o aumento do interesse dos alunos pode combater a evasão e, consequentemente, melhorar o rendimento deles quando comparados em relação aos demais discentes da mesma rede estadual.
5 PROCESSO DE GESTÃO ESCOLAR 
Como o regimento e o PPP se aplicam nas ações do cotidiano da escola.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) deve ser um documento construído por todos os componentes do processo educacional, sejam docentes, discentes, funcionários e comunidade, porque é o documento norteador de todas as demais ações da escola, sejam pedagógicas ou administrativas.
Neste contexto, o PPP pode ser comparado ao que a Constituição Federal representa à uma nação, já que serve como elemento que subsidia e direciona todas as atividades a serem desenvolvidas. Este documento também traz uma certa identidade peculiar à escola, por que reflete o desejo dos diversos atores da escola, o que se traduz em aspectos idiossincráticos de cada comunidade em que a escola está inserida.
Já o Regimento Escolar é um documento que define competências, direitos e deveres de cada uma das pessoas, sejam as que atuam em âmbito administrativo, de manutenção, gestão, como no processo educacional como um todo. Geralmente, tem um modelo pré-construído pelas secretarias de educação, mas que devem ser discutidos em cada escola, para que determinadas características específicas daquela unidade sejam incorporadas para uma maior efetividade.
Assim, o Regimento Escolar é o documento que diz a cada componente da escola o que ele deve/pode ou não fazer, o que reflete na organização das atividades, para que cada um saiba bem o seu papel e as atividades ocorram de maneira coordenada.
Discorra sobre 3 (três) aspectos abordados pelo diretor que você destaca como mais importantes.
O Gestor, neste contexto, tem um papel de conduzir, desde o princípio, o processo de construção tanto do Projeto Político Pedagógico como do Regimento Escolar. Seu papel também ganha relevância neste processo, já que suas ações como gestor, são essenciais para que o estabelecimento de ensino receba o credenciamento para o funcionamento perante à respectiva Secretaria Estadual de Educação. Algumas escolas, por exemplo, utilizam da divisão das áreas administrativas e pedagógicas em dois cargos de Diretoria, ou seja, há um Diretor Administrativo, responsável pela parte de gestão de pessoas e documentos escolares, e um Diretor Pedagógico, que se ocupa das questões que dizem respeito ao processo educacional em si, como o planejamento das aulas, os diários de classe e planos anuais das diferentes disciplinas.
Além disso, os documentos que norteiam o processo educacional devem ser construídos de forma integrada com as diversas vertentes, sejam elas estruturais, metodológicas ou avaliativas, porque não são documentos isolados e dissociados da realidade escolar. Outrossim, devem ser sempre atualizados, já que o ambiente escolar é muito dinâmico e, por isso, o PPP e o Regimento Escolar devem ser revisados periodicamente para que não se torne obsoleto. Não há uma periodização definida para tal revisão, mas sabe-se que esta deve acontecer a medida que ocorram modificações seja do quadro de professores e funcionários, como dos alunos que frequentam a escola e da sociedade onde ela está inserida.
Ademais, todas as ações do PPP e do Regimento Escolar, devem convergir para o aprendizado do aluno, que é o centro da atenção no processo educacional. Essa organização deve sempre refletir, primordialmente, em um ambiente favorável à aprendizagem, já que esse é o objetivo primordial da existência da escola.
6 ATUAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA NO ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA
	Escolha e conceitue três atribuições da equipe pedagógica que auxiliam o professor a organizar o Plano de Trabalho Docente
	A equipe pedagógica tem papeis imprescindíveis para que a escola seja exitosa em seu papel primordial, que é a educação das crianças e jovens atendidas por cada instituição, e todos esses papeis impactam diretamente no Plano de Trabalho Docente
Neste ponto, uma de suas atribuições é justamente de conhecer a realidade da escola. Ou seja, o pedagogo deve buscar conhecer tanto a comunidade onde está inserida a escola, como os seus componentes, sejam alunos, pais, o entorno escolar, professores e demais funcionários da escola. E isto tem uma relevância fundamental para que se descubra (e que a força da comunidade escolar seja envidada) na função social da escola, naquele contexto específico.
	Outra atribuição da equipe pedagógica é mediar as relações entre os diversos membros da comunidade escolar, de forma a criar um clima organizacional favorável ao complexo processo de ensino e aprendizagem. Assim como em qualquer outro ambiente de socialização, a escola também é palco de diferentes ideias e opiniões que, por vezes, podem ser conflitantes. Desta forma, cabe à equipe pedagógica mediar os possíveis conflitos que porventura surgirem, para que estes não prejudiquem o bom andamento do processo educacional, e apenas reflitam a diversidade e pluralidade que pode e deve fazer parte da escola. Aliás, a diversidade, na verdade, constitui mais um fator importante para a construção de uma sociedade pautada no respeito ao próximo, principalmente no palco das ideias.
	Outrossim, atribui-se a equipe pedagógica o papel de orientar e dar o devido suporte aos docentes em áreas que possam apresentar alguma dificuldade na consecução de seus trabalhos. Um exemplo bastante atual é a necessidade de adaptação à utilização das tecnologias da informação e comunicação para as aulas em tempos de pandemia. Ocorre que em decorrência da necessidade de isolamento social as aulas se tornaram remotas, e o uso de tecnologias que talvez antes não eram parte do arsenal do professor, se tornaram essenciais. Assim, a atuação da equipe pedagógica se mostra novamente primordial para um adequado Plano de Trabalho Docente, fornecendo o suporte necessário aos professores nesta fase de adaptação.
	
	Exemplifique de que maneiraa equipe pedagógica poderá orientar o professor, tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular
	Ao observar a realidade escolar, a equipe pedagógica deve estar atenta às possíveis necessidades que os docentes apresentem na consecução de seus trabalhos. Na atual situação de pandemia, por exemplo, uma atuação bastante prática e com efeito bastante imediato é a oferta de cursos de capacitação na área das tecnologias da informação e comunicação para os docentes.
	É sabido que as tecnologias avançaram de forma exponencial nas últimas décadas e, por vezes, é uma tarefa árdua acompanhar tamanha velocidade de mudanças na forma como as pessoas se comunicam. Neste ponto, apesar de existirem muitos recursos, por vezes os professores não tinham necessidade de usar tais meios e por isso, neste momento, talvez não consigam lidar com tanta facilidade.
	Assim, com vistas a cumprir de forma adequada o Projeto Político Pedagógico e a Proposta Curricular da escola, a capacitação dos professores para utilização das tecnologias da informação e comunicação é essencial.
	Destarte, a equipe pedagógica deve buscar soluções para orientar o professor a utilizar os meios mais adequados para que - dadas as circunstâncias que se constatar junto aos docentes (e considerando a realidade dos alunos também, evidentemente), bem como a realidade do país, região, comunidade – seja encontrada a forma mais adequada de realizar o PPP e a Proposta Curricular.
7 PLANOS DE AULA
	Plano de Aula
	Identificação
	Disciplina
	História
	
	Série
	3º Ano do Ensino Médio
	
	Turma
	A
	
	Período
	Matutino
	Conteúdo
	Oscilações do capitalismo ao longo do tempo, desde o seu surgimento.
Consequência sociais do capitalismo, inclusive no contexto da comunidade do aluno.
	Objetivos
	Objetivo Geral:
· Identificar como o sistema econômico capitalista se desenvolveu desde o surgimento até os dias atuais.
Objetivos específicos:
· Reconhecer, de forma crítica, as características do capitalismo.
· Associar o modo de produção capitalista com os diversos momentos históricos, inclusive o atual.
· Comparar o sistema econômico capitalista com o socialista.
· Debater as defasagens encontradas no sistema capitalista e propor soluções.
	Metodologia
	· Previamente ao início da aula, o professor elaborará um texto motivador (problema), além de um vídeo motivador, que relacione o sistema econômico capitalista com algum fato ou situação vivida na comunidade.
· Já em sala de aula, inicialmente, os alunos serão divididos em grupos de até 10 alunos, e elegerão um coordenador para dirigir a discussão e um secretário para fazer anotações.
· De posse do problema, primeiro deverão ler silenciosamente o problema e em seguida algum aluno o lerá em voz alta para todos. Caso haja algum termo desconhecido, deverão anotar para depois descobrirem seu significado.
· Em seguida, deverão formular perguntas que se relacionem ao problema apresentado e propor as respostas baseados no seu conhecimento prévio. Por fim, formularão os objetivos de aprendizado. O professor deverá circular entre os grupos e ajudar a nortear a discussão, caso constate a necessidade.
· De posse dos objetivos, os alunos deverão buscar individualmente informações capazes de solucionar a situação problema apresentada, utilizando os mais diversos meios de pesquisa, inclusive os smartphones e tablets, ou computadores caso disponíveis. 
· Em momento posterior, deverão se reunir novamente em grupo para apresentarem, de modo que todos participem, as soluções encontradas para o problema. O coordenador deve auxiliar para que todos participem de maneira mais homogênea possível.
	Recursos
	Sala de aula, mesas e carteiras organizadas em grupos em círculo, computador, data show, smartphones (e/ou celulares e tablets).
	Avaliação
	Os alunos serão avaliados quanto a sua evolução, comparando os conhecimentos prévios abordados na abertura do problema e depois no fechamento, quando propõe a solução ao problema.
Além disso, por ser um meio ativo de aprendizagem, a autonomia, proatividade e respeito às opiniões divergentes também serão avaliadas.
	Referências
	MEDEIROS, Leonardo Pinto et al. Reconhecendo a Microbiologia no nosso dia a dia pelo método PBL por estudantes do ensino médio. Revista Luminária v.19, n.01; 2017. Unespar. Disponível em: http://periodicos.unespar.edu.br/index.php/luminaria/article/view/1570/1328. Acesso em 10 abr. 2021.
	Plano de Aula
	Identificação
	Disciplina
	História
	
	Série
	3º Ano do Ensino Médio
	
	Turma
	A
	
	Período
	Matutino
	Conteúdo
	Mundo globalizado e as consequências sobre as relações trabalhistas.
	Objetivos
	Objetivo Geral:
· Reconhecer a influência do processo de globalização nas relações de trabalho.
Objetivos específicos:
· Caracterizar os motivos que levaram ao processo de globalização.
· Identificar as consequências da globalização sobre as relações de trabalho.
· Discutir a “uberização” das relações trabalhistas (MENDES,2019).
	Metodologia
	· Inicialmente o professor trará um texto motivador sobre a “uberização” das profissões, e deverá pedir aos alunos que exponham em grupos de até 10 alunos sobre os aplicativos de delivery ou transporte que possuem e utilizam em seus celulares, ou que seus pais utilizam.
· Em seguida, os alunos deverão refletir se as condições de trabalho e a remuneração oferecida aos colaboradores das empresas que recrutam profissionais autônomos são adequadas ou não, e anotarem os problemas que encontrarem.
· Após identificarem os problemas encontrados, o docente proporá aos alunos que relacionem os problemas encontrados com o processo de globalização.
· Em momento posterior, os alunos deverão estudar individualmente, utilizando os aparelhos celulares antes destinados apenas ao entretenimento, os assuntos abordados e as possíveis soluções.
· Por fim, os mesmos grupos deverão se reunir e discutir as informações e soluções encontradas, de forma que todos participem ativamente na exposição de ideias.
	Recursos
	Sala de aula, mesas e cadeiras organizadas em círculo em grupos com 10 alunos, smartphones ou telefones celulares.
	Avaliação
	Os alunos serão avaliados no decorrer do processo de aprendizagem, quanto à sua evolução em relação aos conhecimentos previamente apresentados.
Por se tratar de uma metodologia ativa, a participação dos estudantes nas discussões também será avaliada.
	Referências
	MENDES, Tatiane. O que é a uberização do trabalho e qual o impacto dela? Disponível em: https://www.napratica.org.br/o-que-e-a-uberizacao-do-trabalho/ Acesso em 17 abr. 2021.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É oportuno mencionar que a etapa de estágio curricular é fundamental na formação docente em história, já que é neste período que o futuro professor entra em contato com a realidade, que pode divergir um pouco de toda a teoria prévia pela qual tem se preparado. Neste ponto, as atividades na forma flexibilizada para os meios digitais, busca suprir essa etapa, o que ocorre sobremaneira por meio de atividades que envolvam o enfrentamento dos possíveis desafios a serem encontrados como futuros profissionais.
Assim, o contato com o planejamento anual da disciplina, bem como a transversalidade que pode (e deve) ser utilizada na prática docente, contribui sobremaneira para o preparo profissional, já que aduz uma visão geral do trabalho docente no decorrer de toda a etapa do ensino da História no Ensino Médio.
Outrossim, entender os papeis de gestores e da equipe pedagógica, e como estes dialogam com os demais membros da escola e a comunidade onde ela se insere, também constitui uma experiência importante, já que em um ambiente plural como a escola, é essencial conhecer tanto os deveres como os direitos de cada ator do processo educativo.
Ademais, cabe ressaltar a abordagem das metodologias ativas de ensino e da utilização de recursos tecnológicos como ferramentas modernas e cada vez mais essenciais para o trabalho do docente no planejamento e execução de suas aulas. Constatou-se, diante das experiências nesta etapade estágio, que a escola é uma estrutura dinâmica, em constante transformação, e portanto deve-se estar preparado e aberto para as novidades no campo do ensino.
Assim, entende-se que a realização do estágio curricular no ensino médio foi de extrema relevância para a formação, uma vez que contribuiu para a construção de uma visão holística e crítica de toda esta etapa da Educação Básica, que é de extrema relevância para a construção do sistema educacional de qualidade que a sociedade necessita.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, R. R. de; RODRIGUES, M. R. I. O trabalho colaborativo e a prática reflexiva na formação continuada de professores: uma experiência com PBL no ensino médio técnico. Disponível em: <http://200.145.6.217/proceedings_arquivos/ArtigosCongressoEducadores/6476.pdf> Acesso em 10 abr. 2021.
MEDEIROS, Leonardo Pinto et al. Reconhecendo a Microbiologia no nosso dia a dia pelo método PBL por estudantes do ensino médio. Revista Luminária v.19, n.01; 2017. Unespar. Disponível em: http://periodicos.unespar.edu.br/index.php/luminaria/article/view/1570/1328. Acesso em 10 abr. 2021.
MENDES, Tatiane. O que é a uberização do trabalho e qual o impacto dela? 2019. Disponível em: https://www.napratica.org.br/o-que-e-a-uberizacao-do-trabalho/. Acesso em 17 abr. 2021.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Reexame do Parecer CNE/CP nº 15, de 6 de outubro de 2020, que tratou das Diretrizes Nacionais para a implementação dos dispositivos da Lei nº 14.040, de 18 de agosto de 2020, que estabelece normas educacionais excepcionais a serem adotadas durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=167131-pcp019-20&category_slug=dezembro-2020-pdf&Itemid=30192. Acesso em 16 abr. 2021.
MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4941832/mod_resource/content/1/Artigo-Moran.pdf. Acesso em 13 abr. 2021.
SILVA, T. C.; SILVA, K. da; COELHO M. A. P. O uso da tecnologia da informação e comunicação na educação básica. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/anais_linguagem_tecnologia/article/view/10553/9383. Acesso em 05 abr. 2021.

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