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DIREITO DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO SOCIAL
WANIA ALVES FERREIRA FONTES
Graduada em Direito pela UFMG
Pós graduada em Direito Processual Civil pela UFU
Pós graduada em Direito do Trabalho pela UNIT
Pós graduada em Direito Civil pela UFU
Mestra em Relações Sociais “Direito do Trabalho” pela PUC/SP
Rua Teófilo Otoni – 840 – Patos de Minas – Minas Gerais
wania@unipam.edu.br – (34)98058484
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APS 01 – ESTUDO DE CASO – 2 HORAS
Analise o caso especificado abaixo e responda os questionamentos de forma justificada e fundamentada, levando em consideração os 11 primeiros artigos da CLT, principalmente nos conceitos de EMPREGADO, EMPREGADOR E CONTRATO DE TRABALHO.
ATENÇÃO: NÃO É PERMITIDA RESPOSTA “SIM ou NÃO” sem justificativa. 
A faculdade “Sapiência” contratou a empresa de terceirização “Eficiência” para a limpeza da faculdade. A empresa Eficiência contratou 3 empregados que trabalharam na limpeza da faculdade durante 2 anos.(01/01/2017 a 01/01/2019) Demitidos em 01/01/2019, os empregados querem ingressar na justiça para reclamar direitos não recebidos durante o contrato de trabalho, entre eles horas extras e aviso prévio. Sobre a situação, questiona-se.
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1 – Existe contrato de trabalho entre a faculdade Sapiência e a empresa Eficiência?
R.: De acordo com o artigo 3º da CLT empregado é aquele que presta serviço com pessoalidade. Empregado não pode ser pessoa jurídica. Existe um contrato de natureza cível e não trabalhista. 
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2 – Existem dois tipos de responsabilidade civil para com terceiros, quando duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas contratam entre si. A chamada responsabilidade subsidiária e a chamada responsabilidade solidária. Conceitue cada uma e faça a distinção entre as mesmas, exemplificando.
R.: A responsabilidade subsidiária é sucessiva. Existem vários responsáveis em hierarquia. Um responde primeiro e, somente se não for possível o outro e responsabilizado como no caso do sócio retirante. Responde até dois anos após a alteração contratual, mas primeiro responde o capital da empresa, depois os sócios atuais e somente depois os sócios retirantes. A responsabilidade solidária é concomitante. Todos respondem ao mesmo tempo. É o caso do grupo empresarial. Todos respondem. 
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3 – Levando em consideração a Lei 13.429/2017 que tipo de responsabilidade possui a faculdade “Sapiência e a empresa “eficiência, em relação aos empregados contratados por esta.
R.: De acordo com a lei a responsabilidade é subsidiária. Primeiro responde a empresa de terceirização que é a empregadora. Somente se esta não tiver condições de arcar com a obrigação responderá a tomadora de serviço. 
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4 – Se estas empresas fossem grupo empresarial, que tipo de responsabilidade civil estaria configurada entre estas duas pessoas jurídicas em relação aos empregados?
R: Responsabilidade solidária, onde todos responderiam em conjunto, ou seja, simultaneamente. 
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5 – Em requerendo os Reclamantes, horas extras, seria legítima a defesa da Reclamada com base na alegação de que não possuem tal direito em razão de ser trabalho externo, incompatível com controle de jornada?
R.: A empresa de terceirização tem a obrigação de fiscalizar o trabalho dos empregados na empresa em que forem lotados. Estão sob a responsabilidade do empregador com todos os direitos, inclusive controle de jornada para pagamento de possíveis horas extras. Não se enquadra no artigo 62 que excepciona os empregados que estão excluídos do controle de jornada.
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6 – Levando em consideração a Lei 13.429/2017, seria legítima a contratação de professores pela empresa Eficiência para que os mesmos trabalhassem para a faculdade Sapiência?
R.: Sim. Depois da lei pode ser contratado por interposta empresa tanto para atividades meios como para atividades fins. 
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7 – Se um desses empregados tivesse sido contratado com salário menor que os outros dois, poderia requerer equiparação salarial? 
R.: Se estiverem presentes os elementos previstos no artigo 461. Mesma função; trabalho de igual valor com a mesma produtividade e mesma perfeição técnica; mesmo empregador; entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos; o empregador não tiver pessoal organizado em quadro de carreira; não serve de paradigma o trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social. 
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8 – Esses empregados poderiam ter sido contratados por contrato de experiência?
Se afirmativo até que data e em que se diferenciariam os direitos dos mesmos.
R.: Apesar de o contrato determinado ser exceção no Direito do Trabalho e só ser permitido em casos de serviços cuja duração seja curta, no caso de experiência já existe uma justificativa implícita, que é a avaliação recíproca. O contrato de experiência é permitido para qualquer atividade pelo prazo máximo de 90 dias. 
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9 – Esses empregados poderiam ter sido contratados por contrato a tempo parcial?
Se afirmativo em que os direitos dos mesmos se modificariam? 
R.: Contrato à tempo parcial é aquele onde se permite contratar por jornada inferior a 8 horas diárias, permitindo-se o pagamento de salário proporcional às horas contratadas. Está regulamentada pelo artigo 59-A da CLT. Permite-se a contratação de até 30 horas semanais, sendo que até 26 é permitido fazer até 6 horas extras, mas acima de 26 não é permitido horas extras, sob pena de nulidade do contrato a tempo parcial e ficar valendo o contrato a tempo integral. Portanto, podem ser contratados a tempo parcial para qualquer atividade, sendo permitida para as empresas de terceirização. 
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10 - Estes trabalhadores poderiam prestar serviços a uma dessas empresas na qualidade de voluntários?
R.: Não. Somente é permitido trabalho voluntário para entidades que não possuam fins lucrativos.
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11 - Jair trabalha cultivando hortaliças em uma chácara situada no perímetro urbano que é de propriedade de Pedro e que as vende no CEASA; Paulo é chapa e tem seu contrato gerenciado por um Sindicato; Marcelo foi contratada para trabalhar em uma loja de shopping no período do Natal; Ana contratou Cláudio para trabalhar como acompanhante de seu filho. Alberto trabalha em uma pizzaria como garçom; Clara trabalha gratuitamente como costureira na fabrica de sua nora,Ascendino é representante comercial; Jair, Paulo, Marcelo, Cláudio, Alberto, Clara e Ascendino são: (designar o tipo de relação de trabalho que possui cada um).
R.: Jair empregado rural; 
Paulo trabalhador avulso;
Marcelo empregado temporário; 
Cláudio empregado doméstico; 
Alberto empregado urbano; 
Clara empregada urbana (se ingressar na justiça vai ter o vínculo empregatício determinado, pois, não se pode trabalhar como voluntário em situações de fins lucrativos); 
Ascendino autônomo. 
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12 - Marcelino foi contratado por uma empresa como representante comercial, fazendo sua inscrição como autônomo. A empresa exigia representação de seus produto com exclusividade, pagava comissão sobre os produtos vendidos, fornecia veículo e pagava despesas de viagens. Marcelino requereu na justiça o vínculo empregatício com os consequentes reflexos nos direitos trabalhistas concedidos pela CLT e pelas Leis esparsas. O juiz negou o pedido, determinando a existência de um trabalho autônomo. Agiu corretamente o juiz. 
R.: O juiz errou pois, de acordo com o artigo 9º da CLT quando se pratica atos para bular as normas da CLT existe nulidade absoluta. Verifica-se da situação que existem todos os elementos configuradores da relação de emprego subordinado nos termos do artigo 2º e 3º da CLT. 
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13 – Que princípio do Direito do Trabalho pode ser aplicado no caso acima.
R.: Princípio da primazia da realidade, que significa que no contrato de trabalho, vale o que é feito e não o que está escrito. Exatamente por isto, a Carteira de Trabalho é prova do contrato de trabalho, mas, prova relativa, ou seja, poderá ser retificada se provado que não era a situação real do contrato. Por exemplo, o empregado é contratado como vigia e é vigilante. A justiça determinará o pagamento das diferenças salariais. 
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14 – O motorista do ônibus que transporta os alunos de Paracatu para o UNIPAM, gasta 3 horas de ida e 3 horas de volta. Aguarda 4 horas durante o período em que os alunos estudam. 
Este motorista trabalha em regime de horas extras?
R.: De acordo com o artigo 4º da CLT, o empregado deve ser remunerado pelo tempo efetivamente trabalhado e pelo tempo à disposição. Como a jornada normal é de 8 horas, verifica-se que o motorista trabalha 10 horas, possuindo 2 horas extras por dia, ou 1 hora se for determinado 1 hora para refeição. 
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15 - Marcos foi admitido em 02/01/2017 em uma empresa como Caixa. Cláudio, retornando da Previdência Social em readaptação, assumiu na mesma empresa e na mesma localidade a mesma função de Marcos em 02/01/2018. Sabendo que Cláudio ganha R$1.000,00 a mais que ele, Marcos resolveu ingressar em juízo, para requerer equiparação salarial sob o fundamento de além dos elementos acima, os mesmos exercem trabalho de igual valor e que a empresa não tem quadro organizado em carreira. Marcos terá êxito na referida ação: Justifique.
R.: Em princípio teria se o paradigma fosse outra pessoa, pois, estariam presentes todos os requisitos do artigo 461. Porém o paradigma é pessoa em reabilitação da previdência e não serve de paradigma. 
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16 – Antônio tem uma empresa distante do perímetro urbano. Pelo local passam ônibus de hora em hora, mas o empregador fornece transporte de ida e volta. Os funcionários gastam meia hora para ir e meia hora para voltar todos os dias. Um empregado requereu horas extras com base neste percurso, pois, trabalhava 8 horas diárias com intervalo de 01 hora para refeição. Se acatar a lei o juiz vai deferir horas extras para o mesmo?
R.: Não. Após a reforma trabalhista não mais existem as chamadas horas de percurso ou horas in itinere. Salvo se realizadas antes de novembro de 2017, caso em que se o empregado tivesse sido dispensado há mais de dois anos estaria prescrito e se ele continua trabalhando, só poderia reclamar os últimos 5 anos e, portanto, como estamos no dia 27 de agosto, estariam prescritos os direitos anteriores a 27 de agosto de 2014.
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17 - Uma empresa adotou regulamento de empresa, tendo em uma de suas cláusulas, determinado direito de acréscimo salarial aos seus empregados, na base de 1% por cada ano de serviço. Depois de 5 anos de vigência desta cláusula, a empresa resolveu retirar a cláusula e em consequência retirar dos empregados o percentual acrescido. Um empregado ingressou em juízo reclamando o direito aos 5%, bem como a continuidade do direito de acréscimo anualmente de 1%, alegando direito adquirido. Dê a decisão de forma justificada?
R.: O que é realizado por Convenção Coletiva pode ser retirado quando a mesma é modificada e retira a cláusula. No entanto, o que já foi acrescido faz direito adquirido, e os 5% já se incorporou no direito do empregado. Ele somente não acrescerá mais 1% a cada ano. 
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18 - Joana possui 18 anos de idade; Catarina tem 21 anos de idade; Débora possui 13 anos de idade; João tem 23 anos de idade; Jean possui 30 anos de idade e é portador de deficiência. Quais trabalhadores estão em condições legais para celebrarem contrato de aprendizagem?
R.: Aprendiz pode ir de 14 a 24 anos, não tendo idade para o portador de deficiência ou necessidade especial. Portanto, pode ser aprendiz Joana, Catarina, João e Jean. 
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19 - Diana é empregada de uma república de estudantes; Danilo é vigia da residência de João, presidente de uma empresa multinacional; Magali é governanta da residência de Mônica; Márcio é jardineiro da casa de praia de Ana; Cláudio é motorista particular de Lauro e Clenia é caseira do sítio de lazer de Antônio. Quais são “empregados domésticos”.
R.: Todos são domésticos. Nenhuma das atividades dos empregadores possuem finalidade lucrativa.
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20 - A empresa de propaganda Azul prorrogou duas vezes o contrato de trabalho por prazo determinado de seu empregado Tício, dentro do período de dois anos. A empresa de propaganda Amarela celebrou segundo contrato pelo prazo determinado de um ano com Zeus, após oito meses da extinção do contrato celebrado anteriormente. Neste caso, de acordo com a CLT, algum destes contratos passou a vigorar por prazo indeterminado?
R.: O contrato determinado se indeterminará se for prorrogado por mais de uma vezes ou se ultrapassar o prazo estipulado pela lei para o mesmo. Também se indetermina se for renovado antes de completar 6 meses entre um contrato e outro. Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.    Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.
...............................................................................................................................................21 - Marilene é uma excelente maquiadora e foi convidada para dar consultoria para a Revista “Modas Ltda”. Teria uma página onde responderia perguntas das assinantes da revista. Para isto, trabalharia na sua própria residência, 6 vezes por semana, por 3 horas em cada dia e enviaria o trabalho por email. Este trabalho não seria remunerado, ficando a revista obrigada, apenas, a identificar Marilene. Que tipo de contrato de trabalho que nos termos da legislação trabalhista está configurado no presente caso.
R.: Neste caso existe habitualidade, portanto é empregada urbana. O fato de não receber é nulo por não ter trabalho voluntário em instituição com finalidade lucrativa. A justiça determina o pagamento. Utilizará o salário de equivalência do artigo 460. Art. 460 - Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante. 
Se ela trabalhasse somente até duas vezes por semana poderia ser considerada eventual ou autônoma. 
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22 - Um empregado público ingressou em juízo para reclamar FGTS não depositado pelo Estado. Em sentença, o juiz entendeu que não era devido o referido direito, em razão de não estar regido pela CLT. Agiu corretamente o magistrado? Responda justificando e fundamentando.
R.: O juiz não agiu corretamente, pois, o empregado público é regido pela CLT e, portanto, tem FGTS.
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23 – Um empregado público foi demitido sem que o órgão público tenha justificado o motivo da demissão. O empregado ingressou em juízo para ser reintegrado com a justificativa de que sua demissão só seria possível se motivada. O juiz entendeu que sendo o empregado público regido pela CLT, a demissão é direito potestativo do empregador. Assim, não necessita de motivação, bastando, o pagamento dos direitos trabalhistas. Agiu corretamente o juiz?
R.: O juiz não agiu corretamente, pois, o empregado público é regido pela CLT mas, para ingressar tem que prestar concurso e para ser demitido precisa de motivação.
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24 - Um empregado público foi demitido sem justa causa. O empregado ingressou em juízo para ser reintegrado com a justificativa de que como é empregado público, possui estabilidade não podendo ser demitido, a não ser por justa causa, devidamente comprovada. O juiz entendeu que sendo o empregado público regido pela CLT, não precisa de motivação, bastando o pagamento dos direitos trabalhistas. Agiu corretamente o juiz?
R.: O juiz não agiu corretamente, pois, o empregado público é regido pela CLT e, embora não adquira estabilidade porque tem FGTS, a dispensa sem motivação acarreta o direito de reintegração. 
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25 - Um comerciário foi contratado nos moldes da lei 9.601/98. Foi admitido de 01//01/2017 a 30/06/2017. Teve seu contrato prorrogado até 31/12/2017 e depois até 27/06/2018 e depois até 31/12/2018. Este contrato se indeterminou?
R.: O contrato determinado que for prorrogado por mais de uma vez, passa a valer como contrato indeterminado. Ocorre, que a lei 9.601/98 fez uma exceção a esta regra. Portanto, a contratação nos moldes desta lei, pode o contrato que é determinado ser prorrogado por quantas vezes as partes quiserem, desde que não ultrapasse o prazo máximo de dois anos. 
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26 - Uma secretária foi contratada pelo período de experiência, com duração em 01 de março até 31 de maio de 2011. No término do contrato exigiu pagamento de aviso prévio e multa de 40% de FGTS. O empregador se recusou alegando inexistência desses direitos no contrato determinado. Agiu corretamente?
R.: O contrato de experiência não pode ser superior a 90 dias. A contratação foi por mais de 90 dias, portanto, o contrato se indeterminou e é devido todos os direitos rescisórios de uma contrato indeterminado como o aviso prévio e a multa de 40% do FGTS.
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27 – Um empregado faltou ao serviço 5 dias para nascimento do filho; 30 dias de férias; 06 dias para casamento; 10 dias de licença médica; 8 dias em razão de morte de seu pai. Identifique as situações que configuram suspensão e as situações que configuram interrupção do contrato de trabalho.
R.: Na interrupção do contrato de trabalho o empregado não trabalha mas recebe como no caso das faltas justificadas. Se a falta não é justiçada é suspensão. O empregado não trabalha mas também não recebe. Verificando o artigo 473 pode ser deduzido.
Nascimento de filho é 5 dias. Então interrupção. (Artigo 10 das disposições transitórias da Constituição Federal – Até que a lei venha regulamentar a licença paternidade ela é de 5 dias). Férias – 30 dias corridos. Casamento 3 dias. Portanto faltou 6, serão 3 dias de interrupção e 3 dias de suspensão. Licença médica até 15 dias é pagamento da empresa. Para a morte de ascendente, descendente e cônjuge, é de dois dias. Portanto, dois é interrupção e 6 suspensão. 
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28 – Uma empregada foi contratada como gerente. Recebia 40% de adicional de gerência e não tinha controle de jornada. Quando foi demitida, requereu horas extras sob a alegação de que trabalhava 10 horas por dia. Diante da legislação trabalhista seu pedido é legítimo?
R.: Cargo de confiança segundo o artigo 62 da CLT está excluído do controle de jornada e, portanto, não tem horas extras, desde que recebe pelo menos 40% a mais de adicional de cargo de confiança. Então seu pedido não é legitimo. Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:   ( O capitulo diz respeito ao não controle de jornada e, portanto não fazer jus a horas extras) inciso II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.   Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).     
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29 – Um empregado foi nomeado gerente de um banco, na condição de cargo de confiança. Foi transferido de forma provisória para organizar uma agência da empresa em outro município. Pode este empregado se recusar a ser transferido?
R.: A transferência de exercentes de cargo de confiança não é considerada alteração do contrato de trabalho. É direito do empregador. Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.  § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.
.................................................................................................................................................30 – Este empregado não recebeu adicional de transferência em razão dos municípios serem próximos, com custo de vida semelhante. Agiu corretamente a empresa?
R.: Todo empregado transferido provisoriamente tem direito a um adicional de 25% quando a transferência é para outro município, não interessando que sejam próximos. Somente não é devido se for dentro do mesmo município. Assim, a empresa é devedora do adicional de transferência. Atenção: É adicional. Quando retorna pode ser retirado. Portanto, na transferência definitiva, não é adicional é aumento e não pode ser retirado. 
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31 – A empresa SOL necessita contratar empregado para a execução de serviço específico, de técnico especializado na implantação de equipamento sofisticado. O contador da empresa orientou no sentido de não se poder fazer contrato por prazo determinado. Está correta a orientação?
R.: O contador não tem razão, pois, o contrato determinado está regulamentado exatamente para situações que justifiquem a determinação do prazo. Artigo 443 § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.  Portanto, nestes casos é permitido ao empregador fazer contrato determinado. 
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32. A sociedade empresária X TUDO LTDA contratou 2 empregados em 01/01/2016 e os demitiu em 01/01/2018. Os empregados querem ingressar na justiça para reclamar direitos não recebidos durante o contrato de trabalho, entre eles horas extras e aviso prévio. Sobre a situação, questiona-se.
Levando em conta a prescrição, qual a data limite para a propositura de uma reclamação trabalhista por parte destes empregados? Os direitos estariam prescritos? (artigo 11 da CLT)
R.: Estes empregados têm até o dia 01/01/2020 para propor a Reclamação Trabalhista. A partir do dia 02/01/2020 todos os direitos estariam prescritos. Deve ser lembrado que dia 01/01/ é Ano Novo e feriado. Portanto, terá que ter protocolar até dia 31 de dezembro de 2019.
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33 – Um empregado foi admitido por contrato a tempo parcial por 30 horas semanais. Poderá este empregado fazer hora extra? E se o contrato tivesse sido feito por 10 horas semanais?
R.: Com a reforma trabalhista o contrato a tempo parcial passou a ser possível por até 30 horas semanais. Até 26 horas pode fazer até 6 horas extras, mas acima de 26 horas é proibido fazer horas extras. Assim, no caso de 30 horas está proibido mas, no caso de 10 horas está permitido.
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34 – Como se encontra regulamentada as férias do contrato a tempo parcial?
R.: Com a reforma trabalhista as férias do contrato a tempo parcial passou a ser o mesmo do contrato a tempo integral. 30 dias corridos de férias para que não faltou mais que 5 vezes no período aquisitivo. Ver tabela de interferência das faltas injustificadas nas férias no artigo 129 da CLT.
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35 – Uma empresa cliente possui necessidades sazonais para atender uma demanda específica e precisa nestas ocasiões de maior número de mão de obra. Como assessor da mesma como orientaria esta contração. Especifique como contratar e os direitos dos empregados contratados. 
R.: Após a reforma trabalhista a melhor forma de contratação será pelo contrato intermitente. Neste contrato o empregado é contratado, mas só trabalha quando for chamado. O empregador quando precisa tem 3 dias para chamar e o empregado um dia para responder. Os direitos são os mesmos, mas pagos pelo tempo trabalhado. Férias e décimo terceiro pagos junto com a remuneração. A cada período de 12 meses de vinculação do empregado com a empresa, este terá direito a férias. A remuneração ele já recebeu, inclusive com acréscimo de 1/3, mas ele tem direito de gozar as férias, não podendo neste prazo ser requisitado pelo empregador. Artigo 452-A
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