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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Fundamentos de engenharia de Alimentos Prof. Dr. Abraham Giraldo Zuniga Primeira edição Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 2 1. Alguns Conceitos Básicos da Engenharia de Alimentos 1.1. Operação contínua e operação descontínua: Na maior parte das operações de processamento é economicamente vantajoso manter o equipamento em operação contínua e permanente, com um mínimo de pertubações ou de paradas, principalmente nos processos de grande escala. Isto se dá em virtude da maior produtividade do equipamento que opera continuamente e do conseqüente menor preço unitário do produto. Neste tipo de operação, o tempo não é uma variável na análise do processo, exceto durante o período de partida do processo, desde o momento de introdução da carga (matériaprima) até a completa estabilização do processo, ou no período de parada, que é a situação inversa. Nos processos de operação contínua ou “Processo Contínuo” se espera que o desempenho do processo seja o mesmo em qualquer momento, seja hoje, amanhã ou no próximo ano, se as condições operacionais permanecerem as mesmas. As condições operacionais não são constantes ao longo do processo, em nenhum momento, mas as condições em um dado ponto do processo deverão ser constantes com o tempo. É claro que para isto ocorrer é necessário que não ocorram perturbações no processo, mas, no entanto, elas existem. Para contornálas é necessário que se instalem adequados sistemas de controle de processos que, apesar das perturbações, conduzirão o processo à estabilidade das condições operacionais, mantendo a qualidade do(s) produto(s). Em operações de pequena escala (produção de pequenas quantidades de produtos), ou onde o processo corrosivo é muito acentuado, ou por alguma outra razão particular, nem sempre é conveniente manter operações contínuas. Nestes casos, o equipamento é carregado com toda a carga (matéria-prima) necessária, é efetuado o processamento e são removidos os produtos. Esta é uma operação descontínua ou "Processo em batelada", como é mais conhecida. Uma operação contínua, onde as condições operacionais não variam com o tempo, é dita estar em regime permanente ou em estado estacionário. Em contraste, a operação descontínua é dita estar em regime transiente (ou nãopermanente) ou em estado não-estacionário. A análise das operações transientes é usualmente mais complicada do que a das operações em regime permanente. 1.2. Vazão: Pode-se definir vazão como a razão entre a quantidade que escoa de uma corrente de fluido (líquido ou gás) e o tempo gasto. Portanto, para ficar claro, devemos definir se esta quantidade é em volume, em massa ou em quantidade de matéria. Nos processos contínuos, as vazões dos fluidos em Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 3 escoamento, seja da carga (matéria-prima) do processo ou dos produtos, são continuamente medidas. Normalmente, pela facilidade da medição, a vazão medida é a vazão em volume (vazão volumétrica). A vazão em massa (vazão mássica) e a vazão em quantidade de matéria (vazão molar) , ambas necessárias para os balanços materiais, são calculadas a partir da vazão volumétrica. 1.3. Escoamento paralelo e contracorrente: Em muitas operações de transferência de massa ou de energia é necessário colocar em contato duas correntes de fluidos, seja diretamente no caso de transferência de massa - ou indiretamente, através de uma superfície de contato no caso de transferência de energia para que possa ocorrer a modificação desejada. A transferência pode ser realizada com as duas correntes escoando na mesma direção ou em direções contrárias. Quando o escoamento ocorre com os fluidos na mesma direção diz-se que o escoamento é em paralelo, e quando em direções contrárias diz-se que é em contracorrente (Figura 01). O escoamento em contracorrente é o mais usual na engenharia química, pois com ele se consegue uma transferência de massa ou energia muito maior do que com o escoamento em paralelo. Figura 01 – Escoamentos Contracorrente e Paralelo. 1.4. Processo Químico: É utilizado para formação de um produto químico, intermediário ou final, compreendendo duas situações bem distintas que funcionam em conjunto para se alcançar o objetivo, que é a formação econômica do produto desejado: 1.5. Sistema - é definido como um espaço selecionado, que pode ser sujeito a definição e apreciação de propriedades físicas, químicas, bioquímicas e/ou biológicas. Consiste em uma quantidade de matéria ou região para a qual nossa atenção está voltada. É definido como um espaço selecionado, que pode ser sujeito a definição e apreciação de propriedades físicas, químicas, bioquímicas e/ou biológicas. Demarcamos um sistema termodinâmico em função daquilo que desejamos calcular. Tudo que se situa fora do sistema termodinâmico é Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 4 chamado MEIO ou VIZINHANÇA. O sistema a ser estudado é demarcado através de uma linha real ou imaginária chamada de fronteira ou SUPERFÍCIE DE CONTROLE. Se o sistema for aberto permite transferência de massa, se o sistema for fechado não permite transferência de massa, embora possibilite transferência de energia. 1.6.Propriedades Propriedade intensiva - característica mensurável que não depende do tamanho do sistema (ex. temperatura, pressão, massa volúmica, volume específico); Propriedade extensiva - característica mensurável que depende do tamanho do sistema (volume, massa, área); Propriedade coligativa - característica mensurável que depende do número de moléculas ou do número de átomos. 1.7. Área É uma medida quantitativa de uma superfície. É definida como o produto de dos comprimentos. A unidade no SI é o metro quadrado (m2). Na industria de alimentos e quase sempre necessário conhecer a área superficial de um alimento. Por exemplo nos problemas de calculo de transferência de massa ou energia desde ou ate o alimento. Alguns processos físicos podem aumentar a área superficial de um produto, por exemplo se um alimento líquido e atomizado utilizando um processo de atomização sua área superficial e aumentada consideravelmente, facilitando assim a secagem do alimento. Como um caso prático temos que 1 litro de leite que passa pelo processo de atomização atinge um área de contato de 60m2. Amostras de bicos atomizadores podem ser observados na Figura 02. Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 5 Figura 02 - Bico atomizador e sistema de atomização (spray dryng) Na Tabela 1, são mostradas a área superficial de alguns alimentos Tabela 1. densidade para alimentos Alimento Área superficial media (cm2) Maça 140,13 Pêra 145,42 Ciriguela 35,03 Ovo 70,50 O contato térmico de um alimento com alguns equipamentos também e melhorado com a mudança da geometria da superfície do sólido. Uma das técnicas consiste em alterar o formato da superfície do sólido com a instalação de protuberâncias que também estão em contato com o escoamento do fluido. As protuberâncias são chamadas de aletas, sendo que a utilização das mesmas leva ao crescimento da área total de contato entre os sólido e o fluido porque a soma da área de todas as aletas com a área que sobrou as superfície original é maior do que a área original,aumentando assim a taxa de transferência de calor. Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 6 Figura 03. Aletas Nos alimentos enlatados e necessário conhecer a relação área superficial/volume. Uma maior relação área superficial/volume produzira um aquecimento mais rápido do centro geométrico da embalagem, diminuindo a risco de superaquecimento. Dentre as formas geométricas, a esfera e a que tem a maior relação área superficial/volume. No apêndice podemser encontradas as fórmulas matemáticas das principais formas geométricas. 1.8. Densidade. Densidade Absoluta ou massa específica é uma característica própria de cada material, por isso é classificada como sendo uma propriedade específica. A densidade absoluta é definida como sendo a razão entre a massa de uma amostra e o volume ocupado por esta massa. Em geral, a densidade dos sólidos é maior que a dos líquidos e esta, por sua vez, é maior que a dos gases. Portanto, para medirmos a densidade de um objeto qualquer, precisamos conhecer a sua massa e volume, pois a densidade é a massa dividida pelo volume. A massa de um objeto pode ser medido facilmente com uma balança, o volume de um objeto regular pode ser calculado medindo-se e multiplicando- se a sua: largura (l), comprimento (c) e altura (h). Os sólidos são materiais que contém uma consistência muito alta o que resulta em grande quantidade de massa em uma pequeno volume, porque suas moléculas se encontram muito unidas umas as outras. Mas, como medir o volume dos sólidos irregulares? Como são a maioria de frutas e hortaliças. Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 7 O volume de objetos irregulares, como por exemplo, uma maçã, podem ser medidos colocando-a em um recipiente cheio de água; o volume de água deslocada é igual o volume do objeto irregular. Os líquidos são substâncias com densidades bem menores em relação aos sólidos pois, as partículas de suas moléculas se encontram mais distanciadas umas das outras. Suas densidades variam um pouco e para se medir a densidade de líquidos e fluidos, existem dois tipos de um equipamentos: um deles é o picnômetro (Figura 04) e o outro é o densímetro (este último é mais utilizado por fornecer a leitura direta da densidade, além de ser mais preciso). Figura 04 – Picnômetro com termômetro Tabela 02 - Densidade para alguns compostos de alimentos Alimentos Densidade a granel (kg/m3) Glicose 1560 sacarose 1590 Amido 1500 celulose 1270-1610 Proteína 1400 Gordura 900-950 sal 2160 Acido cítrico 1540 O peso específico de uma substancia e a relação entre a densidade da substancia e a da água na mesma temperatura. Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 8 A densidade dos sólidos é geralmente calculada descontando o volume dos poros este valor encontra se na faixa de 1400 a 1600 kg/m3 exceto para alimentos muito gordurosos ou muito salgados. (PELEG, 1983). A porosidade pode ser calculada através da seguinte equação; sólidododensidade graneladensidade Porosidade __ __ 1−= Densidade a granel se define como a massa de uma unidade de volume de um leito de partículas. Alguns destes valores são mostrados na Tabela 03. Tabela 03 – Densidade a granel de alguns alimentos Alimentos Densidade a granel (kg/m3) Cacau em grão 1073 Soja em grão 800 Café grão verde 673 Café grão torrado 368 Milho 720 Leite integral em pó 320 Arroz 770 Açúcar 800 Trigo 770 Existem modelos matemáticos desenvolvidos para calcular a densidade em função da temperatura , por exemplo para o leit desnatado temos: 32 00016,00023,0146,06,1036 TTT −+−=ρ Em que T: é a temperatura em °C. A maioria das frutas e hortaliças frescas contém entre 75% e 95% de água por este motivo os valores de densidades destes alimentos são próximos ao valor da densidade da água ou seja 100kg/m3. Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 9 Existe uma outra equação empírica também para calcular a densidade de alimentos a partir da sua composição centesimal. ++++ = n n f mmmm ρρρρ ρ .................... 1 3 3 2 2 1 1 Em que: densidadef =ρ , 1m a nm = frações individuais dos compostos de 1 a n 1ρ a nρ = valores de densidade dos compostos individuais. Exemplo: Calcular a densidade de um alimento que tem 84,4% de umidade, 14,55% de açúcar, 0,6% de gordura e 0,2% de proteínas? Densidade Relativa ( rρ ) A densidade relativa é uma razão adimensional. Na realidade ela deve ser considerada a razão de duas densidades a da substância de interesse “A” e a de uma substância de referência, cada uma possui unidades associadas. Em símbolos temos; ref A r m kg m kg = 3 3 ρ A substância de referencia para líquidos e sólidos normalmente é a água. Deste modo a densidade relativa é a razão da densidade da substância em questão e relação à densidade da água. Ao se referir a densidade relativa indique sempre a temperatura utilizada para cada densidade. Assim, ° ° = 4 20 72,0rρ Indica a densidade relativa quando a solução encontra-se a 20°C e a substância de referência a 4°C. Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 10 A temperatura influencia diretamente na densidade dos alimentos, na Figura 05 podemos observar a influencia da temperatura e da concentração nos valores de densidade de uma solução de polietilenoglicol 2000 Da (PEG). Figura 05 - Densidade de soluções aquosas de Polietielinoglicol (PEG) (TENG e TENG, 2004). A densidade de uma solução muda também com a concentração de solutos presentes nela. Num experimento de solubilidade da proteínas do ovo de codorna foi observado que a densidade aumentou com o aumento da concentração salina em todos os valores e pH estudado. Assim, o aumento da concentração de sal torna a solução mais densa, esse efeito pode ser observado na Figura 06 . Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 11 1.00 1.01 1.02 1.03 1.04 1.05 1.06 1.07 4 5 6 7 8 9 10 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 D e n s id a d e ( g /c m 3 ) pH C o n ce n tr aç ão s al in a (M ) 1.00 1.01 1.02 1.03 1.04 1.05 1.06 1.07 Figura 06 . Densidade do sistema Na2SO4 em função do pH e concentração salina (CARVALHO et al, 2006) No anexo desta apostila poderá encontrar um método para determinar a densidade de alimentos líquidos. 1.9. Volume específico O volume específico de qualquer composto é o inverso da densidade, isto é o volume por unidade de massa. As unidades de volume específico podem ser cm3/g, m3/kg ou razões semelhantes. 1.10.Fração molar e fração mássica A fração molar é simplesmente o número de mols de uma determinada substancia dividido pelo número total de mols presentes. Esta definição é valida para líquidos, gases e sólidos. Fração molar de A =(mols de A/ mols totais) A fração mássica é simplesmente a massa da substância dividido pela massa total de todas as substâncias presentes. Fração mássica de A =(massa de A/ massa total) Exemplo: Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 12 Calcular a fração mássica e a fração molar de cada um dos componentes de uma solução que contém 6,0 kg de água e 4 kg de NaOH ? Componente kg Fração mássica PM Kg-mol (*) Fração molar H2O 6,0 6/10 = 0,6 18,0 0,333 0,333/0,433 = 0,769 NaOH 4,0 4/10= 0,4 40,0 0,10 0,10/0,433 = 0,231 Total 10,0 = 1,0 0,433 = 1,0 * 333,0 18 01 00,6 2 2 2 = OkgH kgmolH kgmolH 1.11. Concentração A concentração é uma medida de quantidade de uma substância presente numa unidade de volume. Pode ser expressa como peso por unidade de peso (p/p) neste caso a concentração se expresse na forma de % em peso. Desta forma quando observamos num rotulo de algum alimento 12% de gordura, significa que o alimento contém 20g de gordura para cada 100g de alimento. A concentração também pode ser expressa como peso por unidade de volume (p/v),por exemplo quando preparamos alguma solução a partir de reagentes químicos, isto é massa de soluto dissolvido por unidade de volume da solução. A molaridade é uma outra forma de se expressar a concentração. A molaridade de uma solução pode ser calculada através da seguinte expressão: )( )( lPMxV gm M = , em que;M: molaridade m (g) : massa do soluto em gramas PM: Peso molecular do soluto V: Volume total da solução em litros. Exemplo: quantas gramas de NaOH serão necessários para preparar 250mL de uma solução de NaOH 0,15 molar? ggm x gm M 5,1)( 25,040 )( 15,0 =⇒= de NaOH Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 13 Exemplo: expressar a concentração de uma solução de açúcar em água em diferentes unidades de concentração. A solução é preparada dissolvendo 10kg de sacarose em 90 kg de água. A densidade da solução é 1040kg/m3. calcular a) Concentração p/p b) Concentração p/v c) °Brix Apresentar na próxima aula uma planilha no EXCEL onde possa ser calculado todas estas concentrações porem para soluções contendo 25kg de sacarose e 75 kg de água (densidade 1095 kgm3) , 35kg de sacarose e 65 kg de água (densidade 1105 kgm3), 45kg de sacarose e 55 kg de água (densidade 1245 kgm3). 1.12. Umidade A umidade é um fator um muito importante no processo de conservação de alimentos. Quando a umidade dos alimentos e reduzida a deterioração dos alimentos pelos microorganismos e diminuída consideravelmente. Métodos para determinar a umidade dos alimentos Existem dois grupos de métodos par a determinação da quantidade de água dos alimentos a) métodos diretos -estufa, destilação, radiação infravermelha b) indiretos -método da resistência elétrica -método do dielétrico A umidade pode ser expressa mediante duas formas: umidade em base úmida (Ubu) e umidade em base seca(Ubs). Umidade em base úmida (Ubu) 100x PmsPa Pa Pt Pa Ubu + = = Pa: peso da água Pt: peso total Pms: peso da matéria seca Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 14 Umidade em base seca (Ubs) 100x Pms Pa Ubu = Mudança de base Em alguns cálculos de engenharia de alimentos e necessário passar de base úmida para base seca e vice-versa estes valores podem ser obtido usando as seguintes equações; a) Para passar de Ubu para Ubs ( ) 100 100 x Ubu Ubu Ubs − = b) Para passar de Ubs para Ubu ( ) 100 100 x Ubs Ubs Ubu + = Exemplo: Para uma tonelada de milho, inicialmente com 25% Ubu, encontrar a quantidade de água a ser removida durante a secagem para 14% Ubu. Água a ser removida = água inicial – água final Peso inicial = 1000kg Peso da água inicial = (25/100) 1000kg = 250kg Peso da matéria seca = 1000kg - 250Kg = 750Kg 100x PmsPa Pa Ubu + = Lembre, em um processo de secagem a matéria seca sempre permanece constante. 100 750 14 x Pa Pa + = � Pa = 122 kg Peso da água inicial – peso da água final = 250 – 122 = 128 kg Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 15 Exemplo; Transformar a base seca uma umidade de 80% em base úmida (Ubu) ( ) %400100 80100 80 = − = xUbs Atividade: desenvolver uma planilha no EXCEL para transformar valores de umidade em base úmida para umidade em base seca de um alimento que você escolher, logo variar os valores desde 0% até o valor do alimento escolhido em intervalos de 7%. Com os valores obtidos apresentar um gráfico da Ubu no eixo X a Ubs no eixo Y. 1.13. Diagrama de fases para uma substância pura A água e considerada como uma substancia pura que tem uma composição química homogênea e invariável embora possa sofrer mudanças de fases. Portanto a água líquida, uma mistura de gelo e água liquida, vapor ou uma mistura de vapor e água líquida são consideradas substâncias puras. Fluidos homogêneos são normalmente divididos em duas classes, líquidos e gases. Contudo, a distinção nem sempre pode ser delimitada com nitidez, porque as duas fases tornam-se indistinguíveis no chamado ponto crítico. Medidas de pressão de vapor de um sólido puro em várias temperaturas abaixo do sue ponto triplo levam a uma curva de pressão-vs-temperatura como a formada pelas linhas 1-2 e 2-3 na Figura 07. a terceira linha (2-4) mostrada nesta Figura fornece a relação de equilíbrio sólido/líquido. Estas três curvas representam as condições de P e T necessárias para a coexistência de duas fases e assim são fronteiras das regiões de existência de uma única fase. A linha 1-2, (curva de sublimação) separa as regiões de sólido e de gás , a linha 2-4 (curva de fusão) separa as regiões de sólido e do líquido, a linha 2-3 (curva de vaporização), separa as regiões de líquido e de gás. As três curvas se encontram no ponto triplo, onde as três fases coexistem em equilíbrio. No caso da água este ponto triplo ocorre na temperatura de 0,009°C e na pressão de 4,6mmHg ( 1atm = 760mmHg) Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 16 Pressão Sólido Líquido Vapor (mm.Hg) (fusão) (vaporização) 4,58 mmHg Ponto Triplo sublimação 0, 0098 °C Temperatura (°C) Figura 07 . Diagrama de fases para a água. Os diagramas de fases são úteis para o estudo de processos como extração, cristalização, destilação, precipitação, desidratação e concentração por congelamento. 1.14. Temperatura A temperatura é uma medida de energia térmica que possui um corpo em equilíbrio térmico. A transferência de calor ocorre sempre desde um objeto com temperatura elevada até outro com temperatura mais baixa, até atingir o equilíbrio térmico. Temperatura é normalmente medidas com termômetros de bulbo de vidro, no interior dos quais um líquido se expande quando aquecido. Assim, um tubo uniforme (Figura 08) parcialmente cheio de mercúrio, álcool ou algum outro fluido pode indicar o nível de “aquecimento” simplesmente pelo comprimento da coluna de fluído. Contudo, valores numéricos são designados para vários níveis de aquecimento através de definições arbitrárias. 1 2 3 4 Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 17 Figura 08 – Termômetro As escalas de temperatura mais comumente empregadas são as de Fahrenheit e Celcius, estas duas escalas, são chamadas de escalas relativas devido a que os pontos de valor zero foram escolhidos arbitrariamente. Na escala Celcius, o ponto de gelo (ponto de congelamento da água saturada com ar á pressão atmosférica) é zero, é o ponto de vapor (ponto de ebulição da água pura à pressão atmosférica) é 100. Pode-se conferir a um termômetro imergindo-o em um banho de gelo, fazendo uma marca para o zero no nível do fluído e, posteriormente, colocando-o no interior de água em ebulição e fazendo uma marca para o 100 nesse nível superior. A distância entre as duas marcas é dividida em 100 espaços iguais chamados graus. Outros espaços do mesmo tamanho podem ser marcados abaixo do zero e acima de 100 para estender a faixa de medida do termômetro. Na escala fahrenheit 32 representa a temperatura de congelamento da água e 212 a temperatura de ebulição. Figura 09 - Relação entre as escalas termométricas Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 18 Temperaturas de processamento de alimentos Os termômetros mais utilizados no processamento de alimentos são termômetros de resistência e termopares. Os termômetros de mercúrio em vidro não são recomendados devido a que podem romper com facilidade e o mercúrio liberado é extremamente tóxico. As faixas de temperatura utilizada nas diversas etapas de processamento de alimentos varia desde -196°C até 250°C. Na Tabela X podem ser observadas algumas temperaturasempregadas no processamento e armazenamento de alimentos. Tabela 04 – Temperaturas utilizadas em diversos processos. Tipo de processamento Temperatura Refrigeração direta com Nitrogênio líquido -14/C até -250°C Equipamentos de congelamento -20°C até -15°C Ponto de congelamento da maioria de alimentos -5°C até -1°C Irradiação, filtração Temperatura ambiente até 50°C Evaporação a vácuo, ultrafiltração, pasteurização, homogeneização 50 °C até 100°C Esterilização de alimentos de baixa acidez 110°C até 125°C Extrussão, padarias, secagem spray drying 150°C até 250°C 1.15. Pressão A pressão exercida por um fluido sobre uma superfície é definida como a força normal exercida por um fluido por unidade de área da superfície. Se a força é medida em newton (N) e a área em m2, a unidade de pressão ´é o newton por metro quadrado ou N.m-2, chamada de pascal, símbolo Pa, que é a unidade básica SI de pressão. No sistema inglês de engenharia, a unidade mais comum para medir a pressão é a libra força por polegada quadrada (psi – pound force per square inch). Outra unidade de pressão é a atmosfera padrão (atm), a pressão média aproximada exercida pela atmosfera terreste ao nível domar, definida como Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 19 101,325Pa ou 0,101325MPa. O bar é uma unidade de SI definida como 105 Pa, é igual a 0,986923 (atm). A maioria dos medidores de pressões fornece resultados que são a diferença entre a pressão de interesse e a pressão do ambiente no qual eles se encontram. Esses resultados são conhecidos como pressões manométricas e podem ser convertidos para pressões absolutas pela adição da pressão barométrica. Nos cálculos termodinâmicos devem ser utilizadas as pressões absolutas. Pressão absoluta = pressão manométrica + pressão atmosférica (barométrica) Tabela 04- Pressões empregadas em processamento de alimentos Tipo de processamento Pressão (atm) homogeneização Osmose reversa 29,6 - 296 39,5 - 78,95 Ultrafiltração 3,95 - 7,9 Enlatado de alimentos 0,98 Secagem por ar quente Pressão atmosférica ou ligeiramente superior Secagem por atomização Pressão atmosférica ou ligeiramente superior Evaporação Pressão atmosférica ou ligeiramente superior Congelamento de alimentos Pressão atmosférica ou ligeiramente superior Secagem a vácuo 0,00986 Evaporação a vácuo 0,98 Os principais instrumentos para medir a pressão são o manômetro, barômetro, o mais aplicado na indústria de alimentos é o manômetro de diafragma . 2. Unidades e Dimensões As unidades primarias foram especificadas por acordo internacional e são codificadas como Sistema Internacional de Unidades (Abreviatura SI, de Système International). Dentre estas unidades temos por exemplo o metro, símbolo m, é a unidade fundamental de comprimento, definido como a distância que a luz atravessa no vácuo em um intervalo de tempo de 1/299.792.458 do segundo. O segundo, símbolo s, unidade SI de tempo, é a duração de 9.192.631.770 ciclos da radiação associada a uma transição Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 20 especificada do átomo de césio. O quilograma, símbolo kg, é a massa de um cilindro de platina/irídio mantido no International Bureau of Weights and Measures ( Comitê Internacional de Pesos e Medidas) em Sèvres na França. 2.1. Dimensões: conceitos básicos de medida (comprimento, tempo, massa, temperatura, etc.). 2.2. Unidades: meios de expressar as dimensões (pés, cm; s; lb, kg; K, oC, etc.). Porque a colocação de unidades é importante: (1) Diminui a possibilidade de uma inversão, por descuido, em alguma parte do cálculo; (2) Reduz cálculos intermediários e economiza tempo na resolução de problemas; (3) Permite uma abordagem lógica do problema, ao invés de memorização de uma fórmula; (4) Proporciona uma fácil interpretação do significado físico dos números que você usa. 2.3. Adição / Subtração / Igualdade de unidades Somar, subtrair e igualar grandezas apenas se as unidades forem as mesmas. Se não, deve-se transformar as unidades. 2.4. Multiplicação / Divisão É possível multiplicar e dividir unidades diferentes mas não se pode cancelá-las ou fundi-las a menos que sejam idênticas. Ex. Faça a seguinte adição: 1 cavalo-vapor + 300 Watts (mesmas dimensões: 1 cv = 746 Watts), então: 746 + 300 = 1046 Watts 2.5. Sistemas de Unidades Sistema Americano e Sistema Internacional (SI). 2.6. Conversão de Unidades e Fatores de Conversão Fatores de conversão são razões adimensionais que multiplicadas por um valor e sua unidade dão origem à resposta desejada. Exemplo. Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 21 Se um avião voa a uma velocidades duas vezes superior à do som (considera- se que a velocidade do som é 1100 ft/s), qual será a sua velocidade em milhas por hora? Resposta 1 mi = 5280 ft 1 h = 3600 s, então h mi h s ft mi s ftx 1500 1 3600 5280 111002 = Exemplo Transforme 400 in3/d em cm3/min Resposta 1 in = 2,54 cm 1 d = 1440 min, então min 56,4 min1440 1 1 54,2400 3 33 cmd in cm d in = 2.7. Consistência dimensional Existe um princípio básico segundo o qual as equações devem ter consistência dimensional (homogeneidade dimensional). O conceito pode ser ilustrado pela equação que representa o comportamento de um gás – equação de Van der Walls. ( ) RTnbV V a p =− + 2 , onde p é em atm e V em cm3. Analisando a equação, observa-se que a constante a deve ter as unidades de 2 volume pressão , para que a expressão no primeiro par de parênteses seja cosistente. Da mesma forma, b terá a mesma unidade de volume. Se T estiver em K, qual será a unidade de R (p = atm; V = cm3)? ( ) molK cmatm RmolKRcmatmmolKRcmcm cm cm atm atm . . ..... 3 333 6 6 =⇒=⇒=− + 2.8. Números adimensionais Grandezas podem ser agrupadas, tanto por teoria como baseada em experimentos, de modo que não tenham unidades. Tais conjuntos são chamados de grupos adimensionais ou sem dimensão. Um exemplo é o número de Reynolds que aparece em mecânica dos fluídos µ ρDv =Re , onde D é o diâmetro do tubo em cm; v é a velocidade do fluído em g/cm3; e µ é a Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 22 viscosidade, em poise, unidade que pode ser convertida em g/cm.s: ⇒= g scm cm g s cmcm . Re 3 adimensional. 2.9.Exercícios propostos: 1) Quantas lbmol de NaNO3 existem em 100 lb? 2) Uma lbmol de CH4 por minuto é alimentada num trocador de calor. A quanto isto corresponde em kg/s? 3) Um fluido de densidade igual a 0,08 lb/ft3 que escoa por uma tubulação de 3 in e a uma velocidade 6 ft/s, tem uma viscosidade igual a 0,015 cp (centipoise). Calcular o valor do número de Reynolds (NRe) e indicar se o regime de fluido é laminar ou turbulento? 4) a permeabilidade k par ao escoamento que atravessa um leito poroso de partículas empacotadas é definida como: = f gcD k p Re 32 2 onde Dp é o diâmetro da partícula, Re é o número de Reylnolds, f é adimensional (fator de atrito). Quais são as unidades de k no SI? 5) A unidade de condutividade térmica no Sistema americano de engenharia de unidades é: )/)()(( 2 ftFfthr BTU k ° = , Transforme isto em: )/)()(( 2 cmCmdia kJ ° 6) Calcular o valor do número de Prandtl (NPr) a partir dos seguintes dados. Cp = 0,47 Btu/lb °F, µ = 15 cp, k = 0,065 Btu/hr.ft2 (°F/ft) 7) Em 1916. Nusselt deduziu uma relação teórica para prever o coeficiente de transferência de calor entre um vapor saturado puro e uma superfície mais fria: 8) 4/123 943,0 ∆ = TL gk h µ λρ onde h = coeficiente de transferência de calor, BTU/(h)(ft2)(∆°F) k = condutividade térmica, BTU/(h)(ft) (∆°F) ρ = densidade , lb/ft3 g =aceleração da gravidade, 4,17 x 108 ft/(h)2λ = variação da entalpia, BTU/lb L = comprimento, ft µ = viscosidade, lbm/(h)(ft) ∆T = diferença de temperaturas, ∆°F Quais são as unidades da constante 0,943? Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 23 9) Calcular o valor do número de Schmidt (NSc) a partir dos seguintes dados. D = 1 ft2/hr, ρ = 0,08 lb/ft3, µ = 0,02 cp (centipoise) 10) A equação para a velocidade de uma corrente de fluido medida com um tubo Pitot é: ρ p v ∆ = 2 onde : v = velocidade ∆p = queda de pressão ρ = densidade do fluido. A equação tem consistência dimensional? Responda sim ou não e explique sua resposta. Se a queda de pressão for 15 mm Hg e a densidade do fluido 1,20 g/cm3, calcule a velocidade em ft/s. Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 24 Fatores de Conversão Densidade (M/L3) 1 g cm-3 = 1000 kg m-3 = 62.428 lbm ft-3 = 0.0361 lbm in-3 1 lbm ft-3 = 16.0185 kg m-3 Masa (M) e Força 1 lbm = 16 oz = 0.45359 kg = 453.593 g 1 kg = 1000g = 0.001 metric ton = 2.20462 lbm = 35.274 oz 1 N = 1 kg m s-2 = 105 dyne = 105 g cm s-2 = 0.22481 lbf 1 lbf = 4.448 N Comprimento (L) 1 m = 100 cm = 1000 mm = 106 µ m = 3.2808 ft = 39.37 in = 1.0936 yd 1 in = 2.54 cm = 25.40 mm = 0.0254 m = 0.0833 ft = 0.02778 yd 1Å = 10-10 m (not recommended) Potência , Torque e Energia 1 hp = 550 ft lbf s-1 = 745.70 W = 0.7457 kW = 0.7068 Btu s-1 1 W = 1 J s-1 = 0.23901 cal s-1 = 3.414 Btu h-1 = 1.341 (10-3) hp 1 Btu hr-1 = 0.2931 W = 0.2931 J s-1 1 N m = 1 J = 1 kg m2 s-2 = 107 dyne cm = 0.7376 ft lbf = 9.486 (10-4) Btu = 0.23901 cal 1 N m = 100 N cm = 141.61 in ozf = 8.85 in lbf 1 dina cm = 10-7 N m = 10-5 N cm 1 ft lbf = 1.35582 N m = 1.35582 J = 1.2851 (10-3) Btu Pressão 1 bar = 105 Pa = 14.5038 lbf in-2 = 0.987 atm = 10.2 m H2O = 33.48 ft H2O 1 Pa = 1 N m-2 = 10 dyne cm-2 = 9.8692 (10-6) atm = 7.5 (10-3) torr 1 lbf in-2 = 6894.8 Pa = 6.804 (10-2) atm = 6.895 kPa = 2.309 ft H2O = 2.0360 in. Hg 1 dina cm-2 = 0.10 Pa = 10-6 bar = 0.987 (10-6) atm 1 atm = 1.01325 (105) N m-2 = 101.325 kPa = 14.696 psi = 1.013 bar = 29.921 in Hg @ 0° C 1 atm = 760 mm Hg at 0°C = 33.90 ft H2O at 4°C = 1.01325 (10 6) dina cm-2 = 760 torr Calor Específico, Condutividade térmica e Coeficiente de convecção 1 Btu lbm-1 °F-1 = 4184 J kg-1 K-1 1 Btu ft-1 h-1 ° F-1 = 1.730 W m-1 K-1 1 Btu ft-2 h-1 ° F-1 = 5.678 W m-2 K-1 Temperatura TKelvin = TCelsius + 273.15 TKelvin = (TFahrenheit + 459.67) / 1.8 TFahrenheit = 1.8 TCelsius + 32 TCelsius = (TFahrenheit - 32) / 1.8 Viscosidade 1 P = 1 dyne s cm-2 = 0.1 Pa s = 100 cP = 100 mPa s 1 Pa s = 1000 cP = 10 P = 1 kg m-1 s-1 = 1 N s m-2 = 0.67197 lbm ft-1 s-1 1 cP = 1 mPa s = 0.001 Pa s = 0.01 P 1 lbm ft-1 s-1 = 1.4882 kg m-1 s-1 = 1488.2 cP viscosidade cinemática (cSt) = viscosity absoluta (cP) / density (g cm-3) 1 cSt = 0.000001 m2 s-1 = 1 mm2 s-1 = 5.58001 in2 hr-1 = 0.00155 in2 s-1 1 St = 100 cSt = 0.0001 m2 s-1 1 m2 s-1 = 10-5 cSt = 10.7639 ft2 s-1 Volume 1 m3 = 106 cm3 = 103 L (liter) = 264.17 gal (US) = 35.3145 ft3 = 219.97 gal (UK) 1 ft 3 = 0.028317 m3 = 7.4805 gal (US) = 28.317 L = 6.2288 gal(UK) 1 gal (US) = 128 oz = 4 qt = 3.7854 L = 3785.4 cm3 = 0.8327 gal (UK) = 0.003785 m3 Fundamentos de Engenharia de Alimentos – Abraham Giraldo Zuniga 25 = 0.13368 ft3 Notas calor latente de fusão da água a 0°C e 1 atm = 333.2 kJ/kg = 143.3 Btu/lbm REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 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