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Sedimento urinário Exame microscópico do sedimento urinário: · Finalidade: detectar e identificar a presença de materiais insolúveis na urina. · Urina recente: elementos organizados perdem estrutura normal, dificultando a identificação · Urina não recente: temos que adicionar uma substância conservadora, sendo formol ou ácido bórico ou tuluol e manter a urina em refrigeração. · Obtenção do sedimento: misturar a amostra da urina, colocar 10 a 15 ml de urina no tubo de fundo cônico e centrifugar 2000 rpm durante 5 minutos. · Após a formação do sedimento: descarta o líquido sobrenadante (deixando 0,5 a 1 ml), ressuspender o sedimento, transferir pequena porção para lâmina de vidro, recobrir com lamínula, levar a lâmina ao microscópico e verificar a composição geral do sedimento e dos elementos. · Resultados: seria a média dos campos examinados, então vamos contar hemácias, leucócitos, células epiteliais e cristais, para mostrar a quantidade colocamos como raro, poucos, muitos e agrupados. E depois relacionar os resultados com os achados físicos e bioquímicos para ter mais precisão dos resultados. · Corantes no sedimento: colocar antes da ressuspensão do sedimento da amostra, isso aumenta a visibilidade geral dos elementos. Composição do sedimento · Valores numéricos normais: 0 a 2 hemácias por campo de grande aumento; 0 a 5 leucócitos por campo de grande aumento; 0 a 2 cilindros hialinos por campo de pequeno aumento. · Observações: estresse ou exercício físico intenso, contaminação menstrual e presença de bactérias em combinação com leucócitos. · A) elementos não organizados: Elementos encontrados em urina acida: urato amorfo, cristais de oxalato de cálcio, cristais de ácido úrico e menos frequente de leucina, tirosina e Cristina. Elementos encontrados em urina alcalina: fosfato amorfo, cristais de fosfato amoníaco-magnesiano, cristais de fosfato de cálcio, cristais de carbonato de cálcio. · B) elementos organizados: a) Cilindros: hialinos, serosos, granulosos, gordurosos, contendo estruturas organizadas e cilindroides. b) Hemácias c) Piócitos d) Muco e) Bactérias f) Espermatozoides g) Estruturas diversas Elementos não organizados · Cristais: · Formação: precipitação de sais da urina submetidos a alterações no pH, temperatura ou na concentração, afetando sua solubilidade. · Indica alimentação ácida. · Cristais normais de urina ácida: Uratos: são constituídos por Uratos amorfos: parece Oxalato de cálcio: são ácido úrico. Chamamos de pó de tijolo. incolores, parece diamante cristais de ácido úrico · Cristais normais de urina alcalina: Fosfato triplo: é o mais comum Fosfato de cálcio Carbonato de cálcio: tem formato de esfera. Também temos o Biurato de amônio: tem formato de maça espinhenta. · Cristais anormais: Cistina: aspecto hexagonais, Tirosina: tipo bainhas de tem tendencia na formação agulhas finas. de cálculos renais. Também temos a Leucina: são esferas que contem circulos coencentricos com estriações radiais. Elementos organizados · Cilindros: · Unicos elementos exclusivamente renais encontrados no sedimento urinario · Formação: interior da luz do túbulo contornado distal e ducto coletor · Forma: lados paralelos e extremidades arredondadas · Principal componente: glicoproteina secretada pelas células tubulares, seria a proteina Tamm-Horsfall. · Resultado: número de cilindros pequeno aumentado (p/c) · Presença de cilindros urinarios, portanto cilindrúria · Condições: baixo pH urinario, grande concentração de solutos, baixa velocidade do fluxo urinario. · 1) hialinos: normal é 0-2 p/c; origem: secreção tubular da proteina de Tamm-Horsfall que se agrega às fibrilas proteicas. Clínico: glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica, exercício físico, estresse. · 2) Cerosos: origem estagio avançado do cilindro hialino; possui textura mais rigida e a falta de flexibilidade pode provocar fragmentação. Clínico: estase (lentidão) do fluxo urinário · 3) granulosos: origem: desistegração de cilindros celulares, ou com bacterias. Clínico: lentidão do fluxo urinário, infecção do trato urinário, estresse e exercício físico intenso · 4) gordurosos: origem: decomposição dos cilindros de células epiteliais que contêm corpos adiposos. Característica: altamente refringente e apresentam gotículas de gordura. · Cilindros com estruturas organizadas: · Cilindros epiteliais: origem: células tubulares permanecem ligadas às proteínas de Tamm-Horsfall. Indica lesão tubular Clínico: glomerulonefrite e pielonefrite · Cilindros hemáticos: origem: hemácias ligadas à matriz das das proteínas de Tamm-Horsfall. Indica sangramento proveniente do interior do néfron. .clínico: glomerulonefrite, exercício físico intenso, outras condições que ocorra lesão do glomérulo, túbulo ou capilares renais · Cilindros leucocitários: origem: leucócitos emaranhados ou ligados a matriz das proteínas de tamm-horsfall. Indica infecção ou inflamação no interior do néfron. clínico: pielonefrite, outras condições que causam inflamação do néfron. · Células epiteliais: Origem : tecidos de revestimento do sistema geniturinário. Temos três tipos de células: escamosas, transicionais e túbulos renais. · Hemácias: Hematúria: lesão da membrana glomerular, lesão vascular no trato geniturinário. Grande quantidade: glomerulonefrite, infecções agudas, reações tóxicas e imunológicas, doenças malignas e distúrbios circulatórios que rompem a integridade dos capilares renais. · Leucócitos: Valor normal: menos que 5 leucócitos por campo de grande aumento. Grande numero pode indicar piuria, pielonefrite, cistite, prostatite e uretrite. · Muco: é um material proteico produzido por glândulas e células epiteliais do trato geniturinário. Não há significado clínico, pode ser contaminação com material vaginal. · Bactérias: pode ser uma infecção ou coleta incorreta. · Espermatozoides: não tem significado clínico. · Estruturas diversas: Leveduras: provavelmente uma cândida Trichomonas vaginalis: contaminação com secreção vaginal
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