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ESAB - Universo Conceitual das Ciências Políticas

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MÓDULO DE: 
 
UNIVERSO CONCEITUAL DA CIÊNCIA POLÍTICA 
 
 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
Dr. Richard Ybars 
 
Dr. Carlos Cariacás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2014, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
 
 
Módulo de: História da Ciência Política 
 
Autoria: Richard Ybars e Carlos Cariacás 
 
 
Primeira edição: 2003 
 
 
 
1ª Revisão: 2005 
 
2ª Revisão: 2006 
 
3ª Revisão: 2007 
 
4ª. Revisão: 2010 
 
5ª Revisão: 2014 
 
 
Copyright © 2014, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
 
http://www.esab.edu.br 
 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
 
CEP: 29102-040 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2014, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
UNIDADE 1 ........................................................................................................................................................................ 5 
 
O que é Ciência Política .......................................................................................................................................... 5 
 
UNIDADE 2 ........................................................................................................................................................................ 9 
 
Nesta unidade, como introdução as próximas, abordaremos o que é o Estado. ........................ 9 
 
UNIDADE 3 ..................................................................................................................................................................... 14 
 
UNIDADE 4 ..................................................................................................................................................................... 17 
 
UNIDADE 5 ..................................................................................................................................................................... 22 
 
UNIDADE 6 ..................................................................................................................................................................... 26 
 
UNIDADE 7 ..................................................................................................................................................................... 27 
 
O Poder (I) ................................................................................................................................................................... 27 
 
UNIDADE 8 ..................................................................................................................................................................... 31 
 
O Poder (II) ................................................................................................................................................................. 31 
 
UNIDADE 9 ..................................................................................................................................................................... 32 
 
Ideologia e Poder na Sociedade (I)................................................................................................................. 32 
 
UNIDADE 10 ................................................................................................................................................................... 34 
 
ESTUDO DIRIGIDO (PARTE II): Ideologia e Poder na Sociedade Capitalista ......................... 34 
 
UNIDADE 11 ................................................................................................................................................................... 35 
 
O poder popular como afirmação do Estado democrático (I) ............................................................. 35 
 
UNIDADE 12 ................................................................................................................................................................... 37 
 
UNIDADE 13 ................................................................................................................................................................... 38 
 
UNIDADE 14 ................................................................................................................................................................... 41 
 
UNIDADE 15 ................................................................................................................................................................... 42 
 
UNIDADE 16 ................................................................................................................................................................... 45 
 
UNIDADE 17 ................................................................................................................................................................... 48 
 
 
3 
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UNIDADE 18 ................................................................................................................................................................... 52 
 
UNIDADE 19 ................................................................................................................................................................... 55 
 
A Subordinação do Poder Político ao Poder Econômico (I) ............................................................... 55 
 
UNIDADE 20 ................................................................................................................................................................... 57 
 
UNIDADE 21 ................................................................................................................................................................... 59 
 
Introdução às Teorias ............................................................................................................................................ 59 
 
UNIDADE 22 ................................................................................................................................................................... 63 
 
Modelos Analíticos da Ciência Política: trabalhando com a Teoria das Configurações. ...... 63 
 
UNIDADE 23 ................................................................................................................................................................... 67 
 
A Competição Primária: um modelo de competição sem regras. .................................................... 67 
 
UNIDADE 24 ................................................................................................................................................................... 74 
 
Jogos de muitas pessoas a um só nível ....................................................................................................... 74 
 
UNIDADE 25 ................................................................................................................................................................... 82 
 
Modelos de Jogo em Dois Níveis: tipo democrático crescentemente simplificado .................. 82 
 
UNIDADE 26 ................................................................................................................................................................... 86 
 
Comentários Analíticos Adicionais (I) ............................................................................................................ 86 
 
UNIDADE 27 ...................................................................................................................................................................90 
 
Comentários Analíticos Adicionais(II) ............................................................................................................ 90 
 
UNIDADE 28 ................................................................................................................................................................ 100 
 
Modelos Analíticos da Ciência Política: trabalhando com a Teoria da Escolha Racional (II) 
100 
 
UNIDADE 29 ................................................................................................................................................................ 108 
 
Modelos Analíticos da Ciência Política: trabalhando com a Teoria da Escolha Racional (IV) 
108 
 
UNIDADE 30 ................................................................................................................................................................ 112 
 
A Teoria da Escolha Racional e as Instituições Políticas .................................................................. 112 
 
GLOSSÁRIO ............................................................................................................................................................... 117 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
 
 
 
UNIDADE 1 
 
Objetivo: Entender o conceito de ciência política e diferenciar ciência política de filosofia 
política e a história política 
 
 
O que é Ciência Política 
 
 
O site Wikipedia http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_pol%C3%ADtica (Uma 
observação se faz necessária: mudamos o conteúdo do português de Portugal para o 
português do Brasil), apresenta alguns conceitos de ciência política que são de extrema valia 
para a compreensão do universo conceitual e que, nas unidades de estudo que seguem, nos 
debruçaremos de modo especial. 
 
Começa a exposição dizendo ser a Ciência Política 
 
... um conceito operacional e possível, difícil de definir, porque existem várias definições 
para ela. A onipresença virtual da política nos fatos ou a sua politização pode depender, 
da correlação entre as forças políticas e ainda de acontecimentos que tenham maior ou 
menor impacto na opinião pública. Também o contexto internacional pode contribuir 
para a politização de um determinado fato (*). 
 
De modo geral a Wikipedia lança um Conceito Operacional de Ciência Política. No qual a 
define como uma: “Disciplina social e autônoma que engloba atividades de observação, de 
análise, de descrição, comparação, de sistematização e de explicação dos fenômenos 
políticos (*)”. 
 
Deste modo diz ser a ciência política a ciência do Estado porque: 
 
Já desde a Antiga Grécia que a ação política desenvolvida na Pólis (cidade) se 
encontrava estreitamente ligada ao Estado. Mais tarde, também Prélot veio reafirmar esta 
idéia clássica de que a ciência política estava ligada e que se centrava no Estado. Esta 
posição assumida por Prélot foi criticada pelos seus colegas por considerarem o Estado 
 
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5 
 
 
 
uma parcela redutora de tudo aquilo que a ciência política estuda. No entanto, e em sua 
defesa, Prélot defende que o Estado tem de ser visto de uma forma mais profunda, daí 
que chamasse a atenção para os fenômenos que dele decorriam (interestatais; supra-
estatais; infra-estatais; e para-estatais). A crítica, no entanto, manteve-se, por 
considerarem que era uma idéia desatualizada, uma vez que apenas considera o Estado 
enquanto Soberano(*). 
 
 
 
Intitula Ciência Política como a Ciência do Poder devido “As modalidades de exercício do 
poder, a concentração de poder, interessam à ciência política desde que sejam fontes de 
poder. A manifestação de poder define-se pela capacidade de obrigar outros a aceitar ou 
adotar um determinado comportamento(*).” 
 
Deste modo a Ciência Política é a Ciência do Poder Político porque “Estuda o poder 
gerado numa sociedade politicamente organizado e estruturado, quando exercido como 
coação”. 
 
Em suma a Ciência Política é a ciência dos Sistemas Políticos pois: 
 
Estuda o conjunto de interações através da qual se processa a distribuição autoritária de 
valores numa determinada sociedade. Ciência Política: Surge, então, como o estudo das 
maneiras complexas e variáveis como os diversos sistemas procedem ao 
estabelecimento imperativo dos valores Objeto de estudo da Ciência Política: A ciência 
política estuda o Estado e as suas relações com os grupos humanos, estuda, ainda, os 
agentes políticos internos que lutam pela conquista, aquisição e pelo exercício do poder, 
ou pelo menos de influencia-lo, visando a satisfação dos seus interesses. Estuda, 
também, os agentes políticos internacionais que influenciam ou tentam influenciar o 
comportamento dos órgãos que no quadro de uma sociedade nacional exercem o poder 
político máximo. Utilidade da Ciência Política: A utilidade da ciência política, baseia-se na 
existência de uma disciplina que consiga sistematizar os processos, movimentos e 
instituições políticas, isto é, os fenômenos políticos. Ajuda através dos seus instrumentos 
analíticos e teorias a uma melhor compreensão dos sistemas políticos, o que vai 
proporcionar um melhor conhecimento e aperfeiçoamento dos sistemas políticos, e que 
 
 
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6 
 
 
 
vai permitir aos cidadãos mais esclarecidos intervir na legitimação do poder e participar de 
 
forma ativa na vida política dos Estados (*). 
 
Ora, os referidos campos do pensar a política têm elementos epistemológicos distintos que 
merecem serem contemplados e valorizados, e assim, para melhor entender as divergências 
e as contribuições destas áreas se faz necessário explicar o que é filosofia política e história 
política. 
 
No entanto, muita atenção! Ciência política não é a mesma coisa que Filosofia política. 
 
Entendemos Filosofia Política como o campo da investigação filosófica que se ocupa das 
relações humanas consideradas em seu sentido coletivo. 
 
 
 
O tema por excelência da Filosofia Política antiga é o bem comum (Aristóteles), 
representado pelo homem político, compreendido como o cidadão habitante da pólis, o 
homem politikós que opinando e reunindo-se livremente na ágora, junto a seus pares, 
discute e delibera acerca das leis e das estruturas da sociedade. O homem político teria 
o seu espaço de atuação privilegiada na esfera pública, no átrio, no senado, em oposição 
à esfera privada dos indivíduos, representada pela casa, pelo lar, pelos negócios 
domésticos. 
 
Desta concepção, a Filosofia Política e os pensadores vão tematizar as questões da 
legitimação e justificação do Estado e de governo. Os limites e a organização do Estado 
(Montesquieu) e do indivíduo (Locke). A questão da distribuição da riqueza (Marx), a 
questão do poder (Foucault), os grandes temas da moral tangendo a Filosofia do 
Direito (Hegel, Kant) e as questões e os problemas colocados sob a reflexão da idéia 
de justiça (John Rawls, Habermas) (*). 
 
 
 
Observe abaixo um típico texto de História Política e observe os aspectos em negrito 
encontrados no quadro acima contidos no relato expositivo: 
 
 
 
 
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7 
 
 
 
A política surge na Grécia clássica, período da história humana no qual o pensar mítico 
é fagocitado pelo pensar racional. Vários foram os fatores que deram origem à política. O 
surgimento da pólis (cidade-estado) é o elemento norteador para que a política fosse 
criando suas bases no mundo grego, e assim, nas cidades, nascesse a grande 
preocupação em como administrar bem a pólis(*). 
 
 
 
In (*) http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_pol%C3%ADtica 
 
O vídeo abaixo é uma abordagem de um licenciado em ciência política. Solicito que assista e 
veja o que está por traz da disposição de estudartal área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.youtube.com/watch?v=0E-jFth1bEs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
 
 
 
UNIDADE 2 
 
Objetivos: Entender o que vem a ser o Estado, como o Estado surgiu; O Estado e o Bem 
Comum. 
 
 
Nesta unidade, como introdução as próximas, abordaremos o que é o Estado. 
 
 
 
 
De modo geral: 
 
Estado é uma instituição organizada política, social e juridicamente, ocupando um 
território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida 
por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. 
Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território". 
O Estado é responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o monopólio 
legítimo do uso da força (coerção, especialmente a legal) (Wikipédia). 
 
Mas várias sáo as definições e os estudos sobre a formação do Estado. Até a unidade cinco 
você lerá acerca de duas concepções de estado. Preste bem atenção pois estas são as 
orientações para os respectivos exercícios inerente a estes textos. 
 
Então, na uinidade 02 e 03 você lerá a concepção de Lênin sobre o Estado. E na 04 e 05 
você estudará a concepção de Bakunin. Nas unidades 02 e 04 há pequenos vídeos sobre 
cada uma das correntes a que estes autores citados estão inseridos. Sugiro que assista-os. 
É de suma importãncia este contato para contextualizá-lo no assunto em questão. Após cada 
leitura (unidades 03 e 05) haverá um questionário destinado ao entendimento do texto. E, por 
fim, na unidade 06 haverá um exercício comparativo entre estas duas concepções acerca do 
Estado. Desejo-lhe firmeza de espírito no estudo. 
 
Lembre-se que os textos nos o dividimos para facilitar que você entenda melhor as 
respectivas estruturas textuais. 
 
 
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Partamos para o estudo de Lênin, para isto assista os vídeos abaixo sobre o Marxismo (que 
está em espanhol, mas é de fácil entendimento). 
 
 
 
 
 
VÍDEO 
 
1) http://www.youtube.com/watch?v=aAEC0I6IZjE&feature=related 
 
2) http://www.youtube.com/watch?v=snGCxciuhiQ&feature=related 
 
 
 
 
 
 
 
Lênin, da conjuntura da antiga URSS nos apresenta em uma exposição pronunciada na 
 
Universidade de Sverdlov (em 11 de julho de 1919) , o que é o Estado e como ele surgiu. 
Trabalharemos este texto dividindo-o de maneira didática pra facilitar o seu estudo. 
 
O título da exposição é O Estado (LENINE, O Estado. In.: 
http://www.marxists.org/portugues/lenin/1919/07/11_ga.htm) . Que começa dizendo: 
 
“Todos os dias, por um motivo ou outro, tornaram vocês à pergunta: o que é o 
estado, qual a sua natureza, a sua significação e qual a atitude do nosso 
partido, o partido que luta pela derrubada do capitalismo, o partido comunista, 
qual é a sua atitude no que diz respeito ao Estado? E o mais importante é que, 
como resultado das leituras que realizem como resultado das falas e 
 
conferências que escutem sobre o Estado, adquiriram a capacidade de focar este problema 
por si próprios, já que o defrontaram com os mais diversos motivos, em relação com as 
questões triviais, nos contextos mais inesperados, e em discussões e debates com 
adversários. E só quando aprenderem a se orientar por si próprios neste problema é que 
poderão considerar-se firmes nas suas convicções e capazes para as defenderem com 
sucesso contra qualquer e em qualquer momento. 
 
 
 
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10 
 
 
 
Depois destas breves considerações, passarei a tratar o problema em si; o que é o Estado, 
como surgiu e, nomeadamente, qual deve ser a atitude no que atinge ao Estado desde o 
partido da classe operária, que luta pelo total derrocamento do capitalismo, o partido dos 
comunistas. 
 
Já tenho dito que dificilmente se encontrará outro problema em que deliberada e 
inconscientemente, tenham semeado tantas confusões os representantes da ciência, a 
filosofia, a jurisprudência, a economia política e o jornalismo burguês como no problema do 
Estado. Ainda hoje é confundido muito amiúde com problemas religiosos; não só pelos 
representantes de doutrinas religiosas (é completamente natural esperá-lo entre eles), mas 
mesmo pessoas que se consideram livres de preconceitos religiosos confundem muito 
amiúde a questão específica do Estado com problemas religiosos e tentam elaborar uma 
doutrina - não raro complexa, com uma focagem e uma argumentação ideológicos e 
filosóficos — que defende que o Estado é qualquer cousa divina, sobrenatural, certa força, 
em virtude da qual tem vivido a humanidade, que confere, ou pode conferir aos homens, ou 
que contém em si qualquer cousa que não é própria do homem, mas dada de fora: uma força 
de origem divina. E cumpre dizer que esta doutrina está tão estreitamente ligada aos 
interesses das classes exploradoras – dos terratenentes e os capitalistas —, e serve também 
aos seus interesses, que impregnou também, profundamente, todos os costumes, as 
concepções, a ciência dos senhores representantes da burguesia, que toparam vocês 
vestígios dela a cada passo, mesmo na concepção do Estado que tenham os mencheviques 
e eseristas, que rejeitam a idéia de que se acham sob o influxo de preconceitos religiosos e 
estão convencidos de poderem considerar o Estado com serenidade. 
 
Este problema tem sido tão ensarilhado e complicado porque atinge mais do que outro 
qualquer (cedendo lugar nisto só aos fundamentos da ciência econômica) os interesses das 
classes dominantes. A teoria do Estado serve para justificar os privilégios sociais, a 
existência da exploração, a existência do capitalismo, razão pela qual seria o maior dos erros 
esperar imparcialidade neste problema, abordá-lo na crença de que quem julga são 
cientistas e possam brindar a vocês com uma concepção puramente científica do assunto. 
Quando se está familiarizado com o problema do Estado, com a doutrina do Estado e com a 
 
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11 
 
 
 
teoria do Estado, e o tenha aprofundado suficientemente, descobrirão sempre, a luta entre 
classes diferentes, uma luta que se reflete ou se exprime num conflito entre concepções 
sobre o Estado na apreciação do papel e da significação do Estado.” 
 
Para abordarmos este problema do jeito mais científico, cumpre dar, pelo menos, uma rápida 
olhadela na história do Estado, ao seu surgimento e evolução. Com certeza, quando se trata 
de um problema de ciência social, e o mais necessário para adquirir realmente o hábito de 
focar este problema em forma correta, sem perder-nos num cúmulo de detalhes ou numa 
imensa variedade de opiniões contraditórias; o mais importante, para abordar o problema 
cientificamente, é não esquecer o nexo histórico fundamental, analisar cada problema do 
ponto de vista de como é que surgiu na história o fenômeno dado e quais foram as principais 
etapas do seu desenvolvimento e, do ponto de vista do seu desenvolvimento, examinar em 
que se tem tornado hoje. 
 
Estudando este problema do Estado, se há de familiarizar com a obra de Engels “A origem 
da família, a propriedade privada e o Estado”. Trata-se de uma das obras fundamentais 
do socialismo moderno, cada uma de cujas frases podem aceitar-se com plena confiança, na 
segurança de que não foi escrita à toa, senão que se baseia numa abundante documentação 
histórica e política. Sem dúvida, não todas as partes desta obra estão expostas em forma 
igualmente acessível e compreensível; algumas delas supõem um leitor que já possui uns 
conhecimentos de história e de economia. Mas volto a repetir que não devem preocupar-se 
com que ao lerem essa obra não a entendam imediatamente. Isto acontece a quase todoo 
mundo. Mas relendo-a mais tarde, quando estiverem interessados no problema, conseguirão 
percebê-la na sua maior parte, se não na sua totalidade. Cito este livro de Engels porque 
nele se faz uma focagem correta do problema no senso mencionado. Começa com um 
bosquejo histórico das origens do Estado. 
 
Para tratar devidamente este problema, o mesmo que outro qualquer – por exemplo, o das 
origens do capitalismo, a exploração do homem pelo homem, o do socialismo, como surgiu o 
socialismo, que condições o engendraram -, quaisquer destes problemas só pode ser focado 
com segurança e confiança se dá uma olhadela à história do seu desenvolvimento em 
conjunto. 
 
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Relativamente, a este problema cumpre ter presente, antes de mais, que nem sempre existiu 
o Estado. Houve um tempo em que não havia Estado. Este ocorre no lugar e no momento 
em que surge a divisão da sociedade em classes, quando ocorrem os exploradores e os 
explorados. 
 
Antes de surgir a primeira forma de exploração do homem pelo homem, a primeira forma da 
divisão em classes – proprietários de escravos e escravos—, existia a família patriarcal ou, 
como por vezes é chamada, a família do clã (clã: gens; naquela altura viviam juntas as 
pessoas de uma mesma linhagem ou origem). Na vida de muitos povos primitivos subsistem 
pegadas muitas definidas daqueles tempos primitivos, e se consultar qualquer obra sobre a 
cultura primitiva, se encontram descrição, indicações e reminiscências mais ou menos 
precisas do fato de que houve uma época mais ou menos similar a um comunismo primitivo, 
em que ainda não existia a divisão da sociedade em escravistas e escravos. Nessa altura 
não havia Estado, não havia aparelho especial nenhum para o emprego sistemático da força 
e o submetimento do povo pela força. Esse aparelho é o que se chama Estado. 
 
Na sociedade primitiva, quando a gente vivia em pequenos grupos familiares e ainda se 
achava nas etapas mais baixas do desenvolvimento, em condições próximas da selvageria – 
época separada por vários milhares de anos da moderna sociedade humana civilizada -, não 
se observam ainda indícios da existência do Estado. Achamos o predomínio do costume, a 
autoridade, o respeito, o poder de que gozavam os anciãos do clã; achamos que por vezes 
este poder era reconhecido às mulheres – a posição das mulheres, daquela, não tinha 
parecido com a de opressão e falta de direitos das mulheres de hoje -, mas em nenhuma 
parte achamos uma categoria especial de indivíduos diferenciados que governem os outros e 
que, com o fim de governarem, disponham sistemática e permanentemente de certo 
aparelho de coerção, de um aparelho de violência, tal como o que representam atualmente, 
como todos sabem, os grupos especiais de homens armados, os cárceres e demais meios 
para submeter pela força a vontade dos outros, todo o que constitui a essência do Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 3 
 
Objetivos: Entender o que vem a ser o Estado, como o Estado surgiu; O Estado e o Bem 
Comum. 
 
[Continuando...] 
 
Se deixarmos de parte as chamadas doutrinas religiosas, as sutilezas, os argumentos 
filosóficos e as diversas opiniões erigidas pelos eruditos burgueses, e procurarmos atingir a 
verdadeira essência do assunto, veremos que na realidade o Estado é um aparelho de 
governo, separado da sociedade humana. Quando ocorre um grupo especial de homens 
desta classe, dedicados exclusivamente a governarem e que para governarem precisam de 
um aparelho especial de coerção para submeterem a vontade de outros pela força – 
cárceres, grupos especiais de homens, exércitos, etc., é quando ocorre o Estado. 
 
Mas houve um tempo em que não existia o Estado, em que os vínculos gerais, a sociedade 
mesma, a disciplina e organização do trabalho se mantinham pela força do costume e a 
tradição, pela autoridade e respeito de que gozavam os anciãos do clã ou as mulheres – 
naquela altura não só gozavam de uma posição social igual à dos homens, senão mesmo, 
não raro, gozavam até de uma posição social superior -, e em que não havia uma categoria 
especial de pessoas que se especializassem em governar. 
 
A história demonstra que o Estado, como aparelho especial para a coerção dos homens, 
surge apenas onde e quando ocorre a divisão da sociedade em classes, quer dizer, a divisão 
em grupos de pessoas, algumas das quais se apropriam permanentemente do trabalho 
alheio, onde uns exploram os outros. 
 
E esta divisão da sociedade em classes, através da história, é o que devemos ter sempre 
presente com toda claridade, como um fato fundamental. O desenvolvimento de todas as 
sociedades humanas ao longo de milhares de anos, em todos os países sem exceção, 
revela-nos uma sujeição geral às leis, uma regularidade e conseqüência; de jeito que temos, 
 
 
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primeiro, uma sociedade sem classes, a sociedade originária, patriarcal, primitiva, em que 
não existiam aristocratas; a seguir uma sociedade baseada na escravatura, uma sociedade 
escravista. Toda a Europa moderna e civilizada passou por essa etapa: a escravatura reinou 
soberana há dois mil anos. Por essa etapa passou também a grande maioria dos povos de 
outros lugares do mundo. Ainda hoje se conservam rastos da escravatura entre os povos 
menos desenvolvidos; na África, por exemplo, persiste ainda na atualidade a instituições da 
escravatura. 
 
A divisão em proprietários de escravos e escravos foi a primeira divisão importante. O 
primeiro grupo não só possuía todos os meios de produção – a terra e as ferramentas, por 
muito primitivas que fossem na altura -, senão que tinham também os homens. Este grupo 
era conhecido como dos proprietários de escravos, enquanto os que trabalhavam e 
subministravam o trabalho a outros eram conhecidos como escravos. 
 
Esta forma foi seguida na história por outra: o feudalismo. Na grande maioria dos países, a 
escravatura, no decurso do seu desenvolvimento, evoluiu para a servidão. A divisão 
fundamental da sociedade era: os proprietários de servos, e os camponeses servos. Mudou 
a forma dos relacionamentos entre os homens. Os possuidores de escravos consideravam 
os escravos como a sua propriedade; a lei confirmava este conceito e considerava o escravo 
como um objeto que pertencia integralmente ao proprietário de escravos. No que, ao 
camponês servo de respeito, subsistia a opressão de classe e a dependência, mas se não 
julgava que os camponeses fossem um objeto de propriedade do proprietário de servos; este 
apenas tinha direito a apossar-se do seu trabalho, a obrigá-los a executarem certos serviços. 
 
Na prática, como se sabe a servidão, nomeadamente na Rússia, onde subsistiu mais tempo 
e revestiu das formas mais brutais, não se diferenciava em nada da escravatura. Mais tarde, 
com o desenvolvimento do comércio, o aparecimento do mercado mundial e o 
desenvolvimento da circulação monetária, dentro da sociedade feudal surgiu uma nova 
classe, a classe capitalista. Da mercadoria, a troca de mercadorias e o aparecimento do 
poder do dinheiro, surgiu o poder do capital. Durante o século XVIII, ou por melhor dizer, 
desde os fins do século XVIII e durante o século XIX, explodiram revoluções em todo o 
mundo. O feudalismo foi abolido em todos os países da Europa Ocidental. A Rússia foi o 
 
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derradeiro país onde isto aconteceu. Em 1861, produziu-se também na Rússia uma 
mudança radical, como conseqüência disso, uma forma de sociedade foi substituída por 
outra: o feudalismo foi substituído pelo capitalismo, sob o qual continuou a existir a divisão 
em classes, bem como diversas pegadas e sobrevivências do regime de servidão, mas 
fundamentalmente adivisão em classes assumiu uma forma diferente. 
 
Os donos do capital, os donos da terra e os donos das fábricas constituíam e continua a 
constituir, em todos os países capitalistas, uma insignificante minoria da população, que 
governa totalmente o trabalho de todo o povo e, portanto, governa, oprime e explora toda a 
massa de trabalhadores, a maioria dos quais são proletários, trabalhadores assalariados, 
que ganham a vida no processo de produção, só a vender a sua mão-de-obra, a sua força de 
trabalho. 
 
(LENINE, O Estado. In.: http://www.marxists.org/portugues/lenin/1919/07/11_ga.htm) 
 
 
 
 
 
 
 
Resuma em três argumentos a seqüência lógica da exposição de Lênin 
sobre o Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 4 
 
Objetivo: a concepção de Estado em Bakunin 
 
 
 
 
 
Conforme combinado, solicito que assista o vídeo abaixo que expõe – com base textual- o 
que vem a ser o anarquismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÍDEO 
 
http://www.youtube.com/watch?v=fSvHrWsuS1Y&feature=related 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Sobre o Anarquismo lendo: 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Bakunin 
 
http://www.anarkismo.net/article/3033 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17 
 
 
 
Mikail Bakunin pensa o Estado de modo muito diverso de Lênin. Leia com atenção o texto 
abaixo, de Bakunin, que tratará basicamente os mesmos tópicos que Lênin. No entanto, com 
um olhar deveras diferente. O texto é intitulado O Estado: Alienação e Natureza e foi 
elaborado por Mikhail Bakunin (1814 – 1876) e se encontra no site 
http://www.culturabrasil.pro.br/bakunin1.htm 
 
“Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta 
questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa 
maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta 
minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com 
certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou 
representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o 
 
mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e 
suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a Natureza Humana”. 
 
O autor começa por definir o Estado: 
 
O Estado, como já disse, é, pelo seu próprio princípio: um imenso cemitério onde vêm 
sacrificar-se, morrer e enterrar-se todas as manifestações da vida individual e local, todos 
os interesses parciais de cujo conjunto deriva a sociedade. É o altar onde a liberdade real 
e o bem-estar dos povos são imolados à grandeza política e quanto mais esta imolação é 
completa, tanto mais o Estado é perfeito. 
 
Na seqüência apresenta a sua convicção que procura suplantar a convicção acerca do que 
era o Estado tido por excelência em seu tempo: 
 
Há a convicção de que o Estado cem por cento por excelência, sem retórica, sem frases, 
e, por isso, o mais perfeito Estado da Europa, é o Império Russo. Todos os Estados 
onde os povos podem ainda respirar são, do ponto de vista de ideal do Estado, 
incompletos, como são todas as Igrejas em comparação com a Igreja Católica. 
 
Sem pudores afirma: 
 
O Estado é uma abstração devoradora da vida popular, disse já eu; mas para que uma 
abstração possa nascer desenvolver-se e continuar a existir no mundo real, é preciso que 
 
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Journey
Realce
 
 
 
haja um "corpo" coletivo real que esteja interessado na sua existência. Este, não pode ser 
constituído pelas massas populares, dado que são elas exatamente suas vítimas; tal 
corpo deverá ser constituído, isto sim, por pessoas privilegiadas, o corpo sacerdotal do 
Estado, a classe que possui e governa que é, no Estado, o que são os sacerdotes e os 
padres da religião na Igreja. 
 
E continua apresentando os donos do Estado: 
 
Com efeito, o que vemos em toda a história? O Estado foi sempre patrimônio de qualquer 
classe privilegiada: classe sacerdotal, nobiliárquica, classe burguesa - classe burocrática 
finalmente - quando todas as outras se esgotaram a si próprias como classes 
privilegiadas. O Estado ergue-se ou cai quase como uma máquina, mas o fundamental é 
que, para sua salvação e existência, haja sempre qualquer classe social privilegiada que 
se interesse pela existência e é precisamente o interesse desta classe privilegiada que se 
costuma chamar de “patriotismo. 
 
Denuncia o jogo dos interesses: 
 
É evidente, que todos os interesses pessoais e "pretendidos" do conjunto social que o 
Estado está "encarregado" de representar não são, na verdade, mais do que a negação, 
geral e permanente, dos reais interesses positivos das regiões, das comunas, das 
associações que, por serem grandes conjuntos humanos subordinados ao Estado, lhe 
conferem a categoria abstrata na aparência fictícia da justiça, dado que o Estado é de 
fato, um gigantesco cemitério onde, à sombra e tomando como pretexto justamente esta 
abstração, todas as melhores aspirações e todas as forças vivas dos países são imoladas 
e enxovalhadas. E, como as abstrações não existem nem nelas próprias nem para 
outrem, mas apenas e só para elas, visto que não tem nem mãos para criar, nem pés 
para caminhar, nem estômago para digerir esta massa de vítimas que vêm junto dela para 
se fazerem devorar, é claro que, do mesmo modo que a abstração religiosa e celestial de 
Deus representa, na realidade, os interesses muito positivos e reais do clero que é 
também o complemento terrestre de Deus, do mesmo modo também a abstração política 
do Estado representa os interesses não menos positivos e reais da burguesia que é agora 
a principal, se não a única classe exploradora... 
 
 
 
 
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Journey
Realce
 
 
 
Aborda de modo lúcido e tenaz a propriedade e a grandeza do Estado: “A propriedade do 
Estado é a miséria da nação real, do povo; a grandeza e o poderio do Estado resultam da 
escravidão do povo.” 
 
 
 
Deste modo conclusivo: “O povo é, de resto, o inimigo natural e legítimo do estado; e como 
ele se submete o que, aliás, acontece muitas vezes, às autoridades, todo o "poder" se lhe 
torna odioso”. 
 
 
 
Enfim, o que não é o Estado? 
 
O Estado não é Pátria: é a abstração, a ficção metafísica, jurídica, mística e política da 
Pátria. As massas populares de todos os países amam, profundamente, a sua pátria, 
mas este amor é natural, real. O patriotismo do povo não é uma idéia, mas um fato; o 
patriotismo político, o amor ao Estado, não é a expressão concreta e adequada deste 
fato, mas a sua expressão desnaturada por intermédio de uma abstração da qual é de 
desconfiar e sempre em proveito de uma minoria exploradora. 
 
A Pátria, a nacionalidade como individualidade é um fato natural e nacional, fisiológico e 
histórico simultaneamente e, por isso, não é um princípio abstrato e idealizado; não se 
pode chamar um princípio humano senão àquilo que é universal e, portanto, comum a 
todos os homens, mas, neste caso, a nacionalidade separa-os: a pátria não é, portanto 
um princípio. O que é princípio é sim, por outro lado, o respeito que cada um deve ter 
pelos naturais, reais ou sociais; ora a nacionalidade, é um destes fatos, por ser 
individualidade e nós devemos respeitá-la. Violá-la é criminoso e, para falar a 
linguagem de Mazinni, ela torna-se um princípio sagrado de cada vez que é violada ou 
ameaçada e é por isto que me sinto, francamente e sempre, o patriota entre os 
patriotas oprimidos. 
 
A Pátria representa o direito incontestável e sagrado de todos os homens, de todo o grupo 
humano, associações, comunas,regiões, nações, etc., de sentir, pensar, de querer e 
de agir à sua maneira e esta maneira é, sempre, o resultado incontestável de um longo 
 
 
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desenvolvimento histórico. Inclinamo-nos, assim, perante a tradição e perante a 
 
história (...) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 5 
 
Objetivo: a concepção de Estado em Bakunin 
 
 
[continuação...] 
 
 
 
 
Por fiim, assinala Bakunin: 
 
“Que é, portanto o Estado? 
 
1) “É, respondem-nos os metafísicos e doutores em direito, a coisa pública; os interesses, o 
bem coletivo e o direito de toda a gente, opostos, jurídica e politicamente, ação dissolvente 
dos interesses e das paixões egoístas de cada um. É a justiça e a realização da moral e da 
virtude sobre a terra e, por conseqüência, não há ato mais sublime nem maior dever para os 
indivíduos do que devotarem-se, sacrificarem-se e mesmo morrer pelo triunfo e poderio de 
Estado. Eis em poucas palavras a Teologia do estado”. 
 
2) “Vejamos agora se esta Teologia política, do mesmo modo que a religiosa, não 
esconde, sob as suas belas e muitas políticas aparências, muito comuns e muito 
"lamacentas" paixões e interesses. Vimos atrás o que chamamos de teologia política do 
Estado. Analisamos primeiramente a própria idéia de Estado tal como ela é apresentada 
por seus teóricos e defensores. É o sacrifício da liberdade natural e dos interesses de 
cada um, quer dos indivíduos quer ainda das unidades coletivas comparativamente 
pequenas (comunas, associações e províncias) aos interesses e à libertação de toda a 
gente, à propriedade do grande conjunto de toda a sociedade. 
 
Mas esta "toda a gente" e este "grande conjunto" o que são na realidade? É a 
aglomeração de todos os indivíduos e de todas as coletividades mais restritas que a 
compõe. Mas desde o instante em que, para formar esse "grande conjunto" e para 
coordenar aí os interesses individuais e locais, para sacrificá-los, então, desde este 
instante, de que se trata? Já não é o conjunto vivo que ao deixar "respirar" cada um à sua 
vontade, e se torna, por essa via, mais fecundo, mais livre e poderoso quanto mais se 
 
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desenvolvem no seu seio a plena liberdade e prosperidade de cada um; já não é a 
sociedade humana natural, que confirma e aumenta a vida de cada um pela vida de 
todos, é, pelo contrário, a imolação de cada indivíduo como de todas as formas 
associativas locais, à abstração destrutiva da sociedade viva, a limitação ou, para melhor 
dizer, a completa negação da vida e dos direitos de todas as partes que constituem esse 
"toda a gente" para que se realize o apregoado bem de todo o mundo; isso é o Estado, é 
o altar da religião política sobre a qual é imolada, sempre, a sociedade natural... “ 
 
3) “O Estado é o irmão mais novo da Igreja. Não podemos encontrar outra razão, para a 
sua existência como abstração, do que partir da idéia metafísica ou teológica. Sendo pela 
sua própria natureza oposto a justiça humana, devemos buscar-lhe a sua "justificação" na 
ficção metafísica ou teológica da justiça divina. O mundo antigo ignorava, por completo, o 
conceito de nação ou de sociedade e o mundo moderno foi sujeitado e absorvido pelo 
Estado e, cada Estado, passou a fazer derivar a sua origem e o seu direito especial a 
existência e à dominação, de qualquer Deus ou de qualquer sistema de deuses que fosse 
o seu protetor exclusivo. No mundo antigo, o homem, enquanto indivíduo era 
desconhecido; a verdadeira idéia de humanidade era desconhecida. Não havia mais do 
que cidadãos e, é por isto, que nesta civilização escravagista a escravatura era um 
fenômeno natural e a base necessária ao gozo pleno da cidadania. Quando o cristianismo 
destruiu o politeísmo e proclamou o Deus único, os Estados tiveram que recorrer aos 
santos do paraíso cristão e cada Estado católico teve um ou vários santos como patrono 
que deveriam ser os seus defensores e intercessores junto ao senhor, que, nesta ocasião, 
devia ter-se encontrado, sem dúvida perante uma situação embaraçosa. Por outro lado, 
cada Estado tem ainda necessidade de declarar que o Senhor, o protege muito 
particularmente”. 
 
4) “A metafísica e a ciência política que só aparentemente repousam sobre a metafísica, 
mas na realidade obre os interesses das classes possuidoras, querem igualmente dar à 
existência do Estado uma base racional. Elas recomeçam a ficção de um acordo ou um 
contrato geral do povo pretensamente representado pelo Estado. Segundo os democratas 
jacobinos, o Estado tem por tarefa tornar possível o triunfo dos interesses gerais e 
coletivos de todos os cidadãos sobre os interesses egoístas e divergentes dos indivíduos, 
das comunas e das regiões. O Estado é a justiça universal e a razão coletiva que se 
exercem sobre o egoísmo e a estupidez dos indivíduos. É a afirmação da ausência de 
 
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valor e da razão em cada indivíduo em nome da sabedoria e da virtude de todos. É a 
negação efetiva, ou o que é a mesma coisa, a infinita limitação de todas as liberdades 
particulares, individuais e coletivas, em nome da liberdade do "todo" da liberdade coletiva 
em geral - que, na realidade, não é mais do que uma abstração humilhante, deduzida da 
negação ou da limitação dos direitos dos diferentes indivíduos e baseada sobre a efetiva 
e real escravatura de cada um. 
 
Sendo que cada abstração não pode existir senão na medida em que se apóia nos 
interesses positivos de um ser real, a abstração do Estado representa de fato os 
interesses positivos das classes possuidoras, dominantes e exploradoras e que se dizem 
"cultas" e cuja realidade se funda na imolação, em seu próprio proveito, dos interesses e 
da liberdade das massas reduzidas à escravidão. Não há diferença fundamental entre o 
partido radical dos republicanos e o partido doutrinário moderado dos liberais 
constitucionais, todos têm a mesma origem e não diferem em seu "temperamento". 
Ambos colocam na base da organização social o Estado e a lei familiar, com a lei da 
"herança" e da propriedade privada que daí resulta, isto á, o direito da minoria possuidora 
explorar o trabalho da maioria privada da propriedade. A diferença entre os dois partidos 
consiste em que, os liberais doutrinários querem concentrar todos os direitos políticos 
exclusivamente nas mãos da minoria exploradora, ao passo que os liberais radicais 
querem tornar extensivos estes direitos às massas exploradas do povo. 
 
Os liberais doutrinários consideram o Estado como uma fortaleza criada essencialmente 
para assegurar a uma minoria privilegiada a posse, exclusiva dos direitos políticos e 
econômicos, enquanto os radicais, ao contrário, apóiam a existência do Estado perante o 
povo para afirmar que ele é o seu defensor contra o despotismo desta mesma minoria. É 
preciso admitir que a cópia e a experiência histórica estejam do lado dos liberais 
doutrinários, por tanto tempo quanto dura a situação histórica em que o povo, pelo seu 
trabalho admita, mantenha e enriqueça os grupos privilegiados... 
 
 
 
Assim: 
 
Numa população, do povo, dizia, porque é incapaz de se governar por si próprio, de 
trabalhar não para si próprio, mas para outros, será invariavelmente governado pelas 
 
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classes exploradoras. Nada podemos aí remediar, nem mesmo pelo meio democrático 
das constituições, dado que, porque o fato econômico é mais forte que os direitos, que 
não podem ter osentido e uma realidade senão na medida em que repousam sobre fatos 
econômicos. E no fim das contas a igualdade dos direitos políticos de um Estado 
democrático constitui em si, a contradição mais flagrante nos seus próprios termos.” 
 
Quem diz Estado ou direito político, diz força, autoridade, predominância: isto supõe a 
desigualdade de fato; quando todos governarem ninguém "é" governado e não existe, 
portanto Estado. 
 
 
 
Por fim: 
 
Quando todos gozam, igualmente, dos mesmos direitos humanos, qualquer direito 
político perde a razão de sua existência. O direito político significa privilégio e desde que 
sejam todos privilegiados, o privilégio evapora-se e com ele o direito político. É por isso 
que as palavras Estado democrático e igualdade de direitos políticos, nada significam a 
não ser a destruição do Estado e de todos os direitos políticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25 
 
 
 
UNIDADE 6 
 
Objetivo: comparar as concepções de Lênin e Bakunin acerca do Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faça duas colunas comparativas e escreva nelas as convergências e 
divergências do pensamento de Lênin e Bakunin acerca das definições de 
 
Estado, seu surgimento e a questão do bem comum. 
 
Bom exercício! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se posicione frente ao pensamento de Bakunin e de Lênin apresentando 
argumentos favoráveis ou não às respectivas definições e argumentações 
acerca do Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 7 
 
 
O Poder (I) 
 
Esta unidade tem o objetivo de fazer com que você adentre na problemática da questão 
PODER. Transcorrendo sobre as propriedades constitutivas trataremos acerca do que vem a 
ser o poder político, o poder do Estado, a formação social do poder, o poder como realidade 
difusa e o poder personalizado. 
 
Assim, sugiro que você, ao terminar o estudo desta unidade, inicie imediatamente a Unidade 
seguinte. Uma vez que ela apresenta a mesma temática. 
 
É importante frisar ainda, que o estudo desta unidade se dará na perspectiva de se atingir a 
compreensão por meio de conceitos. Assim o caráter de definição permeará esta 
abordagem. Bom estudo! 
 
(o texto se encontra (*) no site: http://www.loveira.adv.br/trabalhos/poder.htm) 
 
Vários são as tipologias de poder. A mais conhecida, ou pelo menos citada, é o poder 
político. Neste sentido vem a pergunta: 
 
O que é o poder político? Qual a sua origem? 
 
O surgimento do poder nasceu de uma forma natural, podemos observar isso em todas as 
sociedades humanas, as civilizadas, as bárbaras e as selvagens, apresentam-se já 
organizadas, com um poder político permanente, ainda que rudimentar. Temos como 
exemplo os povos primitivos que viviam em constante estado de luta, contra grupos 
vizinhos e a natureza. Nessa luta os grupos que possuíam uma autoridade que orientasse 
e dirigisse é que poderiam sobreviver, assegurando assim a ordem interna e a segurança 
externa (*). 
 
 
 
 
 
 
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Pergunto e responda? 
 
Em que sentido o NATURAL deste trecho é pensado? 
 
Natural enquanto biológico? Quais as implicações desta abordagem (caso seja este)? 
 
Como os contratualistas abordariam esta questão sobre o Estado, por exemplo? 
 
Esta são algumas perguntas que norteiam esta emblemática definição sobre o Estado.Mas 
sobre este assunto nos deteremos no estudo acerca das teorias (depois da unidade 17). 
 
O texto em estudo diz: 
 
(...) o objetivo do poder é manter a ordem, assegurar a defesa e promover o bem-estar da 
sociedade; é realizar enfim o bem público.” No entanto existem controvérsias. Esta visão 
é muito tomista. Há teorias que contrapõe esta idéia. No entanto esta visão sobre o 
objetivo do poder se faz necessária ser exposta uma vez que é ela que levanta a moral 
dos povos ocidentais na busca por dias melhores. Se você quiser uma outra visão sobre o 
poder sugiro que leia Hannah Harendt. Sugiro, pesquise a noção dela sobre o poder, 
verás que se difere desta. Por isto aconselhamos, tome cuidado para não fiar nesta 
definição como a verdade eterna sobre o que vem a ser o objetivo do poder (*). 
 
O texto em questão afirma com toda propriedade que 
 
(...) o poder político não é a única forma de poder e de autoridade existente na sociedade. 
Há autoridade religiosa, familiar, econômico etc. Mas, nenhuma delas preenche os fins do 
poder político, que só a ele pertence e que não se confundem com os objetivos das 
diversas associações que os homens firmam (*). 
 
 
 
 
 
 
Pense um pouco antes de estudar o tópico seguinte: como você até hoje 
pensou o poder do Estado em seu aspecto de definição e de finalidade? 
 
 
 
 
 
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Contemplaremos agora a forma tradicional do poder: o poder do Estado. 
 
Podemos dizer que: 
 
O poder é mais do que essencial para o Estado, pois, ele é o próprio Estado. Podemos 
observar duas formas de poder: O poder não-dominante e o poder dominante. Sendo este 
último de fundamental importância, pois, mesmo supondo uma sociedade tão civilizada 
como ainda não existe, onde a moral e a razão guiassem sem atrito as multiformes 
atividades da maioria, sempre existirão uma fração maior ou menor de inadaptados, 
criminosos, loucos ou perversos, que seria preciso submeter pela força ou pela ameaça 
da força, e para isto teria que haver uma autoridade. 
 
O verdadeiro sentido do poder ou dominação estatal não é que uns homens estão 
submetidos a outros, mais sim, o de que todos os homens estão submetidos às normas 
 
(*). 
 
Ou você poderia afirmar outras coisas acerca do poder à partir de um confronto com a idéia 
disposta acima? 
 
 
 
 
 
Você concorda com este último parágrafo? Pense um pouco... 
 
 
 
 
Agora destinaremos tempo para que você estude o conteúdo do texto. Pedimos que se dirija 
ao site (http://www.loveira.adv.br/trabalhos/poder.htm ) e, após a leitura, responda as 
seguintes questões: 
 
1) Como se dá a formação social do poder? 
 
2) O que é o poder difuso? 
 
3) O que é o poder personalizado? 
 
 
 
 
 
 
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29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresente o seu parecer justificando a sua concordância ou não com o 
argumento já levantado e por você refletido: 
 
“O verdadeiro sentido do poder ou dominação estatal não é que uns 
homens estão submetidos a outros, mais sim o de que todos os homens 
estão submetidos às normas (*)”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consulte os sites que seguem se, por ventura, quiseres um pouco mais de 
informações sobre o conceito Poder. 
 
www.prgo.mpf.gov.br/doutrina/OSMAR 
 
www.loveira.adv.br/material/tge5.htm 
 
www.juristas.com.br/a_2834~p_1~A-ética-e-o-poder-político-brasileiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 8 
 
Objetivo: Estudar sobre o poder institucionalizado, adentrando nos princípios que regem o 
poder (a legalidade e a legitimidade) e, por fim, as causas primárias e secundárias do poder. 
Bom estudo! 
 
 
O Poder (II) 
 
Uma vez que você já interagiu mediante o fórum com os seus outros companheiros acerca 
 
do assunto proposto, continuaremos a estudar os aspectos conceituais do universo do poder. 
 
Continue com o texto disposto no site (*): 
 
http://www.loveira.adv.br/trabalhos/poder.htm 
 
E responda as seguintes questõe (alertamos que muitas delas se farão presentes nos 
 
exercícios e avaliação): 
 
1) O que é o poder institucionalizado? 
 
Obs.:na sequencia do texto a autoria começa a estudar os princípios que regem o universo 
 
do poder institucionalizado que são: o princípio da legalifadade e o da legitimidade. 
 
Continuamos a perguntar: 
 
2) O que é e o que caracteriza o chamado princípio da legalidade e Principio de 
legitimidade, ? 
 
3) O texto fala sobre Causas primárias e secundárias. Cita Deus como causa primária. 
Por favor, esta abordagem é propícia para qual período histórico? Ela caberia em 
nossos dias laicos e secularizados? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 9 
 
Objetivo: Unidades 9 e 10 - Estudar as ideologias e o poder político no sistema capitalista. 
 
 
Ideologia e Poder na Sociedade (I) 
 
Como você mesmo percebe este é um tema que muito contribuirá para o seu 
aperfeiçoamento intelectual na compreensão da conjuntura dos meandros do poder político 
em nossa realidade atual. 
 
Para início de conversa, este texto, que por ora percorreremos juntos tem a seguinte tônica: 
 
Há muito, a história tem nos apresentado e demonstrado que o poder político tem como 
base à alienação da classe proletária em detrimento da manutenção da estrutura de 
mercado de capital, base das sociedades capitalistas. O que nos leva a pensar como 
poderia, tal poder, ter força suficiente para manter essa classe proletária alienada, de tal 
forma, que os fazem concordar em apenas sobreviver num contexto que lhes é adverso 
 
(*). 
 
 
 
Vamos explorar mais o assunto através do Estudo Dirigido a seguir... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTUDO DIRIGIDO (PARTE I) 
 
1) Qual o contexto que faz com que Hobbes diz que para o homem acabar com a 
desconfiança e o estado de guerra foi necessário estabelecer o contrato (página 02)? 
 
2) Quais os contrapontos, no campo do direito, entre a Revolução industrial inglesa e a 
revolução Francesa (página 03)? 
 
3) O que ocasionou as crises políticas – segundo o autor (página 04)? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como estamos no meio de um estudo dirigido peço que você continue a 
ler a se dedicar ao assunto com a unidade seguinte – não pare a leitura 
para não atrapalhar o entendimento. Terminando, por favor, dirija-se ao 
site da instituição e faça a lista 01 das atividades on-line. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 10 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO (PARTE II): Ideologia e Poder na Sociedade Capitalista 
 
4) Endosse o trecho do pensamento de Sader contido na página 04 que diz: 
 
As formas de democracia existentes no mundo atual já nem sequer correspondem a seus 
modelos clássicos. As políticas neoliberais erodiram a legitimidade e a base de apoio dos 
Estados, levando a processos de rápido desgaste dos governos, à desmoralização 
crescente dos parlamentos e dos sistemas judiciais, ao debilitamento e à 
descaracterização dos partidos políticos, ao esvaziamento dos sindicatos, a dificuldades 
crescentes para os movimentos sociais, ao desinteresse do cidadão pela política e à 
máxima redução da atividade política a uma prática profissional, realizada por 
especialistas, monopolizada por elites cada vez mais distanciadas da massa da 
população, sem nenhum controle em que a cidadania fica reduzida a exercícios formais, 
tristes e burocráticos de votação a cada tanto tempo (*). 
 
5) Qual é o terceiro fator que nos faz refletir sobre a atual crise política? Explique. 
 
 
 
 
 
 
Entenda melhor o conceito ideologia nos sites abaixo: 
 
pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia 
 
br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070330085439AAY6nvY 
 
br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070410173211AANJ2Ex 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 11 
 
Objetivo: Unidades 11, 12 e 13 - Analisar o que chamaremos de substância democrática – 
conceito que pode ser visto com maior acuidade utilizando-se conceitos e referenciais de 
apoio, a exemplo da liberdade e da igualdade. 
 
 
O poder popular como afirmação do Estado democrático (I) 
 
 
 
 
Este estudo dirigido é pautado no artigo do professor Vinício Martinez (doutor em Educação 
 
pela USP) intitulado: O poder popular como afirmação do Estado democrático (*). 
 
Fica como sugestão, como nas outras vezes, que você se dedique ao estudo das citadas 
 
unidades de uma só vez para facilitar o entendimento do assunto. Por favor, dirija-se ao site 
 
abaixo e tire uma cópia para facilitar o estudo. 
 
http://jus.com.br/revista/texto/3399/o-poder-popular-como-afirmacao-do-estado- 
 
democratico 
 
ESTUDO DIRIGIDO I: 
 
1) Como o autor atrela o poder popular à democracia? 
 
2) O que é o constitucionalismo? 
 
3) No que consiste a afirmação , segundo o autor: Minha liberdade começa onde termina 
a do outro e vice-versa? Explique-a. 
 
Sobre a questão acima, guardemos o que o autor diz: 
 
1) a liberdade mediada pela propriedade ou pelo direito à propriedade é limitada em 
 
alcance e significado; 
 
 
 
 
 
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2) A liberdade está limitada pela demarcação da propriedade de cada um e só se é livre 
dentro de seus limites territoriais; 
 
3) Assim, expandir a noção de propriedade (ao alcance de todos, sem apropriação) é 
expandir a liberdade de cada um; 
 
4) Um direito (propriedade) não pode servir do obstáculo a outro (liberdade); 
 
5) Um direito (liberdade) pode expandir outro (função social da propriedade); 
 
6) O direito natural à liberdade não depende do Estado, mas justamente da relação que 
se mantenha com a propriedade privada e com a perspectiva de apropriação (social ou 
individual) (*). 
 
 
 
 
 
Você já se interrogou sobre esta questão? Como você se posiciona frente a 
 
esta problemática? Resolva esta questão antes de continuar a leitura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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36 
 
 
 
UNIDADE 12 
 
Continuação da unidade e objetivo anterior. 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO II - pautado no artigo do professor Vinício Martinez (doutor em 
Educação pela USP) intitulado: O poder popular como afirmação do Estado democrático. 
 
Disposto no site: : 
 
http://jus.com.br/revista/texto/3399/o-poder-popular-como-afirmacao-do-estado- 
 
democratico 
 
 
 
1) Como a questão da liberdade e da propriedade é pensada? 
 
2) Segundo o autor o que é necessário para que haja harmonia no universo? 
 
3) Quais são as fontes das desigualdades, segundo Bobbio, e como superá-las? 
 
4) Como a crítica dos direitos sociais faz com que o cenário político-jurídico revejam a 
noção de liberdade? 
 
O vídeo abaixo trata da “liberdade” e do desejo por liberdade dos mexicanos em sua 
busca pela vida e cidadania americana. Confronte as idéias lançadas no vídeo com o 
apresentado por Martinez neste estudo. 
 
5) O que está no bojo teórico quando o autor escreve: 
 
(...) pelo artigo 5º, II: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei". (E que, em outro arranjo, difere do inciso XXXIX, que é o da 
reserva legal ou segurança legal: "não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena 
sem prévia cominação legal"). Ambos assegurados pela essência da própria segurança 
jurídica, como se tem no inciso XXXVI do referido artigo 5º (...)? 
 
 
 
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UNIDADE 13 
 
Continuação da unidade e objetivo anterior. 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO III - pautado no artigo do professor Vinício Martinez (doutor em 
Educaçãopela USP) intitulado: O poder popular como afirmação do Estado democrático. 
 
Disposto no site (*): 
 
http://jus.com.br/revista/texto/3399/o-poder-popular-como-afirmacao-do-
estado-democratico 
 
Os exercícios dispostos correm a partir do tópico 2. Igualdade: de quem e no quê? 
 
1) Iniciando o segundo tópico, o autor apresenta um panorama histórico acerca da 
construção do conceito igualdade. 
 
Na mitologia, a igualdade é relacionada ao Deus Saturno, havendo uma espécie de 
licenciosidade para que as diferenças entre as classes sociais desapareçam: Saturno 
teria sido rei de Roma, e seu reinado foi tido como a Idade de Ouro. Celebravam-se 
durante três dias em dezembro as Saturnalia, festas licenciosas durante as quais 
desapareciam as diferenças entre as classes sociais (para relembrar a Idade de Ouro), e 
os escravos mandavam em seus senhores" (Kury, 2001, p. 353). Mais tarde também seria 
identificado com o Deus Cronos, dos Gregos (*). 
 
Perguntamos: como ela está em Bobbio? Qual a diferença da definição entre o mundo 
 
antigo e o contemporâneo (à partir de Bobbio)? 
 
2) Como a liberdade é pensada no cunho democrático – segundo o autor? 
 
3) Diz o autor: 
 
Privilégio, como se sabe, é lei privada. É lei que atende apenas a interesses particulares, 
privados, de grupos, de poucos ou de alguns, em detrimento dos interesses dos muitos, 
 
 
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38 
 
 
 
da maioria, do coletivo, dos grupos sociais amplos, diversos e diversificados – contrários, 
portanto, ao público, ao interesse público, à República. Tais privilégios, portanto, impõem 
ou se impõem a partir de leis injustas, sendo, obviamente, uma forma arbitrária de manter 
ou se manter no poder – agora sob certa aura de legalidade e legitimidade, mas que nada 
mais fazem do que maquiar a verdadeira estrutura de domínio e servidão que se impõe à 
maioria. Desse modo, as formas arbitrárias e abusivas de exercer ou conquistar o poder 
têm algo em comum: a imposição de leis injustas (*). 
 
Pesquise e cite uma lei com nítida presença do privilégio. 
 
4) Quando uma lei é injusta? 
 
Assim, por exemplo: a lei é injusta quando discrimina um grupo minoritário, embora possa 
até ter sido votada pela maioria (...) A lei é injusta quando se impõe a pessoas sem 
direito a voto (...) A lei é injusta quando uma minoria a torna obrigatória para a maioria, 
que não foi consultada, nem lhe deu pelo voto autorização para existir (...) A lei é injusta 
quando votada por falsa maioria, que só aparenta representar a maior parte dos 
indivíduos, devido a jogadas feitas durante as eleições. A lei é injusta quando submete 
uma infinidade de pessoas a viverem miseravelmente. A lei é injusta quando permite que 
um país pressione de qualquer modo ou ataque militarmente, ou apenas ocupe outro 
país, outra região, sem consentimento de seus próprios habitantes (Vieira, 1984, p. 21-
22) (*). 
 
5) Sintetize os argumento que posteriormente compõe a idéia do parágrafo abaixo: 
 
Se fosse possível resumir o estado de injustiça em uma única expressão, diria que a lei é 
injusta quando não tem legitimidade. Em outro exemplo, quando há legislação de acordo 
com a própria causa. No caso brasileiro também há o caso das leis iníquas, aquelas que 
não pegam justamente porque não inspiram anuência e confiança no povo. Fato que não 
constitui um problema exclusivamente brasileiro, pois quando não há legitimidade (*). 
 
Tratando sobre a liberdade o autor apresente o modo como a liberdade pode se 
 
constituir e assevera: 
 
Enfim, como vimos nossa alegação se baseou no suposto de que a liberdade é 
constituída a partir da igualdade – ou do advento da maior margem de igualdade possível. 
Primeiro porque não há liberdade se um é escravo; não há liberdade se uns poucos são 
 
 
 
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livres e libertos de quase toda responsabilidade social e muitos outros são servos dessa 
mesma condição/imposição social e histórica; não há liberdade se alguns são havidos em 
tão elevada superioridade (simplesmente, são tão melhores) que, aos demais, restam 
somente condições de extrema desigualdade. Segundo, porque a desigualdade é crime, e 
seja ela tratada do ponto de vista individual (racismo), seja social: o desvio de verbas 
públicas acarreta miséria social. Por isso, mesmo que o objetivo seja debater a liberdade, 
temos de ter como referência histórica e teórica que só se alcançará com a plena 
realização da igualdade (*). 
 
 
 
O vídeo abaixo trata da “liberdade” e do desejo por liberdade dos mexicanos em sua busca 
pela vida e cidadania americana. Confronte as idéias lançadas no vídeo com o apresentado 
por Martinez neste estudo sobre a constituição da liberdade (conforme salientado acima) 
 
 
 
 
 
VÍDEO 
 
http://www.youtube.com/watch?v=BDa37XF-V6k&feature=related 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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40 
 
 
 
UNIDADE 14 
 
Continuação da unidade e objetivo anterior. 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO IV- pautado no artigo do professor Vinício Martinez (doutor em 
Educação pela USP) intitulado: O poder popular como afirmação do Estado democrático. 
 
Disposto no site (*): 
 
http://jus.com.br/revista/texto/3399/o-poder-popular-como-afirmacao-do-
estado-democratico 
 
Os exercícios dispostos correm a partir do tópico sobre a constituição da liberdade. 
 
1. Comente a chamada liberdade expansiva citada no caso americano. No que consiste? 
 
Detendo-se, sobretudo na interpretação do “quanto maior a propriedade, maior a 
emancipação política”. 
 
2. O que há por traz da conjugação da liberdade e da propriedade no caso americano, 
segundo o autor? 
 
3. No que consiste, então, a liberdade americana? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA I 
 
Como seria o Brasil, em suas instâncias políticas e jurídicas, caso o modelo de se pensar 
a liberdade nos EUA fosse aplicado aqui? Provoque! Coloque o seu posicionamento. 
 
 
 
 
 
 
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41 
 
 
 
UNIDADE 15 
 
 
Objetivo: analisar os Meios de Comunicação e a sua estreita relação de poder com o 
universo político. 
 
Lizia Sena, acerca do filme “O quarto poder” escreve: 
 
A mídia é considerada como o quarto poder porque ela manipula os indivíduos, forma 
opiniões, controla o comportamento e as atitudes da maioria da população, estes por não 
terem um senso critico suficiente para distinguir entre a mentira e a verdade, acreditam 
em tudo que lêem ou assistem. Quando o poder judiciário fracassa, quando o executivo 
está descansando ou quando o legislativo entra em férias, o quarto poder toma o domínio 
e enfrenta as situações como se tivesse todos esses poderes. Quando a imprensa é 
vangloriada é preciso ter medo, pois isso indica que a sociedade não vai bem. Foi o que 
ocorreu no governo Collor, nem a policia, nem o poder judiciário atuou nesse período, 
pois ambos fracassaram então a imprensa comandou tudo. O impeachment foi bom em 
parte, pois tirou um presidente corrupto do poder, mas a imprensa se tornou vaidosa, 
orgulhosa, e foi deixando o código de ética de lado, devido à competitividade das 
empresas jornalísticas no mundo capitalista, gerando um jornalismo superficial. O 
jornalismo investigativo foi substituído pelo sensacionalista, se é que alguma vez houve 
investigações profundas para se fazer uma noticia, já que poucas fontes são consultadas 
e checadas. O suborno, a manipulação, a ambição pelo dinheiro e pela fama e a falta de 
investigação substituíram a honestidade e o dever do jornalista para com a sociedade 
(disponível em http://liusena.wordpress.com/2006/09/07/o-quarto-poder/) 
 
Uma observação importante: esta unidade trabalhará com vídeos. Portanto, dirija-sea 
internet para acessá-los. 
 
Você já deve ter ouvido alguém dizer que a mídia nos manipula e, assim como na resenha 
de Lizia Sena, a mídia é vista como o quarto poder. Afinal, a mídia manipula mesmo? Em 
que sentido? 
 
 
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42 
 
 
 
O que entender por manipulação? Afinal, a mídia manipula o quê? As pessoas ou a 
informação? 
 
Assista ao vídeo abaixo e reflita acerca do conceito manipulação. O vídeo trata de 
manipulação das pessoas ou da informação? É possível manipular pessoas? 
 
 
 
 
 
VÍDEO 
 
http://www.youtube.com/watch?v=M3kEGRP8oas&feature=related 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta e na próxima unidade abordaremos o poder da mídia na sociedade. Afinal, o que há 
de poder na mídia? Como ela influencia? 
 
 
 
 
 
VIDEO 
 
O PODER DA MÍDIA – PARTE 1 
 
http://www.youtube.com/watch?v=PPCTCAFy42k 
 
O PODER DA MÍDIA – PARTE 2 
 
http://www.youtube.com/watch?v=FMIoEN9eY0g&feature=related 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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43 
 
 
 
EXERCÍCIO 
 
Faça anotações acerca do conteúdo dos vídeos – que é de grande valor formativo. 
 
Umas questões para nortear a sua análise: 
 
1) O que comporta a mídia? 
 
2) Como a palavra “interesse” é disposta? 
 
 
 
 
Certamente você deve estar se perguntando: como poderei fazer para me proteger da mídia? 
 
Levante algumas possibilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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44 
 
 
 
UNIDADE 16 
 
 
Objetivo: analisar os Meios de Comunicação e a sua estreita relação de poder com o 
universo político. 
 
Após o rico conteúdo em vídeos partiremos para uma análise (à luz do que estudamos 
anteriormente) do conteúdo do texto disposto no site abaixo(*). Solicitamos que dialogue com 
as questões. 
 
BORJA, Luiz Arce. Poder político e meios de comunicação. In: A Nova Democracia. 
 
Disponível em http://www.anovademocracia.com.br/no-12/1057-poder-politico-e-meios-de-
comunicacao acessado em 01/12/2010 
 
ESTUDO DIRIGIDO 
 
1) Em que medida o trecho confronta-se com o discutido acima sobre a manipulação? 
 
Um dos pilares em que descansa o poder das classes opressoras é a imprensa. O 
exército é o braço armado que protege o Estado (guarda pretoriana), e para este fim 
utiliza a violência armada contra os inimigos deste Estado. Os meios de comunicação 
são os braços manipuladores de consciências, e usam para isto a mentira, a montagem e 
a distorção da realidade. A imprensa e o jornalismo, usados como parte do poder, são 
conduzidos à prostituição intelectual. Esta relação entre poder e meios de comunicação 
tem crescido com o avanço e o desenvolvimento da tecnologia. Até antes da revolução 
industrial na Inglaterra (final do século XVIII) a imprensa não era mais que um fator 
(veículo) de cultura eclesiástica e seu alcance estavam reduzidos a uma elite de grandes 
proprietários de terras, padres e burocratas. Isso já não acontece, com o avanço e 
desenvolvimento da tecnologia capitalista. Com a revolução industrial e o surgimento da 
burguesia como classe hegemônica, o controle da imprensa e do jornalismo constitui 
instrumento estratégico de caráter ideológico e de propaganda para controlar o poder 
político do Estado e da sociedade (*). 
 
 
 
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45 
 
 
 
2) Qual dos vídeos trata do trecho abaixo? Expresse no que eles convergem ou 
divergem: 
 
Está claro que as classes políticas dirigentes, desde o Estado até outra instância oficial, 
utilizam seu poder econômico corruptor para mercenarizar a imprensa e o jornalismo. 
Através dos milionários contratos de publicidade, diminuição de impostos, subvenção do 
papel, ou de aportes diretos de grandes somas de dinheiro, os jornais, revistas, ou canais 
de televisão caem no poder do Estado e daqueles que o dirigem. Em alguns países, o 
Estado sustenta secretamente uma milionária planilha de jornalistas colocados em todos 
os ramos de comunicação. Este fato, como se verá mais adiante é ilustrado muito bem 
pela história recente do Peru (*). 
 
3) Se você se dirigir ao artigo de Borja perceberá que o autor comenta alguns casos no 
cenário político da influência da mídia. Pense em outros, pesquise outros. No vídeo 
abaixo damos a sugestão de um – se desejar assista-o. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A articulação entre política e MCS é mais do que considerável. Esteja mais informado e 
ciente desta articulação atentando para o conteúdo dos sites abaixo: 
 
www.scielo.br/pdf/ln/n55-56/a07n5556.pdf 
 
www.noruega.org.br/facts/media/policy/ 
 
www.facom.ufba.br/revistacompos/compol.doc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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46 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÍDEO 
 
http://www.youtube.com/watch?v=v9gu81t16sQ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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47 
 
 
 
UNIDADE 17 
 
Objetivo: Abordar as relações existentes entre a religião e o poder político. 
 
 
Um dos assuntos relevantes para o contexto da ciência política é a relação entre Igreja e 
política. Um artigo de Marina Schettini no Jornal O tempo (9 de julho de 2007) diz: 
 
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), intitulada "A economia das religiões: 
mudanças recentes", divulgada em maio, mostra que o brasileiro está cada vez mais 
religioso. Para chegar a essa conclusão o instituto comparou os dados do Censo e da 
Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e 
entrevistou mais de 200 mil brasileiros sobre religiosidade e economia. 
De acordo com o levantamento, os católicos ainda representam a maioria da população 
brasileira, com 73,79%, mas os evangélicos tradicionais (5,4%) e os petencostais (12,5%) 
já alcançam 17,9% da população do país, com tendência de continuar a crescer (...) Além 
dos políticos puxadores de votos por conta de sua ligação com a Igreja, o Brasil observa 
um outro fenômeno; as legendas religiosas. O Partido Social Democrata Cristão (PSDC) 
é um exemplo. Fundado em março de 1995, a sigla surgiu com a proposta de enfatizar o 
compromisso da democracia cristã com a justiça social. O PRB do vice-presidente José 
Alencar é outro exemplo. A legenda criada em 2005 tem entre os filiados o senador e 
bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Marcelo Crivela, mas congrega católicos e 
evangélicos. 
 
O PTC e o PSC, dos deputados Mário de Oliveira e Carlos Willian também são partidos 
novos e ligados à religiosidade. O PSC é outra legenda criada recentemente, em 1985, e 
já dissemina sua marca, o peixinho, por todos os cantos do país. O antigo PRN ganhou 
nova roupagem, mais ligada à religião, e para reforçar a postura chegou a mudar de nome 
em 2000. 
 
Disponível em: http://acaoreacao.blogspot.com/2007/07/religio-influencia-na-atividade-poltica.html 
 
 
 
 
 
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A ligação da religião ao cenário político não é novidade para ninguém. 
 
Em outro artigo (*) o padre legionário de Cristo Jonh Flynn analisa a dimensão da religião no 
cenário político a partir de um estudo desenvolvido nos EUA. Escreve o sacerdote: 
 
Nos últimos anos, a religião chegou a ser considerada um problema ou uma ameaça 
para a segurança nacional ou internacional. Uma estratégia para combater o extremismo 
religioso foi tentar reduzir a fé ao âmbito meramente privado. Isso é um grande erro, 
segundo o estudo

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