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PEÇA Nº 1 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MATERIAIS E MORAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR/BA OU RECIFE/PE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIÚVA ..., qualificação ... e FILHO DE MAURO, menor impúbere, representado 
por sua genitora, ambos residentes e domiciliados na ..., por intermédio de sua advogada 
que este subscreve, qualificações e endereços para os fins que indica, conforme art. 77, do 
Código de Processo Civil, vem, respeitosamente, propor a presente: 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS 
Em face de PAULO, estado civil, comerciante, residente e domiciliado na ..., inscrito 
no CPF sob nº ..., RG nº ..., com fundamento nos arts. 186, 927 e ss., do Código Civil, pelos 
motivos que passa a expor. 
 
I - DA JUSTIÇA GRATUITA 
A mãe, a parte autora da ação faz jus à concessão da gratuidade de justiça, haja vista 
que não possui rendimentos suficientes para custear as despesas processuais e honorários 
advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua família, com fundamento no art. 5°, 
XXIV, da Constituição Federal e art. 98 e ss, do Código de Processo Civil. 
 
II - DOS FATOS 
Mauro, pedreiro, caminhava por uma rua de Recife – PE quando foi atingido por um 
aparelho de ar condicionado manejado, de forma imprudente, por Paulo, comerciante e 
proprietário de um armarinho (doc. 2 – boletim de ocorrência). Encaminhado a um hospital 
particular, Mauro faleceu após estar internado por um dia (doc. 3). Sua família, 
profundamente abalada pela perda trágica do parente, deslocou-se até Recife – PE e 
transportou o corpo para Salvador – BA, local do sepultamento. 
O falecido deixou viúva e um filho menor impúbere, ora autores 
O falecido deixou viúva e um filho menor impúbere, ora autores. Mauro faleceu aos 
35 anos de idade e era responsável pelo sustento da família e conseguia obter renda média 
mensal de R$ 800,00 (oitocentos reais) como pedreiro (doc. 4). Além da perda da receita, a 
esposa do falecido teve de arcar com as despesas hospitalares no montante de R$ 3.000,00 
(três mil reais) e despesas com o funeral do de cujus, no montante de R$ 2.500,00 (dois mil 
e quinhentos reais) (doc. 5). 
Após o laudo da perícia técnica apontar como causa da morte o traumatismo craniano 
decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado e o inquérito policial indicar Paulo 
como autor de homicídio culposo, os autores buscaram indenização junto ao réu. Em que 
pesem as tentativas, não lograram êxito nesse intento, o que os levaram a propor a presente 
ação indenizatória. 
 
III – DOS FUNDAMENTOS 
III.I - DOS DANOS MATERIAIS 
a) Da responsabilidade do requerido 
Segundo dispõe o art. 938 do código Civil, a responsabilidade pelo dano proveniente 
das coisas que caírem de prédio ou forem lançadas em lugar indevido é objetiva, ou seja, 
independe da demonstração de conduta culposa ou dolosa. O caso em tela se subsome 
perfeitamente no dispositivo citado, vez que o réu manejava um ar condicionado do prédio 
onde exerce suas atividades profissionais, ar condicionado este que, como se viu, caiu e 
atingiu de modo fatal o ente querido dos autores. 
Os requisitos para a configuração da responsabilidade civil – conduta, dano e nexo 
de causalidade – estão, dessa forma, configurados, não sendo o caso de se discutir se houve 
dolo ou culpa por parte do réu. De qualquer forma, e considerando o princípio da 
eventualidade, o autor também responderia caso fosse necessário enquadrar o caso presente 
na responsabilidade subjetiva. Com efeito, o art. 927 do Código Civil é claro no sentido de 
que “aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo”. 
Os fatos narrados na petição inicial enquadram-se também na hipótese de incidência 
prevista no dispositivo citado, pelos seguintes motivos: a) o requerido, de maneira 
imprudente, deixou cair um aparelho de ar-condicionado na rua; b) a queda do aparelho 
causou a morte de Mauro, conforme restou comprovado pelas conclusões do laudo da perícia 
técnica; c) a morte de Mauro em razão da conduta imprudente do requerido causou danos 
de ordem material e moral nos autores. Por outro lado, não ocorre no caso presente qualquer 
das causas excludentes da responsabilidade, eis que restou clara a conduta imprudente do 
réu, fato que restou reforçado pelo seu indiciamento no crime de homicídio culposo. 
Demonstrada a culpa, o nexo causal e os danos, que são presumidos em casos como esses, 
de rigor, agora, tratar das verbas indenizatórias devidas aos autores. 
 
b) Das verbas indenizatórias devidas 
O art. 948 do Código Civil tem o seguinte teor: 
“Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras 
reparações: I – no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu 
funeral e o luto da família; II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o 
morto os devia, levando-se em conta a duração possível da vida da vítima. ” 
Por outro lado, a Constituição Federal, em seu art. 5º., V e X, e o Código Civil, em 
seus arts. 186 (ato ilícito) e 944 (“a indenização mede-se pela extensão do dano”) impõe que 
os danos morais também devem ser indenizados. Considerando que houve despesas 
comprovadas de funeral, que os autores dependiam economicamente do falecido e que o 
dano moral é consequência natural e imediata do falecimento do marido e do pai dos autores, 
independendo de comprovação, segundo a jurisprudência, os autores fazem jus às seguintes 
verbas indenizatórias: danos materiais, consistentes no ressarcimento das despesas de 
hospital, funeral e na fixação de pensão aos autores; danos morais, devidos a cada um dos 
autores. 
 
c) Da pensão 
Nos termos da jurisprudência do STJ, a pensão devida aos filhos deve se estender 
até a idade de 24 anos, quando presumidamente estes encerrarão sua formação escolar, 
podendo ingressar no mercado de trabalho em melhores condições para prover a sua 
subsistência. Confira: 
“A pensão pela morte do pai será devida até o limite de vinte e quatro anos de 
idade, quando, presumivelmente, os beneficiários da pensão terão concluído sua 
formação, inclusive curso universitário, não mais substituindo vínculo de 
dependência” (STJ, Resp /RS, rel. Min. Cesar Rocha, DJ 17/09/01). 
Já a pensão devida à esposa, deve ser paga até que esta perfaça 70 anos, tendo em 
vista o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que hoje é, em média, de 71,9 anos. 
Confira: 
“Possibilidade de determinar como termo final do pagamento da pensão, a data 
em que a vítima completaria 70 (setenta) anos de idade, em função do caso 
concreto. Precedentes: REsp /RS e REsp /SP” (REsp /RN, Rel. Min. Francisco 
Falcão, Primeira Turma, julgado em , DJ , p. 242). 
Já quanto ao quantum devido, as decisões do STJ vêm fixando a pensão em 2/3 da 
remuneração que recebia o de cujus. Confira: 
“Responsabilidade civil do Estado. Acidente de trânsito com vítima fatal. 
Adequada a fixação do valor da pensão em 2/3 (dois terços) dos rendimentos da 
vítima, deduzindo que o restante seria gasto com seu sustento próprio” (STJ, REsp 
/MT, rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 16/11/2004). 
O mesmo Tribunal também vem entendendo ser cabível o direito de acrescer aos 
demais autores, na medida em que o filho do falecido completar a idade que não mais 
permite o recebimento da pensão (STJ, REsp /RJ, rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ 
17/12/2007). Por fim, é importante ressaltar que tanto a correção monetária como os juros 
moratórios das parcelas devidas a título de indenização por danos materiais devem incidir 
desde a data do evento danoso (STJ, REsp /SP, rel. Min. Jorge Scartezzini, DJ de 
21/03/2005). Como o art. 406 do Código Civil determina a aplicação da taxa Selic e esta 
abarca juros e correção monetária, estes incidirão com a simples aplicação da taxa 
referencial (STJ, REsp /RN,rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j ,p.392). 
 
III.II - DOS DANOS MORAIS 
O STJ vem entendendo que não se pode mais fixar o valor do dano moral tomando 
como critério o salário mínimo. Deve-se fixar esta verba certo, valor esse que, em caso de 
homicídio, vem sendo fixado na quantia de R$ 190 mil (cento e noventa mil reais). Confira 
o seguinte caso: 
“CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ACIDENTE DE 
TRÂNSITO COM VÍTIMA FATAL, ESPOSO E PAI DOS AUTORES. DANO 
MORAL. FIXAÇÃO. MAJORAÇÃO. Dano moral aumentado, para amoldar-se 
aos parâmetros usualmente adotados pela Turma. R$ 190 mil para esposa e filhas” 
(STJ, REsp /RJ, rel. Min. Aldir Passarinho Júnior, DJ 17/12/07). 
Em matéria de dano moral, a correção monetária é devida desde a data da fixação 
de seu valor, ou seja, desde da decisão judicial que fixa a indenização por dano moral. Já 
os juros moratórios são calculados tendo-se em conta a data do evento danoso (Súmula 54 
do STJ: “os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade 
extracontratual”). 
 
IV – DO PEDIDO 
Ante o exposto, é o presente para presente para requerer a Vossa Excelência o quanto 
segue: 
a) A citação do réu, no endereço declinado no pórtico desta inicial, por oficial de 
justiça, para, querendo, contestar a presente ação no prazo legal, sob as penas da lei 
processual civil. 
b) A oitiva do ilustre representante do Ministério Público, considerando que o 
segundo autor é menor impúbere; 
c) A procedência da ação para condenar a ré no pagamento: 
c.1) da quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais), relativa às despesas hospitalares e de 
R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais, relativa às despesas com funeral; 
c.2) de pensão mensal de R$ 533,33 (quinhentos e trinta e três reais e trinta e três 
centavos), devida aos autores desde o evento danoso, sendo que o filho receberá até 
completar 24 anos e a esposa, até completar 70 anos, com direito de extensão para a segunda, 
na medida em que o filho não for receber a pensão; 
c.3) de indenização por dano moral no valor de R$ 190 mil (cento e noventa mil 
reais), para os dois autores; 
c.4) de correção monetária e juros legais, que, quanto aos danos materiais (itens “a” 
e “b”), incidirão a partir da data de sua fixação (a correção monetária), e a partir do evento 
danoso (quanto aos juros legais); 
c.5) honorários advocatícios de 20%, incidentes sobre o somatório de todas as 
prestações vencidas, além das demais verbas já definidas (dano moral, pensão, juros etc.), e 
doze das vincendas. 
O protesto pela produção de prova documental e pericial, e de todos os meios 
probatórios em direito admitidos, ainda que não especificados no Código de Processo Civil, 
desde que moralmente legítimos (Se o quantum dos danos não estiver determinado, deve-se 
requerer a sua apuração em liquidação de sentença) (a depender da condição econômica dos 
autores, deve-se pedir os benefícios da justiça gratuita). 
 
IV - DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ ... 
 
Nestes termos, pede deferimento 
 
Local / Data 
 
 
Advogado... 
OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEÇA Nº 2 
MANDADO DE SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO 
JUDICIARIA DO ESTADO ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA SOUZA, nacionalidade, estado civil, professor, portadora da cédula de 
identidade nº ..., inscrita no CPF sob o nº ..., com endereço eletrônico ..., residente e 
domiciliado na Rua ..., Bairro ..., residente e domiciliado na Rua ..., Bairro ..., Cidade/UF, 
CEP ..., por intermédio de sua advogada que este subscreve, qualificações e endereços 
para os fins que indica, conforme art. 77, do Código de Processo Civil, vem perante a 
Vossa Excelência nos termos do art. 5º, da Constituição Federal, art. 319, do Código de 
Processo Civil e Lei 12.016/2009, propor o presente 
 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR 
 
Contra ato praticado pelo REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL, Sr. 
(nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão, com documentos de identificação 
e endereço pessoal desconhecidos, represente legal da referida instituição de ensino 
superior pública federal, estando esta autoridade coatora vinculada a UNIVERSIDADE 
FEDERAL, autarquia da União, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob 
nº ..., com sede ao Rua ..., nº ..., Bairro ..., Cidade/UF, CEP ..., endereço eletrônico ..., 
pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
 
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pela impetrante desde sua 
demissão, esta não possui como suportar as custas judiciais sem que afete o seu sustento, 
razão pela qual deve ser contemplada pela gratuidade de justiça, na forma do art. 98 e 
seguintes do Código de Processo Civil. 
 
II - DOS FATOS 
Preambularmente, cumpre ressaltar que a impetrante pertencia ao quadro de 
servidores públicos federais da instituição impetrada, exercendo cargo de professora. 
Em determinado dia, Marcos Silva, aluno da instituição em tela, inconformado com 
a nota que lhe fora atribuída na disciplina em que a impetrante lecionava no curso de 
graduação do aluno, ele a abordou com um canivete em punho e, em meio a ameaças, 
exigiu que ela procedesse à modificação de sua nota. 
Nesse instante, a impetrante, com o propósito de repelir a iminente agressão, 
conseguiu desarmar e se desvencilhar do aluno, que restou por sofrer uma queda e fraturar 
um dos braços. 
Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), a 
fim de apurar eventual responsabilidade da professora e, ao mesmo tempo, a impetrante 
foi denunciada pelo crime de lesão corporal. 
Quanto a esfera criminal, a impetrante foi absolvida, vez que fora provado ter agido 
em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. 
Com relação ao processo administrativo, este prosseguiu, sem a devida citação da 
impetrante, pois a Comissão nomeada entendeu que a mesma já teria tomado ciência da 
instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a 
Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de 
demissão. 
O PAD foi encaminhado à autoridade competente, ora o impetrado, para a decisão 
final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a 
pena de demissão à impetrante, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma 
em relação à criminal. 
Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de 
publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções. 
Assim sendo, socorre-se a impetrante do manto do Poder Judiciário, com fito de 
obter a necessária tutela jurisdicional. 
 
III - DOS FUNDAMENTOS 
No presente caso, o impetrado é responsável por ato de lesão a direito líquido e 
certo junto à impetrante, vez que comprovado, junto a esfera penal, que a mesma agiu em 
legítima defesa, resultando em sua sentença absolutória. 
Deve-se salientar, ainda, quanto a omissão da tramitação do PAD sem a devida 
citação da interessada, bem como a descabida decisão do reitor ao aplicar a pena de 
demissão à impetrante, sob a justificativa apresentada de “que a esfera administrativa é 
autônoma em relação à criminal”. 
 
III.I - DO CABIMENTO 
O presente mandado de segurança tem cabimento, nos termos do art. 5º, LXIX, da 
Constituição Federal, como verdadeiro remédio constitucional para afastar ato de 
autoridade, capaz de causar lesão ou ameaça, a direito líquido e certo não amparado por 
outra garantia. 
Isto posto, não há que se falar quanto a inadmissibilidade da impetração do presente 
mandamus. 
III.II – DA LEGITIMIDADE E TEMPESTIVIDADE 
Ao discorrer desta peça exordial, juntamente com os documentos acostados a esse 
mandamus, será notabilizado que a impetrante está circundada pelas garantias dispostas 
nas legislaçõesespecíficas e jurisprudências cabíveis ao caso. 
Cumpre ressaltar, ainda, que o prazo para impetrar o presente instrumento fora 
devidamente respeitado, haja vista que a impetrante foi cientificada em 11/01/2017 e 
procedeu ao acionamento do judiciário em 22/02/2017, perfazendo 42 (quarenta e dois) 
dias entre o período mencionado, conforme dispõe o Art. 23 da Lei nº 12.016/2009: 
“Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento 
e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. ” 
Como pode ser visto, da impossibilidade de intempestividade deste remédio 
constitucional, vez que demonstrados os requisitos do instrumento em tela. 
 
III.III - DA COMPETÊNCIA 
O critério definidor da competência da Justiça Federal se baseia no ratione 
personae, onde é levado em consideração a natureza das pessoas envolvidas na relação 
processual. 
No presente caso, trata-se de ato coator praticado pelo reitor de instituição de 
ensino superior público federal e, portanto, a competência será da Justiça Federal. 
Ademais, urge ressaltar o disposto no § 3º do Art. 6º da Lei nº 12.016/2009, que 
versa acerca da indicação da Autoridade Coatora: 
“Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei 
processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a 
primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa 
jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
§ 3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou 
da qual emane a ordem para a sua prática. ” 
À vista disso, não há que se falar acerca de possível incompetência do âmbito 
federal para solução do presente mandamus. 
 
III. IV – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO NÃO AMPARADO POR 
HABEAS CORPUS OU HABEAS DATA 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727774/inciso-lxix-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454300/artigo-23-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455136/par%C3%A1grafo-3-artigo-6-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455175/artigo-6-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
O caso mencionado é amparado pelo mandado de segurança, conforme documentos 
em anexos. 
 
IV - DO MÉRITO 
É inegável que o art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal garantem ao 
indivíduo o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. 
Ademais, ainda corroborando o direito da autora, o artigo 143 c/c o artigo 161, § 1º 
da lei 8.112/90 preceitua que o PAD ou sindicância que se preste a averiguar conduta ilícita 
de servidor público deve garantir ao mesmo o devido processo legal. 
No entanto, como resta muito claro e delineado na tratativa dada a parte autora, a 
mesma somente veio tomar ciência de que estava sendo submetida à uma PAD quando da 
publicação da decisão do mesmo em diário oficial, após o ato de sua demissão. 
Em adição ao argumento exposto acima, o art. 65 do Código de Processo Penal bem 
como os arts. 125 e 126 da lei 8.112/90 são claros em definir que decisão penal vincula o 
conteúdo da decisão em seara administrativa. 
Aplicando o texto ao caso concreto e sabendo que a decisão penal absolveu a parte 
autora do que lhe foi imputado, outra decisão não poderia se esperar, na luz da legalidade 
que não o arquivamento do PAD eis que, como já dito, a seara penal vincula a seara 
administrativa. 
Mas se viu que o PAD prosseguiu e aplicou sanção de demissão da parte autora ao 
arrepio da lei. 
Ante o exposto, presentes todas as ilegalidades acima expostas, não há outra 
alternativa senão a anulação do ato demissional bem como que se determine a reintegração 
da parte autora ao cargo público que ocupava bem como que se apure e pague o valor não 
pago quando da sua suspensão, na forma do artigo 28 da lei 8.112/90. 
 
 
V - DA LIMINAR 
Consonante com todo o exposto anteriormente, encontram-se presentes os 
requisitos para concessão do pedido em caráter de urgência, com propósito de alcançar a 
reintegração imediata da servidora pública federal, ora impetrante, junto a Universidade 
Federal, bem como o recebimento dos vencimentos pretéritos desde 11/01/2017, sendo a 
data do ato impugnado. 
Neste contexto, nos deparamos com o periculum in mora e fumus boni iuris. 
Com relação ao periculum in mora, é sabido que este se refere ao perigo da demora, 
conforme preceitua o Art. 300, do Código de Processo Civil. 
Nesta oportunidade, há de se destacar que o perigo da demora repousa na alta 
possibilidade da impetrante vir a sofrer consequências gravíssimas diante da sucessão de 
atos ilícitos praticados, que corroboraram para sua demissão descabida, devendo ser 
elencados: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
a. Ocupação de seu antigo cargo por novo servidor federal, restando na 
impossibilidade de sua reintegração; 
b. Acúmulo de prejuízos de ordem financeira, haja vista não ter conseguido se 
realocar no mercado de trabalho neste ínterim e ao não estar gerando renda para sua 
subsistência. 
No que se refere ao fumus boni iuris, a fumaça do bom direito, esta caracteriza-se 
por toda a fundamentação realizada nesta peça, juntamente com as provas documentais, 
que garantem o próprio direito da impetrante a ser reintegrada de pronto a seu antigo cargo, 
bem como a receber seus devidos vencimentos, ante a demissão ilegal. 
Considera-se, ainda, o disposto no inciso III, Art. 7º da Lei nº 12.016/2009, que 
versa acerca da suspensão do ato, pelo próprio magistrado, que deu motivo ao pedido: 
“Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento 
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente 
deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo 
de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. ” 
Destarte, requer o deferimento da liminar, no sentido de proceder a reintegração 
imediata da impetrante ao seu antigo cargo junto a Universidade Federal, bem como seja 
determinado o depósito dos vencimentos retroativos, a contar de 11/01/2017, ora data da 
demissão ilegal. 
 
VI - DOS PEDIDOS 
Posto isso, requer o Impetrante que Vossa Excelência: 
a) que seja concedida a gratuidade de justiça, na forma do art. 98 e seguintes, do 
Código de Processo Civil, vez que a impetrante se encontra desempregada, não possuindo 
condições de arcar com as custas; 
b) conceda, in limine, a segurança requerida, com a expedição do competente ofício 
determinando que a autoridade coatora suspenda o ato lesivo e cumpra as determinações 
legais (art. 9.º da Lei n. 12.016/2009), assegurando-se ao Impetrante o direito de _____ 
até o julgamento do mérito do presente mandado; 
c) acate as provas que demonstram o direito líquido e certo do impetrante que 
acompanham a presente petição inicial, confirmando a prova pré-constituída como 
exigência no mandado de segurança (cópia do ato impugnado); 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455085/artigo-7-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09
d) determine a notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo 
legal de dez dias, entregando-lhe a segunda via da petição inicial acompanhada dos 
documentos reproduzidos por cópia (art. 7.º, I, da Lei n. 12.016/2009); 
e) intime pessoalmente o representante judicial da pessoa jurídica à qual está 
vinculadaa autoridade coatora, nos termos do art. 7.º, II, da Lei n. 12.016/2009; 
f) determine a oitiva do membro do Ministério Público para oferecer parecer (art. 
12, caput, da Lei n. 12.016/2009); 
g) fixe multa, nos termos do § 2.º do art. 77 do Código de Processo Civil e art. 26, 
Lei 12016/09. 
Requer, ao final, a concessão definitiva da segurança e a ratificação da liminar 
deferida assegurando-se o direito líquido e certo (especificar) do impetrante. 
 
VII. DO VALOR DA CAUSA 
Diante disso, dá-se à causa o valor de R$ ... 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local e Data. 
Advogado 
OAB/UF nº ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEÇA Nº 3 
HABEAS CORPUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR 
PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOME DO ADVOGADO, nacionalidade, estado civil, advogado, inscrito na 
Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº ..., endereço eletrônico ..., endereço profissional 
na Rua..., Bairro ..., Cidade/UF..., CEP ..., vem à presença de vossa excelência, com fulcro 
no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal e nos arts. 647 e 648, do Código de Processo 
Penal, para impetrar o presente 
 
HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO LIMINAR 
 
pelo procedimento especial, em favor de MATILDE, nacionalidade, estado civil, 
profissão, portadora da cédula de identidade nº ..., inscrita no CPF sob o nº ..., com endereço 
eletrônico ..., residente e domiciliado na Rua ..., Bairro ..., RIO DE JANEIRO/RJ, CEP ..., 
apontando como autoridade coatora o EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 10ª VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
 
I - DOS FATOS 
A paciente é genitora dos menores Jane e Gilson Pires, para os quais tem a obrigação 
de pagar pensão alimentícia no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), dividido igualmente. 
No entanto, a paciente vem enfrentando dificuldades para realocar-se no mercado de 
trabalho há aproximadamente 1 (um) ano, o que a prejudica na prestação dos alimentos. 
A falta da atividade laborativa resultou na impossibilidade de pagamento do valor 
de pensão estipulado e em razão do inadimplemento, foi ajuizada ação competente para 
execução de alimentos. 
Contudo, mesmo a paciente justificando a falta de pagamento em razão do 
desemprego, a autoridade coatora determinou a prisão. 
 
II - DOS FUNDAMENTOS 
II.I – DA COMPETÊNCIA 
O presente tribunal se torna competente imediato, conforme art. 649, do Código de 
Processo Penal. 
II.II – DA LEGITIMIDADE 
A paciente é legitima para impetrar o remédio judicial apresentado, pois a mesma 
está a sofrer coação em sua liberdade de locomoção, sendo assim, é pertinente a propositura 
da presente demanda, de acordo com art. 647, do Código de Processo Penal e art. 5º, LXVIII, 
da Constituição Federal. 
 
II.III – DO CABIMENTO 
O remédio judicial torna-se cabível por se tratar de uma coação ilegal do direito de 
liberdade de locomoção, tendo como base o art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal e art. 
647, do Código de Processo Civil. 
 
II.IV – DO DIREITO 
Ante aos fatos expostos acima, não resta dúvida a necessidade medida que ora se 
requisita. 
Conforme disposto no ar. 5º, LXVII da Constituição da República, o habeas 
corpus se presta a coibir violação da liberdade de locomoção de quem já tenha sofrido ou 
esteja na iminência de sofrer, o que é o caso em comento. 
A decisão da autoridade coatora indica não guarda fundamento de validade, senão 
vejamos. A paciente foi apresentada como parte Ré num processo de execução de 
alimentos que busca o pagamento dos últimos 5 (cinco) meses. Contudo, o art. 911, do 
Código de Processo Civil leciona que a execução fundada em título executivo extrajudicial 
em que haja obrigação de pagar, o juiz mandará citar o executado para que faça o 
pagamento em três dias. 
A paciente, conforme já relatado acima, não apresenta condições de adimplir o 
débito por motivos alheios à sua vontade, não tendo fundamento a edição do decreto 
prisional, notadamente em seus artigos 528, §§ 2º ao 7º, do Código de Processo Civil. 
Assim, o direito da paciente foi violado vez que o § 7º do art. 528, combinado com 
o art. 911 e corroborado pela súmula 309, do Superior Tribunal de Justiça são claros em 
lecionar que a prisão civil é justificada pelo débito dos 3 (três) últimos meses anteriores ao 
ajuizamento da ação, o que invalida o pedido feito na inicial que ora se ataca. 
´´SÚMULA 309: O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que 
compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do 
processo. ´´ 
Assim, por estes fundamentos, o decreto prisional não deve ser executado, vez que 
incorrerá em grave violação do direito da paciente e requer-se, dede logo, que seja concedido 
o presente pedido de habeas corpus para a manutenção da justiça. 
 
III - DA LIMINAR 
Como já é sabido, a concessão de medida liminar fundamenta-se na presença de dois 
elementos justificantes, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora. 
O fumus boni iuris resta claramente demonstrado quando da limitação imposta por 
lei processual, notadamente quanto ao débito alimentar de três meses e principalmente 
pelo fato da paciente ter justificado, de modo verídico, a impossibilidade de adimplir sua 
obrigação alimentar em face de doença e de estar afastada do mercado de trabalho há mais 
de 1 (um) ano. 
De outro giro, o periculum in mora consiste na possibilidade do decreto prisional 
ser executado, o que causará grave violação de direito, visto que o mesmo não guarda 
fundamento que o sustente. Ainda poderá agravar os problemas de saúde suportados pela 
paciente. 
 
IV - DOS PEDIDOS 
Posto isso, requer o Impetrante que Vossa Excelência: 
a) seja deferida a liminar para determinar ao Juízo o recolhimento, 
independentemente de cumprimento, do mandado de prisão já expedido, ou, 
alternativamente, caso já cumprido o mandado, seja determinada a imediata colocação em 
liberdade da paciente. 
b) notificação da Autoridade Coatora, o Exmo. Dr. Juiz da 10ª Vara de Família da 
Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. 
c) a concessão da ordem de Habeas Corpus Preventivo, com a consequente 
expedição de Salvo Conduto, para a paciente; 
d) intimação do MP; 
e) tramitação preferencial; 
f) a juntada de documentos que se anexa a esta peça processual. 
 
V – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se o valor da causa R$ ... 
 
Nestes Termos. 
Pede deferimento. 
 
Local e Data. 
 
 
Advogado 
OAB/UF n.º... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEÇA Nº 4 
AÇÃO POPULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...ª VARA 
CÍVEL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE CIDADE/UF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOANA, brasileira, estado civil, profissão, portador do título de eleitor n°..., inscrito 
no CPF n °..., com endereço eletrônico, domiciliado ..., residente (endereço completo), vem 
por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica 
para os fins do art. 77, V, do Código de Processo Civil, com fundamento no art. 5º, LVXXIII, 
da Constituição Federal e Lei nº 4717/65, propor 
AÇÃO POPULAR C/C LIMINAR 
em face do MUNICÍPIO BETA, pessoa jurídica de direito público interno, com 
sede na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., do JOÃO, PREFEITO DO MUNICÍPIO BETA, 
nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG nº..., 
devidamente inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na..., Bairro..., Cidade..., 
Estado..., do SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO, nacionalidade, estado civil, 
profissão..., portador da cédula de identidade RG nº..., devidamente inscrito no CPF nº..., 
residente e domiciliado na... Bairro..., Cidade... Estado..., e de SOCIEDADE 
EMPRESARIA WW., pessoajurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ 
nº..., com sede na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., pelos motivos de fato e de direito a seguir 
aduzidos : 
 
I- DOS FATOS 
O prefeito municipal João, como parte das iniciativas de modernização que vêm 
sendo adotadas no plano urbanístico do Município Beta, bem sintetizadas no slogan "Beta 
rumo ao século XXII", determinou que sua assessoria realizasse estudos para a promoção 
de uma ampla reforma dos prédios em que estão instaladas as repartições públicas 
municipais. Esses prédios, localizados na região central do Município, formam um belo e 
importante conjunto arquitetônico do século XVIII, tendo sua importância no processo 
evolutivo da humanidade reconhecida por diversas organizações nacionais e internacionais, 
tanto que tombados. 
A partir desses estudos, foi escolhido o projeto apresentado por um renomado 
arquiteto modernista, que substituiria as fachadas originais de todos os prédios, as quais 
passariam a ser compostas por estruturas mesclando vidro e alumínio. Concluída a licitação, 
o Município Beta, representado pelo prefeito municipal, celebrou contrato administrativo 
com a sociedade empresária WW, que seria responsável pela realização das obras de 
reforma, o que foi divulgado em concorrida cerimónia. 
No dia seguinte à referida divulgação, Joana, cidadã brasileira, atuante líder 
comunitária e com seus direitos políticos em dia, formulou requerimento administrativo 
solicitando a anulação do contrato, o qual foi indeferido pelo prefeito municipal João, no 
mesmo dia em que apresentado, sob o argumento de que a modernização dos prédios 
indicados fora expressamente prevista na Lei municipal no XX/2019, que determinara o 
rompimento com uma tradição que, ao ver da maioria dos munícipes, era responsável pelo 
atraso civilizatório do Município Beta. 
Com o objetivo de preservar o património histórico e cultural descrito acima, para 
evitar lesão a este importante conjunto arquitetônico, a autora vem em ajuizar a presente 
Ação Popular. 
 
II – DOS FUNDAMENTOS 
II.I – DO CABIMENTO 
O art. 5º, LXXXII da CF/88 menciona: 
´´Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
(...) 
 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise 
a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência. ´´ 
Com base no artigo acima citado admite a impetração da Ação Popular, por 
qualquer cidadão, que visa anular o ato lesivo ao patrimônio público, por sua vez, à 
moralidade administrativa ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. 
Conforme a Lei 4.717/65 que estabelece o rito da presente ação. Conforme redação 
da Constituição Federal a celebração de contrato de concessão, sem a devida licitação, é 
contrato administrativo que ofende a moralidade administrativa, já mencionada na 
presente ação, inclusive seus pontos cruciais. Além de ser ato lesivo ao patrimônio. Dito 
isto, o ajuizamento do presente é perfeitamente cabível. 
 
II.II – DA LEGITIMIDADE 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104081/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-popular-lei-4717-65
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
A) ATIVA 
A Ação Popular tem previsão no art. 5º, LXXII da Constituição Federal. 
Esse artigo garante o seu ajuizamento a todos os cidadãos no regular gozo dos seus 
direitos, políticos, o que é o caso do autor, conforme comprovado pelo Título Eleitoral e 
Certidão de Obrigações Eleitorais. 
 
B) PASSIVA 
Os réus apontados nessa peça processual são devidamente responsáveis pelo ato 
ilegal, lesivo ao Patrimônio Público, conforme art. 6º, da Lei 4.717/65. 
 
II.III – DA COMPETÊNCIA 
O art. 5º, da Lei nº 4.717/1965, que regula a Ação Popular, dispõe que: “Conforme 
a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o 
juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que 
interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município”. 
Dessa forma, considerando que o ato, que ora se pretende impugnar, emanou do 
ente municipal, o qual possui interesse direto na lide, o autor propõe a ação no foro da 
Comarca de .../UF, endereçando-a ao Juízo da Fazenda Pública, que possui competência 
para processar e julgar os feitos atinentes à Fazenda Pública Municipal. 
 
II.IV – DO ATO LESIVO 
O ato lesivo ao patrimônio público ora impugnado é a substituição das fachadas 
originais de todos os prédios localizados no município que formam um belo e importante 
conjunto arquitetônico do século XVIII, tendo sua importância no processo evolutivo da 
humanidade reconhecido por diversas organizações nacionais e internacionais. 
A Lei Municipal no XX/2019 é materialmente inconstitucional por afrontar o dever 
do Município de proteger os bens de valor histórico, nos termos do art. 23, III, e art. 30, 
IX, da Constituição Federal, além de violar o dever de impedir a descaracterização dos 
bens de valor histórico, nos termos do art. 23, IV. Uma vez que, sendo que o conjunto 
urbano de valor histórico, alcançado pelo contrato administrativo, integra o património 
cultural brasileiro nos termos do art. 216, V, do diploma já citado. 
Dessa forma, a inconstitucionalidade da Lei Municipal no XX/2019 deve ser 
reconhecida incidentalmente. 
Em consequência, o contrato administrativo celebrado é considerado nulo, em 
razão da de sua ilegalidade nos termos do art. 20, alínea c, e parágrafo único, alínea c, 
ambos da Lei 4.717/65. 
 
II.V – DA REQUISIÇÃO DE DOCUMENTOS 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727596/inciso-lxxii-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11321952/artigo-6-da-lei-n-4717-de-29-de-junho-de-1965
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104081/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-popular-lei-4717-65
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11322126/artigo-5-da-lei-n-4717-de-29-de-junho-de-1965
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104081/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-popular-lei-4717-65
Requer a autora as entidades já citadas a requisição dos documentos ou outros 
meios de provas que sejam necessários aos esclarecimentos dos fatos, conforme art. 7º, I, 
´´b´´, da Lei 4.717/65. 
 
III – DO PEDIDO LIMINAR 
A tutela de urgência na Ação Popular está presente no art. 5º, §4º, da Lei 4.717/65 
e também art. 300, do Código de Processo Civil. 
O fumus boni iuris decorre de flagrante ofensa à ordem constitucional, o que 
acarreta a nulidade do ato, e o periculum in mora se configura na iminência de serem 
causados danos ao patrimônio-histórico. 
 
IV - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
a) a citação do Réu, para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de 20 dias, 
sob pena de aplicação dos efeitos da revelia; 
b) a citação do Município X em separado, na forma do art. 6º, § 3º, da Lei 4.717/65; 
c) a intimação do ilustre representante do Ministério Público; 
d) a procedência dos pedidos para decretar a invalidade do ato lesivo ao patrimônio 
público e à moralidade, condenando o Réu no pagamento das perdas e danos; 
e) a condenação dos Réus no pagamento das custas edos honorários advocatícios; 
f) a isenção das custas processuais e ônus processuais, nos termos do que prescreve 
o art. 5º, LXXII, da Constituição Federal 
g) a confirmação da liminar, nos termos em que foi requerida; 
h) a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente documental; 
i) a juntada dos documentos em anexo, em especial cópia do título de eleitor. 
 
V - DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ ... 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11321952/artigo-6-da-lei-n-4717-de-29-de-junho-de-1965
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11321845/par%C3%A1grafo-3-artigo-6-da-lei-n-4717-de-29-de-junho-de-1965
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104081/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-popular-lei-4717-65
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
 
Advogado 
OAB/UF n.º... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEÇA Nº 5 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS, pessoa jurídica 
de direito privado, inscrita no CNPJ de nº ..., com endereço eletrônico ..., com sede na Rua 
..., nº ..., Bairro ..., CEP ..., São Paulo, São Paulo, representado por seu CAIO, nacionalidade 
..., profissão ..., estado civil ..., inscrito no CPF nº ..., com endereço eletrônico ..., residente 
e domiciliado na Rua ..., nº ..., Bairro ..., CEP ..., Cidade ..., Estado ... por seu advogado, 
com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do arts. 
77, V e 287, do Código de Processo Civil, com fundamento no art. 5º, LXX e LXXI, da 
Constituição Federal e Lei nº 13300/16, propor 
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO 
em face do PREFEITO DO MUNICÍPIO Y, nacionalidade..., estado civil..., 
profissão..., portador da cédula de identidade RG nº..., devidamente inscrito no CPF nº..., 
residente e domiciliado na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., vinculado ao Município Y, 
pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ de nº ..., com endereço eletrônico ..., 
com sede na Rua ..., nº ..., Bairro ..., CEP ..., Cidade ..., Estado ..., por meio de seus 
representantes judiciais, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I - DOS FATOS 
A prefeitura municipal administra uma estação de tratamento de esgoto e nesta 
trabalham os afiliados do impetrante. 
Conforme se demonstra, o labor se dá em ambiente insalubre e com constante 
exposição a agentes nocivos à saúde, razão pela qual o município demandado despende 
pagamento de adicional de insalubridade. 
Conforme se observa na lei orgânica do Município Y, compete ao demandado a 
apresentação de proposta de lei para que seja regulado o exercício do direito à aposentadoria 
especial dos servidores municipais, conforme também apregoa a Constituição Estadual de 
São Paulo. 
Até o presente momento o responsável por apresentar tal projeto ainda não o fez, 
razão pela qual se demanda com este instrumento para que a inércia do Prefeito Municipal 
não incorre em prejuízo aos servidores municipais. 
 
II – DOS FUNDAMENTOS 
II.I – DO CABIMENTO 
O presente mandado de injunção é cabível com fundamento no art. 5º, LXXI, da 
Constituição Federal e art. 2º e seguintes da Lei 13.300/16, por se tratar de uma situação em 
que há ausência de norma legal impedindo o exercício de direito constitucional, como o caso 
narrado. 
 
II.II – DA LEGITIMIDADE 
A) LEGITIMIDADE ATIVA 
Com advento da Lei do Mandado de Injunção Individual e Coletivo, Lei 
nº 13.300/16, art. 3º, tem-se expressamente a legitimidade ativa para o writ: 
´´Art. 3º. São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as 
pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das 
liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2o e, como impetrado, o Poder, 
o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora. ´´ 
Em mandado de injunção é perfeitamente cabível sua impetração na modalidade 
coletiva, que é o ajuizado pelas entidades coletivas previstas no art. 5º, LXX, da 
Constituição Federal, ou seja, os mesmos legitimados ativos do mandado de segurança 
coletivo, que foram transpostos para o art. 12 da Lei nº 13.300/16, vejamos: 
´´Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: 
(...) 
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o 
exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de 
parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que 
pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial; 
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por 
mandado de injunção coletivo são os pertencentes, indistintamente, a uma 
coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, classe ou 
categoria. ´´ 
Sendo devidamente cabível o mandado de injunção no presente caso, uma vez que, 
todo o grupo de servidores estão deveras, sendo prejudicados pela falta de legislação 
específica que os ampare em relação ao direito constitucional de greve e sendo dever do 
sindicato zelar pelos direitos e interesses dos servidores. 
 
B) LEGITIMIDADE PASSIVA 
O legitimado passivo no Mandado de Injunção é a esfera estatal considerada omissa 
no dever de legislar. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/353530031/lei-13300-16
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/115183940/artigo-3-da-lei-n-13300-de-23-de-junho-de-2016
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727750/inciso-lxx-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/353530031/lei-13300-16
Nos moldes do art. 3º da Lei do Mandado de Injunção Individual e Coletivo, temos 
expressa a legitimidade passiva: 
“como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar 
a norma regulamentadora”. 
Não restando dúvidas que o Prefeito do Munícipio Y é legítimo para responder este 
mandado de injunção, por ter ficado inerte em relação ao seu dever de ter criado uma 
norma reguladora para os determinados servidores públicos do Município Y. 
 
II.III – DA COMPETÊNCIA 
O presente tribunal se torna competente por se tratar de omissão de norma 
regulamentadora vinda de prefeito do Município Y que se localiza no Estado de São Paulo. 
II.IV – DO DIREITO 
Conforme bem definido no art. 126, § 4º da Constituição Estadual, é direito do 
servidor que exerce atividade sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física a aposentadoria com critérios diferenciados, direito também garantido pela 
Constituição Federal. 
Dito isto, reservando-se ao caso comento, compete ao chefe do poder executivo 
municipal a iniciativa de projeto de lei que disponha sobre o assunto aposentadoria dos 
servidores e por consequência, da aposentadoria especial dos servidores municipais. 
´´Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei 
que disponham sobre: 
(...) 
III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos 
servidores. ´´ 
Assim, o prefeito deve tomar tal iniciativa, visto que há no quadro de servidores 
pessoas que preenchem requisitos, na forma da lei geral. 
Contudo, até o presente momento tal iniciativa não foi tomada e os servidores 
públicos municipais carecem de legislação acerca do tema, o que notadamente gera 
prejuízos. 
Desse modo, ante a inércia do prefeito municipal, não restou outra alternativa à 
demandante senão ingressar com a presente ação judicial para que não seja causado prejuízo 
aos seus filiados ante a falta de legislação, pugnando, ainda, a aplicação analógica do art. 57 
da lei 8.213/1991. 
 
III - DOS PEDIDOSIsto posto, requer: 
a) notificação da autoridade coatora para prestar informações, no prazo de 10 dias; 
b) a ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da pessoa 
jurídica interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, 
ingresse no feito. 
c) Intimação do MP; 
d) A procedência do pedido para declarar a omissão normativa...; 
e) A procedência do pedido com a aplicação analógica do disposto no art. 57, caput 
e § 1º da Lei nº 8.213/91, que disciplina o... 
Provas: Requerer a produção das provas admitidas em direito, em especial 
documental. 
 
IV - DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ ... 
 
Nestes termos, 
Pede-se deferimento. 
 
Local..., Data... 
 
 
Advogado.... 
OAB... 
 
 
	PEÇA Nº 2
	MANDADO DE SEGURANÇA
	EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIARIA DO ESTADO ...
	MARIA SOUZA, nacionalidade, estado civil, professor, portadora da cédula de identidade nº ..., inscrita no CPF sob o nº ..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na Rua ..., Bairro ..., residente e domiciliado na Rua ..., Bairro ..., C...
	MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR
	Contra ato praticado pelo REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL, Sr. (nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão, com documentos de identificação e endereço pessoal desconhecidos, represente legal da referida instituição de ensino superior públic...
	I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
	Em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pela impetrante desde sua demissão, esta não possui como suportar as custas judiciais sem que afete o seu sustento, razão pela qual deve ser contemplada pela gratuidade de justiça, na forma do art. 98 ...
	II - DOS FATOS
	Preambularmente, cumpre ressaltar que a impetrante pertencia ao quadro de servidores públicos federais da instituição impetrada, exercendo cargo de professora.
	Em determinado dia, Marcos Silva, aluno da instituição em tela, inconformado com a nota que lhe fora atribuída na disciplina em que a impetrante lecionava no curso de graduação do aluno, ele a abordou com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exi...
	Nesse instante, a impetrante, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e se desvencilhar do aluno, que restou por sofrer uma queda e fraturar um dos braços.
	Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), a fim de apurar eventual responsabilidade da professora e, ao mesmo tempo, a impetrante foi denunciada pelo crime de lesão corporal.
	Quanto a esfera criminal, a impetrante foi absolvida, vez que fora provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado.
	Com relação ao processo administrativo, este prosseguiu, sem a devida citação da impetrante, pois a Comissão nomeada entendeu que a mesma já teria tomado ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a C...
	O PAD foi encaminhado à autoridade competente, ora o impetrado, para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à impetrante, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autôno...
	Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções.
	Assim sendo, socorre-se a impetrante do manto do Poder Judiciário, com fito de obter a necessária tutela jurisdicional.
	III - DOS FUNDAMENTOS
	No presente caso, o impetrado é responsável por ato de lesão a direito líquido e certo junto à impetrante, vez que comprovado, junto a esfera penal, que a mesma agiu em legítima defesa, resultando em sua sentença absolutória.
	Deve-se salientar, ainda, quanto a omissão da tramitação do PAD sem a devida citação da interessada, bem como a descabida decisão do reitor ao aplicar a pena de demissão à impetrante, sob a justificativa apresentada de “que a esfera administrativa é a...
	III.I - DO CABIMENTO
	O presente mandado de segurança tem cabimento, nos termos do art. 5º, LXIX, da Constituição Federal, como verdadeiro remédio constitucional para afastar ato de autoridade, capaz de causar lesão ou ameaça, a direito líquido e certo não amparado por out...
	Isto posto, não há que se falar quanto a inadmissibilidade da impetração do presente mandamus.
	III.II – DA LEGITIMIDADE E TEMPESTIVIDADE
	Ao discorrer desta peça exordial, juntamente com os documentos acostados a esse mandamus, será notabilizado que a impetrante está circundada pelas garantias dispostas nas legislações específicas e jurisprudências cabíveis ao caso.
	Cumpre ressaltar, ainda, que o prazo para impetrar o presente instrumento fora devidamente respeitado, haja vista que a impetrante foi cientificada em 11/01/2017 e procedeu ao acionamento do judiciário em 22/02/2017, perfazendo 42 (quarenta e dois) di...
	“Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. ”
	Como pode ser visto, da impossibilidade de intempestividade deste remédio constitucional, vez que demonstrados os requisitos do instrumento em tela.
	III.III - DA COMPETÊNCIA
	O critério definidor da competência da Justiça Federal se baseia no ratione personae, onde é levado em consideração a natureza das pessoas envolvidas na relação processual.
	No presente caso, trata-se de ato coator praticado pelo reitor de instituição de ensino superior público federal e, portanto, a competência será da Justiça Federal.
	Ademais, urge ressaltar o disposto no § 3º do Art. 6º da Lei nº 12.016/2009, que versa acerca da indicação da Autoridade Coatora:
	“Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa ju...
	§ 3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. ”
	À vista disso, não há que se falar acerca de possível incompetência do âmbito federal para solução do presente mandamus.
	III. IV – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO NÃO AMPARADO POR HABEAS CORPUS OU HABEAS DATA
	O caso mencionado é amparado pelo mandado de segurança, conforme documentos em anexos.
	IV - DO MÉRITO
	É inegável que o art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal garantem ao indivíduo o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa.
	V - DA LIMINAR
	Consonante com todo o exposto anteriormente, encontram-se presentes os requisitos para concessão do pedido em caráter de urgência, com propósito de alcançar a reintegração imediata da servidora pública federal, ora impetrante, junto a Universidade Fed...
	Neste contexto, nos deparamos com o periculum in mora e fumus boni iuris.
	Com relação ao periculum in mora, é sabido que este se refere ao perigo da demora, conforme preceitua o Art. 300, do Código de Processo Civil.
	Nesta oportunidade, há de se destacar que o perigo da demora repousa na alta possibilidade da impetrante vir a sofrer consequências gravíssimas diante da sucessão de atos ilícitos praticados, que corroboraram para sua demissão descabida, devendo ser e...
	a. Ocupação de seu antigo cargo por novo servidor federal, restando na impossibilidade de sua reintegração;
	b. Acúmulo de prejuízos de ordem financeira, haja vista não ter conseguido se realocar no mercado de trabalho neste ínterim e ao não estar gerando renda para sua subsistência.
	No que se refere ao fumus boni iuris, a fumaça do bom direito, esta caracteriza-se por toda a fundamentação realizada nesta peça, juntamente com as provas documentais, que garantem o próprio direito da impetrante a ser reintegrada de pronto a seu anti...
	Considera-se, ainda, o disposto no inciso III, Art. 7º da Lei nº 12.016/2009, que versa acerca da suspensão do ato, pelo próprio magistrado, que deu motivo ao pedido:
	“Art. 7º Ao despachar a inicial,o juiz ordenará:
	III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o ob...
	Destarte, requer o deferimento da liminar, no sentido de proceder a reintegração imediata da impetrante ao seu antigo cargo junto a Universidade Federal, bem como seja determinado o depósito dos vencimentos retroativos, a contar de 11/01/2017, ora dat...
	VI - DOS PEDIDOS
	Posto isso, requer o Impetrante que Vossa Excelência:
	a) que seja concedida a gratuidade de justiça, na forma do art. 98 e seguintes, do Código de Processo Civil, vez que a impetrante se encontra desempregada, não possuindo condições de arcar com as custas;
	b) conceda, in limine, a segurança requerida, com a expedição do competente ofício determinando que a autoridade coatora suspenda o ato lesivo e cumpra as determinações legais (art. 9.º da Lei n. 12.016/2009), assegurando-se ao Impetrante o direito de...
	c) acate as provas que demonstram o direito líquido e certo do impetrante que acompanham a presente petição inicial, confirmando a prova pré-constituída como exigência no mandado de segurança (cópia do ato impugnado);
	d) determine a notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo legal de dez dias, entregando-lhe a segunda via da petição inicial acompanhada dos documentos reproduzidos por cópia (art. 7.º, I, da Lei n. 12.016/2009);
	e) intime pessoalmente o representante judicial da pessoa jurídica à qual está vinculada a autoridade coatora, nos termos do art. 7.º, II, da Lei n. 12.016/2009;
	f) determine a oitiva do membro do Ministério Público para oferecer parecer (art. 12, caput, da Lei n. 12.016/2009);
	g) fixe multa, nos termos do § 2.º do art. 77 do Código de Processo Civil e art. 26, Lei 12016/09.
	Requer, ao final, a concessão definitiva da segurança e a ratificação da liminar deferida assegurando-se o direito líquido e certo (especificar) do impetrante.
	VII. DO VALOR DA CAUSA
	Diante disso, dá-se à causa o valor de R$ ...
	Termos em que,
	Pede deferimento.
	Local e Data.
	Advogado
	OAB/UF nº ...

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