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PEÇA Nº 1 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR/BA OU RECIFE/PE. VIÚVA ..., qualificação ... e FILHO DE MAURO, menor impúbere, representado por sua genitora, ambos residentes e domiciliados na ..., por intermédio de sua advogada que este subscreve, qualificações e endereços para os fins que indica, conforme art. 77, do Código de Processo Civil, vem, respeitosamente, propor a presente: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS Em face de PAULO, estado civil, comerciante, residente e domiciliado na ..., inscrito no CPF sob nº ..., RG nº ..., com fundamento nos arts. 186, 927 e ss., do Código Civil, pelos motivos que passa a expor. I - DA JUSTIÇA GRATUITA A mãe, a parte autora da ação faz jus à concessão da gratuidade de justiça, haja vista que não possui rendimentos suficientes para custear as despesas processuais e honorários advocatícios em detrimento de seu sustento e de sua família, com fundamento no art. 5°, XXIV, da Constituição Federal e art. 98 e ss, do Código de Processo Civil. II - DOS FATOS Mauro, pedreiro, caminhava por uma rua de Recife – PE quando foi atingido por um aparelho de ar condicionado manejado, de forma imprudente, por Paulo, comerciante e proprietário de um armarinho (doc. 2 – boletim de ocorrência). Encaminhado a um hospital particular, Mauro faleceu após estar internado por um dia (doc. 3). Sua família, profundamente abalada pela perda trágica do parente, deslocou-se até Recife – PE e transportou o corpo para Salvador – BA, local do sepultamento. O falecido deixou viúva e um filho menor impúbere, ora autores O falecido deixou viúva e um filho menor impúbere, ora autores. Mauro faleceu aos 35 anos de idade e era responsável pelo sustento da família e conseguia obter renda média mensal de R$ 800,00 (oitocentos reais) como pedreiro (doc. 4). Além da perda da receita, a esposa do falecido teve de arcar com as despesas hospitalares no montante de R$ 3.000,00 (três mil reais) e despesas com o funeral do de cujus, no montante de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) (doc. 5). Após o laudo da perícia técnica apontar como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado e o inquérito policial indicar Paulo como autor de homicídio culposo, os autores buscaram indenização junto ao réu. Em que pesem as tentativas, não lograram êxito nesse intento, o que os levaram a propor a presente ação indenizatória. III – DOS FUNDAMENTOS III.I - DOS DANOS MATERIAIS a) Da responsabilidade do requerido Segundo dispõe o art. 938 do código Civil, a responsabilidade pelo dano proveniente das coisas que caírem de prédio ou forem lançadas em lugar indevido é objetiva, ou seja, independe da demonstração de conduta culposa ou dolosa. O caso em tela se subsome perfeitamente no dispositivo citado, vez que o réu manejava um ar condicionado do prédio onde exerce suas atividades profissionais, ar condicionado este que, como se viu, caiu e atingiu de modo fatal o ente querido dos autores. Os requisitos para a configuração da responsabilidade civil – conduta, dano e nexo de causalidade – estão, dessa forma, configurados, não sendo o caso de se discutir se houve dolo ou culpa por parte do réu. De qualquer forma, e considerando o princípio da eventualidade, o autor também responderia caso fosse necessário enquadrar o caso presente na responsabilidade subjetiva. Com efeito, o art. 927 do Código Civil é claro no sentido de que “aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Os fatos narrados na petição inicial enquadram-se também na hipótese de incidência prevista no dispositivo citado, pelos seguintes motivos: a) o requerido, de maneira imprudente, deixou cair um aparelho de ar-condicionado na rua; b) a queda do aparelho causou a morte de Mauro, conforme restou comprovado pelas conclusões do laudo da perícia técnica; c) a morte de Mauro em razão da conduta imprudente do requerido causou danos de ordem material e moral nos autores. Por outro lado, não ocorre no caso presente qualquer das causas excludentes da responsabilidade, eis que restou clara a conduta imprudente do réu, fato que restou reforçado pelo seu indiciamento no crime de homicídio culposo. Demonstrada a culpa, o nexo causal e os danos, que são presumidos em casos como esses, de rigor, agora, tratar das verbas indenizatórias devidas aos autores. b) Das verbas indenizatórias devidas O art. 948 do Código Civil tem o seguinte teor: “Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: I – no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração possível da vida da vítima. ” Por outro lado, a Constituição Federal, em seu art. 5º., V e X, e o Código Civil, em seus arts. 186 (ato ilícito) e 944 (“a indenização mede-se pela extensão do dano”) impõe que os danos morais também devem ser indenizados. Considerando que houve despesas comprovadas de funeral, que os autores dependiam economicamente do falecido e que o dano moral é consequência natural e imediata do falecimento do marido e do pai dos autores, independendo de comprovação, segundo a jurisprudência, os autores fazem jus às seguintes verbas indenizatórias: danos materiais, consistentes no ressarcimento das despesas de hospital, funeral e na fixação de pensão aos autores; danos morais, devidos a cada um dos autores. c) Da pensão Nos termos da jurisprudência do STJ, a pensão devida aos filhos deve se estender até a idade de 24 anos, quando presumidamente estes encerrarão sua formação escolar, podendo ingressar no mercado de trabalho em melhores condições para prover a sua subsistência. Confira: “A pensão pela morte do pai será devida até o limite de vinte e quatro anos de idade, quando, presumivelmente, os beneficiários da pensão terão concluído sua formação, inclusive curso universitário, não mais substituindo vínculo de dependência” (STJ, Resp /RS, rel. Min. Cesar Rocha, DJ 17/09/01). Já a pensão devida à esposa, deve ser paga até que esta perfaça 70 anos, tendo em vista o aumento da expectativa de vida do brasileiro, que hoje é, em média, de 71,9 anos. Confira: “Possibilidade de determinar como termo final do pagamento da pensão, a data em que a vítima completaria 70 (setenta) anos de idade, em função do caso concreto. Precedentes: REsp /RS e REsp /SP” (REsp /RN, Rel. Min. Francisco Falcão, Primeira Turma, julgado em , DJ , p. 242). Já quanto ao quantum devido, as decisões do STJ vêm fixando a pensão em 2/3 da remuneração que recebia o de cujus. Confira: “Responsabilidade civil do Estado. Acidente de trânsito com vítima fatal. Adequada a fixação do valor da pensão em 2/3 (dois terços) dos rendimentos da vítima, deduzindo que o restante seria gasto com seu sustento próprio” (STJ, REsp /MT, rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 16/11/2004). O mesmo Tribunal também vem entendendo ser cabível o direito de acrescer aos demais autores, na medida em que o filho do falecido completar a idade que não mais permite o recebimento da pensão (STJ, REsp /RJ, rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ 17/12/2007). Por fim, é importante ressaltar que tanto a correção monetária como os juros moratórios das parcelas devidas a título de indenização por danos materiais devem incidir desde a data do evento danoso (STJ, REsp /SP, rel. Min. Jorge Scartezzini, DJ de 21/03/2005). Como o art. 406 do Código Civil determina a aplicação da taxa Selic e esta abarca juros e correção monetária, estes incidirão com a simples aplicação da taxa referencial (STJ, REsp /RN,rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j ,p.392). III.II - DOS DANOS MORAIS O STJ vem entendendo que não se pode mais fixar o valor do dano moral tomando como critério o salário mínimo. Deve-se fixar esta verba certo, valor esse que, em caso de homicídio, vem sendo fixado na quantia de R$ 190 mil (cento e noventa mil reais). Confira o seguinte caso: “CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ACIDENTE DE TRÂNSITO COM VÍTIMA FATAL, ESPOSO E PAI DOS AUTORES. DANO MORAL. FIXAÇÃO. MAJORAÇÃO. Dano moral aumentado, para amoldar-se aos parâmetros usualmente adotados pela Turma. R$ 190 mil para esposa e filhas” (STJ, REsp /RJ, rel. Min. Aldir Passarinho Júnior, DJ 17/12/07). Em matéria de dano moral, a correção monetária é devida desde a data da fixação de seu valor, ou seja, desde da decisão judicial que fixa a indenização por dano moral. Já os juros moratórios são calculados tendo-se em conta a data do evento danoso (Súmula 54 do STJ: “os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual”). IV – DO PEDIDO Ante o exposto, é o presente para presente para requerer a Vossa Excelência o quanto segue: a) A citação do réu, no endereço declinado no pórtico desta inicial, por oficial de justiça, para, querendo, contestar a presente ação no prazo legal, sob as penas da lei processual civil. b) A oitiva do ilustre representante do Ministério Público, considerando que o segundo autor é menor impúbere; c) A procedência da ação para condenar a ré no pagamento: c.1) da quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais), relativa às despesas hospitalares e de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais, relativa às despesas com funeral; c.2) de pensão mensal de R$ 533,33 (quinhentos e trinta e três reais e trinta e três centavos), devida aos autores desde o evento danoso, sendo que o filho receberá até completar 24 anos e a esposa, até completar 70 anos, com direito de extensão para a segunda, na medida em que o filho não for receber a pensão; c.3) de indenização por dano moral no valor de R$ 190 mil (cento e noventa mil reais), para os dois autores; c.4) de correção monetária e juros legais, que, quanto aos danos materiais (itens “a” e “b”), incidirão a partir da data de sua fixação (a correção monetária), e a partir do evento danoso (quanto aos juros legais); c.5) honorários advocatícios de 20%, incidentes sobre o somatório de todas as prestações vencidas, além das demais verbas já definidas (dano moral, pensão, juros etc.), e doze das vincendas. O protesto pela produção de prova documental e pericial, e de todos os meios probatórios em direito admitidos, ainda que não especificados no Código de Processo Civil, desde que moralmente legítimos (Se o quantum dos danos não estiver determinado, deve-se requerer a sua apuração em liquidação de sentença) (a depender da condição econômica dos autores, deve-se pedir os benefícios da justiça gratuita). IV - DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ ... Nestes termos, pede deferimento Local / Data Advogado... OAB... PEÇA Nº 2 MANDADO DE SEGURANÇA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIARIA DO ESTADO ... MARIA SOUZA, nacionalidade, estado civil, professor, portadora da cédula de identidade nº ..., inscrita no CPF sob o nº ..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na Rua ..., Bairro ..., residente e domiciliado na Rua ..., Bairro ..., Cidade/UF, CEP ..., por intermédio de sua advogada que este subscreve, qualificações e endereços para os fins que indica, conforme art. 77, do Código de Processo Civil, vem perante a Vossa Excelência nos termos do art. 5º, da Constituição Federal, art. 319, do Código de Processo Civil e Lei 12.016/2009, propor o presente MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR Contra ato praticado pelo REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL, Sr. (nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão, com documentos de identificação e endereço pessoal desconhecidos, represente legal da referida instituição de ensino superior pública federal, estando esta autoridade coatora vinculada a UNIVERSIDADE FEDERAL, autarquia da União, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob nº ..., com sede ao Rua ..., nº ..., Bairro ..., Cidade/UF, CEP ..., endereço eletrônico ..., pelos fatos e fundamentos que passa a expor. I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pela impetrante desde sua demissão, esta não possui como suportar as custas judiciais sem que afete o seu sustento, razão pela qual deve ser contemplada pela gratuidade de justiça, na forma do art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil. II - DOS FATOS Preambularmente, cumpre ressaltar que a impetrante pertencia ao quadro de servidores públicos federais da instituição impetrada, exercendo cargo de professora. Em determinado dia, Marcos Silva, aluno da instituição em tela, inconformado com a nota que lhe fora atribuída na disciplina em que a impetrante lecionava no curso de graduação do aluno, ele a abordou com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela procedesse à modificação de sua nota. Nesse instante, a impetrante, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e se desvencilhar do aluno, que restou por sofrer uma queda e fraturar um dos braços. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), a fim de apurar eventual responsabilidade da professora e, ao mesmo tempo, a impetrante foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Quanto a esfera criminal, a impetrante foi absolvida, vez que fora provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. Com relação ao processo administrativo, este prosseguiu, sem a devida citação da impetrante, pois a Comissão nomeada entendeu que a mesma já teria tomado ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado à autoridade competente, ora o impetrado, para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à impetrante, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções. Assim sendo, socorre-se a impetrante do manto do Poder Judiciário, com fito de obter a necessária tutela jurisdicional. III - DOS FUNDAMENTOS No presente caso, o impetrado é responsável por ato de lesão a direito líquido e certo junto à impetrante, vez que comprovado, junto a esfera penal, que a mesma agiu em legítima defesa, resultando em sua sentença absolutória. Deve-se salientar, ainda, quanto a omissão da tramitação do PAD sem a devida citação da interessada, bem como a descabida decisão do reitor ao aplicar a pena de demissão à impetrante, sob a justificativa apresentada de “que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal”. III.I - DO CABIMENTO O presente mandado de segurança tem cabimento, nos termos do art. 5º, LXIX, da Constituição Federal, como verdadeiro remédio constitucional para afastar ato de autoridade, capaz de causar lesão ou ameaça, a direito líquido e certo não amparado por outra garantia. Isto posto, não há que se falar quanto a inadmissibilidade da impetração do presente mandamus. III.II – DA LEGITIMIDADE E TEMPESTIVIDADE Ao discorrer desta peça exordial, juntamente com os documentos acostados a esse mandamus, será notabilizado que a impetrante está circundada pelas garantias dispostas nas legislaçõesespecíficas e jurisprudências cabíveis ao caso. Cumpre ressaltar, ainda, que o prazo para impetrar o presente instrumento fora devidamente respeitado, haja vista que a impetrante foi cientificada em 11/01/2017 e procedeu ao acionamento do judiciário em 22/02/2017, perfazendo 42 (quarenta e dois) dias entre o período mencionado, conforme dispõe o Art. 23 da Lei nº 12.016/2009: “Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. ” Como pode ser visto, da impossibilidade de intempestividade deste remédio constitucional, vez que demonstrados os requisitos do instrumento em tela. III.III - DA COMPETÊNCIA O critério definidor da competência da Justiça Federal se baseia no ratione personae, onde é levado em consideração a natureza das pessoas envolvidas na relação processual. No presente caso, trata-se de ato coator praticado pelo reitor de instituição de ensino superior público federal e, portanto, a competência será da Justiça Federal. Ademais, urge ressaltar o disposto no § 3º do Art. 6º da Lei nº 12.016/2009, que versa acerca da indicação da Autoridade Coatora: “Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. § 3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. ” À vista disso, não há que se falar acerca de possível incompetência do âmbito federal para solução do presente mandamus. III. IV – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO NÃO AMPARADO POR HABEAS CORPUS OU HABEAS DATA https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727774/inciso-lxix-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/23454300/artigo-23-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455136/par%C3%A1grafo-3-artigo-6-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455175/artigo-6-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09 O caso mencionado é amparado pelo mandado de segurança, conforme documentos em anexos. IV - DO MÉRITO É inegável que o art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal garantem ao indivíduo o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. Ademais, ainda corroborando o direito da autora, o artigo 143 c/c o artigo 161, § 1º da lei 8.112/90 preceitua que o PAD ou sindicância que se preste a averiguar conduta ilícita de servidor público deve garantir ao mesmo o devido processo legal. No entanto, como resta muito claro e delineado na tratativa dada a parte autora, a mesma somente veio tomar ciência de que estava sendo submetida à uma PAD quando da publicação da decisão do mesmo em diário oficial, após o ato de sua demissão. Em adição ao argumento exposto acima, o art. 65 do Código de Processo Penal bem como os arts. 125 e 126 da lei 8.112/90 são claros em definir que decisão penal vincula o conteúdo da decisão em seara administrativa. Aplicando o texto ao caso concreto e sabendo que a decisão penal absolveu a parte autora do que lhe foi imputado, outra decisão não poderia se esperar, na luz da legalidade que não o arquivamento do PAD eis que, como já dito, a seara penal vincula a seara administrativa. Mas se viu que o PAD prosseguiu e aplicou sanção de demissão da parte autora ao arrepio da lei. Ante o exposto, presentes todas as ilegalidades acima expostas, não há outra alternativa senão a anulação do ato demissional bem como que se determine a reintegração da parte autora ao cargo público que ocupava bem como que se apure e pague o valor não pago quando da sua suspensão, na forma do artigo 28 da lei 8.112/90. V - DA LIMINAR Consonante com todo o exposto anteriormente, encontram-se presentes os requisitos para concessão do pedido em caráter de urgência, com propósito de alcançar a reintegração imediata da servidora pública federal, ora impetrante, junto a Universidade Federal, bem como o recebimento dos vencimentos pretéritos desde 11/01/2017, sendo a data do ato impugnado. Neste contexto, nos deparamos com o periculum in mora e fumus boni iuris. Com relação ao periculum in mora, é sabido que este se refere ao perigo da demora, conforme preceitua o Art. 300, do Código de Processo Civil. Nesta oportunidade, há de se destacar que o perigo da demora repousa na alta possibilidade da impetrante vir a sofrer consequências gravíssimas diante da sucessão de atos ilícitos praticados, que corroboraram para sua demissão descabida, devendo ser elencados: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 a. Ocupação de seu antigo cargo por novo servidor federal, restando na impossibilidade de sua reintegração; b. Acúmulo de prejuízos de ordem financeira, haja vista não ter conseguido se realocar no mercado de trabalho neste ínterim e ao não estar gerando renda para sua subsistência. No que se refere ao fumus boni iuris, a fumaça do bom direito, esta caracteriza-se por toda a fundamentação realizada nesta peça, juntamente com as provas documentais, que garantem o próprio direito da impetrante a ser reintegrada de pronto a seu antigo cargo, bem como a receber seus devidos vencimentos, ante a demissão ilegal. Considera-se, ainda, o disposto no inciso III, Art. 7º da Lei nº 12.016/2009, que versa acerca da suspensão do ato, pelo próprio magistrado, que deu motivo ao pedido: “Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. ” Destarte, requer o deferimento da liminar, no sentido de proceder a reintegração imediata da impetrante ao seu antigo cargo junto a Universidade Federal, bem como seja determinado o depósito dos vencimentos retroativos, a contar de 11/01/2017, ora data da demissão ilegal. VI - DOS PEDIDOS Posto isso, requer o Impetrante que Vossa Excelência: a) que seja concedida a gratuidade de justiça, na forma do art. 98 e seguintes, do Código de Processo Civil, vez que a impetrante se encontra desempregada, não possuindo condições de arcar com as custas; b) conceda, in limine, a segurança requerida, com a expedição do competente ofício determinando que a autoridade coatora suspenda o ato lesivo e cumpra as determinações legais (art. 9.º da Lei n. 12.016/2009), assegurando-se ao Impetrante o direito de _____ até o julgamento do mérito do presente mandado; c) acate as provas que demonstram o direito líquido e certo do impetrante que acompanham a presente petição inicial, confirmando a prova pré-constituída como exigência no mandado de segurança (cópia do ato impugnado); https://www.jusbrasil.com.br/topicos/23455085/artigo-7-da-lei-n-12016-de-07-de-agosto-de-2009 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/818583/lei-do-mandado-de-seguran%C3%A7a-lei-12016-09 d) determine a notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo legal de dez dias, entregando-lhe a segunda via da petição inicial acompanhada dos documentos reproduzidos por cópia (art. 7.º, I, da Lei n. 12.016/2009); e) intime pessoalmente o representante judicial da pessoa jurídica à qual está vinculadaa autoridade coatora, nos termos do art. 7.º, II, da Lei n. 12.016/2009; f) determine a oitiva do membro do Ministério Público para oferecer parecer (art. 12, caput, da Lei n. 12.016/2009); g) fixe multa, nos termos do § 2.º do art. 77 do Código de Processo Civil e art. 26, Lei 12016/09. Requer, ao final, a concessão definitiva da segurança e a ratificação da liminar deferida assegurando-se o direito líquido e certo (especificar) do impetrante. VII. DO VALOR DA CAUSA Diante disso, dá-se à causa o valor de R$ ... Termos em que, Pede deferimento. Local e Data. Advogado OAB/UF nº ... PEÇA Nº 3 HABEAS CORPUS EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NOME DO ADVOGADO, nacionalidade, estado civil, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº ..., endereço eletrônico ..., endereço profissional na Rua..., Bairro ..., Cidade/UF..., CEP ..., vem à presença de vossa excelência, com fulcro no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal e nos arts. 647 e 648, do Código de Processo Penal, para impetrar o presente HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO LIMINAR pelo procedimento especial, em favor de MATILDE, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de identidade nº ..., inscrita no CPF sob o nº ..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na Rua ..., Bairro ..., RIO DE JANEIRO/RJ, CEP ..., apontando como autoridade coatora o EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 10ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. I - DOS FATOS A paciente é genitora dos menores Jane e Gilson Pires, para os quais tem a obrigação de pagar pensão alimentícia no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), dividido igualmente. No entanto, a paciente vem enfrentando dificuldades para realocar-se no mercado de trabalho há aproximadamente 1 (um) ano, o que a prejudica na prestação dos alimentos. A falta da atividade laborativa resultou na impossibilidade de pagamento do valor de pensão estipulado e em razão do inadimplemento, foi ajuizada ação competente para execução de alimentos. Contudo, mesmo a paciente justificando a falta de pagamento em razão do desemprego, a autoridade coatora determinou a prisão. II - DOS FUNDAMENTOS II.I – DA COMPETÊNCIA O presente tribunal se torna competente imediato, conforme art. 649, do Código de Processo Penal. II.II – DA LEGITIMIDADE A paciente é legitima para impetrar o remédio judicial apresentado, pois a mesma está a sofrer coação em sua liberdade de locomoção, sendo assim, é pertinente a propositura da presente demanda, de acordo com art. 647, do Código de Processo Penal e art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal. II.III – DO CABIMENTO O remédio judicial torna-se cabível por se tratar de uma coação ilegal do direito de liberdade de locomoção, tendo como base o art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal e art. 647, do Código de Processo Civil. II.IV – DO DIREITO Ante aos fatos expostos acima, não resta dúvida a necessidade medida que ora se requisita. Conforme disposto no ar. 5º, LXVII da Constituição da República, o habeas corpus se presta a coibir violação da liberdade de locomoção de quem já tenha sofrido ou esteja na iminência de sofrer, o que é o caso em comento. A decisão da autoridade coatora indica não guarda fundamento de validade, senão vejamos. A paciente foi apresentada como parte Ré num processo de execução de alimentos que busca o pagamento dos últimos 5 (cinco) meses. Contudo, o art. 911, do Código de Processo Civil leciona que a execução fundada em título executivo extrajudicial em que haja obrigação de pagar, o juiz mandará citar o executado para que faça o pagamento em três dias. A paciente, conforme já relatado acima, não apresenta condições de adimplir o débito por motivos alheios à sua vontade, não tendo fundamento a edição do decreto prisional, notadamente em seus artigos 528, §§ 2º ao 7º, do Código de Processo Civil. Assim, o direito da paciente foi violado vez que o § 7º do art. 528, combinado com o art. 911 e corroborado pela súmula 309, do Superior Tribunal de Justiça são claros em lecionar que a prisão civil é justificada pelo débito dos 3 (três) últimos meses anteriores ao ajuizamento da ação, o que invalida o pedido feito na inicial que ora se ataca. ´´SÚMULA 309: O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo. ´´ Assim, por estes fundamentos, o decreto prisional não deve ser executado, vez que incorrerá em grave violação do direito da paciente e requer-se, dede logo, que seja concedido o presente pedido de habeas corpus para a manutenção da justiça. III - DA LIMINAR Como já é sabido, a concessão de medida liminar fundamenta-se na presença de dois elementos justificantes, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora. O fumus boni iuris resta claramente demonstrado quando da limitação imposta por lei processual, notadamente quanto ao débito alimentar de três meses e principalmente pelo fato da paciente ter justificado, de modo verídico, a impossibilidade de adimplir sua obrigação alimentar em face de doença e de estar afastada do mercado de trabalho há mais de 1 (um) ano. De outro giro, o periculum in mora consiste na possibilidade do decreto prisional ser executado, o que causará grave violação de direito, visto que o mesmo não guarda fundamento que o sustente. Ainda poderá agravar os problemas de saúde suportados pela paciente. IV - DOS PEDIDOS Posto isso, requer o Impetrante que Vossa Excelência: a) seja deferida a liminar para determinar ao Juízo o recolhimento, independentemente de cumprimento, do mandado de prisão já expedido, ou, alternativamente, caso já cumprido o mandado, seja determinada a imediata colocação em liberdade da paciente. b) notificação da Autoridade Coatora, o Exmo. Dr. Juiz da 10ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. c) a concessão da ordem de Habeas Corpus Preventivo, com a consequente expedição de Salvo Conduto, para a paciente; d) intimação do MP; e) tramitação preferencial; f) a juntada de documentos que se anexa a esta peça processual. V – DO VALOR DA CAUSA Dá-se o valor da causa R$ ... Nestes Termos. Pede deferimento. Local e Data. Advogado OAB/UF n.º... PEÇA Nº 4 AÇÃO POPULAR EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...ª VARA CÍVEL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE CIDADE/UF. JOANA, brasileira, estado civil, profissão, portador do título de eleitor n°..., inscrito no CPF n °..., com endereço eletrônico, domiciliado ..., residente (endereço completo), vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do art. 77, V, do Código de Processo Civil, com fundamento no art. 5º, LVXXIII, da Constituição Federal e Lei nº 4717/65, propor AÇÃO POPULAR C/C LIMINAR em face do MUNICÍPIO BETA, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., do JOÃO, PREFEITO DO MUNICÍPIO BETA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG nº..., devidamente inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., do SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO, nacionalidade, estado civil, profissão..., portador da cédula de identidade RG nº..., devidamente inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na... Bairro..., Cidade... Estado..., e de SOCIEDADE EMPRESARIA WW., pessoajurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ nº..., com sede na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos : I- DOS FATOS O prefeito municipal João, como parte das iniciativas de modernização que vêm sendo adotadas no plano urbanístico do Município Beta, bem sintetizadas no slogan "Beta rumo ao século XXII", determinou que sua assessoria realizasse estudos para a promoção de uma ampla reforma dos prédios em que estão instaladas as repartições públicas municipais. Esses prédios, localizados na região central do Município, formam um belo e importante conjunto arquitetônico do século XVIII, tendo sua importância no processo evolutivo da humanidade reconhecida por diversas organizações nacionais e internacionais, tanto que tombados. A partir desses estudos, foi escolhido o projeto apresentado por um renomado arquiteto modernista, que substituiria as fachadas originais de todos os prédios, as quais passariam a ser compostas por estruturas mesclando vidro e alumínio. Concluída a licitação, o Município Beta, representado pelo prefeito municipal, celebrou contrato administrativo com a sociedade empresária WW, que seria responsável pela realização das obras de reforma, o que foi divulgado em concorrida cerimónia. No dia seguinte à referida divulgação, Joana, cidadã brasileira, atuante líder comunitária e com seus direitos políticos em dia, formulou requerimento administrativo solicitando a anulação do contrato, o qual foi indeferido pelo prefeito municipal João, no mesmo dia em que apresentado, sob o argumento de que a modernização dos prédios indicados fora expressamente prevista na Lei municipal no XX/2019, que determinara o rompimento com uma tradição que, ao ver da maioria dos munícipes, era responsável pelo atraso civilizatório do Município Beta. Com o objetivo de preservar o património histórico e cultural descrito acima, para evitar lesão a este importante conjunto arquitetônico, a autora vem em ajuizar a presente Ação Popular. II – DOS FUNDAMENTOS II.I – DO CABIMENTO O art. 5º, LXXXII da CF/88 menciona: ´´Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. ´´ Com base no artigo acima citado admite a impetração da Ação Popular, por qualquer cidadão, que visa anular o ato lesivo ao patrimônio público, por sua vez, à moralidade administrativa ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Conforme a Lei 4.717/65 que estabelece o rito da presente ação. Conforme redação da Constituição Federal a celebração de contrato de concessão, sem a devida licitação, é contrato administrativo que ofende a moralidade administrativa, já mencionada na presente ação, inclusive seus pontos cruciais. Além de ser ato lesivo ao patrimônio. Dito isto, o ajuizamento do presente é perfeitamente cabível. II.II – DA LEGITIMIDADE https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104081/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-popular-lei-4717-65 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 A) ATIVA A Ação Popular tem previsão no art. 5º, LXXII da Constituição Federal. Esse artigo garante o seu ajuizamento a todos os cidadãos no regular gozo dos seus direitos, políticos, o que é o caso do autor, conforme comprovado pelo Título Eleitoral e Certidão de Obrigações Eleitorais. B) PASSIVA Os réus apontados nessa peça processual são devidamente responsáveis pelo ato ilegal, lesivo ao Patrimônio Público, conforme art. 6º, da Lei 4.717/65. II.III – DA COMPETÊNCIA O art. 5º, da Lei nº 4.717/1965, que regula a Ação Popular, dispõe que: “Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município”. Dessa forma, considerando que o ato, que ora se pretende impugnar, emanou do ente municipal, o qual possui interesse direto na lide, o autor propõe a ação no foro da Comarca de .../UF, endereçando-a ao Juízo da Fazenda Pública, que possui competência para processar e julgar os feitos atinentes à Fazenda Pública Municipal. II.IV – DO ATO LESIVO O ato lesivo ao patrimônio público ora impugnado é a substituição das fachadas originais de todos os prédios localizados no município que formam um belo e importante conjunto arquitetônico do século XVIII, tendo sua importância no processo evolutivo da humanidade reconhecido por diversas organizações nacionais e internacionais. A Lei Municipal no XX/2019 é materialmente inconstitucional por afrontar o dever do Município de proteger os bens de valor histórico, nos termos do art. 23, III, e art. 30, IX, da Constituição Federal, além de violar o dever de impedir a descaracterização dos bens de valor histórico, nos termos do art. 23, IV. Uma vez que, sendo que o conjunto urbano de valor histórico, alcançado pelo contrato administrativo, integra o património cultural brasileiro nos termos do art. 216, V, do diploma já citado. Dessa forma, a inconstitucionalidade da Lei Municipal no XX/2019 deve ser reconhecida incidentalmente. Em consequência, o contrato administrativo celebrado é considerado nulo, em razão da de sua ilegalidade nos termos do art. 20, alínea c, e parágrafo único, alínea c, ambos da Lei 4.717/65. II.V – DA REQUISIÇÃO DE DOCUMENTOS https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727596/inciso-lxxii-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11321952/artigo-6-da-lei-n-4717-de-29-de-junho-de-1965 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104081/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-popular-lei-4717-65 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11322126/artigo-5-da-lei-n-4717-de-29-de-junho-de-1965 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104081/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-popular-lei-4717-65 Requer a autora as entidades já citadas a requisição dos documentos ou outros meios de provas que sejam necessários aos esclarecimentos dos fatos, conforme art. 7º, I, ´´b´´, da Lei 4.717/65. III – DO PEDIDO LIMINAR A tutela de urgência na Ação Popular está presente no art. 5º, §4º, da Lei 4.717/65 e também art. 300, do Código de Processo Civil. O fumus boni iuris decorre de flagrante ofensa à ordem constitucional, o que acarreta a nulidade do ato, e o periculum in mora se configura na iminência de serem causados danos ao patrimônio-histórico. IV - DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) a citação do Réu, para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de 20 dias, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia; b) a citação do Município X em separado, na forma do art. 6º, § 3º, da Lei 4.717/65; c) a intimação do ilustre representante do Ministério Público; d) a procedência dos pedidos para decretar a invalidade do ato lesivo ao patrimônio público e à moralidade, condenando o Réu no pagamento das perdas e danos; e) a condenação dos Réus no pagamento das custas edos honorários advocatícios; f) a isenção das custas processuais e ônus processuais, nos termos do que prescreve o art. 5º, LXXII, da Constituição Federal g) a confirmação da liminar, nos termos em que foi requerida; h) a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente documental; i) a juntada dos documentos em anexo, em especial cópia do título de eleitor. V - DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ ... https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11321952/artigo-6-da-lei-n-4717-de-29-de-junho-de-1965 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11321845/par%C3%A1grafo-3-artigo-6-da-lei-n-4717-de-29-de-junho-de-1965 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104081/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-popular-lei-4717-65 Nestes termos. Pede deferimento. Local e data. Advogado OAB/UF n.º... PEÇA Nº 5 MANDADO DE INJUNÇÃO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ de nº ..., com endereço eletrônico ..., com sede na Rua ..., nº ..., Bairro ..., CEP ..., São Paulo, São Paulo, representado por seu CAIO, nacionalidade ..., profissão ..., estado civil ..., inscrito no CPF nº ..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na Rua ..., nº ..., Bairro ..., CEP ..., Cidade ..., Estado ... por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do arts. 77, V e 287, do Código de Processo Civil, com fundamento no art. 5º, LXX e LXXI, da Constituição Federal e Lei nº 13300/16, propor MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO em face do PREFEITO DO MUNICÍPIO Y, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG nº..., devidamente inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., vinculado ao Município Y, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ de nº ..., com endereço eletrônico ..., com sede na Rua ..., nº ..., Bairro ..., CEP ..., Cidade ..., Estado ..., por meio de seus representantes judiciais, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: I - DOS FATOS A prefeitura municipal administra uma estação de tratamento de esgoto e nesta trabalham os afiliados do impetrante. Conforme se demonstra, o labor se dá em ambiente insalubre e com constante exposição a agentes nocivos à saúde, razão pela qual o município demandado despende pagamento de adicional de insalubridade. Conforme se observa na lei orgânica do Município Y, compete ao demandado a apresentação de proposta de lei para que seja regulado o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores municipais, conforme também apregoa a Constituição Estadual de São Paulo. Até o presente momento o responsável por apresentar tal projeto ainda não o fez, razão pela qual se demanda com este instrumento para que a inércia do Prefeito Municipal não incorre em prejuízo aos servidores municipais. II – DOS FUNDAMENTOS II.I – DO CABIMENTO O presente mandado de injunção é cabível com fundamento no art. 5º, LXXI, da Constituição Federal e art. 2º e seguintes da Lei 13.300/16, por se tratar de uma situação em que há ausência de norma legal impedindo o exercício de direito constitucional, como o caso narrado. II.II – DA LEGITIMIDADE A) LEGITIMIDADE ATIVA Com advento da Lei do Mandado de Injunção Individual e Coletivo, Lei nº 13.300/16, art. 3º, tem-se expressamente a legitimidade ativa para o writ: ´´Art. 3º. São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2o e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora. ´´ Em mandado de injunção é perfeitamente cabível sua impetração na modalidade coletiva, que é o ajuizado pelas entidades coletivas previstas no art. 5º, LXX, da Constituição Federal, ou seja, os mesmos legitimados ativos do mandado de segurança coletivo, que foram transpostos para o art. 12 da Lei nº 13.300/16, vejamos: ´´Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: (...) III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial; Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, classe ou categoria. ´´ Sendo devidamente cabível o mandado de injunção no presente caso, uma vez que, todo o grupo de servidores estão deveras, sendo prejudicados pela falta de legislação específica que os ampare em relação ao direito constitucional de greve e sendo dever do sindicato zelar pelos direitos e interesses dos servidores. B) LEGITIMIDADE PASSIVA O legitimado passivo no Mandado de Injunção é a esfera estatal considerada omissa no dever de legislar. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/353530031/lei-13300-16 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/115183940/artigo-3-da-lei-n-13300-de-23-de-junho-de-2016 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727750/inciso-lxx-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/353530031/lei-13300-16 Nos moldes do art. 3º da Lei do Mandado de Injunção Individual e Coletivo, temos expressa a legitimidade passiva: “como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora”. Não restando dúvidas que o Prefeito do Munícipio Y é legítimo para responder este mandado de injunção, por ter ficado inerte em relação ao seu dever de ter criado uma norma reguladora para os determinados servidores públicos do Município Y. II.III – DA COMPETÊNCIA O presente tribunal se torna competente por se tratar de omissão de norma regulamentadora vinda de prefeito do Município Y que se localiza no Estado de São Paulo. II.IV – DO DIREITO Conforme bem definido no art. 126, § 4º da Constituição Estadual, é direito do servidor que exerce atividade sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física a aposentadoria com critérios diferenciados, direito também garantido pela Constituição Federal. Dito isto, reservando-se ao caso comento, compete ao chefe do poder executivo municipal a iniciativa de projeto de lei que disponha sobre o assunto aposentadoria dos servidores e por consequência, da aposentadoria especial dos servidores municipais. ´´Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: (...) III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores. ´´ Assim, o prefeito deve tomar tal iniciativa, visto que há no quadro de servidores pessoas que preenchem requisitos, na forma da lei geral. Contudo, até o presente momento tal iniciativa não foi tomada e os servidores públicos municipais carecem de legislação acerca do tema, o que notadamente gera prejuízos. Desse modo, ante a inércia do prefeito municipal, não restou outra alternativa à demandante senão ingressar com a presente ação judicial para que não seja causado prejuízo aos seus filiados ante a falta de legislação, pugnando, ainda, a aplicação analógica do art. 57 da lei 8.213/1991. III - DOS PEDIDOSIsto posto, requer: a) notificação da autoridade coatora para prestar informações, no prazo de 10 dias; b) a ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, ingresse no feito. c) Intimação do MP; d) A procedência do pedido para declarar a omissão normativa...; e) A procedência do pedido com a aplicação analógica do disposto no art. 57, caput e § 1º da Lei nº 8.213/91, que disciplina o... Provas: Requerer a produção das provas admitidas em direito, em especial documental. IV - DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ ... Nestes termos, Pede-se deferimento. Local..., Data... Advogado.... OAB... PEÇA Nº 2 MANDADO DE SEGURANÇA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIARIA DO ESTADO ... MARIA SOUZA, nacionalidade, estado civil, professor, portadora da cédula de identidade nº ..., inscrita no CPF sob o nº ..., com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na Rua ..., Bairro ..., residente e domiciliado na Rua ..., Bairro ..., C... MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR Contra ato praticado pelo REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL, Sr. (nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão, com documentos de identificação e endereço pessoal desconhecidos, represente legal da referida instituição de ensino superior públic... I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pela impetrante desde sua demissão, esta não possui como suportar as custas judiciais sem que afete o seu sustento, razão pela qual deve ser contemplada pela gratuidade de justiça, na forma do art. 98 ... II - DOS FATOS Preambularmente, cumpre ressaltar que a impetrante pertencia ao quadro de servidores públicos federais da instituição impetrada, exercendo cargo de professora. Em determinado dia, Marcos Silva, aluno da instituição em tela, inconformado com a nota que lhe fora atribuída na disciplina em que a impetrante lecionava no curso de graduação do aluno, ele a abordou com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exi... Nesse instante, a impetrante, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e se desvencilhar do aluno, que restou por sofrer uma queda e fraturar um dos braços. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), a fim de apurar eventual responsabilidade da professora e, ao mesmo tempo, a impetrante foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Quanto a esfera criminal, a impetrante foi absolvida, vez que fora provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. Com relação ao processo administrativo, este prosseguiu, sem a devida citação da impetrante, pois a Comissão nomeada entendeu que a mesma já teria tomado ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a C... O PAD foi encaminhado à autoridade competente, ora o impetrado, para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à impetrante, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autôno... Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções. Assim sendo, socorre-se a impetrante do manto do Poder Judiciário, com fito de obter a necessária tutela jurisdicional. III - DOS FUNDAMENTOS No presente caso, o impetrado é responsável por ato de lesão a direito líquido e certo junto à impetrante, vez que comprovado, junto a esfera penal, que a mesma agiu em legítima defesa, resultando em sua sentença absolutória. Deve-se salientar, ainda, quanto a omissão da tramitação do PAD sem a devida citação da interessada, bem como a descabida decisão do reitor ao aplicar a pena de demissão à impetrante, sob a justificativa apresentada de “que a esfera administrativa é a... III.I - DO CABIMENTO O presente mandado de segurança tem cabimento, nos termos do art. 5º, LXIX, da Constituição Federal, como verdadeiro remédio constitucional para afastar ato de autoridade, capaz de causar lesão ou ameaça, a direito líquido e certo não amparado por out... Isto posto, não há que se falar quanto a inadmissibilidade da impetração do presente mandamus. III.II – DA LEGITIMIDADE E TEMPESTIVIDADE Ao discorrer desta peça exordial, juntamente com os documentos acostados a esse mandamus, será notabilizado que a impetrante está circundada pelas garantias dispostas nas legislações específicas e jurisprudências cabíveis ao caso. Cumpre ressaltar, ainda, que o prazo para impetrar o presente instrumento fora devidamente respeitado, haja vista que a impetrante foi cientificada em 11/01/2017 e procedeu ao acionamento do judiciário em 22/02/2017, perfazendo 42 (quarenta e dois) di... “Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. ” Como pode ser visto, da impossibilidade de intempestividade deste remédio constitucional, vez que demonstrados os requisitos do instrumento em tela. III.III - DA COMPETÊNCIA O critério definidor da competência da Justiça Federal se baseia no ratione personae, onde é levado em consideração a natureza das pessoas envolvidas na relação processual. No presente caso, trata-se de ato coator praticado pelo reitor de instituição de ensino superior público federal e, portanto, a competência será da Justiça Federal. Ademais, urge ressaltar o disposto no § 3º do Art. 6º da Lei nº 12.016/2009, que versa acerca da indicação da Autoridade Coatora: “Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa ju... § 3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. ” À vista disso, não há que se falar acerca de possível incompetência do âmbito federal para solução do presente mandamus. III. IV – DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO NÃO AMPARADO POR HABEAS CORPUS OU HABEAS DATA O caso mencionado é amparado pelo mandado de segurança, conforme documentos em anexos. IV - DO MÉRITO É inegável que o art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal garantem ao indivíduo o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. V - DA LIMINAR Consonante com todo o exposto anteriormente, encontram-se presentes os requisitos para concessão do pedido em caráter de urgência, com propósito de alcançar a reintegração imediata da servidora pública federal, ora impetrante, junto a Universidade Fed... Neste contexto, nos deparamos com o periculum in mora e fumus boni iuris. Com relação ao periculum in mora, é sabido que este se refere ao perigo da demora, conforme preceitua o Art. 300, do Código de Processo Civil. Nesta oportunidade, há de se destacar que o perigo da demora repousa na alta possibilidade da impetrante vir a sofrer consequências gravíssimas diante da sucessão de atos ilícitos praticados, que corroboraram para sua demissão descabida, devendo ser e... a. Ocupação de seu antigo cargo por novo servidor federal, restando na impossibilidade de sua reintegração; b. Acúmulo de prejuízos de ordem financeira, haja vista não ter conseguido se realocar no mercado de trabalho neste ínterim e ao não estar gerando renda para sua subsistência. No que se refere ao fumus boni iuris, a fumaça do bom direito, esta caracteriza-se por toda a fundamentação realizada nesta peça, juntamente com as provas documentais, que garantem o próprio direito da impetrante a ser reintegrada de pronto a seu anti... Considera-se, ainda, o disposto no inciso III, Art. 7º da Lei nº 12.016/2009, que versa acerca da suspensão do ato, pelo próprio magistrado, que deu motivo ao pedido: “Art. 7º Ao despachar a inicial,o juiz ordenará: III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o ob... Destarte, requer o deferimento da liminar, no sentido de proceder a reintegração imediata da impetrante ao seu antigo cargo junto a Universidade Federal, bem como seja determinado o depósito dos vencimentos retroativos, a contar de 11/01/2017, ora dat... VI - DOS PEDIDOS Posto isso, requer o Impetrante que Vossa Excelência: a) que seja concedida a gratuidade de justiça, na forma do art. 98 e seguintes, do Código de Processo Civil, vez que a impetrante se encontra desempregada, não possuindo condições de arcar com as custas; b) conceda, in limine, a segurança requerida, com a expedição do competente ofício determinando que a autoridade coatora suspenda o ato lesivo e cumpra as determinações legais (art. 9.º da Lei n. 12.016/2009), assegurando-se ao Impetrante o direito de... c) acate as provas que demonstram o direito líquido e certo do impetrante que acompanham a presente petição inicial, confirmando a prova pré-constituída como exigência no mandado de segurança (cópia do ato impugnado); d) determine a notificação da autoridade coatora para prestar informações no prazo legal de dez dias, entregando-lhe a segunda via da petição inicial acompanhada dos documentos reproduzidos por cópia (art. 7.º, I, da Lei n. 12.016/2009); e) intime pessoalmente o representante judicial da pessoa jurídica à qual está vinculada a autoridade coatora, nos termos do art. 7.º, II, da Lei n. 12.016/2009; f) determine a oitiva do membro do Ministério Público para oferecer parecer (art. 12, caput, da Lei n. 12.016/2009); g) fixe multa, nos termos do § 2.º do art. 77 do Código de Processo Civil e art. 26, Lei 12016/09. Requer, ao final, a concessão definitiva da segurança e a ratificação da liminar deferida assegurando-se o direito líquido e certo (especificar) do impetrante. VII. DO VALOR DA CAUSA Diante disso, dá-se à causa o valor de R$ ... Termos em que, Pede deferimento. Local e Data. Advogado OAB/UF nº ...
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