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2° estudo dirigido Imunologia (respondido)

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Estudo Dirigido 2 de Imunologia
HEPATITES
1 - Uma mulher de 50 anos procura o laboratório com requisição de exame para dosagem do
marcador HBsAg e HBeAg pela técnica de ELISA. A paciente relata sentir os seguintes sintomas:
náusea, vômitos, dores abdominais e icterícia. Os testes de ELISA apresentaram os seguintes
resultados (HBsAg + e HBeAg+). O Teste de ELISA para HBsAg foi repetido durante 8 meses sempre
apresentando resultado (HBsAg+). Com base na descrição do caso clínico, o que pode estar
ocorrendo com a paciente?
HBsAg e HbeAg indicam hepatite B, HbsAg indica a presença do vírus no organismo, esteja ele ativo ou não
e HbeAg é secretado no sangue quando o vírus está em intensa replicação. No curso normal da doença o
HBsAg é o primeiro marcador que aparece no curso da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) e declina a
níveis indetectáveis em 6 meses/24 semanas, no entanto, sua presença por mais de 6 meses é indicativo da
forma crônica → desenvolveu Hepatite B crônica, tratamento com medicamentos e exames complementares
para avaliar a função hepática.
Os indivíduos com infecção crônica funcionam como reservatórios do respectivo vírus, tendo importância
epidemiológica por serem os principais responsáveis pela perpetuação da transmissão. Apresentam maior
propensão para uma evolução desfavorável, com desenvolvimento de cirrose e suas complicações.
Eventualmente, a infecção crônica só é diagnosticada quando a pessoa já apresenta sinais e sintomas de
doença hepática avançada (cirrose e/ou hepatocarcinoma).
→ HbsAg indica a presença do vírus no organismo, esteja ele ativo ou não.
→ HbeAg é secretado no sangue quando o vírus está em intensa replicação
IMUNODIAGNÓSTICO
2 - Paciente 50 anos, sexo masculino procura setor de infectologia do HUCAM, com suspeita de
infecção causada por Doença Sexualmente Transmissível (DSTs). O médico solicita uma série de
exames, onde todos os exames apresentaram resultados negativos, porém os exames VDRL
apresentou resultado negativo, entretanto o teste de ELISA para Sífilis e o Teste FTA-Abs
(imunofluorescência indireta) apresentaram resultados positivos. Qual o provável significado clínico
dos resultados destes exames VDRL (-) → não treponêmico e FTA-Abs/ELISA (+) → treponêmico?
Não pode ter ocorrido De prozona, pois os outros testes complementares VDRL negativo mas ELISA que é
muito sensível foi positivo.Pela idade de 50 anos sugere sífilis latente (aquela que não apresenta sintomas e
somente pode ser diagnosticada por testes sorológicos). VDRL é sensível na fase inicial, na fase tardia é
indicado teste com líquido cefalorraquidiano. VDRL negativo e FTA-Abs positivo indicam sífilis tratada e
curada ou sífilis na fase III (fase pouco infectante devido ao menor número de treponemas circulantes, fase
tardia) Existem = casos específicos, como na borreliose de Lyme, em que o FTA-ABS é positivo e o VDRL
geralmente é negativo.
Imunofluorescência indireta: utiliza uma lâmina sensibilizada com Ag, é feita pipetagem com a amostra do
paciente e lavagem, se houver Ac na amostra vai emitir fluorescência.
R: VDRL (-) e FTA-Abs/ELISA (+) sugerem sífilis tratada e curada. Se o paciente nunca tiver sido tratado
pode ser indicativo de sífilis em fase latente.
DIAGNÓSTICO LEISHMANIA
3 - Cite uma técnica baseada nos métodos de imunologia clínica, utilizada para o diagnóstico de
Leishmaniose Tegumentar.
Teste intradermorreação de Montenegro, é um teste de avaliação da hipersensibilidade tardia ao antígeno
de Leishmania em que é feito aplicação subcutânea de 0.1ml de solução de Ag da leishmania e após 48h a
72h observa se houve erupção cutânea maior que 5 mm indica positiva para Leishmania. É um teste simples
e sensível, embora não permite a diferenciação entre a doença presente ou passada.
Falso positivo: alergia, episódios anteriores de leishmania já que o teste sempre positiva mesmo após
tratamento e cura
Falso negativo: lesão recente, imunodeprimidos
→ Diagnóstico de Leishmaniose Tegumentar.
IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES
4 - Em relação à ativação de linfócitos T alorreativas, e seu papel na rejeição de aloenxertos, explique
o papel dos tipos de linfócitos T na rejeição aguda e crônica.
→ Na rejeição aguda os linfócitos T CD8+ alorreativos se diferenciam em linfócitos T citotóxicos (CTL) que
tem capacidade de matar as células nucleadas do enxerto que expressam MHC de classe I. As células
CD8+ também libera citocinas gerando uma inflamação exagerada no endotélio vascular (endotelite) e
danificando o enxerto.
→ Na rejeição crônica tem ação os linfócitos T CD4+ que se diferenciam em células T efetoras e
produtoras de citocinas, essas causam inflamação exagerada e causam aterosclerose do enxerto
(proliferação inadequada de células musculares da parede interna do vaso causando oclusão vascular)
→ Como a apresentação de Ag funciona em um transplante: pode ser pela APC do doador ou do receptor,
diferenciar apresentação direta e indireta
5 - Na imunologia dos transplantes, existem vários mecanismos efetores da rejeição de aloenxertos
(órgãos), dentre eles, existem três tipos de rejeição. Cite os três tipos e explique cada um deles.
- Rejeição Hiperaguda: se caracteriza pela oclusão trombótica da vasculatura do enxerto que se inicia
minutos ou horas após a anastomose entre os vasos sanguíneos do hospedeiro e do enxerto. Esse
fenômeno é mediado por anticorpos preexistentes na circulação do hospedeiro que se ligam aos antígenos
endoteliais do doador. Mediada por anticorpos naturais (produzidos por LB B1) direcionados contra o MHC
estranho e contra as células endoteliais do doador, com consequente ativação do complemento. A
exposição do endotélio leva a ativação extensiva da cascata de coagulação e formação de trombos.
- Rejeição Aguda: Caracterizada pela lesão vascular e parenquimatosa mediada por linfócitos T e
anticorpos uma semana depois após transplante. Inflamação induzida por linfócitos T que migraram para a
região do enxerto. O endotelite é achado comum em transplantes. Ação de CD4 e CD8 combinados –
grande ação de perforinas e granzimas na região do enxerto. Anticorpos também podem estar envolvidos.
- Rejeição Crônica: Caracterizada por fibrose vascular, que pode ser a expressão de citocinas
estimuladoras de fibroblastos, ou mesmo reparação de danos causados na rejeição aguda. Pode resultar
em oclusão total do vaso, com proliferação de células musculares da íntima – Aterosclerose do enxerto.
Mecanismos ainda não bem entendidos – Pode levar a perda de função do órgão transplantado.
IMUNOLOGIA DOS TUMORES
6 - O que é vigilância imunológica?
É a função do sistema imunológico fundamental no controle da disseminação das células neoplásicas, é
capaz de destruir clones de células transformadas antes que se transformem em tumores ou destruir células
tumorais depois que já estão transformadas.
7 - Comente sobre os aspectos básicos da imunidade tumoral.
O sistema imune reconhece os Ag tumorais expressado por tumores (pode servir como marcador tumoral
para diagnóstico) como Ag estranhos e estimula a resposta adaptativa específica. A principal célula de
defesa do organismo é o linfócito T CD8+, além dos anticorpos na imunidade mediada por células, células
NK (destroem principalmente células que expressam MHC I que conseguem escapar do linfócito T CD8+) e
macrófagos. As respostas imunes tumorais específicas são ativadas, no entanto, geralmente falham e por
isso o tumor continua a ser formado, por isso são formados câncer benigno e maligno. Por outro lado, é
possível ativar a resposta imune a partir da imunoterapia.
1) Tumores expressam antígenos que são reconhecidos como estranhos pelo sistema imune do
hospedeiro portador do tumor. 2) As respostas imunes frequentemente falham na prevenção do
crescimento de tumores. 3) O sistema imune pode ser ativado por estímulos externos para matar
células tumorais eficazmente e erradicar tumores.
Aspectos importantes: tipos de Ag tumorais, recursos que Ag tumoral usa pra escapar da resposta
imune, maneiras de imunoterapias- vacinas, imunização comBCG,
Os Ag tumorais podem ser: de produtos de oncogenes, de produtos de outros genes mutados, proteínas
celulares superexpressos e anormalmente e anormalmente expressos, ag tumorais codificados por
genomas de vírus oncogênicos, Ag oncofetais, Ag glicolipídeos e glicoproteicos alterados e Ag de
diferenciação específicos de tecidos.
VACINAS
8 - Para que uma vacina seja aprovada boa e segura, são necessárias algumas características.
Enumere pelo menos três dessas características.
- deve ser segura: não causar doença ou morte
- protetora: proteger o indivíduo contra doença resultante exposição ao patógeno vivo
- oferecer proteção sustentada: por anos, longa duração, mínimo 1 ano
- bom indutor de Ac neutralizantes: prevenir infecções de patógenos que infectam células que não podem
ser substituídas. Ex: poliomielite infectam o sistema nervoso central e ocasiona a morte de neurônios que
não podem ser substituídas
- induzir formação de células T protetoras: efetiva resposta contra patógenos
- Além de: baixo custo na dose, estabilidade biológica, facilidade de administração, gerar poucos ou nenhum
efeitos adversos
qual definição de vacina? Administração de imunógeno capaz de ativar resposta imune específica e
protetora a um determinado Ag infeccioso ou as toxinas produzidas por esses Ag, com objetivo de mimetizar
uma resposta imune primária e o desenvolvimento de memória imunológica protetora, além de não induzir a
doença ela protege por longos tempo.
9 - Lembrando dos conhecimentos adquiridos na aula sobre vacinas, cite os dois tipos de
imunização e explique.
→ Imunização ativa: induz o sistema imune do próprio organismo do indivíduo a produzir células de
memória e imunidade de longo prazo ao entrar em contato com a vacina (uma substância que é estranha ao
organismo). Pode ser natural, quando há exposição a infecções subclínicas e clínicas ou artificial, quando é
utilizado organismos atenuados, organismos mortos, autógenas/ vetor recombinante, fragmentos celulares,
toxinas, DNA
→ imunização passiva: inoculação de efetores da resposta imunológica, sem indução da formação de
memória, nem imunidade de longo prazo, geralmente são Ac. Ex: soro antiofídico. A imunização passiva
pode ser natural , da mão para o filho a partir de Ac transplacentário (IgG) e Ac no colostro/leite materno
(SIgA) ou artificial quando há transferência de Ac. Vantagem: proteção imediata. Desvantagem: curto
período de proteção, risco de transmissão de doenças (mãe → feto) e de desenvolver doença do soro
(reação de hipersensibilidade com formação de imunocomplexos, reação cruzada de Ac).
IMUNIZAÇÃO ATIVA - Indução de resposta imunológica com produção de células de memória e
imunidade de longo termo ou longo prazo.
IMUNIZAÇÃO PASSIVA - Inoculação de efetores de resposta imunológica, sem a indução da formação
de memória, nem imunidade de longo termo ou longo prazo.
Tipos de vacina, vantagens e desvantagens de cada uma. Tipo de resposta imune é desenvolvida com
determinado Ag → determina o tipo de vacina..
HIPERSENSIBILIDADES (sinônimo de alergia, é a resposta imune adaptativa, cuja fase efetora ocorre de
maneira exagerada e inapropriada causando dano ao hospedeiro)
10 - O que consiste uma reação de hipersensibilidade do tipo I?
É a hipersensibilidade imediata/anafilática e ocorre de 20-30 mn após exposição ao alérgeno. O alérgeno é
fagocitado pela célula apresentadora de Ag (APC), é processada e apresentada por ele aos linfócitos T
auxiliares, estes se diferenciam em Th2 e passam a secretar citocinas que estimulam o linfócito B a produzir
IgE, essa imunoglobulina vai ativar os mastócitos, há degranulação e liberação de mediadores lipídicos
(prostaglandinas, leucotrienos) e citocinas causando o efeito clínico (vasodilatação, aumento da
permeabilidade capilar, espasmo das células musculares lisas e secreção glandular. Pode ser LOCAL→
rinite alérgica, asma e alergia alimentar-cólica, dor abdominal e diarréia), SISTÊMICA → choque anafilático.
Obstrução de vias respiratórias
O que é alérgeno, tipos de reação de 1 a 4, saber diferenciar órgãos envolvidos, testes, vias de entrada do
alérgeno.
É um tipo de reação alérgica conhecida como imediata ou hipersensibilidade (choque anafilático),
onde ocorre uma reação alérgica que pode envolver pele, olhos, nasofaringe, tecidos
broncopulmonares e trato gastrointestinal. Este mecanismo de reação envolve a produção preferencial
de IgE.

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