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Habilidades em Língua Inglesa I

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Prévia do material em texto

2018
Habilidades em língua 
inglesa i
Prof.ª Luciana Fiamoncini
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof.ª Luciana Fiamoncini
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
F439h
 Fiamoncini, Luciana
 Habilidades em língua inglesa I. / Luciana Fiamoncini. – 
Indaial: UNIASSELVI, 2018.
 199 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0164-1
1.Língua inglesa – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 428.24 
Impresso por:
III
apresentação
Dear student, it is a pleasure to have you here again. As habilidades da 
língua inglesa, como já é sabido, são basicamente quatro: reading, writting, 
listening and speaking. Ao longo do nosso curso de Letras – Inglês, você 
aprenderá, dentro das disciplinas de habilidades, como trabalhar com 
seus alunos cada uma delas com dicas, conceitos e estratégias de ensino e 
aprendizagem. 
Especificamente na disciplina de Habilidades em Língua Inglesa I, o 
foco volta-se à habilidade da leitura, por isso o seu livro didático foi dividido 
em três unidades, cujos objetivos são basicamente compreender o que é a 
leitura; de que maneira ela se dá no caso do aprendizado de uma segunda 
língua; e quais são os recursos e estratégias que podem ser usados para 
melhorar ainda mais sua atuação enquanto professor. 
Are you ready to learn more about reading? So, let’s go ahead. 
Na Unidade 1, abordaremos como ocorre o processo de leitura. 
Iniciaremos discutindo como ocorre o processamento da leitura no cérebro 
humano e quais são as diferenças entre aprender a ler a língua materna e 
uma segunda língua, que no nosso caso, é o inglês. 
O conceito de leitura e os estágios pelos quais a criança passa quando 
aprende a ler, também serão abordados na Unidade 1 deste material. Serão 
discutidos alguns aspectos relacionados às diversas maneiras de como 
o aluno pode aprender a língua estrangeira a partir da leitura, quando 
bem empregadas as habilidades para tal. A motivação também será tema 
explorado nesta unidade. 
Na Unidade 2, o foco será em cada uma das estratégias de leitura 
possíveis para que o aprendizado seja efetivo. Skimming and scanning, 
conhecidas técnicas de leitura em língua estrangeira, também serão 
conceituadas e trabalhadas nesta unidade. 
Neste livro você encontrará importantes sugestões quanto à 
utilização de diferentes meios para desenvolver o hábito da leitura em língua 
estrangeira, de maneira prazerosa e divertida. O trabalho com alguns dos 
gêneros textuais também será abordado aqui. 
Para finalizarmos nosso material, a Unidade 3 apresentará enfoque 
específico em cada uma das etapas de aprendizagem. Iniciaremos falando 
sobre o inglês na educação infantil, em seguida no ensino fundamental, 
ensino médio e, por fim, o aprendizado da língua inglesa para adultos. 
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar 
dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
Em cada uma das etapas serão abordadas as diferentes estratégias 
a serem utilizadas, bem como dicas de abordagem. Por fim, também 
trataremos um pouco sobre a era digital e de que maneira podemos utilizá-
la para potencializar o aprendizado dos nossos alunos. 
Caro acadêmico, aproveite ao máximo cada uma das autoatividades 
desenvolvidas, assista aos vídeos indicados na ferramenta UNI e leia o que for 
sugerido como material extra. Não deixe de acessar a trilha de aprendizagem 
da disciplina no seu Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), pois ela é 
muito importante como complemento para seu aprendizado. 
Esperamos que você possa ampliar ainda mais seus conhecimentos 
acerca da leitura, tornando-se um excelente profissional na área. Conte 
conosco para o que precisar, pois nossa equipe de professores estará 
sempre à disposição para trocar ideias e aprendermos juntos a partir das 
suas sugestões e dúvidas.
Prof.ª Luciana Fiamoncini
NOTA
V
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda 
mais os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza 
materiais que possuem o código QR Code, que 
é um código que permite que você acesse um 
conteúdo interativo relacionado ao tema que 
você está estudando. Para utilizar essa ferramenta, 
acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor 
de QR Code. Depois, é só aproveitar mais essa 
facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VI
VII
UNIDADE 1 – COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA ..................................................... 1
TÓPICO 1 – O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO .................. 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 O CONCEITO DA LEITURA: O QUE É LER? ............................................................................... 4
3 POR QUE PRECISAMOS LER? ........................................................................................................ 7
4 O FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO DURANTE A LEITURA............................................... 11
4.1 DOS OLHOS AO CÉREBRO: COMO TUDO ACONTECE ....................................................... 12
4.2 A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA ............................................................................................... 19
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 21
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 24
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 26
TÓPICO 2 – OS ESTÁGIOS DA LEITURA ........................................................................................ 27
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 27
2 A COMPREENSÃO LEITORA ........................................................................................................... 27
2.1 O PRIMEIRO NÍVEL DE COMPREENSÃO LEITORA ............................................................ 29
2.2 O SEGUNDO NÍVEL DE COMPREENSÃO LEITORA ............................................................. 29
2.3 O TERCEIRO NÍVEL DE COMPREENSÃO LEITORA ............................................................ 30
2.4 O QUARTO NÍVEL DE COMPREENSÃOLEITORA ................................................................ 30
2.5 COMO MELHORAR A COMPREENSÃO LEITORA ................................................................ 31
3 A INFERÊNCIA NA COMPREENSÃO LEITORA ........................................................................ 32
3.1 MODELO DE CONSTRUÇÃO E INTEGRAÇÃO DE KINTSCH ............................................ 35
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 39
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 41
TÓPICO 3 – A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA LEITURA ........ 43
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 43
2 A LEITURA EM SALA DE AULA ..................................................................................................... 43
2.1 REFLEXÕES SOBRE A LEITURA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA EM SALA DE AULA ..... 43
2.2 RESGATANDO A TEORIA SOBRE A LEITURA EM SALA DE AULA .................................. 44
2.3 QUANDO INTRODUZIR A LEITURA EM SALA DE AULA .................................................. 51
3 A MOTIVAÇÃO PARA A LEITURA EM SALA DE AULA .......................................................... 54
3.1 O PAPEL DO PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA NA SALA DE AULA................. 57
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 61
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 63
UNIDADE 2 – TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA EM LÍNGUA INGLESA ............. 65
TÓPICO 1 – SKIMMING AND SCANNING........................................................................................ 67
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 67
2 CONCEITO DE SKIMMING ............................................................................................................. 68
2.1 ATIVIDADES QUE DESENVOLVEM O SKIMMING ................................................................ 70
2.1.1 Percepção geral do texto ........................................................................................................ 70
sumário
VIII
2.1.2 Na biblioteca ........................................................................................................................... 70
2.1.3 Do que se trata? ...................................................................................................................... 71
2.1.4 Propaganda ............................................................................................................................. 71
2.1.5 Continuação do texto ............................................................................................................. 71
3 SCANNING ............................................................................................................................................. 72
3.1 ATIVIDADES QUE DESENVOLVEM O SCANNING ............................................................... 74
3.1.1 Localizando as informações ................................................................................................. 75
3.1.2 Trabalhando com poemas ..................................................................................................... 75
3.1.3 A informação de acordo com o gênero ................................................................................ 76
3.1.4 Caça ao tesouro ....................................................................................................................... 76
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 78
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 81
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 82
TÓPICO 2 – A CRIAÇÃO A PARTIR DA LEITURA: DIFERENTES MEIOS ............................. 85
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 85
2 A LEITURA A PARTIR DE VÍDEOS ................................................................................................ 85
2.1 LENDO AS LEGENDAS ................................................................................................................ 90
2.2 CRIANDO LEGENDAS .................................................................................................................. 91
3 A LEITURA A PARTIR DA INTERNET........................................................................................... 92
3.1 FERRAMENTAS PARA TRABALHAR A LEITURA A PARTIR DA INTERNET ................. 98
4 A LEITURA A PARTIR DOS GÊNEROS INFORMATIVOS ....................................................... 100
4.1 CRIANDO UMA REVISTA OU UM JORNAL ESCOLAR ........................................................ 100
5 A LEITURA COMO MÉTODO AVALIATIVO ............................................................................... 101
5.1 O QUE É AVALIAR? ....................................................................................................................... 101
5.2 POR QUE AVALIAR? ...................................................................................................................... 108
5.3 TIPOS DE TESTES DE LEITURA .................................................................................................. 110
5.4 FATORES DE INTERFERÊNCIA .................................................................................................. 113
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 115
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 117
TÓPICO 3 – O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA ................ 119
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 119
2 GÊNEROS DISCURSIVOS ACADÊMICOS .................................................................................. 119
2.1 ARTIGO ............................................................................................................................................ 119
2.2 RESENHA ......................................................................................................................................... 121
2.3 ABSTRACT ....................................................................................................................................... 122
2.4 ENSAIO ............................................................................................................................................. 124
3 OS GÊNEROS LITERÁRIOS ............................................................................................................ 124
3.1 GÊNERO LÍRICO ............................................................................................................................ 125
3.1.1 Características do gênero ....................................................................................................... 125
3.1.2 Os textos líricos ...................................................................................................................... 125
3.2 GÊNERO DRAMÁTICO ................................................................................................................130
3.2.1 Características do gênero dramático .................................................................................... 131
3.2.2 Os textos dramáticos .............................................................................................................. 133
3.3 GÊNERO ÉPICO .............................................................................................................................. 134
3.3.1 As características do gênero .................................................................................................. 134
3.3.2 Os textos épicos ....................................................................................................................... 134
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 136
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 137
IX
UNIDADE 3 – O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DE LEITURA EM SUAS 
ETAPAS .......................................................................................................................... 139
TÓPICO 1 – DESENVOLVENDO A LEITURA COM CRIANÇAS ............................................... 141
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 141
2 AS FASES DA INFÂNCIA ................................................................................................................. 141
3 A LEITURA DE IMAGENS ............................................................................................................... 143
3.1 O USO DAS IMAGENS PARA POTENCIALIZAR O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA..... 147
3.2 PROPOSTAS DE ATIVIDADES ENVOLVENDO A LEITURA DE IMAGENS ..................... 155
4 A LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL I ............................................................................... 156
4.1 PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL I ................................. 159
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 164
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 165
TÓPICO 2 – DESENVOLVENDO A LEITURA COM JOVENS E ADULTOS ............................ 167
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 167
2 ENSINO FUNDAMENTAL II ............................................................................................................ 168
2.1 PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL II ............................... 170
3 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................................. 171
3.1 APRIMORANDO A LEITURA ...................................................................................................... 172
4 EDUCAÇÃO DE ADULTOS............................................................................................................... 174
4.1 COMO DESENVOLVER O HÁBITO DE LEITURA EM ADULTOS ........................................ 175
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 177
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 181
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 182
TÓPICO 3 – A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL NA ERA DIGITAL ............................................... 185
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 185
2 A ERA DA TRANSIÇÃO ................................................................................................................... 185
3 AS CARACTERÍSTICAS DA ERA DIGITAL: O HIPERTEXTO ................................................ 187
4 A ESCOLA E O USO DAS TECNOLOGIAS ................................................................................... 189
4.1 FORMANDO LEITORES DIGITAIS ............................................................................................ 190
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 192
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 193
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 195
X
1
UNIDADE 1
COMO OCORRE O 
PROCESSO DE LEITURA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer o conceito de leitura e compreender como ocorre seu processa-
mento sob o olhar cognitivo;
• compreender cada um dos estágios de leitura, bem como de que maneira 
ocorrem as inferências durante o seu processamento; 
• utilizar diferentes estratégias de leitura em sala de aula, adequando-as de 
acordo com o objetivo de cada uma das aulas.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR 
COGNITIVO
TÓPICO 2 – OS ESTÁGIOS DA LEITURA
TÓPICO 3 – A APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LÍNGUA POR MEIO DA 
LEITURA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O 
OLHAR COGNITIVO
1 INTRODUÇÃO
Você sabe quais são os principais conceitos de leitura? Como e por que 
lemos? Por que a leitura é importante para a aprendizagem de algum idioma? 
We are going to answer all these questions. Welcome to a new journey of knowledge. 
Aprender é sempre uma grande dádiva. A partir desta disciplina, você será capaz 
de compreender uma das quatro importantes habilidades da língua inglesa: a 
leitura. 
Caso ainda não saiba quais são as quatro grandes habilidades da língua 
inglesa, as quais você conhecerá e aprenderá ao longo do curso, são elas: 
READING, WRITING, LISTENING and SPEAKING. Elas são complementares e 
juntas formam o processo comunicativo. 
Não existe ao certo uma ordem para que as aprendamos, visto que são 
habilidades desenvolvidas geralmente dentro da comunicação de maneira geral, 
mas uma coisa é certa: para que você se torne um grande professor de língua 
inglesa, é preciso que você as domine. 
Nesta unidade, especificamente, trabalharemos a questão da leitura a 
partir do seu aspecto cognitivo, desde os principais conceitos de leitura até como 
ela se processa no cérebro. 
Acadêmico! Na Unidade 1, abordaremos de maneira geral os conceitos 
relacionados à leitura para que você possa compreender os processos de processamento, 
aprendizagem e como a leitura de fato ocorre. A partir da Unidade 2, focaremos mais 
especificamente na aprendizagem da leitura na língua inglesa, combinado?
NOTA
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
4
Para que você possa se situar, informamos que a maior parte do material 
será escrito em língua portuguesa, mas alguns trechos, bem como os resumos, 
serão escritos em língua inglesa para que você se habitue a ler textos neste idioma. 
Quaisquer dúvidas, não deixe de nos procurar para buscar ajuda. 
Você sabia que aprender a leitura na nossa língua materna é diferente de 
aprender a ler em uma língua estrangeira? Você deve estar pensando: mas é claro 
que sim, são línguas diferentes. Além das diferenças óbvias, o processamento 
cerebral da leitura de um segundo idioma ocorre de maneira diferenteno nosso 
cérebro. 
Do you want to learn more about these lecture processes? So, stay with us and 
enjoy it. 
2 O CONCEITO DA LEITURA: O QUE É LER? 
Você já parou para pensar que a maior parte do que aprendemos se dá 
a partir da leitura? Além de ser uma das principais fontes de conhecimento, é 
também uma maneira de passar o tempo e descontrair-se. Veja a tira de Schulz:
FIGURA 1 – POR QUE LEMOS?
FONTE: Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Cultura/Livros/noticia/2016/01/20-
tirinhas-sobre-paixao-por-livros.html>. Acesso em: 20 nov. 2017. 
Aqui, podemos observar que os personagens brincam com o fato de que os 
gostos por determinados gêneros de leitura variam muito de pessoa para pessoa. 
Observe, por exemplo, que de acordo com a personalidade, cada personagem 
lê algo diferente: desde quadrinhos a fofocas. E o pequeno Snoopy, em tom 
humorístico, lê algo que é de seu interesse: uma notícia de um instrutor que foi 
mordido por um cachorro. 
O humor da tira nos faz refletir acerca dos conceitos de leitura. Ler trata-
se de um processo de compreensão e apreensão de informações. As palavras (ou 
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
5
imagens, pois lemos também as imagens) são postas em diferentes suportes (papel, 
tela do computador, ...) em códigos (alfabeto, braile, ...) e nós as decodificamos. 
Parece um processo simples, mas na verdade não é. 
Leitura é linguagem. Pictogramas, partituras, sinais de trânsito, sinais luminosos, 
código Morse, ... Não importa de que maneira ela é colocada, a leitura sempre será uma 
forma de linguagem.
NOTA
In this topic, we’re going to know some reading concepts. Foucambert (1994) says 
that real means be questioned by the world and by ourselves. Some answers can be found 
in books or in written texts. 
Assim, podemos afirmar que a leitura abre a mente para o desconhecido, 
faz com que possamos refletir sobre nós mesmos e sobre o mundo. Para 
descontrair, observe a tira a seguir: 
FIGURA 2 – CALVIN E A LEITURA
FONTE: Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Cultura/Livros/noticia/2016/01/20-
tirinhas-sobre-paixao-por-livros.html>. Acesso em: 20 nov. 2017. 
Nela, o pequeno Calvin, personagem que não gosta de estudar, ganha um 
livro de presente de sua mãe e começa a perceber que a leitura está provocando 
nele mudanças significativas. Isso faz com que ele se sinta incomodado e peça 
para que a mãe pare de presenteá-lo com livros. 
A leitura não é, de acordo com Foucambert (1994), apenas atribuir 
significados. Ela vai além. Ler significa construir sentidos de acordo com o 
conhecimento de mundo que já temos e que, a partir da própria leitura, vamos 
ressignificando.
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
6
É importante destacarmos aqui que cada leitor traz diferentes significados 
aos textos que lê. Por esse motivo, a discussão é importante: para que haja o 
compartilhamento das ideias. So, each reading, even if it’s from the same text, is 
particular and unique. Remember this! 
Carrell (1987) ainda contribui para esta afirmação dizendo que a leitura 
não é feita apenas a partir da decodificação, mas toda a leitura prévia que o leitor 
já traz consigo tem uma grande participação neste processo. A partir do leitor, o 
texto passa a existir. Sem leitor, o texto não cumpre seu papel. 
A leitura requer interação, e para que possamos interagir, é necessário 
que haja conhecimento prévio. Assim, ocorre uma espécie de diálogo sobre o que 
já se sabe com o que se está lendo. Ler é, portanto, dialogar, questionar, aprender, 
criticar, arguir, discordar, complementar, dentre tantas outras ações. Remember 
this: Reading is separating useful information and transforming it into knowledge.
ATENCAO
Did you know that Internet is one of the most popular vehicles of information? 
But take care! A lot of internet information are not real. 
Assim, podemos concluir que ler é a ação que ocorre a partir da interação 
do leitor com o texto, que em algum momento foi escrito para alguém. Note 
que o contexto deve ser levado em consideração: para quem o texto foi escrito? 
Quando? Por quem? Com qual intenção? 
Veja, acadêmico, que não adianta dar um texto destinado a engenheiros 
espaciais para um professor de balé fazer a leitura. Provavelmente, mesmo que 
ele tenha algum conhecimento acerca do espaço, pouco será abstraído da leitura. 
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
7
Aproveitamos aqui para direcionar esta fala a você que será professor de 
língua estrangeira: selecione bem quais textos dará aos seus alunos ou você os fará perder 
o interesse imediatamente. Take care and pay attention. Quando for dar aos alunos algum 
texto que seja interessante, mas você desconfia que eles possam ter pouco conhecimento 
prévio sobre o assunto, faça uma fala inicial, passe um pequeno vídeo sobre o tema, ..., enfim, 
CONTEXTUALIZE. Lembre-se de que quanto maior o conhecimento prévio, mais fácil será 
a compreensão dele, especialmente quando falamos em textos em língua estrangeira. 
ALÉM DE COMPREENDER A LÍNGUA, QUE É O FOCO, ELE TAMBÉM TERÁ DE COMPREENDER 
DO QUE SE TRATA, CASO CONTRÁRIO PERDERÁ O INTERESSE IMEDIATAMENTE.
IMPORTANT
E
Você deve estar se perguntando, acadêmico, por que estamos discutindo 
tanto o conceito de leitura se, na verdade, você será professor de língua inglesa, 
correto? A leitura é um dos primeiros contatos que as pessoas têm com a língua 
inglesa, seja na rua (shopping, drive thru, exit, living, e tantas outras informações 
que lemos em inglês por aí ...) ou mesmo na escola – sim, antes de aprender a 
escrever, falar ou ouvir, o aluno entrará em contato com a leitura. 
Por este motivo, esta disciplina tratará da leitura, dos seus processos, e 
trará dicas valiosas sobre como trabalhar a leitura em sala de aula de acordo com 
a idade do aluno. 
Now, let’s go ahead! 
3 POR QUE PRECISAMOS LER? 
Acadêmico, você já deve ter notado que a leitura sempre tem um propósito. 
Geralmente, quando buscamos algum texto, queremos extrair dele algo que nos 
interesse, como vimos na tirinha trabalhada na seção anterior. Para descontrair 
ainda mais, observe a tira a seguir: 
FIGURA 3 – LER 
FONTE: Disponível em: <https://leojoao.wordpress.com/tag/leitura/>. Acesso em: 20 nov. 2017. 
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
8
O que o personagem quis dizer? Que ler faz com que você possa voar, ir 
além do que o pensamento humano pode imaginar. Assim, a leitura, além de ser 
fonte de conhecimento, pode ser um excelente passatempo. 
Como em sala de aula geralmente não é o aluno que escolhe o que ler, 
cabe ao professor, conforme já mencionamos, escolher. Portanto, é de grande 
responsabilidade escolher bem o texto a ser passado à turma. 
Que precisamos ler, já é algo consumado, mas por que, afinal, precisamos 
ler? E ainda: por que precisamos ler para aprender a língua inglesa? 
A língua inglesa ganhou muito prestígio nos últimos tempos. Já sabemos 
que o inglês é a língua da globalização, que sua importância no mundo dos 
negócios é indiscutível e que ter domínio do inglês agrega valor ao currículo. 
Não cabe a nós, neste momento, discutir porque é importante dominar a língua 
inglesa, mas discutir por que a leitura é importante para o aprendizado da língua 
inglesa.
Iniciaremos nossa discussão partindo do tema letramento. O letramento 
é um conceito complexo, pois se desdobra em inúmeros entendimentos. De 
acordo com Street (2014), o letramento é a compreensão do texto. Alfabetização 
é diferente de letramento, pois não basta saber ler, mas saber compreender o que 
de fato aquele texto quer dizer e quais são suas intenções. 
Uma pessoa que está aprendendo uma língua estrangeira, neste caso, o 
inglês, precisa saber ler além de palavras soltas, pois em uma situação comunicativa 
real, o que será exigido dele não serão apenas palavras, mas sim, contexto. 
O professor de língua inglesa pode observar o avanço das habilidades 
leitoras dos seus alunos a partir dealguns elementos. Dentre eles podemos 
citar, por exemplo, o fato de que todo leitor possui conhecimento discursivo e 
conhecimento prévio para compreender o que leu (JENKINS, 2006). Por este 
motivo é de suma importância que haja uma conversa prévia acerca do assunto 
que o texto abordará.
Compreende-se por conhecimento discursivo todo o conhecimento 
relacionado à leitura que o aluno já possui: estrutura do texto, parágrafos, pontuação, 
estratégias de leitura etc.
NOTA
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
9
Jenkins (2006) afirma que para que possamos ter uma boa base do que o 
aluno já traz de conhecimento prévio para as aulas de língua inglesa, é necessário 
observar antes a maneira como o aluno lê na sua língua materna, no caso, em 
língua portuguesa. 
Assim, saberemos quais serão as dificuldades que este aluno enfrentará 
para ler um texto em língua inglesa. Ressalta-se que o conhecimento discursivo é 
sempre empregado, independentemente do idioma que se está lendo (JENKINS, 
2006). 
Certamente você, futuro professor de língua estrangeira, encontrará 
algumas dificuldades para trabalhar com a leitura em sala de aula, haja visto o 
fato de que a leitura só foi implantada de fato nos currículos há mais ou menos 20 
anos. Antes disso, o foco era na gramática e, muitas vezes, ainda é. Assim, deve-
se quebrar este paradigma, e de acordo com Marcuschi (2008), deve-se ensinar 
o aluno a ver o texto como um todo para que, em seguida, ele compreenda suas 
partes. 
Agora, falaremos um pouco da importância de ler do ponto de vista da 
neurociência. De acordo com Iwata e Maranha (2015), a psicologia cognitiva 
tem estudado junto à Neurociência Cognitiva nas pesquisas acerca da leitura. É 
comprovado, segundo a pesquisadora, que a leitura tem fortes impactos sobre o 
cérebro. 
As pesquisas realizadas acerca do tema mostram que existem duas frentes 
para a leitura: a atividade de leitura e a habilidade de leitura. Ambas diferem pelo 
fato de que a habilidade de leitura é o que, de fato, a define (IWATA; MARANHA, 
2015). Já a atividade de leitura usa a habilidade de leitura para se chegar onde se 
quer com o texto. 
ATENCAO
Pay attention! A atividade de leitura consiste mais no objetivo da leitura do que 
na leitura propriamente dita.
Vamos a um exemplo prático: se você receber agora um texto com 
muitas palavras que não conhece, você conseguirá decodificá-lo, mesmo sem 
compreender o que ele quer dizer. Isto é a habilidade de leitura. Você foi capaz 
de identificar o código alfabético que compõe as palavras e, assim, decodificá-las. 
Compreendeu? 
De acordo com Iwata e Maranha (2015), ler não é, de fato, compreender. 
Ler é um processo que não abrange somente compreender, mas para que 
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
10
possamos compreender é necessário que tenhamos a habilidade de ler. Por isso, 
precisamos ler muito, é um exercício para nosso cérebro. Quanto mais você lê, 
mais seu cérebro se desenvolverá e mais você aprenderá. 
A neurociência também tem sido de suma importância para esta afirmação, 
pois a partir dos seus estudos, ela compara a leitura a outras atividades usando 
a imagem das áreas que se destacam no cérebro durante a leitura. Existe uma 
ativação de áreas muito específicas do cérebro leitor e as áreas da fala e da audição 
também estão conectadas à leitura, mesmo que esta não seja feita em voz alta.
Assim, a leitura é imprescindível para o aprendizado, aqui, voltado à 
língua inglesa. Para finalizarmos essa seção, leia estas dicas de por que devemos 
incentivar nossos alunos a lerem livros em língua inglesa: 
É a maneira mais rápida e natural de adquirir vocabulário
Muitas vezes, encontramos palavras ou expressões que nunca antes 
tínhamos ouvido, mas mesmo assim não precisamos de um dicionário para 
entender o significado, pois o contexto já é suficiente. Além do mais, há palavras 
com diferentes significados de acordo com o contexto. Esta maneira é bem mais 
rápida e prática!
Você aprende sem se dar conta
Quando estamos lendo, ficamos tão concentrados na história que nem 
nos damos conta do que estamos fazendo. Assim, a aprendizagem acontece de 
maneira natural, sem ter realmente a impressão de estar aprendendo.
É divertido!
Ler é verdadeiramente um prazer para quem gosta. É como ver um 
filme, mas dentro de sua cabeça! Escolha o tipo de livros que você goste mais: 
romances históricos, policiais, românticos, de aventuras etc.
É mais barato
Por um lado, as traduções aumentam o preço final dos livros. Por outro, 
a oferta de livros em inglês é muito maior e existe um monte de sites onde se 
pode comprar a um preço bem econômico.
Não tem que esperar a tradução
Às vezes a tradução demora um pouco depois do lançamento do livro 
na língua original. Se você for especialmente impaciente, já não tem que esperar 
mais, leia o original em inglês! Naturalmente, começar a ler livros em inglês 
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
11
não é um processo imediato. Comece com livros mais fáceis e curtos (infantis 
ou juvenis), e à medida que suas habilidades aumentarem, pode passar para 
livros mais complexos.
FONTE: Disponível em: <https://blog.abaenglish.com/pt/cinco-motivos-para-ler-livros-em-
ingles/>. Acesso em: 10 dez. 2017. 
4 O FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO DURANTE A LEITURA
Acadêmico! Nesta seção, você compreenderá um pouco de como a leitura 
ocorre no cérebro humano. Que caminhos ela percorre até ser compreendida? 
Quais são as áreas especificamente utilizadas no cérebro para que ela ocorra? 
Let’s go ahead and know this important subject. 
Assim como todas as ações humanas, a leitura é processada no cérebro. 
Para que a leitura ocorra, é necessário que vários processos sejam iniciados. A 
leitura é essencialmente uma atividade neurológica e envolve muitos órgãos, 
desde o olho até as partes mais complexas do cérebro. 
Para que possamos compreender como, de fato, a leitura se processa, 
muitas são as áreas da ciência envolvidas: neurociência, psicologia, biologia, 
fisiologia, psicolinguística etc. A psicologia, juntamente à neurociência, por 
exemplo, compreende a leitura a partir do processo que se dá na mente. Por este 
motivo, utilizaremos nesta seção alguns conceitos específicos desta área. 
Para que possamos compreender como se dá a leitura, explicaremos 
especificamente os quatro passos que compõem, basicamente, a leitura. Observe: 
 
VISUALIZAÇÃO > FONAÇÃO > AUDIÇÃO > CEREBRAÇÃO
• Visualização: a visualização é o processo inicial, que visa olhar para as palavras 
e decodificar seus códigos. Este não é um processo contínuo, pois os olhos não 
passam de maneira linear sobre as palavras. 
• Fonação: a fonação é a articulação oral e pode desenvolver-se de maneira 
consciente ou inconsciente. É o processo que passa a leitura da visão à fala. 
• Audição: a audição consiste em passar a leitura até o ouvido. 
• Cerebração: é a parte final da leitura, quando as informações chegam ao cérebro 
para que haja o processo de compreensão. 
Estas são, basicamente, as etapas da leitura, que aprofundaremos mais a 
seguir. 
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
12
Lembramos que todo este estudo acerca da leitura é para que você, acadêmico 
e futuro professor de língua inglesa, compreenda que a leitura é uma das quatro habilidades 
que devem ser desenvolvidas para que haja o pleno aprendizado da língua inglesa.
IMPORTANT
E
Let’s go ahead and know a little more! 
4.1 DOS OLHOS AO CÉREBRO: COMO TUDO ACONTECE
Desde os olhos até o processamento cerebral, o caminho que a leitura 
percorre para chegar ao seu objetivo é longo. Smith (2003) explica que a percepção 
e a fisiologia influenciam muito na nossa percepção leitora. 
Uma das primeiras e mais importantes distinções que ocorrem quando 
iniciamos o processo da leitura é a dos elementos visuais e não visuais, necessários 
para o início do processo. Vamos conhecê-los?
Elementos visuais: são os que influenciam diretamente na leiturasob o 
aspecto físico, por exemplo, a luz adequada, os óculos ou lentes, se for o caso, as 
letras impressas ou projetadas de maneira adequada. 
Elementos não visuais: são os que estão dentro de nós, por exemplo, o 
domínio do idioma no qual o texto está escrito, o conhecimento prévio sobre o 
assunto, as estratégias de leitura que dominamos. 
Quanto mais elementos não visuais possuímos, menos precisaremos dos 
elementos visuais (SMITH, 2003). Por isso, futuro professor, lembre-se, especialmente quando 
for trabalhar leitura com os alunos de menor faixa etária, de que é preciso muito cuidado, 
pois às vezes a criança ainda não tem domínio sobre os elementos não visuais e isso torna 
a leitura muito difícil, ou mesmo impossível, especialmente quando se trata de leitura em 
língua estrangeira.
UNI
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
13
A visão, de acordo com Smith (2003), é uma ilusão criada pelo cérebro, ou 
seja, a visão é parcial, pois muitas das informações que completam a visão já estão 
armazenadas em nosso cérebro. 
O armazenamento sensorial é um compartimento cerebral que armazena 
as informações que vimos por milésimos de segundos, ou seja, o que vemos não 
fica em nosso cérebro por muito tempo. Quer um exemplo? Quando estamos 
vendo uma apresentação de slides nos quais as figuras passam muito rápido, 
geralmente não conseguimos nos lembrar nem da metade delas. Isso ocorre 
porque a imagem que aparece sempre acaba fazendo com que esqueçamos a 
anterior e assim sucessivamente. 
Outra informação interessante, que muitos não sabem, é que nossos 
olhos não olham fixamente para uma palavra ou objeto, embora tenhamos esta 
sensação. Nossos olhos estão em constante movimento, emitindo uma espécie de 
vibração (SMITH, 2003). 
Este processo ocorre para que outras células possam focalizar o objeto ou 
palavra, reduzindo, assim, a sobrecarga da retina ocular. Segundo Smith (2003), 
caso esta função falhe, a percepção é prejudicada e o objeto passa a ser percebido 
de maneira desfocada diante dos nossos olhos.
Afinal, o que isso interessa ao processo de leitura? O movimento do olho 
que faz com que a leitura ocorra é o que chamamos de movimento sacádico 
(SMITH, 2003). Este movimento não é linear, mas criado por pequenos lances 
que sacam as amostras de imagens que nos cercam. 
Este movimento não ocorre somente na leitura, mas em outras situações, 
como olhar um desenho, um rosto de uma pessoa, um animalzinho, analisar algo 
que se passa na televisão ou no computador, ou mesmo olhar para uma parede 
branca ou para o céu azul. 
Para nós (e para a maior parte dos países ocidentais), o movimento 
sacádico da leitura ocorre da esquerda para a direita e de cima para baixo. Este é 
um dos elementos não visuais primordiais para que uma criança aprenda a ler. A 
pausa que, muitas vezes, fazemos para observar melhor uma palavra, também é 
essencial para que haja a compreensão. Smith (2003) chama esta pausa de fixação. 
Ela ocorre para que possamos absorver a informação do texto.
O movimento de regressão também é importante para a leitura e nem 
sempre nos damos conta dele. Trata-se do movimento cujos olhos correm na 
direção contrária ao texto para retomar algo que porventura tenha passado 
despercebido. 
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
14
Let’s remember! 
Movimento sacádico  são os lances de olhares que damos para ter um panorama geral 
do que está ao nosso redor. 
Fixação  são as pequenas pausas que os olhos fazem em busca de absorção de informação.
Movimento de regressão  é o movimento que os olhos fazem de trás para frente para 
buscar retomar algo que não tenha sido compreendido. 
NOTA
Ainda de acordo com Smith (2003), as fixações e os movimentos de 
regressão variam muito de acordo com o nível do leitor. O leitor iniciante faz 
muito mais regressões e pausas do que um leitor que possua mais experiência. Isso 
não significa que um leitor experiente não possa ter dificuldades. Por exemplo, 
quando se está lendo um texto sobre um assunto pouco conhecido ou em outro 
idioma, poderão ser feitas muito mais fixações e regressões do que em um texto 
de aspecto familiar. 
A visão, portanto, deve ser rápida e eficaz. Além disso, ela precisa ser 
seletiva. Se isso não ocorresse e a visão fosse lenta, haveria uma sobrecarga de 
informações e o discurso poderia não ser processado como deveria, ou seja, a 
mensagem do texto ou do parágrafo se perderia. 
Smith (2003) afirma que, caso a visão não fosse seletiva, teríamos o que se 
chama de visão de túnel, ou seja, veríamos o mundo como se fosse através de um 
canudo. 
Tudo isso só é possível a partir dos elementos que chamamos de não 
visuais: as estratégias, o conhecimento prévio etc. Se não fossem esses elementos, 
não teríamos como ler rapidamente e de maneira seletiva. É por este motivo que 
uma criança que ainda não domina os elementos não visuais, ao ver um texto, 
pode enxergá-lo como uma floresta impossível de desbravar. 
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
15
ATENCAO
Acadêmico, quando você for professor, identifique se o seu aluno está 
com dificuldades de leitura. Existe um transtorno chamado “dislexia” que pode dificultar 
especialmente o processo de leitura do aluno, tanto na língua materna quanto na segunda 
língua. Observe os sinais de alerta:
 Se por acaso você perceber alguma destas dificuldades em algum dos seus alunos, deverá 
encaminhá-lo a um especialista no assunto. 
FONTE: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/397255/>. Acesso em: 
20 dez. 2017. 
FIGURA 4 – SINAIS DE ALERTA PARA A DISLEXIA
Assim, quanto mais você lê, mais repertório adquire, mais vocabulário 
aprende, mais elementos não visuais consegue internalizar. Desta maneira, 
ajudamos o cérebro na decodificação do que está escrito. 
Continuaremos nosso caminho dos olhos ao cérebro. Agora que você já 
sabe como atuam os olhos no processo de leitura, vamos ao passo seguinte, que é 
a identificação do sentido da mensagem que os olhos levaram ao cérebro. 
Quando estamos lendo, não estamos processando letra por letra. Pelo 
contrário. Muitos pensam que a leitura se dá no processo letra > palavra > frase > 
texto, mas isso é bem o oposto do que se imagina. 
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
16
O processo de leitura é imediato. Ele se dá a partir da leitura do macro 
para o micro, ou seja, o cérebro não compreende letra por letra, mas qual é o 
sentido que o que está sendo lido faz. 
Para a leitura de um texto em língua estrangeira, Smith (2003) propõe 
a eliminação das alternativas, ou seja, a compreensão pode ser feita pelo nosso 
conhecimento gramatical ou pelo nosso conhecimento contextual (a partir do 
contexto). 
Um exemplo disso é se a palavra começa, por exemplo, com a letra H, 
sabemos que depois dela não poderá haver nenhuma consoante. Outro exemplo 
dado pelo autor é se, por exemplo, há a seguinte frase: “Tomorrow we are going to 
the m.......”. Poucas são as alternativas que nos restam: movies, mall, ... Isso faz com 
que não demoremos tanto para chegar ao sentido da frase. 
Na leitura em língua inglesa, é mais comum a eliminação de alternativa a 
partir do contexto. Vamos a um exemplo prático. Veja a frase:
“Life is like an ice cream: enjoy before it melt”.
Agora, imagine o que ela significa. 
“A vida é como um sorvete. Aproveite-a antes que ela.......”.
Certamente você deduziu a palavra “derreta”, correto? Se não, 
provavelmente chegou perto. 
Perceba que, na verdade, mesmo que o aluno não soubesse o significado 
da palavra melt, ele poderia tranquilamente compreender o que a frase quer dizer. 
Da mesma maneira, se a pessoa não soubesse o que significa a palavra ice cream: 
“A vida é como um .......... Aproveite-a antes que ela derreta”. 
Não é difícil imaginar algo que deva ser aproveitado antes que derreta, 
não é mesmo? 
Não levamos muito tempo para compreender o real significado da frase. 
Nosso vocabulário na língua materna é aprendido destamaneira, mas como o 
aprendemos quando crianças, não lembramos. Assim é quando aprendemos uma 
língua estrangeira, e quando a ensinamos também. 
No cérebro, nossa percepção das coisas também acaba influenciando 
muito. Um exemplo é quando falamos a palavra FLOWER. O que vem à sua 
mente? Pode ser uma rosa, uma margarida, uma flor desenhada, um vaso de 
flores, um parreiral de flores. Muitos são os significados atribuídos ao mesmo 
significante. Veja: 
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
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FIGURA 5 – UM SIGNIFICANTE COM VÁRIOS SIGNIFICADOS 
FONTE: A autora. Adaptado de: <https://goo.gl/GMc1oU>. Acesso em: 26 fev. 2018.
Assim, não é o conjunto de letras que dá o sentido à palavra, mas nosso 
conhecimento de mundo acerca dela. Ao contrário do que imaginamos, quando 
olhamos para uma palavra, não pensamos antes na sua vocalização e depois em 
sua imagem. Quando lemos flower, a imagem da flor vem bem antes do que a 
palavra em si. 
Podemos compreender porque muitas das formas de ensinar que 
conhecemos tornam-se frustrantes. Muitos professores de línguas estrangeiras 
não ensinam a leitura a partir do contexto e do que se quer abstrair da leitura, mas 
apenas buscando destacar palavras, frases. 
Para ensinar a leitura em língua inglesa, é importante que o professor desafie 
o aluno. Atividades de leitura não devem ser dadas em um nível muito inferior ao 
que o aluno conhece, pois o cérebro necessita incessantemente ser estimulado e 
desafiado, somente assim será possível fazer com que o aluno aprenda. 
DICAS
Recomendamos, acadêmico, que para aprofundar ainda mais os estudos 
acerca do processamento da leitura, você leia o artigo intitulado A aprendizagem da leitura 
e suas implicações sobre a memória e a cognição, dos autores Régine Kolinski, Rosângela 
Gabriel e José Morais. O artigo está disponível no link <http://www.scielo.br/pdf/ides/
v69n1/2175-8026-ides-69-01-00061.pdf>, na sua trilha de aprendizagem da disciplina. Vale 
a pena conferir.
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
18
No nosso cérebro, existe uma pequena área que diferencia o cérebro de 
quem lê do cérebro de quem não lê. Já afirmamos anteriormente que a leitura 
modifica o cérebro e por isso é muito importante que leiamos sempre que possível, 
mesmo que seja apenas por um passatempo. 
A partir de agora, você conhecerá um estudo realizado acerca da Visual 
Word From Area (em português, área de forma visual das palavras), que aqui será 
tratada por VWFA. Há inúmeros estudos que apontam para o fato de que existe 
uma área do cérebro que só está ativa para pessoas que são letradas. Esta pequena 
área seria, de acordo com Iwata e Maranha (2015), a VWFA. 
Observe a posição desta pequena área no cérebro: 
VWFA
FIGURA 6 – VWFA
FONTE: A autora. Adaptado de: <http://www.anatomiadocorpo.
com/sistema-nervoso/cerebro/>. Acesso em: 11 mar. 2018. 
Pesquisas estudaram com afinco se esta área é ativada apenas durante o 
processo de leitura ou se em outras atividades ela também é usada. Afinal, o que é 
e o que faz esta pequena região cerebral? Na verdade, ela existe em todos os seres 
humanos, mas somente é ativada a partir da aprendizagem. 
Nessa região do cérebro ocorre uma reciclagem de neurônios para esta 
função, pois a área sempre esteve aí, mas era usada para outras funções. Cada 
nova aprendizagem possibilita reciclar esses neurônios e criar, no cérebro, um 
espaço exclusivo para cada aprendizagem. 
Note que a VWFA fica bem próxima às áreas responsáveis pela linguagem 
e pela visão. Isso tem um motivo: onde há leitura, deve haver ativação da 
linguagem oral e visual. Esta estrutura neural permite que o pensamento se 
conecte às palavras escritas (imagens) e ao processamento da linguagem. 
De acordo com Iwata e Maranha (2015), das pessoas que foram pesquisadas, 
a área da VWFA é a mesma em praticamente todas, não importa o idioma que 
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
19
elas falam, que tipo de alfabeto usam ou se a leitura é visual ou tátil (braile, por 
exemplo). Ela está localizada na região occiptotemporal do giro fusiforme do 
hemisfério esquerdo. 
Nos indivíduos pesquisados que não sabiam ler, esta área não era ativada 
quando viam palavras ou textos escritos. Outro ponto observado é que quanto 
maior a fluência leitora, mais a VWFA é ativada. Assim, a leitura muda o cérebro, 
pois ao passo que as pessoas iam aprendendo a ler, a área passava a ser ativada. 
Outra parte cerebral amplamente ativada durante a leitura é o plano 
temporal, parte do cérebro cuja função é processar os sons. Nas pessoas 
letradas, esta ativação é duas vezes maior do que nas pessoas iletradas (IWATA, 
MARANHA, 2015). 
4.2 A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA 
Acadêmico, vamos continuar com a nossa jornada. Já sabemos que muitos 
são os processos necessários para que possamos desenvolver a leitura, mas 
nenhum deles é possível caso não haja a consciência fonológica.
Esta consciência é importante porque não há leitura se não houver 
decodificação do alfabeto. Todos os sistemas alfabéticos usam letras. Cada 
letra tem por objetivo representar um som ou, por vezes, duas ou mais letras 
representam um único som (como você já estudou ou ainda estudará na disciplina 
de Fonética e Fonologia da Língua Inglesa).
De acordo com Carrell (1987), só podemos ter uma estrutura alfabética 
porque todas as palavras possuem os mesmos fonemas, ou seja, diferentes 
combinações dos mesmos sons formam milhões de palavras, em todos os idiomas 
imagináveis. 
Assim, em todas as línguas há um grupo limitado de fonemas, mas que 
permitem a construção de milhões de palavras diferentes, que possibilitam a 
formação da língua. 
Afinal de contas, o que é a consciência fonológica e o que ela tem a ver com 
a existência de um alfabeto? A consciência fonológica é a habilidade de analisar 
as palavras faladas. Conforme Scliar-Cabral (1989), a consciência fonológica 
é a capacidade de debruçar-se sobre os objetos fonológicos com uma postura 
reflexiva. 
A partir desta análise crítica dos sons, podemos compreender como 
funciona a conversão das letras em fonemas. Para que a consciência fonológica 
possa existir, é preciso que se compreenda os sons da fala, bem como que se saiba 
como utilizá-los. 
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
20
De acordo com Capovilla e Capovilla (1997), o desenvolvimento da 
capacidade que chamamos de consciência fonológica permite que possamos 
segmentar as palavras em sílabas e, em seguida, em fonemas, o que possibilita a 
compreensão de que as diferentes palavras constituem-se por fonemas. 
Para cada fonema, existe, no mínimo, uma letra correspondente. O valor 
sonoro das letras é aprendido a partir da consciência fonológica, portanto, para 
que possamos compreender uma palavra, é preciso que compreendamos também 
a sua estrutura sonora.
Acadêmico, podemos assim concluir que separar sílabas pode ser um 
processo natural da fala, mas ter a consciência dos sons e detectar os fonemas 
requer uma prática um pouco mais próxima com o código escrito.
Em seus estudos, Vygotsky afirma que a criança, no seu processo de 
aprendizagem da língua, não está muito atenta aos sons, porque o foco é 
compreender o sentido. Para escrever, porém, é necessário que esta consciência 
fonológica esteja mais desenvolvida, caso contrário, ela não conseguirá 
transformar os sons em símbolos alfabéticos (a relação entre fonemas e grafemas 
sempre é um desafio da alfabetização). 
Podemos concluir que a leitura é um processo complexo, já que envolve, 
além da compreensão do sistema alfabético, toda uma gama de estratégias, bem 
como a compreensão do contexto no qual o texto foi desenvolvido. 
Como estamos falando até agora sobre leitura, a nossa leitura complementar 
trará algumas reflexões sobre porque é importante ler. E melhor: todo o texto está 
em inglês. Desafie-se! Come with us and enjoy it! 
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
21
10 Benefits of Reading: WhyYou Should Read Every Day
When was the last time you read a book, or a substantial magazine article? 
Do your daily reading habits center around tweets, Facebook updates, or the 
directions on your instant oatmeal packet? If you’re one of countless people who 
don’t make a habit of reading regularly, you might be missing out: reading has a 
significant number of benefits, and just a few benefits of reading are listed below.
1. Mental Stimulation
Studies have shown that staying mentally stimulated can slow the 
progress of (or possibly even prevent) Alzheimer’s and Dementia, since keeping 
your brain active and engaged prevents it from losing power. Just like any other 
muscle in the body, the brain requires exercise to keep it strong and healthy, so 
the phrase “use it or lose it” is particularly apt when it comes to your mind. Doing 
puzzles and playing games such as chess have also been found to be helpful with 
cognitive stimulation.
2. Stress Reduction
No matter how much stress you have at work, in your personal 
relationships, or countless other issues faced in daily life, it all just slips away 
when you lose yourself in a great story. A well-written novel can transport you 
to other realms, while an engaging article will distract you and keep you in the 
present moment, letting tensions drain away and allowing you to relax.
3. Knowledge
Everything you read fills your head with new bits of information, and 
you never know when it might come in handy. The more knowledge you 
have, the better-equipped you are to tackle any challenge you’ll ever face. 
Additionally, here’s a bit of food for thought: should you ever find yourself in 
dire circumstances, remember that although you might lose everything else — 
your job, your possessions, your money, even your health — knowledge can 
never be taken from you.
4. Vocabulary Expansion
This goes with the above topic: the more you read, the more words you 
gain exposure to, and they’ll inevitably make their way into your everyday 
vocabulary. Being articulate and well-spoken is of great help in any profession, 
and knowing that you can speak to higher-ups with self-confidence can be an 
enormous boost to your self-esteem. It could even aid in your career, as those who 
are well-read, well-spoken, and knowledgeable on a variety of topics tend to get 
promotions more quickly (and more often) than those with smaller vocabularies 
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
22
and lack of awareness of literature, scientific breakthroughs, and global events. 
Reading books is also vital for learning new languages, as non-native speakers 
gain exposure to words used in context, which will ameliorate their own speaking 
and writing fluency.
5. Memory Improvement
When you read a book, you have to remember an assortment of characters, 
their backgrounds, ambitions, history, and nuances, as well as the various 
arcs and sub-plots that weave their way through every story. That’s a fair bit 
to remember, but brains are marvelous things and can remember these things 
with relative ease. Amazingly enough, every new memory you create forges new 
synapses (brain pathways) and strengthens existing ones, which assists in short-
term memory recall as well as stabilizing moods. How cool is that?
6. Stronger Analytical Thinking Skills
Have you ever read an amazing mystery novel, and solved the mystery 
yourself before finishing the book? If so, you were able to put critical and 
analytical thinking to work by taking note of all the details provided and sorting 
them out to determine “who done it”. That same ability to analyze details also 
comes in handy when it comes to critiquing the plot; determining whether it was 
a well-written piece, if the characters were properly developed, if the storyline 
ran smoothly etc. Should you ever have an opportunity to discuss the book with 
others, you’ll be able to state your opinions clearly, as you’ve taken the time to 
really consider all the aspects involved.
7. Improved Focus and Concentration
In our internet-crazed world, attention is drawn in a million different 
directions at once as we multi-task through every day. In a single 5-minute span, 
the average person will divide their time between working on a task, checking 
email, chatting with a couple of people (via chat, skype, etc.), keeping an eye on 
twitter, monitoring their smartphone, and interacting with co-workers. This type 
of ADD-like behavior causes stress levels to rise, and lowers our productivity. 
When you read a book, all of your attention is focused on the story — the rest 
of the world just falls away, and you can immerse yourself in every fine detail 
you’re absorbing. Try reading for 15-20 minutes before work (i.e. on your morning 
commute, if you take public transit), and you’ll be surprised at how much more 
focused you are once you get to the office.
8. Better Writing Skills
This goes hand-in-hand with the expansion of your vocabulary: exposure 
to published, well-written work has a noted effect on one’s own writing, as 
observing the cadence, fluidity, and writing styles of other authors will invariably 
influence your own work. In the same way that musicians influence one another, 
TÓPICO 1 | O PROCESSAMENTO DA LEITURA SOB O OLHAR COGNITIVO
23
and painters use techniques established by previous masters, so do writers learn 
how to craft prose by reading the works of others.
9. Tranquility
In addition to the relaxation that accompanies reading a good book, it’s 
possible that the subject you read about can bring about immense inner peace 
and tranquility. Reading spiritual texts can lower blood pressure and bring about 
an immense sense of calm, while reading self-help books has been shown to help 
people suffering from certain mood disorders and mild mental illnesses.
10. Free Entertainment
Though many of us like to buy books so we can annotate them and dog-ear 
pages for future reference, they can be quite pricey. For low-budget entertainment, 
you can visit your local library and bask in the glory of the countless tomes 
available there for free. Libraries have books on every subject imaginable, and 
since they rotate their stock and constantly get new books, you’ll never run out of 
reading materials. If you happen to live in an area that doesn’t have a local library, 
or if you’re mobility-impaired and can’t get to one easily, most libraries have their 
books available in PDF or ePub format so you can read them on your e-reader, 
iPad, or your computer screen. There are also many sources online where you can 
download free e-books, so go hunting for something new to read! 
There’s a reading genre for every literate person on the planet, and whether 
your tastes lie in classical literature, poetry, fashion magazines, biographies, 
religious texts, young adult books, self-help guides, street lit, or romance novels, 
there’s something out there to capture your curiosity and imagination. Step away 
from your computer for a little while, crack open a book, and replenish your soul 
for a little while.
FONTE: Available in: <https://www.lifehack.org/articles/lifestyle/10-benefits-reading-why-you-
should-read-everyday.html>. Accessed in: dec 23rd, 2017. 
24
In this topic, you learned that:
• The four abilities of the English language are: listening, speaking, writting and 
reading.
• There is no order to learn the abilities, since they are skills usually developed 
within communication in general.
• To be a good English teacher, it’s necessary to know these abilities.
• The processing of the foreign language in the brain is different than in the 
mother tongue.
• Reading is a process of understanding and seizing information.
• Reading opens the mind to the unknown, makes us reflect on ourselves and the 
world.
• Reading means constructing meanings according to the world's knowledge we 
already have.
• To read is to dialogue, to question, to learn, to criticize, to argue, to disagree,to 
complement, among many other actions.
• Literacy is the understanding of the text.
• Neuroscience compares reading to other activities using the image of areas 
that stand out in the brain during reading.
• Visualization is the initial process, which aims to look at words and decode 
their codes. This is not an ongoing process, and eyes don’t pass linearly over 
words.
• Phonation is the oral articulation and can develop in a conscious or unconscious 
way. It is the process that passes the reading from vision to speech.
• Hearing consists of passing the reading to the ear.
• Cerebration: It is the final part of the reading, when the information reaches the 
brain for the process of understanding.
RESUMO DO TÓPICO 1
25
• Visual elements: they are those that directly influence the reading under the 
physical aspect, for example, the adequate light, the glasses or lenses, the letters 
printed or projected in an appropriate way.
• Non-visual elements are those that are within us, such as the domain of the 
language in which the text is written, prior knowledge, the reading strategies 
that we master.
• Sensory storage: cerebral compartment that stores the information we saw by 
milliseconds.
• Saccade movement: non-linear, but rather, created by small bids that take the 
samples of images that surround us.
• Fixation: pause that we often do to better observe a word.
• Regression movement: roll your eyes in the opposite direction of the text to 
pick up something that may have gone unnoticed.
• The vision must be fast and effective, if it’s not, there is information overload 
and the information is lost.
• The VWFA is a brain area activated in literate people during reading.
26
1 Explain with your own words what is the difference between the visual and 
non-visual elements. Give an example. 
2 About the four abilities developed by English learners, give an example of 
activity that we can develop with our students:
Listening: 
Speaking: 
Writing: 
Reading: 
3 Explain how neuroscience helps in studies about reading. 
4 About sensory storage (armazenamento sensorial), write T for true and F for 
false: 
( ) Sensory storage stores the information we've seen for hours.
( ) Sensory storage occurs, for example, when you see a slide show in which 
the pictures pass very fast, we usually can’t remember even half of them.
( ) Sensory storage doesn’t occur with readers. 
( ) Sensory storage is a brain compartment. 
Now, choose the correct alternative: 
a) ( ) F – T – T – F. 
b) ( ) F – T – F – T. 
c) ( ) T – F – T – F. 
d) ( ) T – F – F – T.
AUTOATIVIDADE
27
TÓPICO 2
OS ESTÁGIOS DA LEITURA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, agora que já estudamos um pouco acerca do conceito de 
leitura e como ela se processa, vamos trabalhar um pouco acerca da compreensão 
leitora e discutir cada um dos quatro níveis de leitura para que você, futuro 
professor, saiba como proceder em cada um deles, afinal de contas, os professores 
muitas vezes têm contato com alunos de todos os níveis. 
Are you ready to start another studying journey? So, come with me and enjoy it! 
2 A COMPREENSÃO LEITORA
Para que possamos estar contextualizados acerca do que estamos tratando 
aqui, vamos conceituar a compreensão leitora. De acordo com Kleiman (1998, p. 
61): 
Compreensão leitora é o processo por meio do qual são postas em 
funcionamento as estratégias cognitivas e habilidades necessárias para 
compreender, que permitem que o leitor extraia e construa significados 
do texto, simultaneamente, para fazer sentido da língua escrita. 
As estratégias cognitivas que a autora se refere são as funções que na 
seção anterior trabalhamos: as não visuais. As habilidades se definem a partir das 
estratégias que o leitor é capaz de pôr em prática no ato da leitura. 
Esta extração de significados dos textos só vem com a prática, pois não 
existe uma fórmula mágica que faça com que o leitor se torne proficiente se ele não 
praticar. Quando crianças, os alunos precisam desenvolver o hábito da leitura, 
caso não o desenvolvam, a compreensão da leitura será cada vez mais difícil.
Existem casos de pessoas que desenvolvem o gosto e o hábito da leitura 
depois de adultos, mas se isto for desenvolvido ainda quando criança, melhor 
será o desenvolvimento destas habilidades. 
Por este motivo, destacamos mais uma vez o fato de que o professor 
deve ajudar o aluno a tornar-se leitor, fazendo com que ele consiga desenvolver 
objetivos claros com relação à leitura: Por que estou lendo? O que quero com esta 
leitura? Preciso de alguma informação ou estou lendo apenas por gosto? Assim 
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
28
que ele conseguir dominar esta estratégia (ter objetivos claros quanto à leitura), 
sua compreensão quando a leitura ocorrer será mais efetiva. 
As estratégias de leitura devem, de acordo com Solé (1998), ser ensinadas. 
Segundo a autora, elas auxiliam o aluno a ler de maneira autônoma, mas não 
aparecem do nada e não são desenvolvidas naturalmente. Elas são ensinadas ou 
não, e são aprendidas ou não. Assim, mais uma vez inferimos a ação do professor 
para que as estratégias de leitura sejam efetivamente aprendidas. 
A autora também afirma que quanto mais se lê, mais o leitor as internaliza. 
O desenvolvimento destas estratégias parte do princípio do objetivo da leitura: 
é preciso ter objetivos para que possamos traçar a estratégia mais adequada 
enquanto leitores e ajudar o aluno com atividades para desenvolvê-las enquanto 
professores. 
A seguir, elencamos quais são as perguntas que devem ser feitas quando 
vamos ler (ou passar alguma leitura aos alunos):
OBJETIVOS DA LEITURA: 
• Assimilação de conhecimento?
• Busca de novo conhecimento?
• Preparação intelectual para assumir posicionamentos críticos?
• Preparação intelectual para gerar conhecimento novo?
PRIMEIRO PASSO PARA A LEITURA: 
• Vamos ler sobre que assunto? 
• O que vamos ler sobre o assunto? 
• O que queremos com a leitura: algo específico ou mais geral? 
A partir destes questionamentos, já é possível definir qual é o objetivo do 
que vamos ler para, assim, desenvolvermos as estratégias necessárias ou ajudar 
nosso aluno a desenvolvê-las, se for o caso. 
É importante lembrar que, dependendo da idade da criança, especialmente 
quando se trata de leitura em língua inglesa, os objetivos serão, provavelmente, relacionados 
à compreensão do texto de maneira mais generalizada, pois o foco é a aprendizagem do 
idioma.
NOTA
TÓPICO 2 | OS ESTÁGIOS DA LEITURA
29
A compreensão leitora é dividida em quatro níveis, os quais estudaremos 
a partir de agora, nas próximas sessões. São elas: a decodificação, a compreensão 
literal, a inferência e o monitoramento. 
Os dois primeiros, de acordo com Gagné, Yekovich e Yekovich (1993), 
são chamados de shallow processing e tratam da fase na qual o leitor é capaz de 
perceber o texto ainda de maneira superficial. Já os dois últimos são chamados de 
deep processing e são os mais aprofundados. Nesses níveis, o leitor já é capaz de 
formar conceitos novos e adquirir posicionamento diante deles. 
Let’s, now, study more about each level. Come with me and learn more and more!
2.1 O PRIMEIRO NÍVEL DE COMPREENSÃO LEITORA 
O primeiro nível de compreensão leitora, também chamado de 
decodificação, trata-se da interpretação dos códigos para, assim, depreender a 
mensagem que determinado texto quer nos transmitir. 
A decodificação nada mais é do que a criptografia. Para que o leitor saiba 
decodificar, é preciso que ele compreenda o sistema alfabético no qual o texto está 
escrito. Por exemplo, um texto que está escrito em braile não será decodificado 
por uma pessoa que não tenha o domínio mínimo deste alfabeto. 
O idioma, no caso da decodificação, não tem influência, porque você é 
capaz de decodificar um texto escrito em italiano. Neste caso, a decodificação 
ocorre. O que não ocorre é a compreensão, conforme veremos adiante. 
2.2 O SEGUNDO NÍVEL DE COMPREENSÃO LEITORAA compreensão literal do texto, que é o segundo nível da compreensão 
leitora, trata-se de compreender exatamente o que o texto quer dizer. Por exemplo, 
em um texto em que se diz: “Naquele tempo, havia apenas dois carros na cidade: 
o do prefeito e o do médico. Ambos sabiam dirigir, mas não se arriscavam, pois já 
consideravam a estrada muito perigosa por haver muito tráfego”. 
Se pedíssemos para que o leitor diga quantos carros havia na cidade, ele 
provavelmente responderá “dois”, porque é uma informação que está explícita 
no texto. Isso é a compreensão literal. É abstrair as informações que estão sendo 
dadas única e exclusivamente pelo texto. 
Geralmente, as crianças em fase de alfabetização conseguem chegar a esta 
fase da leitura. Em seguida, elas vão desenvolvendo as demais, mas por estarem 
no processo de decodificação, o máximo que conseguem é a compreensão literal 
do texto. 
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
30
2.3 O TERCEIRO NÍVEL DE COMPREENSÃO LEITORA 
O terceiro nível de compreensão leitora é a inferência. Acerca deste nível, 
desenvolvemos uma única seção, haja vista a importância dela no processo de 
compreensão de leitura. Inferir é deduzir a partir de uma avaliação prévia do que 
está sendo lido: informações, “pistas” deixadas pelo texto. 
No mesmo exemplo que o anterior, observe: “Naquele tempo, havia 
apenas dois carros na cidade: o do prefeito e o do médico. Ambos sabiam dirigir, 
mas não se arriscavam, pois já consideravam a estrada muito perigosa por haver 
muito tráfego”. 
Se você pedir para um aluno com mais desenvolvimento leitor por que 
os motoristas consideravam a estrada perigosa com apenas dois carros nela, 
provavelmente ele responderá que se trata de um texto cujo teor é irônico, ou seja, 
há ali a presença de uma figura de linguagem cujo objetivo é ironizar o fato de 
que naquela época se considerava perigosa uma estrada com apenas dois carros. 
ESTUDOS FU
TUROS
Na seção 3, estudaremos mais profundamente a inferência, pois esta é uma 
das habilidades mais importantes para um leitor, seja ele na língua materna ou na segunda 
língua.
2.4 O QUARTO NÍVEL DE COMPREENSÃO LEITORA
O quarto nível de compreensão leitora, ou monitoramento, é uma tarefa 
que, de acordo com Baker (1986), trata da detecção de erros. O monitoramento 
visa detectar falhas, sejam elas de nível lexical, quando o leitor avalia o nível 
linguístico do texto; ou de consistência interna, quando o leitor avalia se no texto 
há, por exemplo, contradições. 
Quando o monitoramento ocorre no nível lexical, podem ser percebidos 
erros de ortografia, de concordância, de regência ou mesmo de estruturação 
do texto. Já quando o monitoramento é de consistência interna, são avaliadas 
expressões ou palavras que causam dúvidas, ambiguidade ou mesmo contradições 
dentro do texto (BAKER, 1986). 
Now, we are going to study more about the inference. That is a very important 
ability to the reading process. Come with us! 
TÓPICO 2 | OS ESTÁGIOS DA LEITURA
31
2.5 COMO MELHORAR A COMPREENSÃO LEITORA
Muito se falou até agora acerca da compreensão leitora. Nesta seção, 
trabalharemos especificamente nove itens que, se seguidos, o levarão a melhorar 
significativamente sua compreensão leitora. Estas pequenas estratégias fazem 
com que você, leitor, e seus futuros alunos como leitores tenham mais foco na 
hora da leitura. Let’s know them. 
1. Leia todo o texto para ter uma visão geral do assunto
Quando o texto não for muito longo e se tratar, por exemplo, de apenas 
algumas páginas, leia-o todo, de modo a compreender do que se trata, bem 
como quais são as suas “linhas gerais”. Assim, você já saberá do que se trata 
antes de ter que fazer uma leitura mais minuciosa para retirar o que precisa do 
texto. 
2. Não pare a leitura do texto caso encontre alguma palavra desconhecida
Esta parece ser uma dica um pouco estranha, não é? Mas é muito 
eficaz para melhorar a compreensão leitora. Muitas das palavras das quais não 
sabemos o significado acabam sendo compreendidas por causa do contexto. Não 
é necessário parar a leitura para procurá-las no dicionário. Caso a compreensão 
não ocorra mesmo depois de todo o texto lido, e a palavra seja crucial para a 
compreensão do conteúdo, aí sim vale a parada para a pesquisa do significado. 
3. Leia o texto pelo menos duas vezes
É muito importante para a compreensão leitora que você leia o texto 
pelo menos duas vezes, especialmente se ele for denso. Isso porque na primeira 
leitura você compreende as linhas gerais, enquanto na segunda, você retirará 
dele as informações que precisa. 
4. Faça inferências
Exercite o ato de fazer inferências. Isso não é algo inerente ao ser humano. 
Para inferir, é preciso praticar, mesmo que no início nossas hipóteses sejam 
falhas ou nada tenham a ver com o que a proposta do texto traz. Apenas ler o 
texto por ler não trará nenhum tipo de benefício e não agregará conhecimento 
algum. A capacidade de inferir ou não no texto mostra se você conseguiu 
compreendê-lo ou não. 
5. Volte ao texto caso precise
Não se sinta incomodado caso tenha que voltar ao texto quantas vezes 
forem necessárias. Caso não compreenda um parágrafo, volte a ele. 
 
UNIDADE 1 | COMO OCORRE O PROCESSO DE LEITURA
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6. Não deixe que suas ideias prevaleçam às do autor
Lembre-se de que, quando o autor escreveu o texto, ele o fez com um 
propósito, ou seja, há uma intenção por trás do texto. Não deixe que a sua ideia 
prevaleça às do autor. Nem sempre o autor vai dizer o que você espera ler. 
7. Divida o texto em parágrafos caso pareça mais fácil
Caso seja um texto denso, você poderá dividi-lo em pequenas partes 
ou mesmo lê-lo de parágrafo em parágrafo. Leia um parágrafo, certifique-se de 
que o compreendeu para, em seguida, ir adiante. Isso torna o texto mais fácil 
de ser compreendido. 
8. O enunciado já diz muito por si só
Preste atenção ao que diz o enunciado. Muitas vezes ele já traz 
informações importantes que mostrarão se vale a pena ou não ler aquele texto 
para a finalidade que você espera dele. Normalmente os pressupostos teóricos 
utilizados já são explicitados no resumo ou na introdução do texto. 
9. Perceba as ideias que o autor defende
Não passe batido a respeito das ideias que o autor traz sobre o texto 
que está sendo lido. Ele deve ter se posicionado acerca de alguma temática e 
adotado alguma linha teórica para tratar do texto que redigiu. Perceba as ideias 
dele e faça suas inferências acerca do que está previamente posto por ele. 
Então, acadêmico, gostou das dicas que separamos para melhorar sua 
compreensão leitora? É claro que existem muitas outras que podem ser aplicadas, 
mas estas são de suma importância para que você, de fato, compreenda o que está 
sendo lido. 
Lembre-se de que você está cursando uma licenciatura, o que pressupõe 
que será professor. Assim, todas as dicas que passamos neste material são 
pensando em que você também as aplique com seus alunos enquanto exercer a 
sua profissão. 
Let’s go, now, to the next topic. 
3 A INFERÊNCIA NA COMPREENSÃO LEITORA
Agora você, acadêmico e futuro professor, já sabe que um leitor proficiente 
é aquele que consegue decodificar o texto e, além disso, ler as informações 
implícitas nele. As entrelinhas de um texto, por vezes, são mais decisivas para a 
compreensão da mensagem do que o próprio texto em si.
TÓPICO 2 | OS ESTÁGIOS DA LEITURA
33
Para que o leitor seja proficiente, é necessário que ele domine mais do 
que o sistema de escrita: o conhecimento de mundo acerca do assunto (também 
chamado de conhecimento prévio) e as convenções da linguagem são primordiais 
para que isso ocorra. 
Sabe-se também que o texto não se resume somente a palavras, mas 
também a imagens e a outras observações que o leitor precisa estar atento para o 
ato da leitura. Ler não é simplesmente decodificar. Lembre-se disso, acadêmico. 
Às informações que trazemos para a compreensão dos textos que lemos 
damos o nome de inferência. De acordo com Koch (1997), as inferências

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