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CCJ0001-WL-RA-09-Fundamentos das Ciências Sociais _03-05-2012_

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos das Ciências Sociais 
Prof.: Tiago Jorge Fernandes de Albuquerque Maranhão 
Disciplina: 
CCJ0001 
Aula: 
009 
Assunto: 
Karl Marx 
Folha: 
1 de 4 
Data: 
03/05/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0001/Aula-009/WLAJ/DP 
Plano de Aula: 9 - Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas. 
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS 
Título 
9 - Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas 
Número de Aulas por Semana 
1. 
Número de Semana de Aula 
9. 
Tema 
A sociologia de Max Weber (II). 
Objetivos 
Descrever a concepção weberiana de dominação e poder. Analisar os conceitos de autoridade e legitimidade. 
Distinguir os três tipos puros de dominação. Demonstrar a importância da sociologia weberiana para a análise da 
sociedade brasileira. 
Estrutura do Conteúdo 
1- Tipos de dominação legítima em Max Weber A dominação deve ser entendida, segundo Weber, como uma 
probabilidade de mando e de legitimidade deste. A crença é condição fundamental para que a relação entre 
aquele que manda (domina) e aquele que obedece (dominado) se realize. Portanto, não é toda e qualquer relação 
de poder que é legitimada, é preciso que aquele que obedece acredite voluntariamente naquele que tem poder de 
mando. O poder é sempre uma probabilidade, pois depende de outro para ser exercido. Weber fornece o exemplo 
da relação de poder entre senhor e escravo que é carente de uma relação voluntária, não havendo portanto 
legitimidade e sim obrigação; a conseqüência é que na primeira oportunidade os indivíduos fogem desta relação, 
abandonam seus senhores. 1.1- Os tipos puros de dominação: Weber define os três tipos puros de dominação 
como: racional-legal ou burocrática, dominação tradicional e a carismática. A dominação racional-legal é exercida 
dentro de um quadro administrativo composto de regras e leis escritas que devem ser seguidas por todos, não 
havendo privilégios pessoais. Ela é apoiada na crença de uma “legitimidade de ordens estatuídas e nos direitos de 
mando dos chamados a exercer autoridade legal”. Esta é baseada em relações impessoais e os funcionários são 
incorporados ao quadro administrativo, através de um contrato, não por suas características pessoais mas por sua 
competência técnica. Eles são livres, sendo que suas obrigações se limitam aos deveres e objetivos de seus 
cargos que estão dispostos dentro de uma hierarquia administrativa e suas competências são rigorosamente 
fixadas. Realizam seu trabalho e em troca recebem um salário fixo e regular que varia conforme a 
responsabilidade do cargo, que é exercido em forma exclusiva ou como principal ocupação. Há possibilidade de 
fazer carreira, podendo subir na hierarquia da profissão, através do tempo de serviço ou por competência ou 
ambos. Importante ressaltar que os funcionários trabalham em seus cargos sem a apropriação dos mesmos. A 
dominação burocrática é puramente técnica, com o objetivo de atingir o mais alto grau de eficiência e nesse 
sentido é, formalmente, o mais racional conhecido meio de exercer a dominação sobre os seres humanos. A 
dominação tradicional repousa na crença das tradições, costumes que existem desde de outros tempos. É a 
legitimidade na crença dos indivíduos nas ordens e poderes senhoriais tradicionais. A autoridade é exercida e 
legitimada pela tradição e por normas escritas. O quadro administrativo, neste caso, pode ser recrutado não pela 
competência técnica mas por vínculos pessoais e laços de fidelidade. As tarefas não estão claramente definidas, 
como na dominação racional, e os privilégios e deveres encontram-se sujeitos a modificações de acordo com a 
vontade do governante. Há outros tipos de dominação tradicional que são o: patriarcalismo onde o poder é 
exercido segundo regras fixas de sucessão; e o patrimonialismo ou gerontocracia que é autoridade exercida pelos 
mais velhos, em idade, sendo os melhores conhecedores da tradição sagrada. Em um corpo administrativo 
encontramos o patrimonialismo quando os funcionários ligam-se ao chefe por laços de fidelidade pessoais. A 
dominação carsimática pode ser caracterizada pelo seu caráter de tipo extraordinário e irracional. Weber define 
carisma como uma qualidade pessoal considerada extraordinária, atribuída a um indivíduo que possui poderes ou 
qualidades sobrenaturais. Esses indivíduos são enviados por Deus para o cumprimento de uma “missão”. 
Portanto, este indivíduo é reconhecido como um líder por seus seguidores e assim a autoridade carismática é 
legitimada. O Os carismáticos, geralmente são profetas religiosos, políticos, demagogos, apresentam, na maioria 
das vezes, provas de seu poder, fazendo milagres ou revelações divinas. Entretanto Weber aponta para 
possibilidade de uma existência permanente de um líder carismático, tal fenômeno foi chamado de rotinização do 
carisma. Para que isso ocorra são necessárias mudanças profundas, pois implicam a transformação da autoridade 
carismática em tradicional ou legal. Sendo assim as atividades do corpo administrativo passam a ser exercidas de 
forma regular seja através da constituição de normas tradicionais seja por promulgação de regras legais. Haverá 
um problema a ser resolvido que é o da sucessão que não será eleito, geralmente o líder carismático escolhe 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos das Ciências Sociais 
Prof.: Tiago Jorge Fernandes de Albuquerque Maranhão 
Disciplina: 
CCJ0001 
Aula: 
009 
Assunto: 
Karl Marx 
Folha: 
2 de 4 
Data: 
03/05/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0001/Aula-009/WLAJ/DP 
entre aqueles de sua confiança ou então por hereditariedade. 1.2 - A construção dos tipos ideais de autoridade – 
essa construção é importante para a compreensão do desenvolvimento das instituições, nas quais a burocracia é a 
mais importante por ser mais característica da sociedade moderna ocidental a qual tem em seu cerne o 
pensamento racional. Esses três tipos de dominação não são encontrados isoladamente na realidade, eles 
coexistem. A sociedade brasileira é um bom exemplo dessa coexistência, pois as relações de trabalho nas 
organizações (lugar, em princípio, exemplar da relação impessoal) são, ao contrário, pessoais e permeadas de 
privilégios. A seleção nem sempre atende aos critérios meritocráticos, competência comprovada para o cargo. Em 
muitos casos as relações pessoais valem muito mais do que um diploma. 2- Patrimonialismo e nepotismo na 
sociedade brasileira: a permanência do arcaico Segundo Roberto da Matta, em O que faz o Brasil, Brasil? (Rio de 
Janeiro, Ed. Sala, 1984), “o dilema brasileiro residiria na oscilação, ou seja, no que existe de liminar, entre “um 
esqueleto nacional feito de leis universais cujo sujeito era o indivíduo e situações onde cada qual se salvava e se 
despachava como podia, utilizando para isso seu sistema de relações pessoais”. Nesse sentido, o brasileiro 
oscilava entre uma série de leis que, teoricamente, todos os indivíduos da sociedade deveriam cumprir, e uma 
série de expedientes passiveis de serem utilizados para burlas estas normas com bases em uma rede de contatos 
pessoais facilitados pelo nosso próprio sistema burocrático e hierárquico. Deste conflito nasceriam situações que 
todos nós estamos acostumados a vivenciar, como o jeitinho, que sempre está ao nosso alcance (pra tudo tem um 
jeito), e o famoso “você sabe com quem está falando?”. De acordo com Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes 
do Brasil, no Brasil onde imperou, desde tempos remotos, o tipo primitivo de família patriarcal ( o pai é o chefe 
supremo, o homem possui um status de soberano, senhor total de todos e todas as coisas), o desenvolvimento da 
urbanização que não resulta unicamente do crescimento das cidades mas também do crescimento dos meios de 
comunicação, atraindo vastas áreas rurais para a esfera de influência das cidades - ia acarretar um desequilíbrio 
social, cujos efeitos permanecem vivosainda hoje. Não era fácil aos detentores das posições públicas de 
responsabilidade, formados por tal ambiente, compreenderem a distinção fundamental entre os domínios do 
privado e público. Assim, eles se caracterizam justamente pelo que separa o funcionário "patrimonial" do puro 
burocrata conforme a definição de Max Weber. Para o funcionário "patrimonial", a própria gestão política, 
apresenta-se como assunto de seu interesse particular; as funções, os empregos e os benefícios que deles aufere, 
relacionam-se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos, como sucede no verdadeiro Estado 
burocrático, em que prevalecem a especialização das funções e o esforço para se assegurarem garantias jurídicas 
aos cidadãos. Como se sabe, a prática do patrimonialismo ainda é bastante arraigada na sociedade brasileira. 
Apesar de o ordenamento jurídico brasileiro consagrar o princípio da igualdade entre os cidadãos, verifica-se a 
permanência de relações hierarquizada que permitem que alguns indivíduos sejam “mais iguais que outros”, como 
irônica e argutamente demonstra Roberto da Matta, na obra supracitada. É o caso de homens públicos que se 
utilizam de recursos públicos para fins privados, seja utilizando-se de funcionários públicos para serviços 
domésticos, seja pleiteando vistos diplomáticos a parentes sem alegadas razões de Estado. 
Aplicação Prática Teórica 
Questão discursiva: Leia o texto abaixo e responda as perguntas apresentadas: Coronelismo , enxada e voto “E 
assim nos parece este aspecto importantíssimo do ‘coronelismo’, que é o sistema de reciprocidade: de um lado, os 
chefes municipais e os ‘ coronéis’, que conduzem magotes de eleitores como quem toca tropa de burros; de outro, 
a situação política dominante no Estado, que dispõe do erário, dos empregos, dos favores e da força policial, que 
possui, em suma, o cofre das graças e o poder da desgraça. É claro, portanto, que os dois aspectos – o prestígio 
próprio dos ‘coronéis’ e o prestígio de empréstimo que o poder público lhes outorga – são mutuamente 
dependentes e funcionam ao mesmo tempo como determinantes e determinados. Sem a licença do ‘coronel’ – 
firmada na estrutura agrária do país –, o governo não se sentiria obrigado a um tratamento de reciprocidade, e 
sem essa reciprocidade a liderança do ‘coronel’ ficaria sensivelmente diminuída”. Fonte: LEAL, V. N., 
Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Omega, 1986, 5ª ed., p. 43. 1- Weber, em sua perspectiva teórica 
sobre dominação, estabelece três tipos puros. Identifique e justifique o tipo de dominação presente no texto. 2- 
Pode-se afirmar, na perspectiva weberiana, que o patrimonialismo é um entrave à modernidade? Justifique. 
Questão de múltipla escolha: O texto abaixo, retirado do livro Carisma e Êxtase, de Charles Lindholm, caracteriza 
bem um dos tipos de dominação legítima de Weber. Marque a opção que melhor o explique: O Servidor Possuído 
É um grande erro dizer que as populações são controladas apenas pelo medo. Ao contrário, tudo indica que no 
começo de todas as grandes civilizações,incluindo as modernas, houve um investimento extraordinário de amor, 
de servidão voluntária por parte de quem dirige e também de quem segue. Esta imagem do líder é portanto 
distinta da delineada por Maquiavel, com sua famosa frase “é muito mais seguro ser temido do que ser amado”. A) 
Dominação tradicional, baseada na crença nas tradições vigentes e na legitimidade daqueles que, em virtude 
dessas tradições, representam a autoridade. B) Dominação carismática, baseada na veneração extra cotidiana do 
heroísmo ou do caráter exemplar de uma pessoa. C) Dominação carismática, baseada na crença nas tradições 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos das Ciências Sociais 
Prof.: Tiago Jorge Fernandes de Albuquerque Maranhão 
Disciplina: 
CCJ0001 
Aula: 
009 
Assunto: 
Karl Marx 
Folha: 
3 de 4 
Data: 
03/05/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0001/Aula-009/WLAJ/DP 
vigentes e na legitimidade daqueles que, em virtude dessas tradições, representam a autoridade. D) Dominação 
racional-legal, baseada na legitimidade das ordens legais e do direito de mando dos que, em razão dessas ordens, 
são nomeados para exercer a dominação. E) Dominação racional-legal, baseada na veneração extra cotidiana do 
heroísmo ou do caráter exemplar de uma pessoa. 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (WALDECK LEMOS) 
 
9ª AULA – Karl Marx 
Karl Marx (1818-1833): 
 
-Visão da história como um processo dialético. 
 
Dialética (Contradição): Tese ≠ Antitese => Síntese (Nova idéia). 
 
-Influência de Hegel (1770-1831) => Alienação (Transferência). 
 
Conceito Hegeliano de Alienação: Tratar como estranho algo com o qual nos devíamos identificar. 
 
Hegel considerava que os indivíduos, todos manifestações de um único espírito (sociedade), se 
viam uns aos outros como rivais hostis e não como elementos de uma unidade. 
 
“Alienação é o estado no qual as pessoas vêem como exterior algo que, na verdade, é um 
elemento intrínseco do seu próprio ser”. (Hegel). 
 
Alienação, segundo Karl Marx 
 
Marx analisa a Alienação (transferência do domínio de algo) dos trabalhadores industriais em 
manuscritos econômicos e filosóficos (1848). A propriedade privada e o controle de produção por uma 
elite são causas do trabalho alienado. O trabalho alienado retira a humanidade (Species Being) das 
pessoas. 
Para Marx, a alienação residia sobretudo no dinheiro. 
 
“O dinheiro é o valor universal e autoconstituído de todas as coisas. Despojou assim o mundo 
inteiro, tanto o mundo humano com a natureza, do seu próprio valor. O dinheiro é a essência alienada 
do trabalho e da vida do homem, e esta essência alienada dominando enquanto ele idolatra”. 
 
Marxismo: Principais características. 
 
-Concepção dialética e materialista da realidade (Materialismo Dialético). 
 
 
==XXX== 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Fundamentos das Ciências Sociais 
Prof.: Tiago Jorge Fernandes de Albuquerque Maranhão 
Disciplina: 
CCJ0001 
Aula: 
009 
Assunto: 
Karl Marx 
Folha: 
4 de 4 
Data: 
03/05/2012 
 
MD/Direito/Estácio/Período-01/CCJ0001/Aula-009/WLAJ/DP

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