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ÁGENTES PÚBLICOS Cargo Público Lei n. 8.112/1990, art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Todo cargo possui uma função, porém é possível função pública sem cargo. Ex. mesário da Justiça Eleitoral. Estabilidade Extraordinária - Prevista pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) - Quando foi promulgada a CF/1988, esse dispositivo concedeu a estabilização extraordinária para quem já estava no serviço público há pelo menos cinco anos (vide art. 19 do ADCT). Perda do cargo do servidor estável – Art. 41 da CF/1988 (art. 21, Lei n. 8.112/90): I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Conforme o disposto no art. 169, § 3º, da CF/1988, o servidor estável também pode perder o cargo quando o Ente Federativo gastar mais que o estabelecido de sua Receita Corrente Líquida com pessoal ativo e inativo (este limite foi fixado pela LC n. 101/2001: 50% para a União e 60% para os outros Entes). Entretanto, antes da tomada dessa medida, a Administração Pública deve tomar algumas medidas: • Redução pelo menos em 20% dos cargos em comissão e funções de confiança; e • Exoneração de não estáveis. Obs. Caso isso não seja suficiente para equilibrar as contas do Estado, então é possível que os servidores estáveis possam perder o seu cargo. Entretanto, caso isso aconteça, os servidores receberão uma indenização equivalente a um mês de remuneração por ano de serviço. Além disso, fica vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou semelhantes por um período de quatro anos. Demissão = Representa uma punição aplicável ao servidor público. No caso de cargo em comissão, o ato que representa punição se chama “destituição do cargo em comissão”. Exoneração = Não tem caráter de punição. A exoneração pode se dar: • A pedido (tanto para o cargo efetivo quanto para o cargo em comissão); ou • De ofício. A exoneração de ofício pode se dar: • Cargo efetivo: inabilitação no estágio probatório; • Cargo em comissão: a critério da autoridade competente; ou • Tomar posse sem entrar em exercício. 2. Cargos em Comissão – art. 37, V da CF/1988 - Livre nomeação e livre exoneração. Nos termos da CF/1988, tanto o cargo em comissão quanto a função de confiança são apenas para cargos de direção, chefia ou assessoramento. • Função de Confiança: exclusiva servidores efetivos (concursados); e • Cargo em Comissão: a lei reserva de um percentual para servidores da carreira. Súmula Vinculante n. 13, STF: Cargos Vitalícios - Possuem maior garantia de permanência no serviço públicos - Somente perde o seu cargo mediante decisão judicial transitada em julgado. Ex. cargos de juiz e promotor. A aquisição da vitaliciedade depende da forma de ingresso de cada cargo. Se o servidor entrou mediante concurso, haverá um estágio probatório de dois anos. Depois disso, o servidor adquire a vitaliciedade. É o caso, por exemplo, do juiz e do promotor de Justiça. Já quando o magistrado é indicado para um cargo dotado de vitaliciedade, esta é adquirida de imediato, no ato da posse (não há estágio probatório). Temporários – Art. 37, IX da CF/1988 - Contratados para atender necessidade temporária de excepcional interesse público. - Exerce somente funções públicas, pois não há um cargo vinculado a essa função; - Os temporários são regidos pela Lei n. 8745/199; Sendo assim, os eventuais litígios entre temporários e a Administração Pública não são julgados pela Justiça do Trabalho, mas sim pela Justiça Federal ou Estadual. Para o STF, é possível a contratação de temporários para funções de caráter permanente de órgãos públicos, desde que indispensáveis ao atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse público. STF. Plenário. ADI 3247/MA, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 26/03/2014. Info 740. Empregado Público - Regido pela CLT - Atuam nas estatais - Não tem estabilidade. Cabe demissão, desde que motivado. REGIME DE PREVIDÊNCIA - RGPS Regulamentado pela Lei 8213/1991; EC n. 41/2003 - Trouxe o fim da paridade e integralidade - FUNPRESP. Aposentadoria complementar dos servidores públicos federais. - Houve a aproximação do RPPS com o RGPS EC n. 103/2019 - Com a EC n. 103/2019, houve a inclusão dos agentes políticos ocupantes de mandato eletivo nas regras do RGPS; § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. • Nova mudança no cálculo da pensão • Maior aproximação do RGPS e RPPS • Modificações no abono de permanência • Previsão na CF de readaptação antes de aposentadoria por incapacidade permanente ― Antigamente era aposentadoria por invalidez. • Exclusão da aposentadoria apenas por tempo de contribuição • Regras especiais para carreiras policiais previstas na CF Com a EC n. 103/2019, foram inseridos novos parágrafos ao art. 37 da CF. O § 13 estabeleceu que o servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem (art. 37, §13). Foi fixado também que a aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição (art. 37, §13). Assim, com a aposentadoria, a relação ex-servidor será de natureza exclusivamente previdenciária. Serve principalmente para abranger, especialmente, empregados de empresas estatais, porque, no RGPS e no Regime da CLT, quando se é celetista (empregado de empresa privada) pode se aposentar que não gerará a extinção do contrato de trabalho. Agora, quando preenche as condições para se aposentar pelo RGPS, isso gera a extinção do vínculo que gerou o tempo de contribuição. É uma demissão sem justa causa, devido ao vínculo que ligava aquela entidade e o servidor/empregado ter rompido, devido à aposentadoria
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