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Desafio Princípios Econômicos Fundamentais

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Desafio: Princípios Econômicos Fundamentais 
 
Nem todo produto que consumimos é genuinamente nacional, por quê? Não seria interessante 
que toda a necessidade de produtos fosse atendida por empresas localizadas no próprio país? 
Mas isso não ocorre. A bem da verdade, existem muitos produtos acabados e matérias-primas 
que são comprados (importados) de outros países, visto que produzi-los internamente 
envolveria um custo muito alto para a economia. Desse modo, o sistema econômico deve fazer 
as suas escolhas buscando maximizar os benefícios. 
Considere que determinada economia pudesse produzir apenas dois bens: ferro-gusa 
(tonelada) e soja (tonelada). Para se produzir ferro-gusa seriam necessários engenheiros 
especializados, técnicos de produção; ao passo que para produzir soja (toneladas) seriam 
necessários maquinário agrícola, defensivos agrícolas, trabalhadores e capital. Agora imagine 
que a economia decida abandonar a produção de ferro-gusa. Certamente haverá uma 
consequência imediata, por exemplo: desemprego de trabalhadores especializados, excesso de 
trabalhadores no setor agrícola, queda dos salários no setor, desemprego elevado. Essa 
consequência é chamada de custo de oportunidade, ou seja, é tudo que se lança mão em 
decorrência de uma decisão específica. 
Imagine uma situação em que você é o Presidente da República e precisa decidir entre reduzir 
a poluição liberada pelos combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene, etc.) e aumentar a 
produção de automóveis. Ou seja, a escolha é: poluição versus produção de automóveis 
Argumente o que aconteceria no sistema econômico (custos e/ou resultados), caso optasse 
pela redução da poluição; e o que aconteceria, caso optasse pelo aumento da produção de 
automóveis. 
Em seu raciocínio, você deve ter percebido a dificuldade em equilibrar as decisões. 
Vamos considerar que você tenha decidido reduzir a poluição. A dificuldade adicional está em 
adaptar a legislação vigente e estimular as fábricas a desenvolverem automóveis ou 
processos produtivos mais avançados e com baixo consumo de combustível. Mas como fazer? 
Ao mesmo tempo, deverá existir programas de qualificação tecnológicas, como universidades 
e centros de apoio à indústria. O risco é a indústria perceber isso como aumento de custos e 
reduzir a produção e o emprego, visto que as empresas não vão querer arcar com 
investimentos produtivos apenas para satisfazer o desejo do governo. 
Considere agora que a decisão seja aumentar a produção de automóveis. Uma maneira de 
estimular isso, é reduzir os impostos associados à produção. O impacto imediato será um 
maior volume de automóveis nas vias públicas, pressionando serviços como fiscalização de 
trânsito, pavimentação, ampliação da via urbana (viadutos, pontes, trincheiras), aumento do 
consumo de combustíveis e, portanto, poluição. 
A cidade de Belo Horizonte, por exemplo, desenvolveu a via de trânsito rápido para 
transporte e transbordo de passageiros, o chamado MOVE. O objetivo claramente foi o de 
estimular o transporte público, em detrimento da utilização de automóveis. Os resultados 
individuais podem ser observados através da redução do tempo de deslocamento; todavia os 
resultados para a sociedade serão observados ao longo do tempo.

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