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APG 17 - Seios Paranasais

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1 
 
APG 17 
 
“Clima seco, ar poluído e variações de temperatura são condições 
propícias para a ocorrência da sinusite. Por isso, todo ano, nesta 
época de inverno, o número de casos que chegam aos consultórios 
costuma aumentar... A sinusite é uma infecção que ocorre nos 
seios da face, que são como cavidades ocas que ficam na 
‘maçã’ do rosto e na testa. No paciente com sinusite, essas 
cavidades ficam cheias de catarro, o que leva a um quadro de dor 
de cabeça, congestão nasal, mal-estar, tosse e dor no corpo.” 
 
1. Entender a morfofisiologia do sistema 
respiratório superior (filtração/aquecimento) 
2. Compreender os seios paranasais e sua 
relação com o nariz (muco) 
3. Estudar os mecanismos de defesa do 
sistema respiratório superior. 
 
1. Entender a morfofisiologia do sistema 
respiratório superior (filtração e aquecimento) 
 
NARIZ 
 
Parte Externa: 
▪ Constituída por osso e cartilagem 
hialina recoberta por músculo e pele e 
revestida por uma túnica mucosa; 
▪ Os ossos nasais e as maxilas formam 
a estrutura óssea; 
▪ A estrutura cartilaginosa é formada por 
porções de cartilagem hialina ligadas 
entre si e a determinados ossos do 
crânio por tecido conjuntivo fibroso, o 
componente é a cartilagem do septo 
nasal, que forma a parte interior do 
septo nasal; 
▪ As cartilagens acessórias inferiormente 
aos ossos nasais e as cartilagens 
alares, que formam uma parte das 
paredes das narinas; 
▪ Na parte inferior há duas aberturas 
chamadas de narinas. 
 
Parte Inferior 
▪ Tem como principal função aquecer, 
umidificar e filtrar o influxo de ar, 
detectar estímulos olfatórios e 
modificar as vibrações da fala à medida 
que elas passam pelas grandes e ocas 
câmaras de ressonância (prolongar, 
amplificar ou modificar o sim pela 
vibração) 
 
CAVIDADE NASAL 
 
▪ Anteriormente, se funde ao nariz, essa 
região é chamada de vestíbulo do 
nariz, e é circundada por cartilagem; 
▪ Superiormente é circundada por osso; 
▪ Posteriormente, comunica-se com a 
faringe por meio de duas aberturas 
chamadas cóanos; 
▪ Dividida em direta e esquerda pelo 
septo nasal; 
▪ Septo Nasal – Anteriormente composta 
por cartilagem hialina; o restante é 
formado pelos ossos vômer, lâmina 
perpendicular do etmoide, maxilar e 
palatinos; 
▪ Ductos dos seios paranasais (que 
drenam o muco) e os ductos 
lacrimonasais (que drenam lágrimas) 
se abrem na cavidade nasal; 
▪ Paredes laterais da cavidade nasal – 
formada pelos ossos etmoide, maxila, 
lacrimal, palatino e concha nasal 
inferior. O etmoide forma o teto do 
nariz. Os palatinos e os processos 
palatinos da maxila, juntos, constituem 
o palato duro, formam o assoalho da 
cavidade nasal; 
▪ As estruturas ósseas e cartilagíneas do 
nariz ajudam a manter o vestíbulo do 
nariz e a cavidade nasal obstruídos; 
▪ A cavidade nasal está dividida em uma 
parte respiratória inferior maior e uma 
parte olfatória superior menor; 
▪ Parte Respiratória – Revestida por 
epitélio colunar pseudoestratificado 
ciliado com diversas células 
caliciformes, que é frequentemente 
chamada de epitélio respiratório; 
▪ Conchas Nasais – 3 conchas nasais 
formadas por projeções das conchas 
nasais superior, média e inferior se 
estendem de cada parede lateral da 
cavidade nasal. Perto de alcançar o 
 
2 
 
septo nasal as conchas se subdividem 
em cada lado da cavidade nasal em 
várias estruturas semelhantes a 
cavernas – os meatos nasais superior, 
médio e inferior. Túnicas mucosas 
revestem a cavidade nasal e suas 
conchas. Esse arranjo das conchas e 
meatos aumenta a área da superfície 
de contato da cavidade nasal e evita a 
desidratação por aprisionamento de 
gotículas de água durante a expiração. 
 
FUNCIONAMENTO RESPIRATÓRIO DO NARIZ 
 
O ar entra pelas narinas, passa pelo vestíbulo 
do nariz, este contém pele com pelos grossos 
que filtram grandes partículas de poeira. Após 
isso, o ar passa pelas conchas e meatos 
nasais e vai sendo aquecido pelo sangue nos 
capilares, com isso o muco é secretado pelas 
células caliciformes. Este muco e a drenagem 
do ducto lacrimonasal umedecem o ar e retém 
partículas de poeira. Com o auxílio dos cílios 
o muco e as partículas de poeira retidas são 
direcionadas à faringe, onde serão engolidas 
ou cuspidas, removendo assim as partículas 
do sistema respiratório. 
 
FARINGE 
 
▪ É um tubo com aproximadamente 
13cm de comprimento; 
▪ Começa com os cóanos e se estende 
para o nível da cartilagem cricóidea; 
▪ Localiza-se posteriormente às 
cavidades nasal e oral, superior à 
laringe, e imediatamente anterior às 
vértebras cervicais; 
▪ Parede: Constituída por músculos 
esqueléticos e é revestida por túnica 
mucosa; 
▪ Músculos Esqueléticos – Relaxados 
ajudam a manter a faringe patente. A 
contração desses músculos auxilia na 
deglutição. 
▪ Atua como uma passagem para o ar e 
comida, fornece uma câmara de 
ressonância para os sons da fala e 
abriga as tonsilas, que participam das 
reações imunológicas contra invasores 
estranhos; 
▪ Dividida em: nasofaringe (parte nasal 
da faringe), orofaringe (parte oral da 
faringe) e laringofaringe (parte laríngea 
da faringe) 
▪ Os músculos de toda a faringe estão 
dispostos em duas camadas: uma 
circular externa e uma longitudinal 
interna; 
▪ Parte Superior – Parte Nasal da 
faringe, encontra-se posteriormente à 
cavidade nasal e se estende até o 
palato mole. Parede posterior também 
contém a tonsila faríngea. Por meio dos 
cóanos, essa região recebe o ar da 
cavidade nasal, juntamente com o 
muco e com pó. É revestida por epitélio 
colunar pseudoestratificado ciliado, os 
cílios movem o muco para baixo em 
direção à parte mais inferior da faringe. 
Também troca pequenos volumes de ar 
coma as tubas auditivas para equalizar 
a pressão do ar entre a orelha média e 
a atmosfera; 
▪ Palato Mole – Forma a porção posterior 
do céu da boca, é uma partição 
muscular em forma de arco entre as 
partes nasal e oral da faringe que é 
revestido por túnica mucosa. Há 5 
aberturas na parede, dois cóanos, dois 
óstios que conduzem as tubas 
auditivas e a abertura para a partel oral 
da faringe. 
▪ Porção Intermedia – Parte oral da 
faringe, encontra-se posterior à 
cavidade oral e se estende desde o 
palato mole inferiormente até o nível do 
hioide. Ela tem apenas uma abertura, a 
fauce, a abertura da boca. Tem funções 
respiratórias e digestórias pois é uma 
via comum para o ar, comida e bebida. 
Está sujeita à abrasão por partículas de 
alimentos, por isso é revestida por 
epitélio escamoso estratificado não 
queratinizado. Contém dois pares de 
tonsilas, as tonsilas palatina e lingual. 
▪ Parte Inferior – Parte laríngea da 
faringe, começa no nível do hioide. Se 
 
3 
 
abre no esôfago (tubo alimentar) 
posteriormente e na laringe (pregas 
vocais) anteriormente. É tanto uma via 
digestória quanto respiratória. 
 
 
LARINGE 
 
É uma pequena conexão entre a parte 
laríngea da faringe e a traqueia 
▪ Encontra-se na linha média do 
pescoço, anteriormente ao esôfago e 
às vértebras cervicais IV a VI (C IV e C 
VI) 
▪ Fragmentos de Cartilagem – A parede 
da laringe é composta por nove 
fragmentos de cartilagem. Três 
ocorrem isoladamente (cartilagem 
tireóidea, epiglote e cartilagem 
cricóidea) e três ocorrem em pares 
(cartilagens artenóidea, cuneiforme e 
corniculada) 
▪ Músculos Extrínsecos – Conectam as 
cartilagens a outras estruturas na 
garganta 
▪ Músculos Intrínsecos – Conectam as 
cartilagens em si 
▪ Cavidade da Laringe – Se estende 
desde a entrada da laringe até a 
margem inferior da cartilagem 
cricódea. A parte da cavidade acima 
das pregas vestibulares (cordas vocais 
falsas) é chamada de vestíbulo da 
laringe. A parte da cavidade abaixo das 
pregas vocais é chamada de cavidade 
infraglótica. 
▪ Epiglote – É umsegmento grande de 
cartilagem elástica em forma de folha 
recoberta por epitélio. A parte inferior 
afilada (pecíolo epiglótico) está 
conectada à margem anterior da 
cartilagem tireóidea. A parte superior 
ampla em forma de ‘’folha’’ (cartilagem 
epiglótica) não está presa a nenhuma 
estrutura e se move para cima e para 
baixo como um alçapãp. 
▪ Glote – Composta por um par de 
pregas de túnica mucosa, as pregas 
vocais (cordas vocais verdadeiras) na 
laringe, e o espaço entre elas é 
chamado de rima da glote. 
▪ Função – Durante a deglutição, a 
faringe a laringe se movem para cima. 
A elevação da laringe amplia-a para 
receber alimentos ou bebidas; a 
elevação da laringe faz com que a 
epiglote se mova para baixo e cubra a 
glote, fechando-a. O fechamento da 
laringe durante a deglutição desvia 
líquidos e alimentos para o esôfago e 
os mantêm fora da laringe e das vias 
respiratórias. Quando pequenas 
partículas de poeira, fumaça e 
alimentos ou líquidos passam para a 
laringe, ocorrem reflexos como a tosse. 
▪ O revestimento da laringe 
superiormente às pregas vocais é de 
epitélio escamoso estratificado não 
queratinizado; 
▪ O revestimento da laringe inferiormente 
às pregas vocais é de epitélio colunar 
pseudoestratificado ciliado, constituído 
por células colunares ciliadas, células 
caliciformes e células basais. 
▪ O muco produzido pelas células 
caliciformes ajuda a reter a poeira que 
não foi removida nas vias superiores. 
Os cílios da parte superior do sistema 
respiratório movem o muco e as 
partículas aprisionadas para baixo em 
direção à faringe; os cílios da parte 
inferior do sistema respiratório movem 
para cima em direção a faringe. 
 
2. Compreender os seios paranasais e sua 
relação com o nariz (formação do muco) 
 
▪ Todas as vias aéreas, do nariz aos 
bronquíolos terminais, são mantidas 
úmidas por uma camada de muco que 
recobre toda a superfície; 
▪ O muco é secretado, em parte, por 
células mucosas caliciformes 
individuais do revestimento epitelial 
das vias aéreas, e, em parte, por 
pequenas glândulas submucosas; 
▪ Além de manter as superfícies úmidas, 
o muco aprisiona pequenas partículas 
do ar inspirado e evita que a maior 
 
4 
 
parte dessas partículas alcance os 
alvéolos 
 
Toda a superfície das vias aéreas, tanto no 
nariz, quanto nas vias inferiores, tão distantes 
quanto os bronquíolos terminais é revestida 
com epitélio ciliado, com cerca de 200 cílios 
em cada célula epitelial. Esses cílios vibram 
continuamente na frequência de 10 a 20 vezes 
por segundo, a direção desse ‘’movimento 
ciliar de força’’ é sempre para a faringe. Isto é, 
os cílios pulmonares vibram em direção 
superior, enquanto os no nariz vibram em uma 
direção inferior. Essa vibração continua faz 
com que a cobertura de muco flua, 
lentamente, com velocidade de alguns poucos 
milímetros por minuto, em direção à faringe. 
Então, o muco e suas partículas capturadas 
são engolidas ou tossidas para o exterior. 
 
3. Estudar os mecanismos de defesa do 
sistema respiratório superior. 
 
A estrutura das vias aéreas e sua 
segmentação progressiva, a filtração 
aerodinâmica e o transporte mucociliar 
compõem os principais mecanismos de 
defesa mecânicos. Já a interação entre o 
sistema macrofágico e as células imunes 
efetoras compõe, predominantemente, os 
mecanismos de defesa pulmonar 
imunológicos. 
 
Barreira Mecânica: Primeiro mecanismo de 
defesa do sistema respiratório, se inicia nas 
narinas onde há o impedimento inicial da 
entrada de microrganismos – pelos e mucos 
são essenciais nessa parte 
 
Imunidade Celular: Tem como responsável 
os linfócitos T. Promove a destruição dos 
microrganismos realizando fagocitose ou a 
destruição de células infectadas. 
 
Sistema Imune Inato: Reage apenas contra 
microrganismo e respondem da mesma 
maneira em sucessivas infecções. Seus 
principais componentes são as células 
fagocíticas que incluem os neutrófilos e os 
macrófagos, as células NK (Natural Killer) e as 
células dendríticas 
 
Filtração Aerodinâmica: A filtração 
aerodinâmica envolve a deposição de 
partículas na camada mucosa das vias aéreas 
e está relacionado com o tamanho dos 
materiais inalados. 90% das partículas de 5m 
a 10m de diâmetro fica retidas em algum 
ponto, ao longo da traqueia ou brônquios de 
grosso calibre, enquanto aquelas de 0,5m a 
5m de diâmetro pode escapar à filtração e ser 
depositadas nos espaços aéreos ou deixar as 
vias aéreas pela expiração. 
 
Sistema Imune Adquirido: Ocorre pela 
indução das células efetoras para a 
eliminação dos microrganismos e as células 
de memória para a proteção do indivíduo. 
Esse sistema é capaz de distinguir os 
diferentes patógenos e moléculas, e inclui 
também aqueles que apresentam grande 
semelhança sendo também chamado de 
imunidade específica 
 
Imunidade Humoral: Inicia-se nas vias 
aéreas superiores, no muco do revestimento 
que contém uma grande concentração de igA, 
dando proteção a infecções virais e 
dificultando a aderência bacteriana á mucosa. 
A imunidade humoral atua na neutralização, 
fagocitose e ativação da via clássica do 
complemento 
 
Transporte Mucociliar: O aparelho 
mucociliar é constituído por um revestimento 
mucoso que recobre as vias aéreas em 
acoplamento mecânico com as células 
ciliadas, sendo uma função mútuo, ocorrendo 
a propulsão do muco em direção à orofaringe. 
O prejuízo da função mucociliar determina 
retenção de microorganismos, aumentando a 
eficiência lesiva e, com isso, elevando à 
probabilidade de infecções 
broncopulmonares. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
Anatomia e Fisiologia de SEELEY. 10. Ed. 
Porto Alegre: Amgh Ltda., 2016 J. LOPES, 
Agnaldo; 
 
NORONHA, Arnaldo J.; MAFORT, Thiago T. 
Mecanismos de defesa do aparelho 
respiratório. Revista Hospital Universitário 
Pedro Ernesto, Rio de Janeiro, v. 01, n. 01, p. 
10-16, jun./2010 
 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, 
Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 
14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2016. 
 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. 
Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 
13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

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