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TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO UC1 – Planejamento Estratégico Resumo: Teoria Científica – Taylorismo; Teoria Clássica da Administração; e Teoria das Relações Humanas Camila Dias Marcos Senac- SP Polo São Miguel Paulista – TA12 N 1º Semestre - 2021 SUMÁRIO 1. Introdução ....................................................................................................... 2 2. Desenvolvimento ............................................................................................. 2 2.1 Teoria Científica - Taylorismo ........................................................................ 2 2.2 Teoria Clássica da Administração .................................................................. 4 2.3 Teoria das Relações Humanas ...................................................................... 5 3. Quadro Comparativo ....................................................................................... 7 4. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 8 2 1. Introdução Segundo Chiavenato (2004, p.12), “De certo modo todas as teorias administrativas são aplicáveis às situações atuais e o administrador precisa conhecê- las bem para ter à sua disposição um naipe de alternativas adequadas para a situação”. Portanto, não podemos negligenciar essas teorias. As Teorias Administrativas são um conjunto de normas e princípios que se complementam, para levar a ciência administrativa ao cotidiano dos indivíduos e das organizações com a finalidade de promover o desenvolvimento, assim como, a máxima eficácia e eficiência. Nesse trabalho, serão apresentados resumos sobre três teorias administrativas, Teoria Científica, Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas. 2. Desenvolvimento 2.1 Teoria Científica - Taylorismo A Administração Científica é um modelo de organização do sistema de produção que tem como principal expoente, o americano formado em engenharia mecânica, Federick Taylor. Tendo atuado como operário e em decorrência de seu pensamento matemático, interessou-se por observar o processo de produtivo, tendo desse modo, concluído que a forma de organização do trabalho era ineficiente. A partir desse ponto, o engenheiro passou a estudar maneiras de potencializar o rendimento do processo de produção e de, também, desenvolver estratégias de gerência mais eficazes. Sua teoria, portanto, é voltada para o aumento da produtividade por meio do crescimento da eficiência operacional. Assim, podemos dizer que a Abordagem Científica tem como foco o chão de fábrica, a Organização Racional do Trabalho (ou racionalização do trabalho) e a tarefa. Nesse contexto, a racionalização do trabalho busca a otimizar as atividades dos funcionários, através da sistematização do aprendizado, da padronização da 3 execução da tarefa e do tempo necessário para isso, além da divisão do trabalho e da especialização. Consequentemente, os trabalhadores deveriam ser selecionados de acordo com as suas habilidades. O Taylorismo também defendia que a administração deveria estar atenta à questão da melhoria dos salários, da redução da jornada de trabalho e da bonificação de acordo com a produtividade de cada indivíduo. Para mais dos princípios da Organização Racional do Trabalho, devemos ressaltar, também, as funções administrativas de Taylor, conhecidos como Princípios da Administração Científica: • Princípio do planejamento: o trabalho é planejado tendo como alicerce métodos científicos, e não realizado de acordo com critério do trabalhador. • Princípio da preparação dos trabalhadores: os trabalhadores devem ser selecionados com base em suas habilidades e posteriormente treinados. • Princípio do controle: o trabalho deve ser controlado, de forma a possibilitar a verificação do alcance das metas planejadas. • Princípio da Execução: as responsabilidades de execução devem ser distribuídas de forma planejada. Apesar das diversas vantagens das ideias de Taylor, elas também demonstraram pontos negativos, como por exemplo, a exploração e mecanização do trabalhador, visto que a concentração a uma única tarefa fazia com os operários se sentissem como meras partes (engrenagens) das máquinas e, ao mesmo tempo, estranhos ao sistema produtivo, o que gerava desmotivação e, por fim, queda da produtividade. O Taylorismo ainda está muito presente em nosso cotidiano, apesar disso, quase não o percebemos, o que ocorre por se tratar de um modelo de práticas muito dinâmicas e, obviamente, pela roupagem mais atual que ganhou com o tempo. Um exemplo clássico de organização que faz uso desse método é o Mc Donald’s. A franquia, leva cerca de 3 minutos para preparar e montar um lanche, sem a aplicação dessa abordagem, provavelmente, esse tempo ultrapassaria os 10 minutos, essa agilidade provém do foco na redução do tempo da Organização Racional do Trabalho. 4 2.2 Teoria Clássica da Administração O teórico mais notável da Teoria Clássica foi Henri Fayol, a qual tinha como enfoque a estrutura organizacional e a busca pela absoluta eficiência, já que acreditava que uma boa organização da estrutura favoreceria justamente a eficiência. De todas as contribuições de Fayol, é válido ressaltar o estabelecimento das funções básicas de uma organização, são elas: técnica, comercial, financeira, segurança, contábil e administrativa, assim como dos 14 princípios da administração: 1. Divisão do trabalho: especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência da organização. 2. Autoridade e responsabilidade: a autoridade é o direito de dar ordens e esperar obediência. a responsabilidade é uma consequência da autoridade e significa o dever de prestar contas. 3. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. 4. Unidade de direção: um único plano para um grupo de atividades com os mesmos objetivos. 5. Disciplina: estabelecimento de regras de conduta e de trabalho que garantam uma ordem ao ambiente de trabalho. 6. Prevalência dos interesses gerais: os interesses da organização devem sobrepor-se aos interesses particulares dos funcionários 7. Remuneração: em termos de retribuição, deve haver satisfação dos funcionários assim como da organização. 8. Centralização: centralização da autoridade no topo da hierarquia. 9. Hierarquia: é a linha de autoridade que vai de cima para baixo em decorrência do princípio do comando. 10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar, valendo tanto para materiais quanto para pessoas. 11. Equidade: justiça para o alcance da lealdade dos funcionários. 5 12. Estabilidade dos funcionários: a rotatividade gere ineficiência, logo deve ser evitada. 13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurá-lo. 14. Espírito de equipe: A harmonia e a união entre os funcionários são grandes forças para a organização. Fayol, tendo como ótica a gerência administrativa, concentrava-se na unidade do comando, na autoridade e na responsabilidade e, por esse motivo, é considerado obcecado por comando, assim como a Administração Científica, julgada como tendenciosa, por desenvolver uma metodologia que buscava explorar os trabalhadores. Além disso, o teórico via a organização como um sistema fechado, que não interage com ambiente, fazendo com que várias características de suas singularidades fossem ignoradas. Atualmente, encontramos diversas empresas que adotam o método clássico de administrar, por exemplo, empresas que apresentam estrutura departamental, ou seja, aquela na qual os departamentos estão separados de acordo com suas funções (técnica, comercial, financeira, segurança, contábil e administrativa). Entretanto, o modelo de Fayol vem sendo aprimorado, as organizações o associam a outrosmétodos e ferramentas para que possam garantir bem-estar e qualidade de vida de seus colaboradores, criando uma cultura organizacional sadia, e que ao mesmo tempo prossiga gerando resultados positivos. 2.3 Teoria das Relações Humanas A teoria das relações humanas enfatiza os grupos de pessoas que atuam nas organizações as, sendo considerada uma revolução quando compara as demais teorias que existiam até aquele ponto. Essa abordagem apresenta o conceito do homem social, conforme essa ótica, o homem reage a estímulos sociais e simbólicos que podem fazer com que sua produtividade aumente. Elton Mayo coordenou uma experiência em uma fábrica da Westerm Eletric Company com o objetivo de estabelecer a relação entre as condições de trabalho e a 6 produtividade dos trabalhadores, no bairro Hawthorne em Chicago, dando origem a chamada Experiência de Hawthorne. A qual possuía a pretensão de relacionar o aumento da produtividade com melhores condições de iluminação. Inesperadamente, foi diagnosticado que a produtividade não estabelecia uma relação direta com fatores fisiológicos, mas sim com fatores psicológicos. De modo a confirmar o resultado inesperado, realizaram outras fases no experimento, incluindo elementos como, intervalos de descanso na rotina, lanches, redução da carga horária e modificação da supervisão. Assim, foi possível concluir que a atenção dedicada pelos pesquisadores fazia com os funcionários se sentissem valorizados como se a empresa estivesse considerando a importância de seu trabalho. Isto mostrou que o foco nos aspectos fisiológicos tinha de ser redirecionado para os psicológicos, a partir de então, o papel do gestor passou a ser ligado ao emocional, à motivação e à liderança de seus subordinados. Atualmente, o homem e seu grupo social se fazem pontos central das organizações, ou seja, a atenção dos gestores passou de priorizar unicamente a técnica e o processo para dar um grande espaço a aspectos psicológicos e sociológicos. Caso uma empresa não consiga estabelecer um bom relacionamento interno, assim como uma comunicação interna assertiva, isso irá se refletir negativamente, tanto no desempenho de seus colaboradores, quanto em sua imagem externa, perante os clientes. Logo, podemos pensar em várias organizações como exemplo. 7 3. Quadro Comparativo Teoria da Adm. Científica Teoria Clássica Relações Humanas Ênfase Nas tarefas Na estrutura Nas pessoas Abordagem da organização Organização formal Organização formal Organização informal Características básicas da administração Engenharia humana engenharia de produção Engenharia humana engenharia de produção Ciência social aplicada Concepção do homem Homem Econômico Homem Econômico Homem Social Comportamento organizacional do indivíduo Ser isolado que reage como indivíduo Ser isolado que reage como indivíduo Ser social que reage como membro do grupo social Sistema de incentivos Incentivos materiais e salariais Incentivos materiais e salariais Incentivos sociais e simbólicos 8 4. REFERÊNCIAS CHIAVENTO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011. TAYLORISMO CARACTERÍSTICAS, INOVAÇÕES, CRÍTICAS. In: Brasil Escola, Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.htm. Acesso em: abr. 2021. TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO SEGUNDO HENRI FAYOL. In: ADMINISTRADORES, 2007. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/teoria-classica-da-administracao-segundo- henri-fayol.Acesso em: abr. 2021. TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS. In: Brasil Escola, Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/teoria-das-relacoes- humanas.htm. Acesso em: abr. 2021. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.htm https://administradores.com.br/artigos/teoria-classica-da-administracao-segundo-henri-fayol https://administradores.com.br/artigos/teoria-classica-da-administracao-segundo-henri-fayol https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/teoria-das-relacoes-humanas.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/teoria-das-relacoes-humanas.htm