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ARQUITETURA E MEIO AMBIENTE - BIOCLIMÁTICA, SUSTENTABILIDADE, ECOLÓGICA E HOLÍSTICA

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ARQUITETURA E MEIO 
AMBIENTE:
BIOCLIMÁTICA, ECOLÓGICA, SUSTENTÁVEL E HOLÍSTICA
DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS DE ARQUITETURA I
ALUNOS: NAYARA PEREIRA LÁZARO
PEDRO MONTEIRO
PROF.: RAFAEL AUGUSTO SILVA FERREIRA
2
LIVRO: A CONDIÇÃO CONTEMPORÂNEA DA 
ARQUITETURA, MONTANER ,JOSEP MARIA. 2015.
CAPITULO: VIII – ARQUITETURAS DO MEIO AMBIENTE 
(pág. 107 a 116)
3
“Depois de experiências pioneiras em meados do século XX,
nas últimas décadas diferentes tipos de arquiteturas
ecológicas e sustentáveis aconteceram, desde os primeiros
protótipos experimentais as vezes pitoresco, da década de
1970, estão os bairros ecológicos contemporâneos, a
propostas arquitetônicas ecológica e tecnológica,
denominada ECHOTECH, da década de 1990.
Este complexo processo de arquiteturas firmemente
relacionados ao meio ambiente, bioclimático e holístico, foi
desenvolvido em direções muito diferentes.
Hoje podemos dizer que, dos primeiros exemplos arquitetura
icônica e moderna acabaram na década de 1960
impulsionando uma cultura de consumo, edifícios
climatização artificial, algumas formas também definido
como abstrato, restrito e simplificado em contradição com
aqueles que, mais tarde, foram os critérios de uma
arquitetura versátil e resiliente, de acordo com o meio
ambiente e isso teve que ser repensado para ser
sustentável.”
Texto: ‘La Condión Contemporeánea de la arquitectura’.
Capitulo: Arquitecturas medioambientales. MONTANER
,JOSEP MARIA. 2015
Centro de Exibições Nanjing Eco-Tech/ 
NBBJ + Jiangsu Provincial Architectural 
Design & Research Institute
Ano: 2016
NANJING, CHINA 
Conjunto Nacional / David Libeskind
Ano: 1955
SÃO PAULO, BRASIL.
INTRODUÇÃO
CONCEITOS
4
BIOCLIMÁTICA
SUSTENTABILIDADE
HOLÍSTICO
DE UMA ARQUITETURA BEM RELACIONADA COM O MEIO
BIOCLIMÁTICA
Segundo MONTANER, a arquitetura bioclimática 
é:
“Aquela que, tradicionalmente, foi construída 
com materiais locais e foi integrada ao ambiente, 
seguindo a inspiração na arquitetura popular. 
Eles podem ser entendidos como arquitetura e 
urbanismo ecológicos, esses projetos e 
realizações que vão na direção do reequilíbrio 
ecológico, no sentido da ciência ecológica, 
fundada por Ernst Haeckel e Charles Darwin no 
século 19: que leva em conta os ecossistemas.”
5
Residência Holmberg / Estudio Borrachia
Ano: 2016
BELGRANO, ARGENTINA
ARQUITETURA 
BIOCLIMÁTICA
6
A Arquitetura Bioclimática é o estudo que busca a
harmonização das construções ao clima e
características locais. Manipula o desenho e
elementos arquitetônicos a fim de otimizar as
relações entre homem e natureza, tanto no que diz
respeito à redução de impactos ambientais quanto à
melhoria das condições de vida humana, conforto e
racionalização do consumo energético.
Os princípios bioclimáticos, quando partem de um
entendimento concreto das condições geográficas e
climáticas do local, podem otimizar de forma notável
o desempenho dos edifícios e fomentar o
desenvolvimento de melhores espaços internos nos
projetos.
As estratégias passivas, como o controle da radiação
solar, a recuperação da água da chuva, o
aproveitamento da iluminação natural e da
ventilação cruzada, o tratamento e reuso de águas
cinza, além da coleta de energia solar, são
ferramentas que permitem obter um conforto
térmico e ambiental maior, com baixos custos
energéticos.
Residência Holmberg / Estudio Borrachia
Ano: 2016
BELGRANO, ARGENTINA
SUSTENTABILIDADE
Segundo MONTANER:
• “O conceito de sustentabilidade é bastante recente e foi definido em 1987 
pela Comissão Brundtland ou Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, no relatório Nosso Futuro Comum, onde o desenvolvimento 
sustentável foi definido como aquele que "atende às necessidades da geração 
presente sem comprometer a capacidade de que gerações futuras possam 
cobrir as suas”. 
• Seu objetivo é o melhoria da qualidade de vida humana, um modo de vida 
responsável dentro da capacidade dos ecossistemas que suportam a vida. Para 
isso, a Cúpula da Terra do Rio de Janeiro (1992) conceituou os indicadores de 
sustentabilidade e propostas de Agendas”.
7
Tripé da sustentabilidade
ARQUITETURA 
SUSTENTAVEL
8
Movimento que surgiu no final da década de 80 início de 90, e concentra-
se na criação de uma harmonia entre a obra final, o seu processo de
construção e o meio ambiente.
É UM PROCESSO A SER SEGUIDO
AMBIENTAL + ECONÔMICO + SOCIAL = EQUILIBRIO 
Pretende evitar, em cada um dos passos, agressões desnecessárias para
o ambiente, otimizando processos de construção, reduzindo os resíduos
resultantes, e diminuindo os consumos energéticos do edifício.
Tem, ainda, como objetivo, que a construção atinja um nível de conforto
térmico e de qualidade do ar adequados, reduzindo, assim, a
necessidade da utilização de sistemas de ventilação ou aquecimento
artificiais.
Residência Holmberg / 
Estudio Borrachia
Ano: 2016
BELGRANO, ARGENTINA
Água + 
Energia + 
Materiais 
Ecológicos + 
Resíduos
Conscientização e 
disciplina dos 
usuários 
+ Respeito ao 
meio ambiente + 
contribuição para 
gerações futuras + 
Melhor Qualidade 
de vida
Menor impacto 
ambiental + 
Menor custo 
operacional + 
economia dos 
recursos + maior 
vida útil da 
construção
SISTEMAS IMPACTOSOBJETIVOS
Casa em Samambaia / Rodrigo Simão Arquitetura
Ano: 2014
PETRÓPOLIS, BRASIL
HOLÍSTICA
Segundo MONTANER, cita:
• “O holístico, definido pelo político, militar,
naturista e filósofo sul-africano Jan C. Smuts
(1870-1950) em seu livro Holism and Evolution,
se refere a uma concepção que busca a
integração de todos os fatores ecológicos,
físicos, emocionais e mentais, mesmo aqueles
não visíveis, como saúde, liberdade,
sentimentos ou felicidade”.
9
Complexo autossuficiente GEODA/Luis de Garrido
Ano: 2010
Mondragon. Espanha
ANALOGIA DO TEMPO: O espaço arquitetônico altera diretamente a qualidade da 
experiência do ser humano no seu interior, o mesmo irá influenciar, também, na maneira 
como percebemos a passagem do tempo em cada ambiente.
Sabemos que, determinados elementos físicos como a luz, influem biologicamente em 
nossos relógios internos e que a manipulação das aberturas dos espaços e a iluminação 
artificial influenciam nos ciclos de atividade e repouso dos usuários.
Entretanto, podemos ir muito mais além, pois a quantidade de aspectos e fatores que 
alteram substancialmente a nossa experiência em uma edificação são muitos, e podemos 
citar alguns como a altura do pé direito, as cores, as formas, as texturas, a temperatura, as 
dimensões , o cheiro, o som, os objetos e muitos outros , alguns mais ou menos subjetivos.
ARQUITETURA 
HOLÍSTICA
10Centro Holístico Punto Zero/ Dio Sustentable Ano: 2011
PUTAENDO, CHILE
O termo holístico provém do grego “holos”, que significa 
totalidade.
Holismo = uma forma de se perceber o mundo a partir
de um olhar sobre o todo = Analítica: separa esse todo
em partes e as estuda individualmente.
Quando a arquitetura incorpora esse campo holístico,
ela torna-se capaz de compreender como as partes que
compõem a ciência do design interagem entre si e como
o homem interage com o design e vice-versa.
Isso porque, estamos em constante troca energética com
o espaço, emanando e recebendo estímulos.
Assim, a arquitetura holística tem a função de
reequilibrar as qualidades energéticas do espaço e, com
isso, proporcionar espaços saudáveis e que curam.
SENSORIAL
11
ARQUITETOS E 
PROJETOS
12
Shigeru Ban - Tecnologia socializada
Shigeru Ban, nascido em 5 de agosto de 1957, é um arquiteto japonês 
vencedor do Prêmio Pritzker 2014 por sua significativa contribuição às 
inovações na arquitetura e filantropia. Sua habilidade de em aplicar 
conhecimentos convencionais em diferentes contextos resultou uma 
obra caracterizada pela sofisticação estrutural e uso de técnicas e 
materiais pouco convencionais.
Os projetos de Ban focam em abordagens experimentais em relação aos 
materiais e sistemas construtivos. Em muitos caos, usa materiais 
comuns, como papel, madeira, tecido e contêineres de carga, para 
compor edifícios extraordinários.13
Para exemplificar e ilustrar o pensamento de Shigeru Ban, foram escolhidas 03 obras de 
décadas distintas (1990, 2000 e 2010) e situadas em contextos bastantes diversos, são 
elas: 
• Kobe Paper Log Houses (1995 Japão)
• Centre Pompidou-Metz (2006/10 França)
• Christchurch Cardboard Cathedral (2011/13 Nova Zelândia)
Obras 
14
• O início da atividade filantrópica de Shigeru Ban foi um resposta à 
falta de políticas sociais no Japão para aliviar o efeitos do 
terremoto e uma aplicação social de sua invenção de pilares de 
papel reciclado de espessura e diâmetro variáveis ​​(PTS: Série de 
tubos de papel). Suas casas de emergência de 16 m2 em Kobe E 
dois mil dólares de custo, eles têm uma base de engradado de 
cerveja plástico cheio de areia, paredes de tubo de papel e o falso 
telhado e telhado de lona
Kobe Paper Log Houses
15
• Paredes realizadas em tubos de papelão
• Preocupações com conforto térmico, esponja autoadesiva a prova d’agua 
fixada entres os tubos 
• Fundações em caixas de cerveja, preenchidas com sacos de areia 
• Piso em madeira compensada 
• Teto e cobertura compostos por membrana de PVC
• Custo aproximado de 2.000,00 dólares 
Kobe Paper Log Houses
16
17
Centre Pompidou-Metz
Arquitetos: Shigeru Ban Architects
Área: 11330 m²
Ano: 2010
• Partido baseados em volumes simples dispostos em três dimensões e com circulação 
clara, entre eles janelas envidraçadas emolduram vistas para pontos turísticos 
• Térreo composto por estúdio de criação, restaurantes, escritórios, auditórios, livraria, 
café e balcão de informações turísticas 
• Cobertura em forma de hexágono (inspirada em chapéu chinês) feita com treliças de 
madeira e membrana têxtil de fibra de vidro e teflon
• Fachadas compostas por persianas de vidro facilmente removidas, não havendo a 
presença de muros e outras barreiras 
18
19
• Também em 1995, construíram a Igreja Católica de Kobe 
com tubos de papel e painéis de policarbonato com 
suporte da ONU e Vitra, e tornou-se um símbolo de 
reconstrução que transcendeu sua natureza efêmera. A 
igreja de papel é uma metáfora para o natureza, uma 
floresta enevoada atravessada por raios de luz e uma 
demonstração de solidariedade
Christchurch Cardboard Cathedral
20
Localização: Christchurch (Nova Zelândia)
Área do projeto: 775m² 
Data do projeto: 2011 
Data de construção: Julho/2012 A Agosto/2013
• Capacidade para 700 pessoas 
• Forma inspirada nas elevações da antiga catedral arruinada após terremoto em 2011
• Estrutura simples em forma triangular, com 98 tubos de papelão (recobertos com 
poliuretano) de mesmo tamanho, apoiados em fundações de concreto e sobre oito 
contêineres de aço 
• Contêineres: escritórios, banheiros e capelas 
• Tornou-se um dos principais símbolos do renascimento da cidade 
Christchurch Cardboard Cathedral
21
22
Complexo Escolar Cornebarrieu
Duncan Lewis Scape - Meio ambiente
•Arquitetos: Duncan Lewis Scape Architecture
•Área: 3600 m²
•Ano: 2005 
23
• A Escola Cornebarrieu é provavelmente uma das primeiras escolas na França a responder ao problema atual das 
mudanças climáticas no mundo. A sua construção sustentável centra-se nas questões ecológicas, sociais e económicas 
de um edifício, no contexto de um ambiente de aprendizagem para crianças. Aqui, ao invés de falar de um único 
edifício, estamos desenvolvendo a arquitetura como um ambiente.
• 500 árvores com mais de 9 metros de altura foram plantadas e organizadas de forma a permitir que as diferentes 
funções da escola se organizassem em torno, por baixo, por dentro e por cima desta nova paisagem. A presença das 
árvores oferece um microclima para esse ambiente de aprendizagem, baixando a temperatura externa em mais de 3 °
C por meio da sombra e do processo de fotossíntese por evapotranspiração. As paredes das salas de aula foram 
desenvolvidas com membrana translúcida para que as crianças tenham o máximo contacto visual com o exterior, 
produzindo uma luz natural de elevada qualidade no interior dos espaços de trabalho com o máximo conforto térmico.
• A posição deste projeto é simples e minimalista. Baseia-se na noção espacial de sequências e filtros. Este projeto joga 
com as complexas interações entre o mineral e o vegetal, entre as cores do solo e a natureza circundante que se unem.
• Para reforçar a presença da sombrinha vegetal, foram introduzidos milhares de trepadeiras no segundo nível do 
colégio, reforçando a sombra geral do colégio enquanto se espera o crescimento das árvores.
24
• O movimento fluido das crianças entre o interior e o exterior era uma prioridade. O 
trabalho está focado na qualidade do ar, na luz, na transparência das fachadas e na 
mudança de cores proporcionada pelas folhas. O telhado vegetal atua como uma 
importante tela bioclimática. A simbiose entre a escola e a paisagem tem uma forte 
dimensão educativa no dia a dia das crianças na escola, que até ajudaram a desenhar as 
fachadas coloridas da sua escola.
• Filas de árvores organizam as galerias internas, banhadas pela luz zenital. Outras árvores 
são revestidas de moldes transparentes, aproveitando os recursos climáticos 
exteriores. As crianças sentem todas as sensações das árvores vivas no coração da escola.
• É tudo uma questão de ir e vir entre verdadeiro e falso, opaco e legível, oculto e óbvio. A 
natureza não é um álibi ideológico nem estético para vestir a arquitetura. A modernidade 
separou a humanidade de seu entorno. É necessário recriar e reconstruir os laços entre o 
homem e o seu contexto, onde o tempo nunca se congela, onde abrimos caminho para 
os nossos sonhos.
25
26
27
28
• No campo do ativismo radical e ecológico se destaca Sarah 
Wigglesworth (1957), cuja obra arquitetônica, casa de estudo de 
fardos de palha (Islington, 2001), é construída baseado em 
fragmentos, onde predominam a madeira, a pedra e materiais 
reciclados. O trabalho é baseado nos princípios de diversidade e 
inclusão, reciclagem, montagem e evolução no tempo, com a 
intenção de que todos os materiais os funcionários são baratos e 
acessíveis, naturais e saudáveis, escolhidos do ponto de vista da 
sustentabilidade. 
Sarah Wigglesworth - Ativismo radical e ecológico
29
Casa de palha e saco de areia em Londres, Inglaterra
• Este projeto dos arquitetos Sarah Wigglesworth e Jeremy Till, é uma das primeiras 
construções com palha em um ambiente urbano.
• A construção com fardos de palha teve origem em Nebraska, há aproximadamente um 
século, mas somente há 15 anos seu uso começou a se espalhar pelo resto do mundo. 
Esta antiga técnica consiste em empilhar fardos de palhas, como se fossem grandes 
blocos de construção, garantindo a estrutura e isolamento, em seguida, aplica-se cal nas 
partes internas e externas.
• A palha é uma matéria-prima agrícola que permite construções rápidas e baratas. É um 
material renovável e reciclável, com muito pouco impacto ambiental e com boas 
propriedades térmicas e acústicas.
Sarah Wigglesworth - Ativismo radical e ecológico
30
1. Construção a base de fardos de palha e sacos de areia;
2. Telhado verde;
3. Como a construção esta localizada próximas a trilhas de trens, 
para atenuar o barulho dos trens, o muro próximos as vias 
ferroviárias foram revestidos por um empilhamento de sacos 
recheados com uma mistura de areia, cimento e cal;
4. Chaminé de ventilação acima da despensa;
5. Ventilação natural por efeito da chaminé na torre da biblioteca;
6. Painéis fotovoltaicos;
7. Pilares de gabiões com blocos de concreto reciclados;
8. Ranhuras para deixar o ar fresco entrar;
9. Vidros duplos de alto desempenho na fachada sul;
10. Reúso de água cinza;
11. Horta.
Algumas propostas ecológicas da residência
31
32
33
• Anna Heringer (1977) dedicou muito de seu trabalho a construir 
arquitetura social e sustentável em Bangladesh. Escola METI 
(Rudrapur, 2005-2006, em colaboração com Eike Roswag) foi 
reconhecido por ter alcançado um trabalho especialmente bonito 
e harmonioso construído commateriais e técnicas locais. Com dois 
pisos, com paredes de terra e palha, bambu e tecido colorido, esta 
arquitetura bioclimática foi construída por vinte e cinco 
trabalhadores da comunidade local, treinados para aprimorar suas 
habilidades
Anna Heringer 
34
• Com 325 m² de construção, a obra coordenada pelos arquitetos especialistas em construção com terra, Anna 
Heringer da Áustria e Eike Roswag da Alemanha, adaptaram suas técnicas à mão de obra local, com o intuito 
de melhorar o nível da habitação rural.
• A base do edifício, à prova de umidade, foi feita com tijolos com profundidade de 50 centímetros.
• As paredes estruturais do piso térreo, erguidas com a técnica chamada de Cob-walling, própria para autoconstrução, 
foram feitas com terra molhada e palha de arroz, aplicadas em camadas de 70 centímetros de altura.
• Após a secagem o barro excedente é cortado com uma pá afiada para obter uma superfície regular.
• As janelas foram ​​moldadas com uma argamassa de cal e as grades feitas com bambu. As paredes espessas com 
acabamento natural em terra, garantem uma temperatura confortável para o edifício. A iluminação e a ventilação 
natural, podem ser reguladas através de cortinas.
• A laje do piso superior foi feita com três camadas de bambu, dispostas perpendicularmente um ao outro, preenchidas 
com barro e palha, assim como a superfície do chão do piso térreo.
• As paredes foram construídas em armação de bambu. A cobertura de zinco é sustentada por vigas e estruturas de 
bambu dispostas na vertical e diagonal
35
• Em 2007, a METI School ganhou o Prémio Aga Khan de 
Arquitetura. O evento acontece a cada três anos, onde 
seleciona os projetos que estabelecem novos padrões de 
excelência em arquitetura como práticas de planejamento, 
preservação histórica e paisagismo.
•O Prêmio visa identificar e encorajar conceitos de 
construções que abordam com sucesso as necessidades e 
aspirações das sociedades em todo o mundo.
36
37
38
39
O conceito de Ecovila consiste basicamente em um modelo de sociedade 
sustentável, tanto no que diz respeito a manutenção do ambiente, quanto a 
felicidade e liberdade de seus indivíduos. São comunidades urbanas ou rurais 
que tem como ponto em comum a integração da sociedade com uma 
realidade harmônica e natural. Nessas “sociedades alternativas”, práticas 
como produção local de alimentos, utilização de sistemas de energias 
renováveis, respeito ao meio ambiente, liberdade religiosa e cultural, 
economia solidária, cooperativismo e rede de trocas são as características 
mais marcantes dos microbairros e contribuem para uma vida muito mais 
feliz, diferente, muitas vezes, do cotidiano de uma metrópole.
Ecovilas
40
• A localidade, uma das mais famosas e antigas do mundo nesse estilo, tem cerca de 1.000 moradores e existe desde 
1985, com o objetivo de ser totalmente amiga da natureza. A ideia de criar o lugar foi do casal Peter e Eileen Caddy e 
sua amiga Dorothy Maclen, num acampamento de trailers, em 1963, para propagar uma “filosofia de amor 
incondicional”.
• Para isso, as casas de Findhorn são construídas de modo a gerar o menor impacto possível. São usados materiais 
reaproveitados, como antigas barricas de carvalho para curtir whisky, além da adoção de técnicas de aquecimento 
solar da água, telhados verdes e banheiros secos. Para tratar a água, se utiliza o sistema de permacultura, em que 
filtros de raízes das plantas absorvem as impurezas e devolvem água limpa para o mar ou a reaproveitam. A energia 
vem de turbinas eólicas da própria ecovila.
• Além de tudo, Findhorn tem 40 micro e pequenas empresas na área de construção, alimentação, cerâmica, tecelagem 
e até uma fábrica de painéis solares. Outro bom exemplo é o sistema de transporte: os carros que circulam no local são 
comunitários. Os moradores fazem uma escala para o uso, sem esquecer de dar carona aos outros, para nunca sair 
com lugares sobrando nos automóveis. Essas ruas são seguras às crianças e privilegiam os pedestres e ciclistas.
Findhorn, a primeira do mundo - Escócia 
41
42
RURAL STUDIO
43
O Rural Studio é um projeto pedagógico da Escola de Arquitetura da Universidade de Auburn, no Alabama, Estados
Unidos, cuja proposta pedagógica é “projetar construindo”.
Ele reúne estudantes e professores em um laboratório de ensino, pesquisa e extensão, onde projetos são
desenvolvidos com a participação da comunidade e posteriormente a construção de casas e espaços coletivos para
assentamentos pobres do sul do país é realizada pelos estudantes.
Enquanto estão matriculados no programa, os alunos “trabalham dentro da comunidade para definir soluções,
angariar fundos, projetar e, por fim, construir“ os projetos.
É possível se inscrever a partir do 3º ano do curso de Bacharelado em Arquitetura de cinco anos. Além disso, em
2019, o Rural Studio lançou um programa de mestrado que oferece um Mestrado em Design de Interesse Público.
CO-FUNDADORES DO RURAL STUDIO
44
Samuel Mockbee DK Ruth 
45
• Fundado em 1993, por dois professores da faculdade de
Arquitetura de Auburn, Samuel Mockbee (1944-2001) e Dennis K.
Ruth (1944-2009).
• Com o propósito de aproximar o estudante da realidade social e de
experiências práticas de construção.
• Sediado em Newbern, a 125km da cidade de Auburn, e seu
currículo é organizado de tal forma que os alunos, sob permanente
orientação dos professores, projetem edificações que tragam
melhorias substanciais para as comunidades.
• Samuel Mockbee dirigiu o Rural Studio até o ano de 2001, quando
faleceu por leucemia. Deixou, porém, um grande legado de
instrutores.
• Assim, vinte anos depois de sua fundação, o Rural Studio encontra-
se em plena atividade, com quase uma centena de projetos em 
uma das regiões mais pobres do Estado do Alabama.
• ​Para Mockbee, os estudantes que integrariam o Studio fariam mais 
do que resolver problemas no papel, resolveriam também com as 
mãos e os músculos. Eles teriam de projetar além de construir 
casas para os mais pobres dos mais pobres.
Bryant Haybale House (1994): 1º projeto 
Perry Lakes Park Pavilion (2000)
46
Apesar dos desafios de trabalhar com recursos doados e
mão de obra não qualificada com projetos desenvolvidos
por estudantes de arquitetura, as casas e centros
comunitários construídos são bem acabados.
Além disso, trazem soluções formais e espaciais bastante
criativas, buscando resgatar aspectos simbólicos e de uso
que fazem parte da cultura da população atendida. A
consequência disso é uma arquitetura rica e que cumpre
um relevante papel social e cultural no ambiente em que
está inserida.
A missão pedagógica é a de ensinar estudantes de 
arquitetura, a partir da vivência de práticas construtivas, as 
responsabilidades sociais da profissão do arquiteto. Nas 
palavras de Samuel Mockbee, “formar além de um 
arquiteto, um cidadão”.
Em relação à comunidade, o grupo busca desenvolver 
soluções no que se refere à arquitetura para melhorar as 
condições de vida das comunidades do Oeste do Alabama 
nos Estados Unidos.
Akron Boys and Girls 
Club construído em 
Akron, Alabama, uma 
pequena cidade próxima 
a Newbern. A obra foi 
considerada uma das 
mais bonitas do mundo 
pela revista Travel + 
Leisure.
47
• O programa de pesquisa e extensão é oferecido para arquitetos recém-formados na linha de pesquisa e extensão em habitação social.
• O nome dado é 20K House, se deve ao desafio de construir uma casa por 20 mil dólares (aproximadamente 40 mil reais). O nome é
baseado no crédito mínimo oferecido nos Estados Unidos.
• A proposta é chegar a modelos que melhorem as soluções existentes de habitação social para a região predominantemente rural no sul
dos Estados Unidos.
20k HOUSE
ENSAIO – RURAL STUDIO
48
Neste ensaio , Mockbee discute o papel do arquiteto na sociedade 
contemporânea.
• Os arquitetos são líderes e professores por natureza ou escolha.
• Necessidade de uma liderança subversiva.
• Reconhecer que há uma interligação entre as esferas da vida e a 
responsabilidadedo arquiteto de romper com relações normativas e sociais 
dominantes.
“As pessoas e o lugar importam”
“Há algo de divino numa obra de arquitetura, e devemos manter a fé no milagre 
que ela proporciona ao nos pôr em harmonia com o mundo natural, o mundo 
sobrenatural, nossos semelhantes e o grande desconhecido”.
• Essa é uma visão emocional, que se inicia com o croqui, que está intimamente 
relacionado com o desenho e a pintura.
• O croqui é uma marca que sugere a possibilidade de uma ideia e de um ideal.
O legado de Mockbee é o de “uma
arquitetura da honestidade”,
inspirando e atraindo profissionais.
ENSAIO – RURAL STUDIO
49
• Todos os arquitetos têm a expectativa e a esperança de que seu trabalho sirva a humanidade, em algum sentido – e 
contribua para fazer um mundo melhor.
“Essa é a busca que deveríamos nos dedicar sempre.”
• A arquitetura pretende inspirar uma comunidade e fazer mudanças sociais e ambientais. Sendo que a teoria e a 
prática estão entrelaçadas não só com a cultura, mas também é nossa responsabilidade moldar o ambiente, romper 
com a acomodação social e desafiar o estado em que as coisas se encontram(status quo).
• Os arquitetos devem estar sempre na posição crítica inicial da tomada de decisões, para desafiar o poder status quo. 
• Os arquitetos são dotados de uma segunda visão, e quando vemos algo que os outros não conseguem ver é nossa 
obrigação agir, sem esperar as decisões de políticos ou de multinacionais.
• PENSAMENTO CRITICO: requer uma visão que vá além da arquitetura e procure uma compreensão maior da 
totalidade a que ela pertence...deve situar-se em relação as outras questões que tem impacto sobre a vida dos ricos 
e dos pobre – saúde, educação, transportes, recreação, meio ambiente, emprego, etc.
• A arquitetura é uma arte social.
• E como arte social deve ser feita onde está e a partir do que existe.
“Devemos olhar para o nosso quintal e perceber o que o torna tão belo, ou perceber o poder injusto do estado das 
coisas, ou a indiferença da comunidade em lidar com a acomodação social ou o desenvolvimento do meio ambiente.”
50
ENSAIO – RURAL STUDIO
“A arquitetura é uma profissão em desenvolvimento contínuo, agora sob a influencia de uma cultura movida pelo 
consumo”.
• Nos próximos 25anos teremos: uma explosão demográfica nos países subdesenvolvidos e uma explosão tecnológica 
nos países desenvolvidos.
• O PAPEL DO ARQUITETO: Fazer com que a arquitetura trabalhe nas condições dadas de um determinado local.
TEMOS A CORAGEM DE FAZER COM QUE NOSSOS TALENTOS CONTEM PARA ALGUMA COISA?
“O desafio profissional, para os arquitetos está em evitar que o poder da tecnologia moderna e da prosperidade 
econômica nos impressione tanto que esqueçamos o quanto as pessoas e o lugar importam.” 
• A arquitetura não aliviará todas as desgraças sociais. Mas é necessário ter uma disposição para procurar soluções em 
seu próprio contexto e não fora dele. É preciso substituir as opiniões abstratas pelo conhecimento baseado no real 
contato humano e na compreensão pessoal aplicada ao trabalho e ao lugar.
“Vá além de uma consciência tranquila; ajude aqueles que provavelmente não poderão retribuir, e faça isso mesmo 
que ninguém esteja olhando”.
OBRIGADO
FONTES
http://www.ecobrasil.eco.br/site_content/30-categoria-conceitos/1098-arquitetura-sustentavel
https://archtrends.com/blog/arquitetura-bioclimatica/
https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/02.004/1590
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.129/3499
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.147/4459
https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/13.060/4469
https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/11.046/3793?page=1
https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/11.043/3827
https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.093/170
https://www.archdaily.com.br/br/885010/centro-de-exibicoes-nanjing-eco-tech-nbbj-plus-jiangsu-provincial-architectural-design-and-research-institute
https://www.archdaily.com.br/br/777375/classicos-da-arquitetura-conjunto-nacional-david-libeskind
https://www.archdaily.com.br/br/889502/residencia-holmberg-estudio-borrachia
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https://www.archdaily.com.br/br/956135/estrategias-bioclimaticas-em-residencias-de-buenos-aires-exemplos-em-planta-e-corte?ad_source=search&ad_medium=search_result_all
https://www.archdaily.com.br/br/800279/em-detalhe-madeira-palha-e-adobe-centro-holistico-punto-zero?ad_medium=gallery
https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/625198/centro-de-desarrollo-infantil-el-guadual-daniel-joseph-feldman-mowerman-ivan-dario-quinones-sanchez
https://www.semmuros.com/ruralstudio
http://ruralstudio.org/
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LIVRO ‘La Condión Contemporeánea de la arquitectura’. Capitulo: Arquitecturas medioambientales. MONTANER ,JOSEP MARIA. 2015.
TEXTO: RURAL STUDIO
https://www.archdaily.com.br/br/800279/em-detalhe-madeira-palha-e-adobe-centro-holistico-punto-zero?ad_medium=gallery
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https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/625198/centro-de-desarrollo-infantil-el-guadual-daniel-joseph-feldman-mowerman-ivan-dario-quinones-sanchez
https://www.semmuros.com/ruralstudio

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