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Resumo Solidão e Liberdade de Jair Machado Lessa

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Resumo Solidão & Liberdade de Jadir Machado Lessa
Poesia Inicial
O autor demonstra artisticamente, ainda que com pitadas de romancismo a ideia geral de todo o livro. O eu-lírico está esperando que sua amada se liberte de suas amarras para que possam usufruir da companhia um do outro.
Prefácio 3ª Edição
Escrita pelo Professor Natalino Salgado Filho, que imediatamente associa a obra à autora Clarisse Lispector pela atratividade de temas profundos, ressignificando elementos e sentimentos do significado convencional e raso. Nathaniel Hawthorne também é citado, bem como G. K. Chesterton na síntese: “A solidão que Jadir nos apresenta numa perspectiva inovadora não é nem boa, nem má. É despida de adjetivos, não é protagonista: é coadjuvante(...)”. Ao finalizar seu prefácio, exalta a importância de mudança e aprendizado da solidão num “binômio que agrega o ser e o estar” associando ao famoso livro “A santa” do Gabriel García Marquéz pela mudança de perspectiva que obtemos no crescimento pessoal, dessa forma, o que está fora do indivíduo deixa de ser o que era pelo crescimento do indivíduo; discorrendo elogios ao autor pela acessibilidade do texto.
Prefácio 2ª Edição
Escrito por Luiz Fernando Teixeira Dantas, que imediatamente rechaça a ideia de que Jadir esteja enaltecendo a solidão como condição de realização e felicidade ao ponto de ignorar a natureza social humana. Recordando-se de Heidegger, porém felicitando o didatismo do autor, explica que a solidão se mostra quando o sujeito ignora sua própria essência afim de sentir e representar o outro. Daí se origina uma insatisfação em forma de solidão que só pode ser modificada em si mesmo e não no outro. Alice no País das Maravilhas sem saber para onde deve ir e questionando ao gato, bem como uma memória de texto antropológico onde a parteira corta o cordão umbilical e estabelece ao recém-nascido responsabilidade sobre sua própria vida corroboram a visão do prefaciador sobre a mensagem do texto: “A partir do sentido de responsabilidade com o próprio viver e da medida de suas consequências, é que o homem vai viver sua existência: com liberdade, com sucessos - ou não tantos - mas com tudo que nela pode criar.”.
Introdução:
Ao autor faz diversos questionamentos sobre o que é solidão e seus significados possíveis ao senso comum. Cita então a Pesquisa da SAEP de 1998 realizada por alunos do Curso de Formação de Psicoterapeutas Existenciais de Análise Existencial e Psicomaiêutica, com trechos de entrevistas de diversos públicos em diversas faixas etárias e como os mesmos lidavam com a solidão. Por fim, cita a expressão cultural de letras de músicas e poesias que associam solidão e incompletude, bem como o sofrimento derivado disso. Existe então o convite a reflexão sobre como é a solidão e possíveis superações da dor advinda dela. 
O Que é Solidão
A partir desse capítulo, todos se iniciam com alguma citação de outros autores a fim de causar reflexão e curiosidade no leitor. 
Iniciando já com a filosofia de Martin Heidegger, com cada um de nós (seres humanos) ser só no mundo, e distinção entre uns e outros e como se lida com a solidão e com o sentimento decorrente dela: liberdade ou abandono. Com a interpretação da origem de nossa existência construímos então um estilo de vida autêntico ou inautêntico.
O homem se toma autêntico quando aceita a solidão como o preço da sua própria liberdade. E se toma inautêntico quando interpreta a solidão como abandono, como uma espécie de desconsideração de Deus ou da vida em relação a ele. Desse modo não assume a responsabilidade sobre as suas escolhas. Não aceita correr riscos para atingir os seus objetivos, nem se sente responsável por sua existência, passando a buscar amparo e segurança nos outros. Com isso, abre mão da própria existência, tomando-se um estranho para si mesmo, colocando-se a serviço dos outros e diluindo-se no impessoal. Permanece na vida sendo um coadjuvante em sua própria história.
O texto finaliza com uma pergunta reflexiva, marca que irá se estender ao longo de todo o texto, sendo nesse caso se o leitor se percebe como senhor de si mesmo.
A Solidão Interpretada como Abandono e como Liberdade
A analogia da solidão com o medo da morte, tanto física quanto dos sonhos e partes do sujeito encabeça esse capítulo. A frustração não superada leva a angustia, e então é como se estivesse morrendo um pouco. Logo para não se frustrar consigo mesmo, o sujeito se refugia crendo que o encantamento da vida está no outro. O autor reafirma que a individualidade como algo especial. 
Em uma nova pergunta, a autor analisa a essência da angústia associando-a com a morte e finitude do ser humano. Ele cita que aqueles que mais temem a morte mais temem a vida, pois viver a vida que desgasta e põe em perigo o estar aí. Ou seja, a pessoa se desgasta tentando não se desgastar na vida. Tentar se proteger acaba sendo o maior desgaste. O exemplo dado é o da pessoa que compra um carro novo e não retira o plástico dos bancos para proteger o banco, o que é ilógico ao conforto desenvolvido para o motorista. A analogia é: para não desgastar o banco do carro, o sujeito vive no desconforto, pondo-se em segundo plano em detrimento de um objeto.
A angustia experimentada dá ao ser humano a oportunidade de derrotar-se e deprimir-se ou vencer e alegrar-se. Utilizando o carro em continuidade no exemplo, a angustia seria o combustível. Ao não usar o carro por medo do combustível, ou deixar ele transbordar, ou até ficar sem combustível, perde-se a capacidade de locomover-se, que seria o desenvolvimento pessoal. 
Como Lidar Melhor com a Solidão, a Angústia e o Abandono
O autor insiste que o para aprender a lidar com a solidão, angustia e abandono é necessário se tornar autêntico. Ao negar expressar seus sentimentos, por medo do que o outro vai pensar, você não só exclui o outro da sua existência, como pode excluir a si mesmo. Ao permitir a expressão de seus sentimentos e a identificação autêntica cria-se m critério de seleção de amizades. Esse é outro exemplo de medo de viver. Então se não existe satisfação no seu modo de vida, é preciso se modificar para aprender a lidar com a angustia, solidão e abandono, pois os outros não irão se modificar. Diz-se então que a atitude do outro é proporcional a sua, então se você se modifica o outro reagirá diferente. A modificação deve ser interna e intensa para que a vida responda com as modificações de relacionamento.
Em síntese: 
É preciso, antes de mais nada, abrir mão da obstinação em modificar o outro. Muitas pessoas se sentem verdadeiramente obstinadas na tentativa de convencer o outro a ser diferente, diferente de um modo que a favoreça. E o outro não muda, porque ele tem os interesses dele, tem os propósitos dele. Não posso ficar esperando ou cobrando que o outro se modifique para atender ao meu interesse. É preciso que eu me modifique para conseguir os objetivos que eu quero na relação com os outros.
Essa modificação só surge efeito se for sincera, e não sob fundamento de modificar o outro. Aceitar-se para evoluir, pois criar um personagem é negar-se a autenticidade e sem autoaceitação é impossível gostar mais de si próprio e mais do outro, criando verdadeiros laços. 
A incompletude deve ser vista positivamente, na medida que facilita e favorece o relacionamento humano por trocas. Trocamos habilidades uns com os outros numa relação de interdependência. Assim, cada um oferece ao outro o que falta. Dessa forma lamentar a incompletude pode ser um pretexto para se acomodar à angustia.
A Liberdade Trazida pela Solidão
Esse capítulo se dedica a questionar a relação do leitor com a liberdade, e a refletir como foi criado para vive-la ou não. Favorecer o outro à custa do próprio sentimento é ausência de liberdade. O autor assume que ela deve ser conquistada e aprender a conquistá-la é essencial. Quando falta luta pela liberdade, corre-se o risco de desistir e abrir mão de coisas preciosas para se mesmo. Isso só pode ser feito assumindo a responsabilidade pela própria existência e decidindo fazer aspróprias escolhas, sem questionar aos outros. A decisão de arriscar algo deve ser sua, e quem não ganha nada tem a ilusão de que não perdeu nunca, mas perdeu a vida inteira. 
Os Riscos de Assumir a Própria Vida
Esse capítulo não possui citação inicial, mas começa com a proposta de um exercício de balancete de perdas e ganhos da vida. O autor propõe que quanto mais se pensa nisso, mais preparado o leitor se torna para tomar a próxima decisão e correr o próximo risco. Correr os riscos realiza a vida, mesmo quando você não ganha. Ao falar da torcida pelo time, você está feliz ou triste pela vitória de quem jogou, e não sua de fato, pois você foi lá apenas assistir a vida dos outros. O autor não condena o entretenimento pois exemplifica com as novelas que embora você se identifique com o personagem, deve levar em conta que ali é tudo editado e abrir mão da própria vida pela expectativa novelística. O importante é não trocar a concretude da sua existência pelas coisas editadas, e essa escolha deve ser sua de construir algo para si próprio. Convida então o leitor a se arriscar e se tornar autêntico e não deixar a incompletude e solidão atrapalharem sua vida.
Solidão - Condição do Ser
Ao refletir sobre a solidão, o autor inicia enumerando os métodos utilizados pelas pessoas, afim de fugir da mesma. Para resolvê-la de fato, Jadir propõe a simples aceitação de que se está só o mundo, e com isso viver a própria vida, respeitando sua autenticidade. Ele retoma que a convivência com o outro é importante para a troca, mas não para dar sentido e significado à vida. Ninguém vive pelo outro, cada um tem seu caminho.
Autenticidade
Esse capítulo apresenta a autenticidade como a solução para a questão da solidão. Esse capítulo analisa a perspectiva da solidão dentro de relacionamentos, demonstrando como a autenticidade se perde dentro de relacionamentos românticos. O autor demonstra que por mais que a crença momentânea seja de completude, devemos saber que a nossa existência é a coisa mais importante pois tudo é transitório. Nas palavras dele:
Para que você se realize é preciso que faça as suas coisas, realize seus propósitos, seus objetivos, expresse seus sentimentos, concretize suas vontades. Cada vez que você faz isso sua vida se ilumina e fica repleta de significado. Mas nós temos a ilusão de que o grande significado da vida é dado pelo outro.
É Possível Mergulhar na Solidão do Outro?
A partir desse capítulo cessam as citações iniciais. O autor já começa alertando que quando não estamos centrados em nós mesmos podemos nos perder no outro pela compaixão. Citando Nietzsche, a compaixão cristã ocidental não é genérica, mas apenas por quem está sofrendo, em condições miseráveis. Essa compaixão quando feita frequentemente pode nos enfraquecer e deprimir, pois o sentimento é “contagioso” e acaba sendo um exercício de prática para nos colocarmos à mercê do outro. Questiona então porque não temos compaixão por quem está bem. Sob observação mais profunda, talvez façamos como escolha preferencial identificar com o pior do outro. Ressalta-se a atuação do psicólogo para o fortalecimento pessoal, e então nos identificar com aquilo que de fato queremos, logo a ter compaixão e identificação com quem se aprimora, cresce e vence.
A Angústia como Motivadora da Existência
O autor compara a angustia com a função biológica de fome. Um alerta para que você supra as suas próprias necessidades, que vai se agravando conforme é ignorado. Ele crítica então o uso de remédios afim de amenizar a angustia sem que se observe a origem dela pois ela é um alerta de que precisamos tomar uma atitude para viver com qualidade. Ao tomar qualquer decisão e fazer algo diferente, deixa-se de sentir angustia e passa-se a outras emoções. Viver é de certa forma, o remédio para a angústia.
O Risco de se Descobrir Só
Existe a vantagem que se apresenta como: 
É passar a ter uma existência autêntica, a expressar nossos sentimentos, a acreditar neles, a nos aceitar, a investir em nós. Passamos a nos sentir livres para expressar o que sentimos, a fim de realizar nossa vontade. Nos sentimos livres para ser quem somos e lutarmos para ser uma pessoa realizada.
A desvantagem consiste em:
(...) descobrir que se está só no mundo é descobrir também que nossa vida é uma ilusão, que os referenciais que temos são fracos e não nos sustentam, embora pareçam sustentar, e ainda, que as garantias dadas pelo outro são garantias fracas. Costumamos acreditar que podemos contar com o outro, o que de fato não podemos, ou, pelo menos, não o tempo todo ou para tudo.
Dessa forma, contar consigo mesmo para ser feliz é a melhor tentativa.
Como se Tornar Responsável pela Própria Vida
O autor não possui dúvida de que é mais fácil realizar coisas que dependem exclusivamente de nós. Entretanto, nossas atitudes podem facilitar ou dificultar que isso aconteça com o outro ao se tratar da paixão, por exemplo. Importante destacar que o autor enxerga o amor não é unilateral e sentimentos são dinâmicos e interativos. Para ele, quando se dá conta do amor, entende que alguma coisa acontece com quem ele está se relacionando, mesmo que essa pessoa não expresse seu sentimento de forma autêntica com facilidade. 
O próprio autor classifica que sua profissão de psicólogo o treinou para ser mais receptivo aos próprios sentimentos o que poderia ocasionar conflito se a pessoa pela qual compartilha sentimentos não estiver pronta a ser aberta sobre isso e diga o contrário. Ele dá exemplos sobre reações de sentimentos através da imaginação, como medo imaginário e sensações com limão. Então se nos apaixonamos por alguém porque ficamos imaginando esse alguém, não estamos tendo relação nenhuma. Ou seja, ao ser autentico e trocar experiencias com as pessoas os sentimentos acompanham a autenticidade. Mas se se mantemos no campo da imaginação se tornam unilaterais. 
A Psicoterapia para o Indivíduo Solitário
O autor tem o cuidado de finalizar o livro mostrando que na psicoterapia não se deve ser tão objetivo. O cliente não está preparado para tatas informações. Deve-se ter o tato para encontrar o limite e palavras que amenizem o impacto. Deve-se ajudar através da multiplicação de perguntas reflexivas que levem a pessoa a se compreender e se centrar enquanto indivíduo, ocorrendo então a construção pessoal. Se tornando autêntico, aí sim poderá se relacionar com o outro de forma autêntica. Ao dar exemplo sobre a relação de casal, ele demonstra que isso não é uma fusão de duas pessoas. Pois isso leva a papeis de coisificar e ser coisa ao perder a individualidade. Por fim o autor deseja boa sorte ao leitor pois as escolhas e o preço pago, bem como os resultados são de quem é ou não autêntico.

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