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Vict�ria K. L. Card�so Características das células ne�plásicas Introdução Conceitos importantes: ● Tumores benignos: as mitoses são geralmente raras e apresentam configuração normal. ● Tumores malignos: apresentam alterações morfológicas que destoam de sua natureza maligna, com ampla gama de diferenciação. ● Diferenciação: extensão com que as células do parênquima neoplásico assemelham-se às do parênquima normal, tanto morfológica quanto funcionalmente. ● Anaplasia: falta de diferenciação - neoplasias compostas por células pouco diferenciadas. ○ A falta de diferenciação (anaplasia) é uma marca de malignidade. Alterações morfológicas que estão associadas a anaplasia Pleomorfismo: variação no tamanho e na forma da célula. ● As células dentro do tumor não são uniformes e variam de células pequenas com aspecto indiferenciado, a células tumorais gigantes. Morfologia nuclear anormal: células com núcleos desproporcionalmente grandes, podendo ter forma irregular, cromatina normalmente agrupada desordenadamente e coloração mais escura (hipercromia). ● Nucléolos anormais e grandes também podem ser vistos. Mitoses: resulta em maior atividade proliferativa, mas não indica que seja um tumor maligno ou que o tecido seja neoplásico, apenas indica um crescimento celular rápido. Perda de polaridade: as células anaplásicas possuem orientação alterada, pois células tumorais crescem de maneira anárquica e desorganizada. Outras alterações: por conta do crescimento das células tumorais, há uma maior necessidade de suprimento sanguíneo, mas frequentemente o estroma vascular é escasso e o resultado é uma grande área central de necrose isquêmica. Vict�ria K. L. Card�so Obs: quanto maior o nível de diferenciação da célula transformada, mais ela retém sua capacidade normal. Fator importante: as neoplasias benignas e carcinomas bem diferenciados de glândulas endócrinas costumam secretar hormônios característicos de sua origem. ● Assim, a elevação desses hormônios é critério clínico para detecção e acompanhamento dos tumores. Características de células altamente anaplásicas e indiferenciadas: ● Células malignas: perda da semelhança com as células normais das quais se originaram. ● Células de tumores benignos: costumam ser bem diferenciadas e se assemelham às suas células normais de origem. ● Possibilidade do surgimento de novas e inesperadas funções. ● Expressão de proteínas fetais que não são produzidas por células adultas. ● Menor probabilidade de apresentarem atividade funcional especializada. Metaplasia e displasia Metaplasia: substituição de um tipo celular por outro tipo celular. ● Essa característica costuma ser encontrada em associação com os processos de dano, reparo e regeneração tecidual. Displasia: crescimento desordenado, caracterizada também por perda da uniformidade das células individuais, além da perda da orientação arquitetural. ● Essas células podem ter um pleomorfismo considerável e frequentemente contêm núcleos hipercromáticos grandes, com uma grande razão núcleo-citoplasma. ● As mitoses também são mais abundantes do que no tecido normal e, ao invés de estarem confinadas à camada basal, podem estar em todos os níveis, incluindo na superfície. ● Embora a displasia possa ser precursora da transformação maligna, ela nem sempre progride para o câncer. Obs: mesmo que a displasia ocorra com frequência no epitélio metaplásico, nem todos os epitélios metaplásicos são displásicos. Neoplasia pré-invasiva: ocorre quando as alterações displásicas são marcantes e envolvem toda a espessura do epitélio, porém sem penetrar a membrana basal - carcinoma in situ. Tumor invasivo: quando as células tumorais rompem a membrana basal. Vict�ria K. L. Card�so ● As alterações displásicas costumam ser encontradas adjacentes a focos de carcinoma invasivo e em algumas situações, a displasia epitelial grave antecede o aparecimento do câncer. Invasão local Crescimento dos cânceres: concomitantemente há infiltração, invasão e destruição do tecido circundante. Tumores benignos: crescem e se expandem lentamente, desenvolvendo um contorno de tecido fibroso, referido como cápsula. ● Essa encapsulação não evita o crescimento do tumor, mas o torna bem definido, facilmente palpável, móvel (não fixo) e facilmente extraído cirurgicamente. Tumores malignos: são pouco demarcados em relação ao tecido normal ao seu redor e não há um plano de clivagem bem definido. ● Tumores malignos de expansão lenta: podem ter o desenvolvimento de uma cápsula fibrosa aparente. ○ Nesse caso, o exame histológico dessas massas pseudoencapsuladas comumente mostra algumas fileiras de células penetrando na margem e infiltrando as estruturas adjacentes. Isso gera um padrão de crescimento em forma de caranguejo, o que é a imagem popular do câncer. ● A capacidade de invasão e o desenvolvimento de metástases são as características mais confiáveis para diferenciar os tumores malignos dos benignos. ● O fato dos tumores malignos não terem limites bem estabelecidos dificulta sua ressecção cirúrgica e, caso haja essa pseudodelimitação, é necessário remover uma margem considerável de tecidos aparentemente normais adjacentes à neoplasia infiltrante, para garantir uma excisão completa. Cânceres epiteliais in situ: câncer com características citológicas de malignidade sem a invasão da membrana basal. ● Entretanto, com o tempo, a maioria deles penetram a membrana basal e invadem o estroma subepitelial. Vict�ria K. L. Card�so Metástase Definição: propagação de um tumor para áreas fisicamente descontínuas com o tumor primário. ● Os tumores malignos penetram nos vasos sanguíneos, linfáticos e nas cavidades corpóreas, o que resulta na capacidade de disseminação. Obs: é importante salientar que a capacidade de formar metástases é apenas de cânceres malignos, tumores benignos não fazem isso. As 3 vias de disseminação: 1. Implante em cavidades e em superfícies corpóreas: ocorre quando uma neoplasia maligna penetra um “campo aberto” natural sem barreiras físicas. ● Local mais envolvido: cavidade peritoneal. 2. Disseminação linfática: transporte através dos vasos linfáticos. ● Via mais comum para disseminação dos carcinomas. ● Lembrando que os tumores não possuem vasos linfáticos adicionais, mas os vasos nas margens tumorais são suficientes para disseminação das células tumorais. Obs: o padrão de acometimento dos linfonodos segue a rota natural da drenagem linfática. Tabela de comparação entre tumores benignos e malignos Característic as Tumor benigno Tumor maligno Diferenciação - anaplasia Bem diferenciado. A estrutura pode ser típica do tecido de origem. Possui alguma falta de diferenciação (anaplasia). Pode ter uma estrutura atípica. Taxa de crescimento Costuma ser progressivo e lento, pode paralisar ou regredir. Irregular, pode ser lento ou rápido. Invasão local Não costuma invadir ou se infiltrar em tecidos normais e circundantes. Localmente invasivo, infiltrando no tecido circundante, mas pode ser pseudamente coeso e expansivo. Metástase Ausente. Frequente. Vict�ria K. L. Card�so Capacidade de replicação: ● Lábeis: em constante processo de replicação, ficam em G1. ○ Ex: células da pele. ● Estáveis: ficam em G0 até serem novamente estimuladas (com fatores de crescimento). ○ Ex: células do fígado. ● Permanentes: ao chegarem aofim do cilo celular, elas não se renovam mais, ficam em G0. ○ Ex: neurônios. Processos de sinalização: ● Autócrina: ● Parácrina: ● Endócrina: Tipos de classificações: ● Hipotrofia: alteração de volume celular para menos. ○ Situação patológica: déficit hormonal. ● Hipertrofia: alterações de volume celular para mais. ● Hipoplasia: diminuição da taxa de divisão celular. ○ Aplasia; não há mais taxa de replicação celular. ● Hiperplasia: aumento da taxa de divisão celular. ● Metaplasia: alterações de diferenciação. ○ Transformação de um tipo de tecido adulto em outro da mesma linhagem. ○ Ocorre quando há: ■ Irritações persistentes. ■ Agressões a mecanismos persistentes.■ Calor prolongado. ■ Inflamações crônicas. ■ es químicas persistentes. ● Dis ou neoplasia: alterações de volume e de divisão celular.
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