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Enfoque Sistêmico na Agricultura - Resumo

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ENFOQUE SISTÊMICO NA AGRICULTURA
Enfoque sistêmico na agricultura: estudar o meio agrário baseado na análise das interações e dos níveis de organização, com uma visão multidisciplinar que ultrapasse a especialização das ciências e o isolamento dos conhecimentos.
O estudo e a ação na agricultura envolvem três áreas científicas: 
· Ciências Ambientais (ecologia, pedologia, etc.); 
· Ciências Agronômicas (fitotecnia, zootecnia etc.); 
· Ciências Sociais (história, economia, sociologia etc.).
Objetivos: descrever e compreender a lógica das técnicas agropecuárias implementadas pelos agricultores; 
- Descrever e entender as relações socioeconômicas, entre os diversos grupos sociais que existem em uma zona rural determinada; 
- Identificar, caracterizar e explicar a lógica dos diferentes atores sociais, enfatizando o funcionamento e as inter-relações entre fenômenos;
- Analisar os processos de evolução do desenvolvimento agrário desta região; 
- Identificar e hierarquizar os fatores limitantes e as potencialidades de desenvolvimento rural de uma região orientação para atingir o efeito desejado.
Sistema: conjunto de elementos interrelacionados que interagem no desempenho de uma função. Dois aspectos fundamentais: Estrutura: relacionada com o arranjo dos componentes do sistema. Função: como atua o sistema. 
 Funções e propriedades de um sistema: 
- Função: de um sistema sempre se define em termos de processos de receber entradas e produzir saídas. 
- Propriedades básicas dos sistemas: a produtividade, estabilidade, sustentabilidade e equidade. 
· Produtividade: saídas produzidas por um sistema em determinado espaço de tempo. 
· Estabilidade: capacidade dos sistemas se manter em uma dinâmica constante no tempo. 
· Sustentabilidade: capacidade de um sistema em não degradar os recursos sobre os quais está sustentado.
· Partes do sistema:
· Elementos técnicos: constituídos por fatores físicos (água, solo, radiação térmica, etc.) e biológicos (vegetais, animais, fungos, bactérias, algas, etc). 
· Elementos humanos: variáveis endógenas sobre as quais o homem exerce certo domínio (trabalho, capital e gerência) e as variáveis exógenas, traduzidas nas crenças, valores, normas, conhecimentos, mercado de insumos e produtos, localização, densidade populacional, determinantes políticos. 
· Princípios do conceito de sistemas:
· Visão do todo: abordagem sistêmica estuda o desempenho total do sistema;
· Interação e autonomia: Sistemas são sensíveis ao meio ambiente com o qual eles interagem, o qual é geralmente variável, dinâmico e imprevisível. A fronteira do sistema estabelece os limites da autonomia interna, a interação entre os componentes do sistema e a relação deste com o ambiente;
· Organização e objetivos: Em um sistema imperfeitamente organizado, mesmo que cada parte opere o melhor possível em relação aos seus objetivos específicos, os objetivos do sistema como um todo dificilmente serão satisfeitos;
· Complexidade: Devido a interações entre os componentes, entre o meio ambiente e o sistema como um todo, este é bem mais complexo e mais compreensivo;
· Níveis: Sistemas podem ser entendidos em diversos níveis. Ex: uma célula, uma folha, um animal, uma propriedade, uma região, o planeta e assim por diante.
Enfoque de pesquisa reducionista e o sistêmico
	Enfoque reducionista
	Enfoque sistêmico
	Apenas o resultado final é considerado.
Procura-se resolver o problema
	O mais importante é o processo.
Procura-se formular bem o problema
	Sistema decomposto em partes não inter-relacionadas e seu entendimento resulta da soma de suas partes
	As partes de um sistema são inter-relacionados para compreender o todo
	Superioridade do cientista que detém o conhecimento
	Humildade do cientista que procura compreender e aprender com as pessoas
	Cientista crê que existe uma solução melhor para o problema
	Cientista pensa que existem várias soluções satisfatórias
	Ensino disciplinar
	Ensino interdisciplinar
	Um único critério para decisão
	Vários critérios para decisão
	Supressão das contradições para adaptar à realidade de forma esquemática
	Consideração de conflitos e contradições
	Conhecimentos baseados no que é preexistente
	Conhecimentos são construções do real
	- Crença numa única e objetiva realidade
	Aceitação de múltiplas realidades
FONTE: Adaptado de BROSSIER et al. (1997)
Ecossistema: sistema funcional, delimitado arbitrariamente, onde se dão relações complementares entre os organismos vivos e seu ambiente. É constituído de organismos vivos, que interagem no ambiente, de fatores bióticos, e de componentes físicos e químicos, como solo, luz, umidade, temperatura, etc., que constituem os fatores abióticos. 
As relações entre ambos formam a estrutura do sistema, e os processos dinâmicos de que participam constituem a função do sistema. 
· Componentes estruturais de um ecossistema: 
· Bióticos: Seres vivos: produtores, consumidores (herbívoros, predadores, parasitas, parasitoides) e decompositores;
· Abióticos: condições climáticas, condições edáficas, variáveis físicas e químicas.
· Processos fundamentais em um ecossistema:
· Fluxo de energia: cada organismo está constantemente usando energia para executar processos fisiológicos;
· Ciclagem de nutrientes: os organismos requerem entrada de matéria (nutrientes) para manter suas funções vitais.
· Mecanismos de regulação de populações nos ecossistemas:
· Mutualismo: interação em que ambas as espécies se beneficiam;
· Predação: Um organismo (o predador) alimenta-se de outro (a presa), e depende deste para sua sobrevivência. 
· Parasitismo: Um organismo (o parasita) passa parte de seu ciclo vital se alimentando de outro (o hospedeiro). 
· Interferência: Um organismo interfere sobre o ciclo de vida de outros da comunidade. 
· Competição: Um tipo de interferência por remoção, onde dois ou mais organismos disputam um determinado recurso do ambiente. 
· Coexistência: Duas populações conseguem conviver juntas, sem interferência mútua. 
Agroecossistema: ecossistema que tem a função de produzir alimentos, energia, fibras. 
Os agroecossistemas modernos representam o maior grau de intervenção em relação aos ecossistemas naturais. Apresentam as seguintes diferenças em relação aos ecossistemas naturais: 
· Ciclagem de nutrientes mais aberta; 
· Fluxo de energia mais aberto; 
· Menor diversidade; 
· Pressão de seleção artificial; 
· Diminuição dos níveis tróficos.
Ação humana: modifica o ecossistema natural obtenção de produtos que atendam às necessidades básicas e culturais das diferentes sociedades humanas. 
· Problema dos agrossistemas modernos:
· Aração intensiva no preparo do solo; 
Degradação da estrutura do solo, redução da matéria orgânica, compactação do solo, redução da infiltração de água no solo, maior suscetibilidade a déficit hídrico, maior intensidade do escorrimento superficial e intensificação da erosão hídrica e eólica. 
Esses agroecossistemas são baseados em monocultivos: 
· Ganhos de escala de produção e maior eficiência na utilização dos equipamentos; 
· Suscetibilidade a pragas e doenças; 
· Erosão genética e perda do conhecimento agrícola tradicional;
· Utilizam fertilizantes sintéticos, provenientes de fontes não renováveis elevam os custos de produção. Se perdem facilmente por lixiviação, volatilização e fixação permanente nas argilas do solo, podendo contaminar os alimentos e os aquíferos.
· Uso da irrigação em larga escala; Consumo excessivo de água, além de provocar a salinização dos solos, a erosão hídrica e a contaminação dos aquíferos. 
· Utilização do controle químico para o combate a pragas, doenças e plantas espontâneas (resistência destes aos produtos) por meio da pressão de seleção exercida por esses produtos; eliminação de inimigos naturais; contaminação dos alimentos e do ambiente.
 
· Construção de sistemas de produção agroecológicos:
· Reduzir a dependência de insumos comerciais; 
· Utilizar recursos renováveis e disponíveis no local; 
· Enfatizar a reciclagem de nutrientes; 
· Introduzir espécies que criem diversidade funcional no sistema;· Sistemas adaptados às condições locais e aproveitem, ao máximo, os microambientes; 
· Manter a diversidade, a continuidade espacial e temporal da produção; 
· Otimizar e elevar os rendimentos, sem ultrapassar a capacidade produtiva do ecossistema original; 
· Resgatar e conservar a diversidade genética local; 
· Resgatar e conservar os conhecimentos e a cultura locais.
SISTEMAS AGRÍCOLAS TRADICIONAIS
· Conjunto de técnicas de cultivo que vem sendo utilizado durante vários séculos pelos camponeses e pelas comunidades indígenas.
· Priorizam a utilização intensiva dos recursos naturais e da mão-de-obra direta. 
· Praticado em pequenas propriedades e destinado à subsistência da família camponesa ou da comunidade indígena, com a produção de grande variedade de produtos. 
· Rendimentos proporcionais à capacidade produtiva do ecossistema original;
· Priorizam a produção para o autoconsumo e a subsistência das famílias; 
· Preservam a diversidade genética, os conhecimentos e a cultura local;
· Garantia contra perdas da produção (Policultivos). 
· Otimização do espaço e dos recursos;
· Ciclagem dos nutrientes; uso de ciclos fechados de nutrientes, energia, água e resíduos
· Conservação de água; utilização de cobertura morta. 
· Controle de sucessão e proteção dos cultivos. 
- Processo da agricultura familiar: ganhado espaço na sociedade com geração de políticas públicas;
- Agricultura familiar: garante a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida da população através de uma prática que prioriza a diversificação em busca da sustentabilidade;
	
	Agricultura tradicional
	Agricultura moderna
	Sistema agrícola
	Longo pousio
	Evita o pousio
	Tecnologia
	Homens e animais
Fraca mecanização
	Mecanização total da agricultura
Uso produtos químicos Seleção de espécies adaptadas ao solo e com maior rendimento
Ligação com o desenv. industrial e tecnológico
	Fertilizantes
	Essencialmente orgânicos
	Grande quantidade de adubo químico e natural
	% de agricultores na população ativa
	Superior a 40%
	Inferior a 10%
	Nº pessoas alimentadas por agricultor
	2 a 3 pessoas
	40 ou mais
	Objetivo da produção
	autoconsumo
	Mercado interno e externo
Agricultura de alta tecnologia: tem como objetivo o aumento na produtividade, mas efeitos negativos têm emergido como a excessiva utilização dos recursos naturais não renováveis e a poluição ambiental. 
PAISAGEM RURAL BRASILEIRA
Fragmento florestal: qualquer área de vegetação natural contínua, interrompida por barreiras antrópicas (estradas, culturas agrícolas, etc.) ou naturais (lagos, outras formações vegetais, etc.);
Mata Atlântica: principal vítima do desmatamento florestal no país e hoje tem apenas cerca de 7% do que seria seu território original (bioma brasileiro mais descaracterizado). 
Desmatamento: ocorre principalmente no oeste da Bahia, sul do Piauí e Maranhão, leste do Tocantins e Mato Grosso. 
- As áreas coincidem com as regiões produtoras de grãos, de carvão e pecuária intensiva. 
Floresta amazônica brasileira: quando foi inaugurada a rodovia Transamazônica desmatada para criação de gado, plantação de soja e exploração da madeira. 
- Empresas madeireiras: instalaram-se na para exploração ilegal de madeiras de lei (mogno). Desmatamento: impacto na biodiversidade global, na redução do volume de chuvas e contribui para a piora do aquecimento global. 
Sistemas de Produção e Conservação 
· Agricultura sustentável 
· Diversidade na paisagem rural 
· Planejamento de agroecossistemas 
· Sustentabilidade em agroecossistemas 
· Agroecossistemas – modelos 
· Diversificação de sistemas agrícolas 
· Sistemas integrados;
· Sistema de produção tradicional ou agricultura tradicional;
· Sistema de produção orgânico ou Agricultura orgânica/agroecológica.
Objetivos da agrobiodiversidade: manter e recuperar a biodiversidade natural no processo produtivo em agroecossistemas rurais: 
· Manejo sustentável da produção agrícola e dos recursos naturais da propriedade; 
· Reciclagem nutrientes; 
· Controle do microclima; 
· Regulação dos processos hidrológicos; 
· Manutenção e/ou restauração das Reservas legais, áreas de preservação permanente e RPPNs.

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