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Proteção Jurídica Contra Discriminações na Relação de Emprego

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Proteção Jurídica Contra Discriminações na Relação de Emprego
 
· INTRODUÇÃO:
CONCEITO - Discriminação
Discriminação é a conduta pela qual se nega à pessoa, em face de critérios injustamente desqualificantes, tratamento compatível com o padrão jurídico assentado para a situação concreta por ela vivenciada.
Obs: Após a CF 88, a discriminação da relação de emprego foi durante combatida por nossos Normativos!
· Isonomia na CF/88 como OBJETIVO do Estado Republicano:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
(...)
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
· Isonomia na CF/88:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
Doutrina ante a Isonomia Constitucional Trabalhista:
“Proíbe-se a distinção que não assente num fundamento razoável. A distinção é lícita, desde que razoável, não arbitrária. A distinção é aceitável, é plenamente justificável quando não for discriminatória.”
(ROMITA, Arion Sayão. O acessonao Trabalho das Pessoas Deficientes Perante o Princípio da Igualdade. Curitiba: Genesis, p.186)
· Proteção quanto ao sexo do trabalhador:
A Constituição Federal veda qualquer distinção aplicada pelo sexo (gênero), na relação de emprego em nosso País. 
Art. 7º CF – (...)
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
· A CLT SEGUE A LINHA CONSTITUCIONAL
· Proteção quanto ao sexo do trabalhador:
Art. 5º - CLT - A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo. 
· Normas Infra Constitucionais de Proteção a Mulher:
- Lei 9.029/95 - Proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica de trabalho, e dá outras providências
Art. 1º - Art. 1o  - É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal.  
Art. 2º Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias:
I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez;
II - a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem;
a) indução ou instigamento à esterilização genética;
b) promoção do controle de natalidade, assim não considerado o oferecimento de serviços e de aconselhamento ou planejamento familiar, realizados através de instituições públicas ou privadas, submetidas às normas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Pena: detenção de um a dois anos e multa.
· DISCRIMINAÇÃO DO TRABALHADOR MENOR DE 18 ANOS
· Outra importante modificação foi a promoção e proteção ao Trabalhador menor de 18 anos.
Art. 428. - CLT - Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.    
· DISCRIMINAÇÃO DO TRABALHADOR POR QUESTÃO DE IDADE
Art. 7º (...)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, IDADE, cor ou estado civil;
· DISCRIMINAÇÃO DO TRABALHADOR ESTRANGEIRO
· O parâmetro discriminatória da nacionalidade foi lançado pela Constituição de 1946, sendo suprimindo no regime militar, porem, restabelecido perante a Constituição de 1988.
Art. 5º CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros E AOS ESTRANGEIROS RESIDENTES NO PAÍS a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
· DISCRIMINAÇÃO CONTRA PESSOA COM DEFICIÊNCIA:
Lei – 8.213/91 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I - até 200 empregados.........................................2%;
II - de 201 a 500.....................................................3%;
III - de 501 a 1.000..................................................4%;
IV - de 1.001 em diante. ........................................5%.
· DISCRIMINAÇÃO CONTRA PESSOA COM DOENÇA GRAVE:
· Seguindo o conceito ante discriminatória, ante o posicionamento Constitucional, formulou-se a Súmula 443 do TST:
Súmula 443 – TST - Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego. 
  
· DISCRIMINAÇÃO EM FACE AO TIPO DE TRABALHO:
· O artigo 7º inciso XXXII da Constituição Federal reelaborou antigo preceito antidiscriminatório existente na ordem Jurídica:
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
· DISCRIMINAÇÃO EM FACE AO TIPO DE TRABALHO:
Posicionamento Infra Constitucional:
Art. 3º - CLT - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Tal preceito não induz que os servilos devem ser pagos no mesmo patamar, mas sim, o fator para determinação da remuneração deve ser aquele estipulado no art. 7º inciso V da Constituição Federal:
Art. 7º (...)
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
· DISCRIMINAÇÃO AO TRABLAAHDOR AVULSO:
Quem são os trabalhadores avulsos:
Lei 12.023/09
Art. 1o  As atividades de movimentação de mercadorias em geral exercidas por trabalhadores avulsos, para os fins desta Lei, são aquelas desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício, mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho para execução das atividades. 
Assim, mesmo não havendo vínculo com o tomador dos serviços, o trabalhador terá acesso, perante o seu sindicato, aos direitos trabalhistas: 
Art. 7º (...)
XXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso
· EQUIPARAÇÃO SALARIAL:
· O Instituto da Equiparação Salarial está previsto no artigo 461 da CLT:
Art. 461 – CLT - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.      
· Requisitos para equiparação salarial:
1. Idêntica Função – Mesmo trabalho;
2. Identidade de Empregador – Laborar para o mesmo empregador;
3. Identidade de Localidade - Mesmo local, mesmo lugar;
4. Simultaneidade no Exercício da Função – Prestado no mesmo período de tempo.· Exigência de Trabalho de Igual Valor:
Art. 461 (...)
1o  Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.    
· Impossibilidade de Equiparação:
Art. 461 (...) § 2o  Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.     
· MULTA POR ATO DISCRIMINATÓRIO DO EMPREGADOR
Art. 461 (...) § 6o  No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

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