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Métodos de localização radiográfica

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É inegável a importância do exame radiográfico para elaboração de um diagnóstico, no entanto, deve se levar em conta suas limitações (FREITAS 2000). Sabe se que para um adequado diagnóstico deve se ter uma visão ampla e adequada da área de interesse, entretanto a radiografia convencional seja intra ou extrabucal, limita-se a fornecer uma imagem bidimensional (2D) de uma estrutura tridimensional (3D), além de haver possibilidade de sobreposição de imagens, fatores que prejudicam a interpretação radiográfica e , consequentemente, a elaboração do diagnóstico.
Assim, para solucionar tais intercorrências surgiram os métodos de localização radiográfica os quais apresentam distintas indicações e podem ser feitos em consultório e permite ao cirurgião dentista uma visão mais clara e ampla da área de interesse por meio de imagens radiográficas. 
Tais métodos são:
· Método de Miller-Winter (Técnica da dupla incidência)
· Método de Donova
· Método de Parma
· Método de Le Master
· Método de Clark
· Método têmporo-tuberosidade de Mataldi – tt
Há ainda
· Radiografia de perfil
· Técnica do objeto de contraste 
Método de Miller-Winter ( Técnica da dupla incidência)
Configura um método o qual permite uma visualização tridimensional da área de interesse a ser radiografada. É indicada para localizar dentes retidos, raízes residuais, corpos estranhos e avaliações de pequenas patologias localizadas no corpo da mandíbula (ou no sentido lingual
Para realização desta técnica se faz necessário duas tomadas radiográficas
1. Radiografia Periapical convencional	
· Por meio desta se obtem informações a cerca da altura e largura do objeto radiografado
2. Radiografia Oclusal usando filme periapical
· O uso do filme periapical nessa técnica se da pela facilidade de disponibilidade do mesmo no consultório. O mesmo deve ser mantido pela mordida do paciente e os Rx devem ser perpendiculares ao filme, na altura do elemento pesquisado. Por meio dessa tomada radiográfica se obtem informações sobre a localização vestíbulo lingual.
· Para esta tomada radiográfica o paciente deve inclinar a cabeça para trás, com seu plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal. 
· Por sua
Por meio da radiografia periapical convencional consegue se obter informações a cerca da altura e largura do objeto radiografado, já por meio da radiografia oclusal se extrai informações sobre a localização vestíbulo lingual do elemento dentário
O uso do filme periapical na radiografia oclusal se dá pela facilidade de disponibilidade do mesmo no consultório. Para mais, para esta tomada radiográfica o paciente deve inclinar a cabeça para trás, com seu plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal (figura 1), por sua vez o filme deve repousar sobre a superfície oclusal dos molares inferiores, o mais para a distal possível, e será mantido em posição com um leve fechamento da boca do paciente (figura 2).
Figura 1 Posicionamento do paciente e cilindro localizador durante a incidencia oclusal
Figura 2 Paciente ocluindo com o filme para mantê-lo em posição durante a incidência oclusal.
Método de Donovan
Se trata de uma modificação do método anterior, Miller Winter, sendo utilizada quando não for possível visualizar completamente o 3o molar inferior por estar localizado muito posteriormente de modo que o ramo ascende da mandíbula não permita a posteriorização do filme. Pode ser usada, ainda, em casos em que o ápice não está
nítido talvez por uma fratura radicular, que pode estar para lingual ou vestibular.
Nesta, também, se fazem duas tomadas radiográficas com adaptação da oclusal. Desse modo, na segunda tomada radiográfica, a posição do filme oclusal deve ser na borda anterior do ramo de maneira oblíqua com sua retenção sendo feita pelo dedo indicador da mão do paciente, do lado oposto ao que ira ser radiografado (figura 3). O paciente, por sua vez, deve inclinar a cabeça para traz e virar-se para o lado oposto a ser radiografado, para o feixe de raios X incidir perpendicular ao plano do filme no sentido ângulo da mandíbula-ápice nasal. O feixe de raios X é orientado em direção ao ângulo da mandíbula (figura 4). O tempo de exposição deve ser aumentado
Figura 3 Manutenção do filme radiográfico por meio do dedo indicador do paciente
Figura 3 Manutenção do filme radiografico por meio do dedo indicador do paciente
Figura 3 Manutenção do filme radiografico por meio do dedo indicador do paciente
Figura 4 Posicionamento da cabeça do paciente e do cilindro localizador
Método de Parma
Tal técnica busca a visualização do terceiro molar por completo, sabendo que a depender da posição deste, principalmente se não irrompido, a radiografia periapical pode não registra lo por completo, assim, para solucionar tal problema Parma modificou o posicionamento do filme de modo que no lugar de colocar o filme retinho atrás do dente, ele colocou inclinado.
Desse modo, tal método é indicado quando a técnica periapical convencional não localizar inteiramente o elemento dental de interesse. 
Para realização desta técnica a cabeça do paciente deve estar com o tragus e comissura labial paralelos ao solo e ao plano sagital mediano e perpendicular ao plano oclusal. O filme radiografico por sua vez deve estar inclinado de modo que seu maior eixo fique em ângulo com o plano oclusal e será retido pelo dedo indicador da mão do lado oposto a ser radiografado. Os RX devem ser direcionados 1cm acima da borda da mandíbula, 1cm atrás da intersecção da linha baixa da comissura palpebral externa.
Para mais, Parma sugere que o filme seja inclinado, deixando sua borda distoinferior próxima do assoalho bucal, formando um ângulo entre o longo eixo do filme e o plano oclusal.
Figura 5 Posicionamento e manutenção do filme radiográfico
Método de Le Master
É feito por meio da técnica da bissetriz, todavia, devido à configuração anatômica e o posicionamento do filme na região de molares superiores, a imagem do processo zigomático da maxila pode se projetar sobre o ápice desses dentes, dificultando assim, a interpretação radiográfica, assim esse método surge como um meio de evitar a sobreposição do processo zigomático da maxila e do osso zigomático na região periapical dos molares superiores, em radiografias periapicais
Sua realização consiste na fixação de um rolete de algodão (rolete para isolamento relativo), por meio de fita crepe, na face ativa do filme radiográfico na metade inferior do filme de modo a afastar o filme da coroa dentaria e assim diminuir a angulação vertical de incidência dos raios X, entre 15º e 20º (figura 6), e assim não ocorrerá a sobreposição das imagens do processo zigomático da maxila sobre o ápice dos molares superiores.
Para tal o paciente deve posicionar sua cabeça de modo que a linha asa do nariz e tragus auditivo fique horizontal ao plano sagital médio e perpendicular ao solo, o filme por sua vez deve ficar centralizado no dente a ser radiografado. O feixe central de Rx deve incidir sobre o dente a ser radiografado, e abaixo da linha asa tragus, de forma a passar sobre osso zigomático (figura 7). 
Figura 7 Incidência dos Rx no filme com uso da técnica Le Master
Figura 6 Posicionamento do filme radiográfico por meio do uso de rolete de algodão e fita
Método de Clark
Esse método consiste na variação da angulação horizontal de incidência do feixe de raios X. Então, Clark se baseou no princípio da paralaxe, (“Ao examinarmos dois objetos na mesma linha, o mais próximo encobre o mais distante. Se o observador desloca-se para a direita ou para a esquerda, o objeto mais distante acompanha o deslocamento.”) concluindo que o objeto mais próximo sempre se desloca em sentido contrário ao do observador. E já o objeto mais distante sempre acompanha o deslocamento do observador. 
É indicado para localização de:
· Dentes inclusos
· Fraturas radiculares
· Corpos estranhos
· Anomalias e processos patológicos
· Condutos radiculares.
Para a realização desse método precisa-se realizar duas radiografias periapicais e necessita-se também de duas incidênciasradiográficas, incidências essas: ortorradial, mesiorradial e distorradial.
· Ortorradial: é a radiografia periapical da região onde a estrutura se localiza. (figura 8)
· Mesiorradial: ocorre se o tubo de raios X (cabeçote) for deslocado para a mesial. 
· Distorradial: ocorre quando há um desvio para a distal. (figura 9)
Figura 9 Posicionamento do paciente e do cilindro localizados na incidência distorradial
Figura 8 Posicionamento do paciente e do cilindro localizados na incidência ortorradial
Figura 8 Posicionamento do paciente e do cilindro localizados na incidência ortorradial
Figura 8 Posicionamento do paciente e do cilindro localizados na incidência ortorradial
Método têmporo-tuberosidade de Mataldi – tt
Indicado para melhorar a visualização dos terceiros molares superiores inclusos quando há dificuldade para posicionar o filme e o cilindro localizador na técnica periapical convencional e para visualização de corpos estranhos na região do túber da maxila.
Para realização deste o feixe de RX deve ser dirigido para a fossa temporal, no cruzamento do plano bipupilar com bordo anterior da orelha. Tendo angulação vertical de 40º à 50º e angulação horizontal entre 100º à 110º.
Radiografia de Perfil
Indicada para casos de trauma na região nasal, trauma dos dentes anteriores, nesta posiciona se o filme oclusal paralelo a face do paciente.
Técnica do Objeto de Contraste 
É utilizada para localização da origem de lesões infecciosas, localização de raízes residuais. Para sua realização se coloca uma guta percha na saída da fístula ou se faz aspiração do líquido e introdução do contraste (iodo) e posterior execução da radiografia para que se indique a raiz de saída da infecção.
Referências
Alvares ML, Tavano O. Curso de Radiologia Odontológica. 4ª Ed. Santos, Livraria e Editora; 1998.
Mattaldi RAG. Radiologia Odontológica.2ª Ed., Buenos Aires, Mundi,1975.
Freitas A, Nicodemo RA, Métodos de localização radiográfica. In Freitas A, et al. Radiologia Odontológica. 5ª Ed., São Paulo, Artes Médicas, 1998. Cap 10, p.179-198.
Freitas C, Fenyo-Pereira M, Varoli OJ. O Método de Clark para localização Radiográfica. Rev. APCD v5, n5, set/out 1996.
Pasler FA. Radiology: Color Atlas of Dental Medicine. Georg Thieme Verlag Sttuttgart. New York, 1993.
Soares IJ, Goldberg F. Endodontia: Técnicas e fundamentos. Porto Alegre. Artes Médicas Sul, 2001.

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