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CERÂMICAS Trabalho altamente estético, que não deve mostrar nenhum metal. Reproduz bem as características originais dos dentes. Historicamente foram feitos dentes em ouro, marfim, porcelana e resina acrílica. Hoje em dia as cerâmicas são o padrão ouro na estética ➢ Materiais utilizados 1. Metálicas (Ouro, cobre-alumínio, prata-paládio, níquel-cromo) a. Ouro b. Ligas alternativas 2. Estéticas (Resina, cerômero ou cerâmica) ✓ Estéticas Resinas x Cerâmicas Quando pensamos em resina a gente pode até perder em algumas características, mas em algumas situações ela pode ser até melhor do que a cerâmica. Por exemplo: um paciente com grande mobilidade, se a gente colocar cerâmica ela pode piorar o prognóstico do paciente, então precisamos pensar em todas as possibilidades. Pensando nisso nós podemos em alguns casos optar também pelo intermediário entre a resina e a cerâmica que seria o cerômero, em se tratando de marcas nós temos: Artglass, Belleglass, Solidex, Targis e Via Zeta, todas são excelentes opções de cerômeros com os quais podemos trabalhar; no entanto pra manipular esse material nós vamos precisar de um forno específico para os cerômeros, pois é com luz e calor que ele vai tomar presa. ➢ Porcelanas A partir da necessidade de uma devida transmissão de forças nas restaurações indiretas é que chegamos nas porcelanas. As porcelanas são vidros não cristalinos compostos por unidades estruturais de sílica e oxigênio, portanto são materiais extremamente rígidos e muito resistentes ao desgaste em virtude de sua dureza; por esse motivo resistem ao bem ao tempo e ao desgaste dos movimentos mastigatórios. Em virtude de sua altíssima dureza, em algumas situações a porcelana pode não ser indicada, sendo melhor um material de dureza menor. ❖ Propriedades Mecânicas das Cerâmicas 1. Alta resistência às forças de compressão 2. Baixa resistência às forças de cisalhamento (forças oblíquas e laterais) e tração Normalmente quando precisamos remover a cerâmica ela sai fraturada, porque a força para removê-la acaba quebrando Evolução dos sistemas cerâmicos Feldspática In ceram ➔ Alumina ➔ Spinell ➔ Zirconia Empress ➔ Empress ➔ Empress 2 ➔ E. max Procera ➔ All ceram ➔ All zircon ❖ Resistência à flexão (MPa) Quanto mais a resistência/dureza vai aumentando, maior pode ser o risco para o periodonto do paciente porque ele pode desgastar o correspondente e ocasionar reabsorção óssea, com isso vai existir muito mais coroa fora da raiz/do osso do que propriamente a raiz implantada, gerando uma alavanca que faz com que tenha uma aceleração da perda/reabsorção óssea. Vantagens da Cerâmica 1. Excelente estética: oferece boa translucidez, brilho, reprodução mais fiel da cor 2. Radiopacidade: quando fazemos uma radiografia é possível perceber o ajuste/oclusão, facilitando a identificação nas radiografias 3. Coeficiente de expansão térmica muito semelhante ao dos dentes, o que evita infiltrações do material 4. Excelente lisura superficial Desvantagens da Cerâmica 1. Facilidade de fratura: não suporta grandes cargas pontuais 2. Técnica de confecção laboratorial: oferece muitos recursos, mas nem sempre o profissional está preparado pra executar a técnica, principalmente tendo noção de que DEVEMOS usar mais de uma cor durante a confecção da peça protética em cerâmica 3. Custo laboratorial: o material para cerâmica é exclusivo para esse fim, ou seja, ela não pode entrar em contato com cerômero, resina acrílica, resina composta ou outros materiais; inclusive materiais como maxicut, demais brocas e instrumentais deverão ser utilizados exclusivamente na cerâmica 4. Técnica de cimentação complexa: no caso da cerâmica não teremos um copying por baixo, portanto, não conseguimos usar apenas um tipo de cimento como fazemos no caso dos demais materiais. Para cimentar a peça em cerâmica temos que preparar as superfícies do dente bem como a superfície da peça protética para poder cimentar, o que dificulta todo o processo de cimentação Fatores a observar 1. Assentamento passivo da peça: a peça não deve ficar com folga, por esse motivo os preparos são mais expulsivos pra permitir que a peça chegue até o final e com isso não seja necessário fazer força para que a peça protética chegue ao final 2. Redução dos pontos de estresse: precisamos reduzir qualquer tipo de esforço no sentido do longo eixo do dente, reduzindo “esquinas” e ângulos vivos 3. Forma de resistência ❖ Assentamento passivo da peça: expulsividade entre 10° e 12°, geralmente precisamos inclinar um pouco a mão pra isso; o preparo deve ser convergente no sentido cérvico-oclusal ❖ Redução dos pontos de estresse: ângulos internos e externos arredondados, para isso deve- se usar pontas de extremo arredondado ❖ Forma de resistência: é imaginar que a cerâmica não pode ficar muito fina, então na oclusal por exemplo que temos muita carga precisamos de pelo menos 1,5-2mm de espessura, caso seja menor que isso provavelmente teremos fraturas na peça, porém quanto mais espesso melhor (para essa característica); além disso é necessário um término marginal em chanfro Feldspática (mais macia) – 65MPa Empress 2 – 350MPa In Ceram Alumina – 525MPa In Ceram Zircônia – 750MPa Lava – 1250MPa grosso e mais largo, pois é necessário para aumentar a resistência já que a peça geralmente é metal free ➢ Cimentação das cerâmicas 1. União Mecânica: através de embricamento mecânico que permitem uma maior retenção 2. União Química: usamos o cimento para fixar a peça, podemos usar o resinoso (peça mais fina) ou o dual (peças mais grossas) Como proceder para cimentar facetas ou laminados cerâmicos? 1. Usar try-in para prever a cor 2. Preparo do dente a. Remoção dos provisórios + pedra pomes b. Isolamento (absoluto ou relativo) c. Ácido fosfórico 37% durante 20s, seguido de lavagem e secagem d. Fio retrator caso seja necessário e. Adesivo sem fotopolimerizar 3. Preparo da peça protética a. Jateamento com óxido de alumínio b. Uso de ácido hidrofluorídrico 10% durante 1min para em seguida lavar c. Uso de ácido fosfórico 37% durante 30s, seguido de lavagem e secagem O ácido fosfórico pode realizar uma limpeza do hidrofluorídrico d. Passar silano e aguardar 1min e. Passar uma camada de adesivo sem fotopolimerizar Recomendações durante a cimentação 1. Não utilizar refletor direto (para evitar o processo de presa) 2. Colocar o material da cor selecionada (usando seringa ou espátula) 3. Posicionar no preparo e remover excessos (antes de chegar com a luz, para não riscar a peça protética) 4. Fotopolimerizar durante 40s em cada face da peça protética 5. Acabamento com discos, tiras e pastas
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