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Seções do AVA em MPC Cuidado com o Plágio IMPORTANTE Ao se apropriar de ideias de terceiros sem citar o autor, comete-se PLÁGIO - crime de violação de direito autoral (Lei no 9.610/98). O plágio é caracterizado no ato de copiar, imitar obra alheia, apresentando como seu, um trabalho intelectual advindo, de fato, de outra pessoa. [...] É bom saber, que a caracterização de plágio em trabalhos acadêmicos pode acionar o rigor da Lei n. 9.610, sujeitando o infrator à punição, e no mínimo sua expulsão da Instituição de Ensino Superior à qual encontra-se vinculado. Como Elaborar um Projeto de Pesquisa (Modelo Básico) Prezados alunos, Este espaço destina-se ao fornecimento de subsídios, visando à realização do Projeto de Pesquisa. Modelo básico para elaboração do projeto O pré-projeto ou plano de estudos é o espaço para o aluno expor suas ideias, temas e objetivos de pesquisa. Precisão e clareza são pontos positivos na avaliação. Como um plano, o projeto é dividido nos seguintes itens: 1. Tema e problema Tema: qual é o assunto a ser estudado? Vale lembrar que quanto mais delimitado o tema, melhor. Problema de Pesquisa: Quais questões o assunto escolhido levanta? O que há de interessante nele que mereça ser estudado? Quais aspectos são relevantes a ponto de se fazer uma pesquisa a respeito? 2. Referenciais teóricos ou quadro teórico de referência Breve referência aos autores (obras) que vão ser usados na pesquisa. Não é necessário fazer um levantamento completo, apenas indicar os mais relevantes para o tema. 3. Justificativa Na Justificativa deve-se mostrar, com fatos e argumentos, porque o projeto é importante e deve ser desenvolvido. Quais fatos, ideias ou leituras mostram que o tema precisa ser estudado? Qual a relevância do tema? Também é necessário pensar de qual Linha de Pesquisa do TC o projeto estaria mais próximo. 4. Objetivos Em termos simples, qual é a pergunta que o projeto vai responder? O que se busca com essa pesquisa? 5. Metodologia Como serão atingidos os objetivos? Nos Procedimentos Metodológicos deve-se indicar as principais etapas de investigação. Não é necessário entrar em detalhes, mas apenas indicar os procedimentos mais importantes. 6. Cronograma O cronograma é a representação gráfica do tempo que será utilizado para a confecção de um trabalho ou projeto. As atividades a serem cumpridas devem constar no cronograma. Serve para ajudar no controle do andamento do trabalho. 7. Bibliografia Lista preliminar de obras consultadas, inclusive eletrônica e/ou que se pretende utilizar no trabalho. Elaboração do projeto de pesquisa a) Para orientar seus estudos visando à elaboração do Projeto de Pesquisa, sugiro as seguintes leituras: Manual de MPC (Neves e Domingues, 2005) - Páginas 20 a 37 e 40 a 67 (hipóteses); Manual de Campanha - LOGÍSTICA - EB20-MC-10.204.pdf (material de apoio para escolha do Tema); Manual de Fundamentos - Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10.102.pdf (material de apoio para escolha do Tema). b) Como fazer um Projeto de Pesquisa passo a passo Disponível em <http://www.ufrgs.br/laviecs/biblioteca/arquivos/como_fazer_%20pesquisa.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2020. Disponível em <https://wp.ufpel.edu.br/direito/files/2015/01/Modelo-de-pre- projeto.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2020. - Modelo de Projeto - UFPel c) Critérios para escolha do Tema de Pesquisa na área de Ciências Mlitares: Área de Concen- tração Linha de Pesquisa(LP) Descrição https://ebaula.eb.mil.br/pluginfile.php/183057/mod_folder/content/0/Manual%20de%20%20Campanha%20-%20LOG%C3%8DSTICA%20-%20EB20-MC-10.204.pdf?forcedownload=1 https://ebaula.eb.mil.br/pluginfile.php/183057/mod_folder/content/0/Manual%20de%20Fundamentos%20-%20Doutrina%20Militar%20Terrestre%20-%20EB20-MF-10.102.pdf?forcedownload=1 http://www.ufrgs.br/laviecs/biblioteca/arquivos/como_fazer_%20pesquisa.pdf https://wp.ufpel.edu.br/direito/files/2015/01/Modelo-de-pre-projeto.pdf https://wp.ufpel.edu.br/direito/files/2015/01/Modelo-de-pre-projeto.pdf Defesa Nacional LP1 - Doutrina Militar Terrestre (DMT) DMT destina-se ao estudo: - dos elementos do poder de combate (liderança, informações e funções de combate Movimento e Manobra, Inteligência, Logística (apoio de pessoal, material e saúde), Comando e Controle, Fogos e Proteção), no nível tático, de organizações militares valor unidade e subunidade independente; e -as táticas, técnicas e procedimentos que regulam a participação do EB em operações de imposição e/ou manutenção de paz em território estrangeiro, em operações de garantia da lei e da ordem e em ações subsidiárias. LP2 - Educação e Cultura Militares(ECM) ECM destina-se ao estudo: - do ensino e da instrução militar; e - da História Militar. LP3 – Administração Militar (Adm Mil) Adm Mil destina-se ao estudo das atividades administrativas em tempo de paz. ELABORANDO UM ARTIGO CIENTÍFICO Proposta para realização do Artigo Científico 1. Conceitos e características: Artigo científico é um trabalho acadêmico que apresenta e discute resultados, ideias, métodos, técnicas e processos produzidos em uma determinada pesquisa científica nas diversas áreas do conhecimento. Um artigo pode ser de revisão, onde apresenta um estudo sobre determinado tema, a fim de estabelecer um debate ou relação entre as ideias de um ou mais autores pesquisados; ou pode ser original, também chamado de científico, em que apresenta dados originais, obtidos através do desenvolvimento de estudos experimentais ou observacionais que partem de um referencial teórico. Revisão: síntese crítica de conhecimentos disponíveis sobre determinado tema, mediante análise e interpretação de bibliografia pertinente que discuta os limites e alcances metodológicos, permitindo indicar perspectivas de continuidade de estudos naquela linha de pesquisa, ou seja, são trabalhos que têm por objeto resumir, analisar, avaliar ou sintetizar trabalhos de investigação já publicados, revisões bibliográficas, etc. Original: trabalhos resultantes de pesquisa científica, apresentando dados originais de descobertas, com relação a aspectos experimentais ou observacionais de característica abrangente nas diversas áreas do conhecimento, e inclui análise descritiva e/ou inferências de dados próprios. Podem ser: relatos de caso, comunicação ou notas prévias. Deverá conter, além de algumas informações essenciais para o entendimento de todos os interessados naquele estudo, também possuir um discurso fluido, explicativo, de caráter formal e uma formatação padrão. O texto produzido deverá conter entre 08 a 15 páginas, alcançando no máximo 20 páginas. 2. Composição do artigo: Deverá conter, além de algumas informações essenciais para o entendimento de todos os interessados naquele estudo, também possuir um discurso fluido, explicativo, de caráter formal e uma formatação padrão. O texto produzido deverá conter entre 10 a 14 páginas, alcançando a 20, no máximo. 3. Estrutura do artigo: A intenção de quem escreve um artigo, é que ele seja compreendido por qualquer membro do grupo-alvo, isto é, ao qual se destina. Deve seguir as regras da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - e conter a seguinte estrutura: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais. 3.1 Elementos pré-textuais: são elementos que irão identificar o seu trabalho. Capa: contendo nome da instituição, do aluno(s), título do trabalho, cidade e ano em que o trabalho foi produzido. Resumo: de 150 a 350 palavras, contendo um breve relato sobre o que se trata o trabalho, objetivo geral, metodologia aplicada e principais resultados, na língua do texto (obrigatório). Podendo ser realizado também em inglês (opcional). Palavras-chave: de três a cinco, separadas por vírgula.3.2 Elementos textuais: estruturam o corpo do artigo. Nos elementos textuais constarão introdução, desenvolvimento e conclusão ou considerações finais. Introdução: para dar início ao tema ou pesquisa que você irá apresentar. É uma espécie de apresentação do seu artigo e deve conter algumas respostas a perguntas como: Do que se trata a pesquisa? Por que tal pesquisa foi desenvolvida? Qual o seu referencial teórico utilizado na pesquisa? O que se sabe sobre o tema? Como a pesquisa foi realizada? Desenvolvimento: corresponde a parte onde serão apresentados os resultados obtidos com a pesquisa ou levantamento teórico. Se o artigo foi de revisão, o texto deverá ser dividido de acordo com subtemas abordados. Se o artigo for original, o texto deverá ser dividido em: referencial teórico (informações que darão sustentação a sua pesquisa), metodológico (procedimentos e métodos utilizados na pesquisa realizada) e resultados (análise dos dados apurados). Conclusão: quando se trata de um artigo original e considerações finais e quando se trata de um artigo de revisão. Tanto um como outro, devem trazer os aspectos mais relevantes do trabalho e responder ao objetivo principal do artigo. 3.3 Elementos pós-textuais: apresenta itens de caráter obrigatório e outros facultativos. Devem estar no final do trabalho. É uma espécie de complemento ao trabalho apresentado. Notas: são elementos facultativos, com informações curtas e complementares. Devem aparecer em sequência de acordo com a ordem em que aparecem no texto. Referências: são de caráter obrigatório e devem estar em ordem alfabética, de acordo com as normas da ABNT. São todas obras ou documentos que você utilizou para a realização do seu artigo. Glossário: também de uso facultativo, é utilizado para dar significado a nomes técnicos. Apêndice: são informações complementares, elaboradas pelo autor. Podem ser tabelas, textos explicativos, entre outros. Sua utilização é facultativa. Anexo: são informações complementares não elaboradas pelo autor como, por exemplo, respostas de um questionário. Sua utilização é facultativa. Agradecimento: também de uso facultativo, serve para agradecer aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a execução do artigo. Escrevendo o Artigo Para aqueles que já terminaram o projeto, podem escrever seu artigo, mãos à obra. Manual “o problema de pesquisa” O que é um problema de pesquisa Definindo os objetivos do trabalho Definição de Problema Toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema ou indagação. Entretanto, ao se afirmar isto, torna-se conveniente esclarecer o significado desse termo. Uma acepção bastante corrente identifica problema com questão, o que dá margem a uma série de desencontros e equívocos sobre a natureza dos problemas verdadeiros e dos falsos problemas. Outra acepção identifica problema como algo que provoca desequilíbrio, mal-estar, constrangimento às pessoas. Contudo, na acepção científica, problema é qualquer situação não solvida e que é objeto de dicussão, em qualquer domínio do conhecimento. Quando se trata de conceituar o que é um problema de pesquisa, é preciso levar em conta de antemão que nem todo problema é passível de tratamento científico. Isto significa que, para realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema cogitado se enquadra na categoria de científico. Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser testadas, observadas, manipuladas. Um problema de pesquisa pode ser determinado por razões de ordem prática ou de ordem intelectual. São inúmeras as razões de ordem prática e intelectual que conduzem à formulação de problemas de pesquisa. Apenas com o objetivo de ilustrar o universo de possibildades que pode se descortinar em relação a este tema, apresenta-se abaixo algumas definições e exemplos de problemas de ordem prática e de ordem intelectual. Problemas de ordem prática Direcionados para respostas que ajudem a subsidiar ações. Exemplo: empresa do ramo de cosméticos deseja saber o perfil de seus consumidores, com vistas a lançamento de um novo produto. Direcionados para a avaliação de certas ações ou programas. Exemplo: efeito de uma determinada campanha de esclarecimento sobre os perigos do cólera. Direcionados a verificar as consqüências de várias alternativas possíveis. Exemplo: professor está interessado em identificar que sistema de aula seria o mais adequado para determinada disciplina. Direcionados à predição de acontecimentos, com vistas a planejar uma ação adequada. Exemplo: Petrobrás está interessada em verificar em que medida a construção de uma planta de gasolina poderá concorrer para a deterioração ambiental de uma determinada área. É possível ainda considerar como problemas de interesse prático, embora mais próximos dos problemas de interesse intelectual, aqueles referentes a muitas pesquisas que são realizadas no âmbito dos cursos universitários de graduação. Esses problemas servem, normalmente, para um treinamento do aluno na elaboração de projetos de pesquisa. Problemas de ordem intelectual Direcionados para a exploração de um objeto pouco conhecido. Exemplo: o Design Social na PUC-Rio Direcionados para áreas já exploradas, com o objetivo de determinar com maior precisão e apuro as condições em que certos fenômenos ocorrem e como podem ser influenciados por outros. Exemplo: a violência nos grandes centros urbanos. Direcionados para a testagem de alguma teoria específica. Exemplo: pesquisador, a partir de um grupo de crianças de faixa etária entre 0 a 14 anos, dispõe-se a verificar até que ponto a teoria piagetiana sobre os estádios de desenvolvimento infantil pode ser ou não comprovada. Direcionados para descrição de um determinado fenômeno. Exemplo: traçar o perfil dos alunos do Departamento de Artes da PUC-Rio. Como formular um problema de pesquisa Formular um problema científico não constitui uma tarefa fácil e, por isso, o treinamento desempenha um papel fundamental nesse processo. Por estar estreitamente vinculado ao processo criativo, a formulação de problemas não se faz mediante a observação de procedimentos rígidos e sistemáticos. Contudo, existem algumas condições que facilitam essa tarefa, tais como: Imersão sistemática no objeto; Estudo da literatura existente e discussão com pessoas que já tenham experiência prática no campo de estudo em questão. A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de certas regras práticas para a formulação de problemas científicos. Entretanto, vale ressaltar que, em alguns casos, o problema proposto não se adequa a essas regras. Isto não significa, porém, que ele deva ser abandonado. Muitas vezes, o melhor será proceder à sua reformulação ou esclarecimento. O problema deve ser formulado como pergunta Esta é a maneira mais fácil e direta de formular um problema e contribui substancialmente para delimitarmos o que é o tema da pesquisa e o problema da pesquisa. Tomemos por exemplo uma pesquisa sobre a disciplina de Questão Metodológica. Se eu disser que vou pesquisar sobre esta disciplina, pouco estarei dizendo (este é, provavelmente o meu tema). Mas, se propuser: "que fatores provocam o sono nas aulas de Questão Metodológica?" ou "quais as características dos alunos que frequentam a disciplina de Questão Metodológica?", estarei efetivamente propondo problemas de pesquisa. O problema deve ser claro e preciso O problema não pode ser solucionado se não for apresentado de maneira clara e precisa. Com freqüência, problemas apresentados de forma desestruturada e com erros de formulação acarretam em dificuldades para resolvê-los. Por exemplo, "como funciona a mente do designer?". Este problema está inadequadamente proposto orque não está claro a que se refere. Para solucionar o impasse, deve-se partirpara uma das muitas e possíveis reformulações à pergunta inicial: "Que mecanismos psicológicos podem ser identificados no processo de projetar, vivido pelo designer?". etc. Pode ocorrer também que algumas formulações apresentem termos definidos de forma não adequada, o que torna o problema carente de clareza. Seja, por exemplo, "A abelha possui inteligência?". A resposta a esta questão depende de como se define inteligência. Muitos problemas deste tipo não são passíveis de solução porque empregam termos retirados da linguagem cotidiana que, em muitos casos, são ambíguos. O problema não deve ter base exclusivamente empírica Os problemas científicos não devem referir-se a valores, percepções pessoais, mas a fatos empíricos.. É bastante complexo investigar certos problemas que já trazem em si uma carga muito grande de juízos de valor. Por exemplo, "a mulher deve realizar tarefas tipicamente masculinas?" ou "é aceitável o casamento entre homosexuais?". Estes problemas conduzem inevitavelmente a julgamentos morais e, conseqüentemente, a considerações subjetivas, invalidando os propósitos da investigação científica, que tem a objetividade como uma das mais importantes características. O problema deve ser suscetível de solução Um problema pode ser claro, preciso e referir-se a conceitos empíricos mas, se não for possível coletar os dados necessários à sua resolução, ele torna-se inviável. Por Exemplo, "ligando-se um winchester de um computador à memória de um homem, é possível realizar transferência de dados?". Esta pergunta só poderá ser respondida qunado a tecnologia neurofisiológica progredir a ponto de possibilitar a obtenção de dados relevantes. Para formular adequadamente um problema é preciso ter o domínio da tecnologia adequada à sua solução. O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável Em muitas pesquisas, o problema tende a ser formulado em termos muito amplos, requerendo algum tipo de delimitação. Por exemplo, "o que pensam os designers?". Para começar, seria necessário delimitar o universo dos designers: homens, mulheres; jovens, idosos; de produto, gráficos; etc. Seria necessário ainda delimitar o "que pensam", já que isto envolve muitos aspectos, tais como: percepção, religião, sociais, econômicos, políticos, psicológicos, profissionais etc. A delimitação do problema guarda estreita relação com os meios disponíveis para investigação. Por exemplo, um pesquisador poderia pesquisar o que pensam os designers cariocas sobre a sua profissão, mas não poderia pesquisar todos e tudo que os designers pensam sobre todas as coisas. Definição de Objetivos A especificação do objetivo de uma pesquisa responde às questões para quê? e para quem? Os objetivos de um trabalho englobam as seguintes partes: Tema É o assunto que se deseja pesquisar ou desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo pesquisador, de sua curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria etc. O tema também pode ter sido "encomendado" por instituições, grupos socias etc, o que não lhe tira o caráter científico. Delimitação do Tema Dotado necessariamente de um sujeito e de um objeto, o tema passa por um processo de especificação. O processo de delimitação do tema só é dado como concluído qunado se faz a limitação geográfica e espacial do mesmo, com vistas à realização da pesquisa. Objetivo Geral Está relacionado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se diretamente à própria significação da tese proposta pelo projeto. Objetivos específicos Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares. Referência Bibliográfica GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Editora Atlas, 1988. LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Atlas Editora, 1990. BOMFIM, G. et allii. Fundamentos de uma Metodologia para Desenvolvimento de Produtos. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, Programa de Engenharia de Produção, 1977. BONSIEPE, Gui et allii. Metodologia Experimental: Desenho Industrial. Brasília: CNPq/Coordenação Editorial, 1984. BONSIEPE, Gui. Vivissecação do Desenho Industrial. (tradução de Nicolau A. Guida Neto, Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, Departamento de Produto, s/d). COUTO, Rita Maria de Souza. O Ensino da Disciplina de Projeto Básico Sob o Enfoque do Design Social. Rio de Janeiro: Departamento de Educação - PUC-Rio, 1991. Algumas reflexões Pesquisadores do comportamento, tanto animal como humano, concordam em interpretar um problema ou uma situação problemática como situação de estímulo negativo, de privação, de conflito. A este respeito o psicólogo Skinner diz que na verdadeira situação problemática o organismo não dispõe imediatamente de um comportamento que diminua a privação ou ofereça uma possibilidade de saída para o estímulo negativo. Dermeval Saviani, educador e filósofo, preocupado com a questão dos significados da palavra problema, analisou os seus significados mais frequentes, tais como: questão, obstáculo, mistério, dificuldade, dúvida, coisa de difícil explicação, entre outros. Diz o autor que, apesar do desgaste determinado pelo uso excessivo do termo, a palavra problema possui um sentido profundamente vital e altamente dramático para a existência humana, pois indica uma situação de desarmonia. O conceito de problema implica tanto a conscientização de uma situação de necessidade, o aspecto subjetivo, como uma situação conscientizadora da necessidade, o aspecto objetivo. Saviani lembra que o homem, no processo de produção da sua própria existência, enfrenta necessidades de cuja satisfação depende a continuidade mesma da existência. Este conceito de necessidade é fundamental para se entender o significado primordial da palavra problema. A essência do problema é, pois, a necessidade. Diante do exposto, acredito que uma boa maneira de resolver o problema da palavra "problema" é definir adequadamente o seu conceito, como o fez Saviani. É levar o assunto para discussão em sala de aula e fazer com que o aluno entenda a verdadeira natureza da situação que se denomina "problema" e da importância de superá-la para satisfazer uma necessidade. É típico de uma situação problemática que o indivíduo deseje um resultado que não sabe ainda como conseguir. A verdadeira problematicidade está em não conhecer perfeitamente como deveria proceder. A grande variedade dos tipos de problema pode ser ordenada com o auxílio do critério: bem definido ou mal definido. Um problema está bem definido ou estruturado quando as variáveis que o compõe estão fechadas. Está mal definido quando as suas variáves estão abertas. Reitman (In Bonfim,1977) propôs dividir o problema em três fases: estados iniciais; estados finais e processos de transformação dos primeiros nos últimos. A metodologia se refere precisamente a esses porcessos de transformação. Os estados iniciais e finais podem ser mais ou menos definidos, isto é, as possibilidades de escolha com respeito às finalidades e aos meios podem ser mais ou menos grandes. Daremos alguns exemplos condicionantes (materiais, processos, preços), incluindo uma estimativa de tempo para as diversas etapas e dos recursos humanos necessários. 1.6. Operação: SUBDIVIDIR O PROBLEMA EM SUB-PROBLEMA Procurar "pacotes" identificáveis de problemas que sejam relativamente independentes entre si. Estabelecer uma árvore de funções, isto é, uma divisão visualizada de funções. Desmontar um problema nos seus componentes siginifica descobrir os seus sub-problemas. Cada sub-problema tem uma solução ótima que pode porém contrastar com outras soluções de outrossub-problemas. 1.7. Operação: HIERARQUIZAR OS SUB-PROBLEMAS Procurar funções chaves ou nevrálgicas. Estabelecer uma matriz de interação entre sub-sistemas. Analisar a mútua dependência. A valorização do "peso" ou matriz de interação serve para estabelecer prioridades no atendimento dos requisitos. Quase sempre os requisitos são antagônicos (a otimização de um fator implica a subotimização de outro fator). A interação dos fatores pode ser representada em forma de matrizes, indicando uma interação positiva, neutra ou negativa. 1.8. Operação: ANALISAR SOLUÇÕES EXISTENTES Comparar soluções com respeito às suas vantagens e desvantagens. Estabelecer uma tipologia de soluções existentes. avaliá-las segundo uma lista de critérios, como por exemplo: complexidade, custos, fabricação, segurança, precisão, factibilidade técnica, confiabilidade etc. Manual de Metodologia Científica Manual de Metodologia da Pesquisa Científica 10 M. M. Gastão Para uma compreensão adequada dos conceitos básicos em pesquisa, é necessário tratarmos, primeiramente, mesmo que de uma forma resumida, os conceitos de ciência e de teoria, para depois abordarmos pesquisa científica e planejamento da pesquisa. CIÊNCIA Etimologicamente, segundo Gil (1999), ciência significa conhecimento. Contudo, conforme o mesmo autor, considerando a existência do conhecimento vulgar, do religioso e do filosófico, essa definição é inadequada. Qual seria o conceito adequado, então? Recorrendo novamente a Gil, podemos considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada – se possível, com auxílio da linguagem matemática – leis que regem os fenômenos. Embora sejam as mais variadas, tais leis apresentam vários pontos em comum: • são capazes de descrever séries de fenômenos; • são comprováveis por meio da observação e da experimentação; CONCEITOS BÁSICOS EM PESQUISA Conceitos Básicos em Pesquisa 11M. M. Gastão • são capazes de prever – pelo menos de maneira probabilística - acontecimentos futuros. Podemos definir ciência mediante a identificação de suas características essenciais. Assim, é possível caracterizar ciência como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível. (GIL, 1999, p. 20). Em Lakatos e Marconi (2004), encontramos mais de dez conceitos de ciência e as autoras (2003) consideram mais precisa a definição de Trujillo Ferrari, expressa em seu livro Metodologia da ciência: "A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto l imitado, capaz de ser submetido à verificação." (TRUJILLO FERRARI, 1974 apud LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 80). Classificação da Ciência A complexidade do universo e a quantidade e variedade de fenômenos agregadas à necessidade do ser humano de compreendê-los para poder explicá-los, conforme Lakatos e Marconi (2003, p. 81), fizeram surgir diferentes ramos de estudo e ciências específicas que, por sua vez, em função do conteúdo (objeto ou tema, enunciados e metodologia utilizada) e da sua complexidade levaram a uma natural classificação das ciências. Os autores são muitos, sendo possível, portanto, encontrar várias classificações para ciência. A seguir, a classificação adotada por Lakatos e Marconi (2003, p. 81): É possível caracterizar ciência como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível. Manual de Metodologia da Pesquisa Científica 12 M. M. Gastão Ciências Formais Lógica Matemática Física Ciências Naturais Química Biologia e outras Antropologia Cultural Ciências Factuais Direito Economia Ciências Sociais Política Psicologia Social No Brasil, não faz muito tempo que as Ciências Militares foram oficialmente reconhecidas. A portaria 517, do Comandante do Exército, de 26 de setembro de 2000, em seu artigo 1º, conceitua Ciências Militares como "o conjunto de conhecimentos relativos à esfera militar, obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e método próprio". O artigo 2º destaca as áreas de estudo abrangidas pelas Ciências Militares como: "Administração; Direito; Doutrina; Educação e Cultura; Estratégia; História Militar; Instrução Militar; Inteligência; Liderança; Logística; Mobilização; Operações Militares; Política de Defesa Nacional; Relações Internacionais; e Tecnologia". Por fim, a mesma portaria 517, em seu artigo 3º, diz que a finalidade do estudo das Ciências Militares é "a formulação doutrinária e a preparação dos planejadores e gestores dos recursos colocados à disposição da Força Terrestre para cumprimento de sua missão constitucional". aykon Comentário do texto Q6 Conceito de Ciências Militares Conceitos Básicos em Pesquisa 13M. M. Gastão Acolhendo o Aviso Ministerial 7427/MD, em que o Senhor Ministro de Estado da Defesa, Dr. Geraldo Magela da Cruz Quintão, solicita inclusão das Ciências Militares no rol das ciências estudadas no país, a Câmara de Educação Superior (CES) do Ministério da Educação, em sessão realizada em 6 de novembro de 2001, aprova, por unanimidade, o voto do relator do Conselho Nacional de Educação (CNE), que havia sido emitido nos seguintes termos: "A importância das ciências militares desenvolvidas no âmbito das três Forças Armadas – Marinha, Exército, Aeronáutica – e auxiliares justifica sua inclusão no rol das ciências estudadas no Brasil, resguardando-se os aspectos bélicos, exclusivos das Forças Armadas." (PARECER Nº: CNE/CES 1.295/2001). De acordo com a classificação de Lakatos e Marconi (2003), anteriormente apresentada, é lícito considerar as Ciências Militares como pertencentes à área das Ciências Sociais. TEORIA Em Houaiss (2002), encontramos os seguintes significados para teoria: [...] conjunto de regras ou leis, mais ou menos sistematizadas, aplicadas a uma área específica; conhecimento especulativo, metódico e organizado de caráter hipotético e sintético; doutrina ou sistema resultantes dessas regras ou leis; e conhecimento sistemático, fundamentado em observações empíricas e/ou postulados racionais, voltado para a formulação de leis e categorias gerais que permitam a ordenação, a classificação minuciosa e, eventualmente, a transformação dos fatos e das realidades da natureza. A importância das ciências militares desenvolvidas no âmbito das três Forças Armadas – Marinha, Exército, Aeronáutica – e auxiliares justifica sua inclusão no rol das ciências estudadas no Brasil. Pensando como Iniciar uma Pesquisa 27L. C. E. de Oliveira d) Permitir o compartilhamento do conhecimento auferido Para a escolha do tema, é aconselhável que o pesquisador se questione se o conhecimento auferido após a conclusão da pesquisa poderá ser compartilhado com os demais estudiosos do assunto. O conhecimento que fica em mãos apenas do pesquisador não contribui para o desenvolvimento da doutrina sobre o assunto. Sob a ótica do compartilhamento do conhecimento, a pesquisa aplicada é, normalmente, recomendada, haja vista que seus conteúdos são, na maioria das vezes, continuação de outros já disponibilizados. e) Disponibilidade de fontes Nos primeiros passos direcionados à escolha do tema, o pesquisador deverá verificar se há fontes de consulta disponíveis e se estas são eficientes de modo a permitir uma base sólida de fundamentos teóricos sobre o assunto. De nada adianta o pesquisador se lançar ao aprofundamento de um tema sobre o qual não estão disponibilizados estudos realizados por autores renomados e fundamentos doutrinários comprovados. Se isto acontecer, a pesquisa será classificada como básica (ou pura), o que não é recomendado para um pesquisador iniciante. DELIMITANDO O TEMA Qualquer que seja a escolha do tema para a execução de uma monografia, o aluno/estudante/pesquisador deve verificar o grau de abrangência do seu trabalho de conclusão de curso (TCC), sob o risco de perder a especificidade ede generalizar demais o enfoque considerado. Essa tendência de escrever sobre diversos assuntos é inerente ao aluno que inicia sua experiência como pesquisador. Tome-se como referência o caso de um aluno cursando a EsAO, interessado em analisar “ofensiva” como tema. É óbvio que essa operação aykon Comentário do texto Q8 Denominação dada ao trabalho - TCC Manual de Metodologia da Pesquisa Científica 58 E. B. Neves INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS Chegamos ao momento de pensar em como montar o instrumento de pesquisa. Nesta situação, geralmente há duas opções: a primeira é se apropriar de um instrumento de pesquisa já utilizado e validado em outro estudo semelhante, o que é denominado padrão-ouro; a segunda, mais comum em estudos qualitativos, é a elaboração de um instrumento para a pesquisa em curso. Um instrumento de coleta de dados deve ser específico para um determinado público-alvo e corretamente dimensionado para o tamanho do estudo. Assim, é necessário levar em conta as seguintes questões: - Quais são as características dos informantes? Qual o seu nível de instrução? - Qual o tamanho da amostra? Quanto mais entrevistados, mais estruturados e mais curtos costumam ser os questionários – estudos menores permitem maior flexibilidade. Definidas estas questões, já com a estrutura direcionada, a preocupação agora é com a elaboração das perguntas e/ ou do roteiro do instrumento. A escolha do instrumento de coleta de dados depende dos objetivos que pretendemos alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado. Inicialmente, verificamos qual é a técnica mais adequada à coleta de dados: • questionários/ formulários; • ficha de coleta de dados; • observações; • entrevista; • grupo focal. A escolha do instrumento de coleta de dados depende dos objetivos que pretendemos alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado. aykon Comentário do texto Q9 Técnicas de coleta de dados � � � � � METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA 15 1 METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA A palavra metodologia vem do grego: meta que significa ao largo; odos, caminho; logos, discurso, estudo. Consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis e suas utilizações. Corresponde a um conjunto de procedimentos que auxiliam na obtenção do conhecimento. De acordo com Minayo (1999), entende-se por metodologia o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade. Neste sentido, a metodologia ocupa um lugar central no interior das teorias e está referida a elas. Já a pesquisa é entendida como a atividade básica da ciência, buscando questionar e construir a realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo. Embora seja uma prática teórica, a pesquisa vincula pensamento e ação. Ou seja, nada pode ser intelectualmente um problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática. As questões da investigação estão, portanto, relacionadas a interesses e circunstâncias socialmente condicionadas. 1.1 A METODOLOGIA E O ENSINO SUPERIOR A importância da metodologia reside no fato de ser uma disciplina que possui características investigativas, relacionadas com a busca de caminhos necessários à obtenção de conhecimentos, auxiliando o aluno no aprendizado da pesquisa e na sistematização dos conteúdos. Esta instrumentação é importante para o trabalho científico, porque colabora com o crescimento intelectual do postulante e com a formação de um compromisso científico frente à realidade empírica, buscando o conhecimento da verdade e a formação de um espírito crítico para a análise e para a reflexão científica. Desenvolver o conhecimento científico é fundamental para a educação superior que tem como objetivo ensinar e divulgar procedimentos científicos, levando em conta o estímulo ao pensamento produtivo, ao conhecimento sistemático, à criatividade e ao desenvolvimento do espírito crítico. A metodologia estrutura-se, 26 O conceito, apresentado por Ander-Egg (1978), define ciência como um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza. Para Trujillo (1974), ciência é uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar. Um conjunto de atitudes e atividades racionais dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação. Pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada (se possível com o auxílio da linguagem matemática), leis que regem os fenômenos. Neste sentido, o conhecimento deve ser: a) objetivo, porque descreve a realidade independente dos caprichos do pesquisador; b) racional, porque se vale, sobretudo, da razão e não da sensação ou impressões, para chegar a seus resultados; c) sistemático, porque se preocupa em construir sistemas de idéias organizadas racionalmente e em incluir os conhecimentos parciais em totalidades cada vez mais amplas; d) geral, porque seu interesse se dirige fundamentalmente à elaboração de leis e normas gerais, que explicam todos os fenômenos de certo tipo; e) verificável, porque sempre possibilita demonstrar a veracidade das informações; e f) falível, porque ao contrário de outros sistemas de conhecimento elaborados pelo homem, reconhece sua própria capacidade de errar. Segundo Gil (1999), há conhecimentos que não pertencem à ciência, tais como: o conhecimento vulgar, o religioso e, em certa acepção, o filosófico. A partir dessas características torna-se possível, em boa parte dos casos, distinguir entre o que é ciência e o que não é. Segundo Lakatos e Marconi (2000), não existe um consenso na apresentação da classificação das ciências; o que é ciência para alguns autores, ainda permanece 27 como ramo de estudo para outros, e vice-versa. Mas, baseando-se em Bunge (1976), as autoras adotam a seguinte classificação: ciências formais e ciências factuais. As ciências formais se encarregam do estudo das idéias, dividindo-se em lógica e matemática. Por não terem relação com algo encontrado na realidade, não podem valer-se dos contatos com essa realidade para convalidar suas fórmulas, utilizando a lógica para demonstrar rigorosamente seus teoremas. Os resultados alcançados pelas ciências formais demonstram ou provam hipóteses. As ciências factuais se encarregam do estudo dos fatos, dividindo-se em naturais e sociais. Referem-se a fatos que supostamente ocorrem no mundo e, em conseqüência, recorrem às observações e às experimentações para comprovar ou refutar suas hipóteses. Os resultados alcançados pelas ciências factuais verificam, comprovam ou refutam hipóteses que, em sua maioria, são provisórias. A grande diferença entre as ciências formais e factuais é que a demonstração (formal) é completa e final, ao passo que a verificação (factual) é incompleta e, por esse motivo, ela é temporária. Parra Filho (2000), ao referir-se à classificação atual dos vários campos da ciência, ressalta que as classificações da ciência devem ser provisórias, devido a sua constante evolução. A classificação é importante porque mostra a unidade e, ao mesmo tempo, a variedade do conhecimento humano, assinala o domínio próprio de cada ciência, patenteia as relações lógicas que as unem entre si e revelam a ordem em que as ciências devem ser estudadas. De acordo com este autor, ciência militar e defesa estão no campo das ciências sociais. 2.2 MÉTODOS CIENTÍFICOS Para que um conhecimento possa ser considerado científico, faz-se necessário identificar as operações mentais e as técnicas que permitam a sua verificação, ou seja, determinar o método que possibilitechegar ao conhecimento. Assim, Gil (1999) define método científico como um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento. 28 Lakatos e Marconi (2000) descrevem o desenvolvimento histórico do método, relatando que a preocupação em descobrir e explicar a natureza existe desde os primórdios da humanidade. Nas ciências militares, assim como em outras ciências, o método é fundamental para o desenvolvimento de uma pesquisa e sua escolha se dá de acordo com a proposta de trabalho do pesquisador. A adoção de um ou de outro método depende, portanto: a) da natureza do objeto de pesquisa; b) dos recursos materiais disponíveis; c) do nível de abrangência do estudo; e d) sobretudo, do pesquisador. Nesse sentido, vários sistemas de classificação podem ser adotados. Segundo Gil (1999), que apresenta uma classificação semelhante a outros autores como Trujillo, Ferrari (1982) e Lakatos (1992), há dois grandes grupos: os métodos de abordagem que proporcionam as bases lógicas da investigação científica; e os métodos de procedimentos que esclarecem acerca dos procedimentos técnicos a serem empregados. 2.2.1 Os métodos de abordagem Os métodos de abordagem esclarecem acerca dos procedimentos lógicos que deverão ser seguidos no processo de investigação científica dos fatos da natureza e da sociedade; são métodos desenvolvidos a partir de elevado grau de abstração, que possibilitam ao pesquisador decidir acerca do alcance de sua investigação, das regras de explicação dos fatos e da validade de suas generalizações. Podem ser incluídos neste grupo os métodos: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico. Cada um deles vincula-se a uma das correntes filosóficas que se propõem a explicar como se processa o conhecimento da realidade. O método dedutivo relaciona-se ao racionalismo, o
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