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História da Psicologia Social

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HISTÓRICO DA PSICOLOGIA SOCIAL 
 
• A psicologia social nasceu no limiar do século XX e nele floresceu; 
• O termo psicologia social surge em 1908 por McDougall e Ross para se referirem aos fenômenos 
presentes na relação indivíduo-sociedade; 
• Ross era sociólogo e McDougall era psicólogo, o que fez com que uma das obras se situasse no âmbito 
da Sociologia e outra, no escopo da Psicologia, anunciando a separação ocorrida muito mais tarde entre 
a psicologia social psicológica e psicologia social sociológica. 
o William McDougall → teoria dos instintos; comportamento e, em grande parte, herdado. 
o Edward Ross → imitação-sugestão; conduta social causada por imitação e sugestão. 
o Auguste Comte → um dos primeiros a esboçar uma ciência social. Afirmava que nos grupos, os 
indivíduos adquirem uma mente coletiva. “Como pode o indivíduo ser, ao mesmo tempo, causa 
e consequência da sociedade?” 
 
→ Só se desenvolveu como estudo científico, sistemático, após a primeira guerra mundial, juntamente com 
outras ciências sociais, procurando compreender as crises e convulsões que abalavam o mundo. 
→ Desafio aos cientistas sociais: “Como é possível preservar os valores de liberdade e os direitos humanos 
em condições de crescente tensão social e de arregimentação? Poderá a ciência dar uma resposta?” 
→ E os psicólogos sociais se puseram a campo para estudar fenômenos de liderança, opinião pública, 
propaganda, preconceito, mudança de atitudes, comunicação, relações raciais, conflitos de valores, 
relações grupais, etc. 
→ Deve ser compreendida em sua perspectiva histórica, quando na década de 50 se iniciam sistematizações 
em termos de psicologia social, dentro de duas tendências predominantes. 
1. Perspectiva pragmática: origem nos EUA.; raízes no behaviorismo; busca intervir nos grupos para 
harmonizá-los e garante a produtividade do grupo; visa minimizar os conflitos, tornando os 
homens “felizes” reconstrutores da humanidade que acabava de sair da destruição de uma II 
guerra mundial. Sociedade era um dado, um pano de fundo de um cenário, onde o indivíduo 
atuava, e desta forma procurava-se explicar o seu comportamento por “causas” internas. 
➔ Dicotomia indivíduo x sociedade. 
2. Perspectiva fenomenológica: origem na Europa; raízes na fenomenologia e na Gestalt; busca 
conhecimentos que evitem novas catástrofes mundiais, segue a tradição filosófica europeia; 
procura modelos totalizantes, como Lewin e sua teoria de campo. 
 
→ Crise do conhecimento que não conseguia intervir nem explicar, muito menos prever comportamentos 
sociais. Começa-se a questionar: sua eficiência; seu caráter ideológico das práticas; sua dicotomia entre 
o eu e a sociedade. 
→ A partir dos anos 60, surge uma crítica à psicologia social americana como “uma ciência ideológica, 
reprodutora dos interesses da classe dominante, e produto de condições históricas específicas, o que 
invalida a transposição tal e qual desse conhecimento para outros países.” (Lane, 2004). 
 
→ O primeiro passo para a superação da crise foi a constatação da tradição biológica da psicologia; 
→ Homem é cultura, é produto de sua condição social, histórica e também produtor. 
 
 
→ Na objetividade dos fatos, perde o ser humano; 
→ Conhecimento minucioso enquanto descrição do comportamento, no entanto não dava conta do ser 
humano agente de mudança, sujeito da história; 
→ Tradição dicotômica, biológica ou sociológica; 
→ Para a psicologia social, caberia recuperar esses indivíduos na intersecção de suas histórias com a história 
de sua cultura e sociedade; 
→ Somente a descrição não capta a medição ideológica e as reproduzem como fatos inerentes a natureza 
do homem; 
→ Havia a consideração do ser humano como ser biológico e seu comportamento seria resultado de 
processos internos; porém o homem não é apenas isso, ele é resultado da interação com o meio onde 
vive. Ou seja, em que condições ocorre o comportamento? A aprendizagem? A socialização? 
→ A psicologia social permite ao sujeito observador-pesquisador entrar em contato com o outro e o 
conhecimento do outro interfere na sua existência. 
→ A relação social estabelecida pelo processo de pesquisa pode ser transformadora das condições sociais 
que ambos se inserem. 
→ A pesquisa implica intervenção e ação sobre os outros. 
→ Influenciada pela visão sociológica de Durkheim, afirma o domínio da exterioridade sobre o indivíduo. 
→ Entende a sociedade como um conjunto de posições sociais (pai, filho, professor, etc.) e as expectativas 
depositadas sobre o ocupante de determinado papel. 
→ O encontro entre 2 pessoas é o encontro entre 2 papéis e os comportamentos são definidos por 
esses papéis. 
→ Aprendemos a nos comportar de acordo com o papel que desempenhamos e conseguimos nos adaptar 
a cada uma das situações exigidas do nosso papel. 
→ Goffman escreveu alguns trabalhos nos quais explica como cada indivíduo procede para, utilizando-se 
de ferramentas disponíveis na sociedade, impressionar seus pares. Esse autor define o controle social 
ou a forma como a sociedade pressiona os indivíduos para que correspondam a determinadas 
expectativas. 
→ A teoria cognitivista acredita que nenhuma pressão social ou expectativas atingem o indivíduo se ele 
não as percebe; 
→ Cognição é a organização estruturada e significativa que o sujeito faz a partir de suas percepções e 
das influências que recebe do meio. O encontro social é o objetivo de investigação e a partir dele 
surgem os conceitos: 
➢ Percepção Social: processo que se inicia na captação do estímulo pelos órgãos dos sentidos 
e termina na atribuição de significado ao estímulo; os estímulos são: a percepção da presença 
do outro, a roupa que usa, o local do encontro, o comportamento do outro, etc. 
➢ Comunicação: a partir do encontro já se inicia o processo de comunicação que envolve 
códigos e mensagens que permitem a troca de informações entre os indivíduos; a 
comunicação não é apenas verbal, ela envolve gestos, sinais, silêncios, expressões faciais, etc. 
➢ Atitude: a partir da percepção social, o indivíduo organiza as informações e relaciona-as com 
emoções e desenvolve predisposições a ação. A isso chamamos de atitude. Desenvolvemos 
atitude em relação ao meio social (crenças, valores, opinião). 
➢ Mudança de atitude: podemos mudar nossa atitude a partir de novas situações, novas 
emoções e novos comportamentos (você não gosta de um colega de sala, mas precisa 
mudar sua atitude quando se vê obrigado a trabalhar no mesmo grupo que ele). 
➢ Grupos sociais: são conjuntos de indivíduos que possuem objetivos comuns e desenvolvem 
ações na direção desses objetivos; possuem normas, tarefas e funções, cooperação e 
competição. 
➢ Papel social: é o comportamento que se espera de alguém quando inserido num determinado 
grupo social. À medida que o indivíduo vai integrando-se mais nos grupos sociais, estes vão 
permitindo ao longo da vida a construção de uma personalidade cheia de aspectos 
sociológicos e psicológicos. Se entendemos a sociedade como um conjunto de posições 
sociais (médico, prof., filho, ...), as expectativas de comportamento estabelecidos pelo social 
para cada posição determinam o papel prescrito. Assim, sabemos o que esperar de alguém 
que ocupa determinada posição. Quando aprendemos um papel social, aprendemos também 
o papel complementar (ex.: pai-filho; aluno-prof., ...). 
 
Fonte: anotações da aula de psicologia social – 16/10

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