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CARBONATOS Componentes: João Pedro Perim Victória Perim Klein Professor: Tiago Robertti Curso Técnico Integrado em Mineração Instituto Federal do Espírito Santo Campus Nova Venécia 06 de agosto, 2015 1 Sumário Introdução........................................................................................................1 Definição..........................................................................................................2 Principais Minerais...........................................................................................5 Magnesita.........................................................................................................6 Rodocrosita......................................................................................................8 Siderita............................................................................................................10 Aragonita.........................................................................................................12 Calcita.............................................................................................................14 Cerusita...........................................................................................................16 Dolomita..........................................................................................................18 Estroncianita...................................................................................................20 Conclusão.......................................................................................................22 Referencias.....................................................................................................23 2 Introdução As rochas carbonáticas contam-se entre as mais importantes matérias-primas minerais, sendo empregadas na fabricação de cimento e cal, como fundente na metalurgia, na obtenção de produtos químicos e corretivos de solo. Neste trabalho, abordaremos um pouco mais sobre o principais minerais dos carbonatos. 1 Definição Os carbonatos resultam da combinação do CO3= com metais e metalóides, ou da reação do ácido carbônico com esses elementos. Na natureza o carbono ocorre no estado nativo (grafite, diamante, carvão etc.), formando estruturas orgânicas e constituindo o gás carbônico. 2 4 Um maneira do Carbono combinar-se com o Oxigênio resulta no radical CO3, gerando uma estrutura triangular onde três Oxigênios envolvem o Carbono coordenador central. 3 Tetraedro do íon carbonato C - carbono O – oxigênio 4 Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Principais minerais Aragonita - Caco3 Azurita - Cu3(CO3)2(OH)2 Calcita - CaCO3 Cerusita - PbCO3 Dolomita - CaMg(CO3)2 Estroncianita - SrCO3 Magnesita - MgCO3 Malaquita - Cu2CO3(OH)2 Rodocrosita - MnCO3 Siderita - FeCo3 Smithsonita - ZnCO3 Witherita - BaCO3 5 Magnesita Fórmula Química - MgCO3 Composição - Carbonato de Magnésio. 47,8% MgO , 52,2% CO2 Cristalografia - Hexagonal Classe – Escalenoédrica Propriedades Ópticas - Uniaxial negativo Hábito - Criptocristalino, terroso, compacto e em massas granulares Clivagem - Perfeita {10-10}, com ângulo de 72º 36' Dureza - 3,5 - 4,5 Densidade relativa - 2,9 - 3,1 Brilho - Vítreo Cor - Branco, cinzento, avermelhado, amarelo e castanho 6 Associação - Associada a serpentina, talco ou rochas dolomíticas. Propriedades Diagnósticas - As variedades susceptíveis a clivagem distinguem-se da dolomita apenas por sua densidade relativa mais elevada e pela ausência de cálcio abundante. A variedade maciça e branca, assemelha-se a calcedônia impura, distinguindo-se dela por sua dureza inferior. Ocorrência - Comum em veios e massas irregulares, criptocristalinas, derivada da alteração da serpentina através da ação de águas contendo ácido carbônico. A variedade cristalina, com clivagem, em rochas metamórficas está associada a talco xistos e mica xistos. Usos - A magnesita calcinada é usada na fabricação de tijolos para revestimento de fornalhas. Também é fonte de magnésia para produtos químicos industriais. Encontrado no Brasil: Alagoas (Depósitos do Serrote da Lage, em Arapiraca); Amapá (Depósito de Bacuri); Bahia (Depósitos da Serra das Éguas, em Brumado; Bom Jesus dos Meiras e Sento Sé; Campo Formoso, em Santa Luzia). 15 Rodocrosita Fórmula Química - MnCO3 Composição - Carbonato de manganês. 61,7% MnO , 38,3% CO2 Cristalografia - Trigonal Classe - Hexagonal escalenoédrica Propriedades Ópticas - Uniaxial negativo Hábito - Granular a compacta Clivagem - Perfeita, romboédrica {10-11} Dureza - 3,5 - 4 Densidade relativa - 3,5 - 3,6 Brilho - Vítreo Cor - Rósea a castanho-escuro. 8 Associação - Associada a prata, chumbo, cobre e outros minerais de manganês. Propriedades Diagnósticas - Coloração rósea e clivagem romboédrica. Distingue-se da rodonita por sua dureza menor. Ocorrência - É um mineral relativamente raro, ocorrendo em veios. Usos - Minério de manganês de pouca importância. Encontrado no Brasil: Amapá (queluzitos da Serra do Navio); Minas Gerais (queluzitos de São Gonçalo e Conselheiro Lafaiate); Pará (Depósito do Igarapé Azul, em Serra dos Carajás) ... 9 Siderita Fórmula Química - FeCO3 Composição - Carbonato de ferro. 62,1% FeO , 37,9% CO2 Cristalografia - Trigonal Classe - Hexagonal escalenoédrica Propriedades Ópticas - Uniaxial negativo Hábito - Globular, granular, compacta, terrosa Clivagem - Romboédrica perfeita {1011} Dureza - 3,5 - 4 Densidade relativa - 3,7 - 3,9 Brilho - Vítreo Cor - Castanho-claro a escuro 10 Associação - Associada a óxidos, hidróxidos e silicatos. Propriedades Diagnósticas - Distingue-se dos outros carbonatos por sua cor e densidade relativa alta e da esfalerita por sua clivagem romboédrica. Ocorrência - Frequentemente sob a forma de minério de ferro argiloso, impuro por estar misturada com materiais argilosos, em camadas negras, contaminado por material carbonoso. Pode ocorrer também como finos grãos em rochas sedimentares. Usos - Minério de ferro. Encontrado no Brasil: Amazonas (Mina do Pitinga, em Presidente Figueredo); Minas Gerais (Mina de Ouro Velho, em Nova Lima). 11 Aragonita Fórmula Química - CaCO3 Composição - Carbonato de cálcio, polimorfo da calcita. 56% CaO , 43% CO2 Cristalografia - Ortorrômbico Classe - Bipiramidal rômbica Brilho: vítreo, graxo nas fratura Clivagem: Imperfeita {010} e {110} Cor: incolor, branco, cinza, amarelo-pálido e colorida variavelmente. Transparente a translucida. Diafaneidade: Transparente a translúcido Dureza (Escala de Mohs): 3,5 a 4,0 Densidade: 2,95 Fratura: subconchoidal, irregular Hábito: Piramidal acicular, tabular ou pseudo-hexagonal Tenacidade: friável Traço: branco 12 Sob luz polarizada: biaxial negativo Associação - Em fontes termais, está associado a camadas de gipso e depósitos de minério de ferro, onde podem ocorrer as formas que se assemelham a coral, chamadas de flor do ferro. Propriedades Diagnósticas - Distingue-se da calcita por sua densidade relativa mais elevada e pela ausência de clivagem romboédrica. Ocorrência - É menos estável do que a calcita e muito menos comum. Forma-se dentro de uma estreita faixa de condições fisico-químicas, representada por baixas temperaturas, perto dos depósitos superficiais na presença de cátions grandes e em ambientes de alta pressão. Usos - Fabricação de cimentos, corretor de pH em solos ácidos. Encontrados no Brasil: Não depósitos significativos do mineral. No Mundo: Áustria (Pedreira de Christandl, na Estíria); Bolivia (Corocoro) 13 Calcita Fórmula Química - CaCO3 Composição - Carbonato de Cálcio. 53,0% CaO , 44,0% CO2 Cristalografia - Trigonal Classe - Hexagonal escalenoédrica Propriedades Físicas Brilho: vítreo a terroso Clivagem: Perfeita {10-11}, ângulo de 74º55’ 3 direções de clivagem proeminentes,dando origem a formas romboédricas (losango). Cor: incolor, branca, azul, amarela, cinza. . Também, quando impura, castanho a preto Transparência: transparente a translúcido Dureza (Escala de Mohs): 3 Densidade:2,72 Hábito: prismático, romboédrico ou escalenoedrico Tenacidade: friável Traço: branco Sob luz polarizada:uniaxial negativo 14 Associação - Os cristais de calcita podem incluir quantidades consideráveis de areias de quartzo (até 60%) e formam o chamado cristal de arenito. Propriedades Diagnósticas - Dureza 3, clivagem perfeita, cor e brilho vítreo. Distingue-se da dolomita, pela efervecência em HCl e da aragonita por ter menor densidade e clivagem romboédrica. Ocorrência - É um dos minerais mais comuns e disseminados. Ocorre como massas rochosas sedimentares enormes e amplamente espalhadas, nas quais é o único mineral preponderante, sendo o único presente em certos calcários. É um constituinte importante de margas e pelitos calcários. As rochas calcárias formam-se por processos orgânicos e inorgânicos. No primeiro caso resulta da deposição em fundo marinho, de grandes camadas de material calcário, sob a forma de carapaças e esqueletos de animais marinhos. Uma proporção menor dessas rochas formam-se inorgânicamente pela precipitação direta de carbonato de cálcio em soluções aquosas. Usos - O emprego mais importante da calcita é na fabricação de cimentos e cal para argamassa. Também é usado como corretor de pH em solos ácidos. Encontrado no Brasil: Bahia (Depósito de Irecê, Bom Jesus da Lapa e Brejões) ; Minas Gerias (Mina Usamu Utsumi, em Cercado) 15 Clique para editar o texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível Cerusita Fórmula Química - PbCO3 Composição - Carbonato de Chumbo. 83,5% PbO , 16,5% CO2 Cristalografia - Ortorrômbico Classe - Bipiramidal rômbica Propriedades Físicas Brilho: adamantino Clivagem: boa {110} Cor: incolor, branco ou cinzento Fratura: conchoidal Transparência: Dureza (Escala de Mohs): 3 a 3,5 Densidade:6,55 Hábito: prismático, maciço, reticular Tenacidade:friável Traço:branco Sob luz polarizada:biaxial negativo 16 Associação - Associada a galena, esfalerita e a vários minerais secundários, tais como anglesita, piromorfita, smithsonita e limonita. A forma cristalina e a efervecência no ácido nítrico a quente servem para distingui-la da anglesita. Ocorrência - É um minério de chumbo supérgeno, importante e amplamente disseminado, formado pela ação das águas carbonatadas sobre a galena, na zona superior dos veios de chumbo. Usos - Importante mineral de minério de chumbo. Encontrado no Brasil: Bahia (Mina da Boqueira e Depósito de Brotas de Macaúbas); Minas Gerias (Depósito de Sete Lagoas, Januária e Vazante). 17 Dolomita Fórmula Química - CaMg (CO3)2 Composição - Carbonato de cálcio e magnésio. 30,4% CaO , 21,7% MgO , 47,7% CO2 Cristalografia - Trigonal Classe - Romboédrica Brilho: vítreo a nacarado Clivagem: perfeita {10-11} com ângulo de 73º45’ Cor: branca, cinza, róseo, incolor, verde, castanho, preto Fratura: friável, conchoidal Transparência: transparente a translúcida Dureza (Escala de Mohs): 3,5 a 4 Densidade:2,85 Hábito: romboédrico Tenacidade: friável Traço: branco Sob luz polarizada:uniaxial negativo 18 Associação - Pode ocorrer com nitratos, calcita e aragonita. Propriedades Diagnósticas - A variedade cristalizada distingue-se por seus cristais romboédricos curvos e, usualmente por sua cor rósa-carne. A variedade rochosa maciça distingue-se do calcário por sua reação menos intensa com o ácido clorídrico. Ocorrência - Ocorre principalmente sob a forma de calcário dolomítico ou mármore dolomítico em porções rochosas extensas, possivelmente formado a partir de calcários pela substituição do cálcio pelo magnésio. Ocorre também como mineral de filão, em veios de zinco ou chumbo em calcários. Usos - Pedra de construção e ornamental, corretivo de solos ácidos, fonte de magnésia, usada preparação de revestimentos refratários de conversores, nos processos básicos de fabricação de aço, entre outros. Encontrado no Brasil: Alagoas (Depósito de Serrote do Lage, em Arapiraca); Bahia (Depósito de Serras das Éguas, em Brumado). 19 Estroncianita Fórmula Química - SrCO3 Composição - Carbonato de Estrôncio. 70,2% SrO , 29,8% CO2 Cristalografia - Ortorrômbico Classe - Bipiramidal rômbica Propriedades Ópticas - Biaxial negativo Hábito - Acicular, radial, colunar, fibrosa ou granular Clivagem - Boa {110}, com geminação frequente segundo {110} Dureza - 3,5 - 4 Densidade relativa - 3,7 Brilho - Vítreo Cor - Branco, cinzento, amarelo e verde 20 Associação - Associado a barita, celestita e calcita. Propriedades Diagnósticas - Densidade relativa elevada e efervecência em ácido clorídrico. Pode ser distinguida da witherita e da aragonita pelo ensaio da chama, e da celestita por sua clivagem menos perfeita e efervecência no ácido. Ocorrência - É um mineral hidrotermal encontrado em filões ou margas. Menos frequentemente ocorre em rochas ígneas ou como mineral de ganga nos veios de sulfetos. Usos - Fonte de estrôncio, o qual é usado na pirotecnia, em chamas vermelhas, foguetes militares, na separação do açúcar existente nos melaços e em vários compostos de estrôncio. Encontrado no Brasil: Não jazimentos significativos do mineral. 21 Conclusão Concluímos que os carbonatos são materiais comuns na Terra. Ele está empregado na fabricação de cimento e cal para produção de argamassa. Os minerais dos carbonatos são usados em foguetes militares, em pedras ornamentais, usados também na fabricação de tijolos e várias outras coisas que estão empregadas no nosso cotidiano. 22 Referências http://www.dicionario.pro.br/index.php/Aragonita http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/carbonatos/carbonatos.html https://www.google.com.br/search?q=estrutura+dos+carbonatos&es_sm=93&biw=1366&bih=677&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMI16icnpmTxwIVRZCQCh0L4ALO#imgrc=csy-16cvwjCoBM%3A Introdução a Mineralogia prática/ Paulo César Pereira das Neves, Flávia Schenato, Flávio Antônio Bachi – 2.ed. – Canoas: Ed. ULBRA. 2008. 1.Gemologia 2. Geologia 3.Minerais – Brasil 4.Minerais – Classificação 5.Mineralogia 6.Mineralogia – Brasil – História 7.Pedras preciosas – Brasil I. Bartorelli, Andrea. II. Título. 23 Foto do Mineral Forma Cristalográfica Foto do mineral mostrando coloração avermelhada Direções ópticas e cristalográficas Foto do Mineral Forma Cristalográfica Foto do mineral mostrando coloração avermelhada Direções ópticas e cristalográficas Foto do Mineral Forma Cristalográfica Rodocrosita com hábito globular Direções ópticas e cristalográficas Foto do Mineral Forma Cristalográfica Cristais transparentes de siderita Direções ópticas e cristalográficas Foto do Mineral Forma Cristalográfica Cristais prismáticos de aragonita Direções ópticas e cristalográficas Foto do Mineral Forma Cristalográfica Cristais romboédricos de calcita Direções ópticas e cristalográficas Foto do Mineral Forma Cristalográfica Cristais tabulares de cerussita Direções ópticas e cristalográficas Foto do Mineral Forma Cristalográfica Cristal de dolomita (centro), envolto por quartzo Direções ópticas e cristalográficas Foto do Mineral Forma Cristalográfica Cristais aciculares de estroncianita Direções ópticas e cristalográficas
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