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Resumo Fisiologia - Microcirculação e Troca Capilar

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Fisiologia 
Microcirculação e Troca Capilar 
• Circulação do sangue das arteríolas, meta-arteríolas, capilares, vênulas. 
• Sitema linfático: vasos linfáticos, linfonodos e linfa. 
Princípios da Circulação 
› Sistema fechado! 
› Circulação pulmonar – demanda ~9% do débito cardíaco. 
› Circulação sistêmica – demanda ~84% do débito cardíaco. 
 64% dessa demanda está no leito venoso: qualquer aumento da pressão 
aí, há um aumento do retorno venoso -> volemia -> pela lei de Frank-
Starling, o coração aumenta a frequência para bombear o sangue. 
 A maior parte da volemia se encontra no sistema venoso! 
› Para haver o fluxo sanguíneo, é preciso que haja uma diferença de pressão. 
 A DDP entre a chegada do sangue no vaso e a saída dele + resistência da 
parede do vaso = determinantes do fluxo sanguíneo. 
 Fluxo sanguíneo = ΔP/R. 
› O sangue sai da aorta com uma pressão muito elevada – à medida que o sangue 
corre pelo sistema circulatório, a pressão vai diminuindo. 
Microcirculação 
› Sistema arterial – leva o sangue oxigenado do coração para o corpo. 
 Débito cardíaco: saída de sangue do ventrículo esquerdo 
› Sistema venoso – leva o sangue venoso do corpo para o coração. 
 Promove o retorno venoso. 
› Resistência periférica – importante para manter o sangue dentro das artérias; é 
feito por um anel muscular que fecha e abre, permitindo ou não o fluxo. 
 Faz com que as artérias mantém uma pressão dentro para que o fluxo 
sanguíneo chegue devagar nos capilares. 
 Assim, o fluxo não é contínuo e com baixa pressão e resistência – 
possibilitando as trocas. 
 É um mecanismo de controle de fluxo na região. 
› O fluxo sanguíneo nos capilares é intermitente – pode ser interrompido por 
segundos e/ou minutos devido a contração das metarteríolas ou das arteríolas 
e dos esfínctes pré-capilares. 
› By-pass ou vasos diretos – o sangue passa direto da arteríola para as vênulas. 
 Caso haja um fechamento permanente dos esfícteres, o sangue se 
mantém fluindo! 
› Uma arteríola tronco pode gerar cerca de 8192 capilares! 
Vasomotricidade 
› Movimento de dilatação e contração do vaso. 
› Para que haja troca, é preciso que tenha um fluxo intermitente, ele não pode ser 
contínuo, senão não há troca. 
› As metarteríolas e as arteríolas podem não se fechar totalmente, mas elas 
reduzem significativamente o diâmetro do vaso. 
› Mas mais a frente, os esfíncters são compostos de músculo liso, se fecham 
totalmente. 
› Regulação da vasomotricidade – é local e de acordo com a demanda de oxigênio. 
 A passada de sangue com oxigênio faz com que os esfíncteres pré-
capilares se contraiam, se fechando. 
 Assim, a passagem é interrompida, para que tenha tempo de haver as 
trocas. 
 À medida que a taxa de oxigênio vai caindo, os esfícteres (sensíveis à taxa 
de oxigênio) relaxam -> faz com que passe mais sangue. 
 O tempo de fechamento de esfíncteres é devido ao metabolismo local. 
metabolismo celular ou aporte de O2 -> O2 nos tecidos -> fluxo sanguíneo 
› A parada do fluxo por 1ms já é o suficiente para que as trocas ocorram! 
Troca nos Capilares 
› Difusão de água e partículas dissolvidas. 
› Num líquido com NaCl, 96% dessa substância é absorvido pelas células. 
› Pressão hidrostática: pressão que o líquido faz na parede do vaso e a pressão. 
 Dentro do capilar e no insterstício. 
› Pressão coloidosmótica: íons ligados a proteína que tem elevado peso molecular 
puxam a água (pressão osmótica do coloide). 
 Dentro do capilar no interstício. 
 “puxa” líquido para dentro ou para fora – depende do gradiente. 
› Empurram o líquido para fora: PH capilar e PC intersticial. 
› Empurram o líquido para dentro: PH intersticial e PC capilar. 
› A força resultante gera uma pressão no início e outra no final do capilar. 
› Na parte arteriolar do capilar – a pressão coledoismótica é maior, então a pressão 
resultante é positiva -> há uma tendência do líquido sair do vaso. 
› Na parte venular do capilar – a pressão resultante é negativa -> há uma tendência 
do líquido voltar para o vaso. 
› O excesso de líquido é recolhido pelos vasos linfáticos. 
Controle de Fluxo 
› Vasodilatador local (autacóides) – adenosina. 
› Vasodilatador da arteríola – atrito do endotélio é detectado por receptores 
mecânicos -> óxido nítrico. 
› Vasoconstrição arteriolar – atrito do endotélio -> endotelina. 
› Circulações especiais: renal, coronariano, pulmonar... 
› Controle de fluxo total: somatório dos controles dos fluxos locais. 
 Controle agudo – segundos/minutos: vasodilatação das arteríolas, 
metarteríolas, esfínctes pré-capilares. 
 Controle a longo prazo – dias/semanas/meses:  ou  das dimensõs 
físicas e do número de vasos (pode ocorrer a angiogênese). 
Débito 
› ml/min/100g – para cada 100g de tecido é preciso de x ml por minuto! 
 Ex. rim: 360ml/min/100g -> a cada 100g de tecido renal, é preciso 360ml 
de sangue por minuto. 
 
Hiperemia 
› Ativa: metabolismo leva ao  do fluxo. 
› Reativa: quando há uma obstrução da irrigação sanguínea de um tecido por um 
determinado tempo, há um acúmulo de metabólitos. 
 Quando há a desobstrução, o sangue flui naturalmente, mas há um 
aumento do fluxo na região. 
Sistema Linfático 
› Sistema de vasos que se assemelha ao sistema venoso. 
› Os capilares linfáticos têm um fundo cego – termina nesse fundo -> todo o 
líquido filtrado flui pelos vasos até voltar ao sistema circulatório venoso. 
› Linfa – líquido filtrado do excesso presente no intersticial. 
› O SL drena o fluido não absorvido na porção venosa do capilar. 
› Além disso, há um pequeno “vazamento” de proteínas para os tecidos. 
› As células endoteliais desse tecido possuem estruturas que permitem que uma 
borda de uma célula se sobrepõe a borda da outra adjacente -> impede que o 
líquido retorne! 
 A borda sobreposta fica livre e forma uma válvula para dentro do capilar.

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