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Nervos cranianos Anatomia, fisiologia e fisiopatologia Referência: Tortora, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia / Gerard J. Tortora, Bryan Derrickson; tradução Ana Cavalcanti C. Botelho... [et al.]. – 14. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 20. 21. 22. 14.8 • Quais ondas cerebrais estão relacionadas com o estresse emocional? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Lesões encefálicas As lesões encefálicas estão geralmente associadas a traumatismos cranianos e em parte são consequências do deslocamento e da distorção do tecido nervoso no momento do impacto. Pode ocorrer dano adicional aos tecidos quando se restaura o uxo sanguíneo normal após um período de isquemia (redução de uxo sanguíneo). A elevação súbita do nível de oxigênio produz um grande número de radicais livres (moléculas de oxigênio carregadas com um elétron não pareado). Células encefálicas em recuperação após um AVE ou uma parada cardíaca também liberam radicais livres. Estas substâncias são danosas, pois alteram a estrutura do DNA celular e das enzimas e modi cam a permeabilidade da membrana plasmática. Lesões encefálicas também podem ser secundárias a hipoxia (baixo nível de oxigênio celular). Vários graus de lesões encefálicas são descritos por termos especí cos. Concussão é uma lesão caracterizada por um quadro súbito, porém temporário, de perda de consciência (de minutos a horas), distúrbios na visão e alterações no equilíbrio. Ela é causada por um traumatismo direto na cabeça ou quando há uma desaceleração súbita da cabeça (como acontece em um acidente automobilístico) e é a lesão encefálica mais comum. Na concussão, não existem lesões encefálicas óbvias. Sinais sugestivos de concussão incluem cefaleia, sonolência, náuseas e/ou vômitos, perda de concentração, confusão ou amnésia pós-traumática. Contusão encefálica é o tipo de lesão traumática na qual ocorre o extravasamento de sangue de vasos microscópicos. Ela geralmente está associada a concussões. Em uma contusão, pode haver ruptura da pia-máter, permitindo a entrada de sangue no espaço subaracnóideo. A área mais frequentemente atingida é o lobo frontal. Geralmente as contusões encefálicas causam perda imediata de consciência (que dura não mais que cinco minutos), perda de re exos, interrupção transitória da respiração e diminuição da pressão sanguínea. Os sinais vitais normalmente se estabilizam em alguns segundos. Laceração é um corte no encéfalo, em geral secundário a fraturas cranianas ou a ferimentos por arma de fogo. Em uma laceração, ocorre ruptura de grandes vasos sanguíneos, o que gera sangramentos no encéfalo e no espaço subaracnóideo. Possíveis consequências desse quadro incluem hematomas encefálicos (coleções de sangue, geralmente coagulado, que comprimem o tecido encefálico), edema e elevação da pressão intracraniana. Se o hematoma for pequeno, ele pode não causar maiores danos e eventualmente será reabsorvido. Caso seja grande, pode ser necessária a sua remoção cirúrgica. O edema diminui ainda mais o já limitado espaço que o encéfalo ocupa na cavidade craniana, além de causar cefaleias muito intensas. O tecido encefálico também pode sofrer necrose (morte celular) devido ao edema. Se o edema for su cientemente grave, pode provocar a formação de uma hérnia do encéfalo pelo forame magno e levar à morte. TESTE RÁPIDO Compare as funções das áreas sensitivas, motoras e associativas do córtex cerebral. O que é lateralização hemisférica? Qual é o valor diagnóstico de um EEG? Nervos cranianos OBJETIVO Identificar os nervos cranianos pelo seu nome, número e tipo e relatar a função de cada um. 1. 2. 23. 24. 25. • Os doze pares de nervos cranianos têm esse nome porque se originam no encéfalo, dentro da cavidade craniana, e passam através de vários forames do crânio. Assim como os 31 pares de nervos espinais, eles integram a parte periférica do sistema nervoso (SNP). Cada nervo craniano tem um número – indicado por um numeral romano – e um nome. Os números indicam a ordem, de anterior para posterior, na qual os nervos se originam no encéfalo. Os nomes designam a distribuição ou a função dos nervos. Três nervos cranianos (I, II e VIII) contêm axônios de neurônios sensitivos e são, portanto, chamados de nervos sensitivos especiais. Na cabeça, eles são exclusivos e estão associados aos sentidos especiais do olfato, da visão e da audição, respectivamente. Os corpos celulares da maioria dos nervos sensitivos estão localizados em gânglios situados fora do encéfalo. Cinco nervos cranianos (III, IV, VI, XI e XII) são classificados como nervos motores, pois eles contêm apenas axônios de neurônios motores quando deixam o tronco encefálico. Os axônios que inervam músculos esqueléticos são de dois tipos: Axônios motores branquiais inervam músculos esqueléticos que se desenvolvem a partir dos arcos faríngeos (branquiais) (ver a Figura 14.28). Estes neurônios deixam o encéfalo por meio de nervos cranianos mistos e pelo nervo acessório. Axônios motores somáticos inervam músculos esqueléticos que se desenvolvem a partir dos somitos da cabeça (músculos dos olhos e da língua). Estes neurônios saem do encéfalo por meio de cinco nervos cranianos motores (III, IV, VI, XI e XII). Axônios motores que inervam músculos lisos, músculos cardíacos e glândulas são chamados de axônios motores autônomos e fazem parte da divisão autônoma do sistema nervoso. Os quatro nervos cranianos restantes (V, VII, IX e X) são nervos mistos – contêm axônios de neurônios sensitivos que entram no encéfalo e de neurônios motores que deixam o encéfalo. Cada nervo craniano é detalhado nas Expos 14.A a 14.J. Embora os nervos cranianos sejam mencionados unitariamente em relação ao tipo, localização e função, lembrese de que eles são estruturas pareadas. A Tabela 14.4 apresenta um resumo dos componentes e das principais funções dos nervos cranianos. CORRELAÇÃO CLÍNICA | Anestesia dentária O nervo alveolar inferior, ramo do nervo mandibular, supre todos os dentes de uma metade da mandíbula; ele é geralmente anestesiado em procedimentos dentários. O mesmo procedimento anestesiará o lábio inferior porque o nervo mentual é um ramo do nervo alveolar inferior. Como o nervo lingual passa muito perto do nervo alveolar inferior próximo ao forame mentual, ele frequentemente é anestesiado ao mesmo tempo. Para anestesiar os dentes superiores, as terminações nervosas alveolares superiores, que são ramos do nervo maxilar, são bloqueadas por meio da inserção de uma agulha abaixo da túnica mucosa. A solução anestésica é então lentamente in ltrada nas raízes dos dentes que serão tratados. TESTE RÁPIDO Como os nervos cranianos recebem seus nomes e números? Qual é a diferença entre um nervo craniano sensitivo especial, motor e misto? Cite brevemente a função de cada nervo craniano. EXPO 14.A Nervo olfatório (I) (Figura 14.17) OBJETIVO Identificar onde termina o nervo olfatório (I), os forames por onde passam, e sua função. O nervo olfatório é totalmente sensitivo; ele contém axônios que conduzem impulsos nervosos relacionados com o olfato (Figura 14.17). O epitélio olfatório ocupa a parte superior da cavidade nasal, cobrindo a face inferior da lâmina cribriforme e se estendendo inferiormente ao longo da concha nasal superior. Os receptores olfatórios do epitélio olfatório são neurônios bipolares. Cada um apresenta um dendrito sensível a odores que se projeta de um lado do corpo celular e um axônio não mielinizado que se projeta do outro lado. Feixes de axônios de receptores olfatórios passam por cerca de vinte 26. forames olfatórios na lâmina cribriforme do etmoide, em cada lado do nariz. Estes cerca de quarenta feixes de axônios formam os nervos olfatórios direito e esquerdo. Os nervos olfatórios terminam no encéfalo em massas pares de substância cinzenta conhecidascomo bulbos olfatórios, duas projeções do encéfalo que repousam sobre a lâmina cribriforme. Nos bulbos olfatórios, as terminações axônicas fazem sinapse com os dendritos e corpos celulares dos próximos neurônios da via olfatória. Os axônios destes neurônios formam os tratos olfatórios, que se estendem posteriormente a partir dos bulbos olfatórios (Figura 14.17). Os axônios dos tratos olfatórios terminam na área olfatória primária, localizada no lobo temporal. TESTE RÁPIDO Onde está localizado o epitélio olfatório? Figura 14.17 Nervo olfatório (I). O epitélio olfatório está localizado na face inferior da lâmina cribriforme e nas conchas nasais superiores. Onde terminam os axônios dos tratos olfatórios? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Anosmia A perda do sentido do olfato, chamada anosmia, pode ser causada por infecções da túnica mucosa do nariz, lesões nas quais ocorre fratura da lâmina cribriforme do etmoide, lesões na via olfatória ou no encéfalo, meningite, tabagismo ou uso de cocaína. • 27. EXPO 14.B Nervo óptico (II) (Figura 14.18) OBJETIVO Identificar o destino do nervo óptico (II) no encéfalo, o forame por onde passa para sair do crânio, e sua função. O nervo óptico (II) é totalmente sensitivo: ele contém axônios que conduzem os impulsos nervosos relacionados com a visão (Figura 14.18). Na retina, os bastonetes e os cones iniciam os sinais visuais, transmitindoos para as células bipolares, que enviam estes sinais para células ganglionares. Os axônios de todas as células ganglionares da retina de cada olho se unem para formar o nervo óptico, que passa pelo forame óptico. Cerca de 10 mm atrás do bulbo do olho, os dois nervos ópticos se cruzam e formam o quiasma óptico. No quiasma, os axônios da metade medial de cada olho cruzam para o lado oposto; os axônios da metade lateral permanecem no mesmo lado. Posteriormente ao quiasma, estes axônios reagrupados formam os tratos ópticos. A maioria dos axônios dos tratos ópticos termina no núcleo geniculado lateral do tálamo. Lá eles fazem sinapse com neurônios cujos axônios se estendem até a área visual primária no lobo occipital (área 17 na Figura 14.15). Uns poucos axônios passam pelo núcleo geniculado lateral e se projetam para os colículos superiores do mesencéfalo e para núcleos motores do tronco encefálico, onde fazem sinapse com neurônios motores que controlam os músculos extrínsecos e intrínsecos do bulbo do olho. TESTE RÁPIDO Descreva a sequência de células nervosas que processam os impulsos visuais na retina. Figura 14.18 Nervo óptico (II). Na sequência, os sinais visuais são transmitidos dos bastonetes e cones para células bipolares, e então para células ganglionares. Onde termina a maioria dos axônios dos tratos ópticos? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Anopsia (anopia) Fraturas da órbita, lesões ao longo da via visual, doenças do sistema nervoso (como a esclerose múltipla), tumores hipo sários, ou aneurismas cerebrais (dilatação dos vasos sanguíneos devido ao enfraquecimento de suas paredes) podem causar defeitos nos campos visuais e perda de acuidade visual. A cegueira secundária a um defeito em um ou ambos os olhos é chamada de anopsia. • EXPO 14.C Nervos oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI) (Figura 14.19 OBJETIVO Identificar a origem dos nervos oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI), no encéfalo, os forames pelos quais saem do crânio, e suas funções. Os nervos oculomotor, troclear e abducente são nervos cranianos que controlam os músculos responsáveis pelo movimento dos bulbos dos olhos. Todos são nervos motores e, quando saem do encéfalo, contêm apenas axônios. Os axônios sensitivos dos músculos extrínsecos do bulbo do olho começam seu curso em direção ao encéfalo em cada um destes nervos, mas eles acabam se unindo ao ramo oftálmico do nervo trigêmeo. Os axônios sensitivos não chegam ao encéfalo pelos nervos oculomotor, troclear ou abducente. Os corpos celulares dos neurônios sensitivos unipolares se situam no núcleo mesencefálico e entram no encéfalo pelo nervo trigêmeo. Estes axônios transmitem impulsos nervosos dos músculos extrínsecos do bulbo do olho relacionados com a propriocepção – a percepção dos movimentos e da posição do corpo independente da visão. O nervo oculomotor (III) tem seu núcleo motor localizado na parte anterior do mesencéfalo. Este nervo se projeta anteriormente e se divide em ramos superior e inferior, ambos os quais passam pela fissura orbital superior em direção à órbita (Figura 14.19A). Os axônios do ramo superior inervam os músculos reto superior (músculo extrínseco do bulbo do olho) e o levantador da pálpebra superior. Os axônios do ramo inferior suprem os músculos reto medial, reto inferior e oblíquo inferior – todos músculos extrínsecos do bulbo do olho. Estes neurônios motores somáticos controlam os movimentos do bulbo do olho e da pálpebra superior. O ramo inferior do nervo oculomotor também supre axônios motores parassimpáticos dos músculos intrínsecos do bulbo do olho, formados por músculos lisos. Dentre eles estão os músculos ciliares do bulbo do olho os músculos circulares (músculo esfíncter da pupila) da íris. Os impulsos parassimpáticos se propagam de um núcleo mesencefálico (núcleo oculomotor acessório) para o gânglio ciliar, um centro de transmissão sináptica para os dois neurônios motores da parte parassimpática da divisão autônoma do sistema nervoso. A partir do gânglio ciliar, alguns axônios motores parassimpáticos se projetam para o músculo ciliar, responsável pelo ajuste da lente para a visão de objetos próximos do observador (acomodação). Outros axônios motores parassimpáticos estimulam os músculos circulares da íris a se contrair quando uma luz intensa estimula o olho, causando diminuição do tamanho da pupila (constrição). Figura 14.19 Nervos oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI). O nervo oculomor (III) é o que inerva a maior parte dos músculos extrínsecos do olho. 28. Que ramo do nervo oculomotor (III) inerva o músculo reto superior? Qual é o menor nervo craniano? O nervo troclear (IV) é o menor dos doze nervos cranianos e o único que emerge da face posterior do tronco encefálico. Os neurônios motores somáticos se originam de um núcleo mesencefálico (núcleo troclear), e os axônios deste núcleo cruzam para o lado oposto quando deixam o encéfalo por sua face posterior. A seguir, o nervo circunda a ponte e sai pela fissura orbital superior em direção à órbita. Estes axônios motores somáticos inervam o músculo oblíquo superior, outro músculo extrínseco do bulbo do olho que controla sua movimentação (Figura 14.19B). Neurônios do nervo abducente (VI) se originam em um núcleo pontino (núcleo abducente). Os axônios motores somáticos se projetam deste núcleo em direção ao músculo reto lateral, um músculo extrínseco do bulbo do olho, pela fissura orbital superior (Figura 14.19C). O nervo abducente tem esse nome porque é responsável pela abdução (rotação lateral) do bulbo do olho. TESTE RÁPIDO Qual é a relação funcional entre os nervos oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI)? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Estrabismo, ptose e diplopia Lesões do nervo oculomotor (III) causam estrabismo (condição na qual os olhos não conseguem se xar no mesmo objeto, pois um dos olhos pode estar voltado medial ou lateralmente), ptose (queda) da pálpebra superior, dilatação da pupila, movimentação do bulbo do olho para baixo e para longe do lado afetado, perda da acomodação para a visão em curta distância, e diplopia (visão dupla). Lesões do nervo troclear (IV) também podem gerar estrabismo e diplopia. Em lesões do nervo abducente (VI), o bulbo do olho afetado não consegue se mover lateralmente além da linha média e se mantém deslocado medialmente. Isto tambémcausa estrabismo e diplopia. Entre as causas de lesões dos nervos oculomotor, troclear e abducente estão traumas cranioencefálicos, compressão por aneurismas e lesões da ssura orbital superior. Indivíduos com lesões nestes nervos são obrigados a inclinar a cabeça em várias direções para manter o bulbo do olho afetado no plano frontal adequado. EXPO 14.D Nervo trigêmeo (V) (Figura 14.20) • 29. OBJETIVO Identificar a origem do nervo trigêmeo (V), descrever os forames pelos quais saem do crânio cada um dos seus três principais ramos, e explicar a função de cada ramo. O nervo trigêmeo (V) é um nervo craniano misto e o maior dos nervos cranianos. Ele emerge a partir de duas raízes na face anterolateral da ponte. A grande raiz sensitiva apresenta uma protuberância conhecida como gânglio trigeminal (semilunar), localizado em uma fossa na face interna da parte petrosa do temporal. O gânglio contém corpos celulares da maior parte dos neurônios sensitivos primários. Os neurônios da raiz motora, menor, se originam em um núcleo pontino. Como indica seu nome, o nervo trigêmeo apresenta três ramos: oftálmico, maxilar e mandibular (Figura 14.20). O nervo oftálmico, o menor dos ramos, passa pela órbita na fissura orbital superior. O nervo maxilar tem um tamanho intermediário entre os ramos oftálmico e mandibular e passa pelo forame redondo. O nervo mandibular, o maior ramo, passa pelo forame oval. Os axônios sensitivos do nervo trigêmeo transmitem impulsos nervosos de tato, dor e sensações térmicas (calor e frio). O nervo oftálmico contém axônios sensitivos da pele da pálpebra superior, da córnea, das glândulas lacrimais, da parte superior da cavidade nasal, da parte lateral do nariz, da fronte e da metade anterior do escalpo. O nervo maxilar contém axônios sensitivos da túnica mucosa do nariz, do palato, de parte da faringe, dos dentes superiores, do lábio superior e da pálpebra inferior. O nervo mandibular contém axônios dos dois terços anteriores da língua (não relacionados com a gustação), da bochecha e sua túnica mucosa, dos dentes inferiores, da pele sobre a mandíbula e anterior à orelha e da túnica mucosa do assoalho da boca. Os axônios sensitivos dos três ramos entram no gânglio trigeminal, onde seus corpos celulares estão localizados, e terminam em núcleos pontinos. O nervo trigêmeo também recebe axônios sensitivos de proprioceptores (receptores que fornecem informações sobre a posição e os movimentos do corpo) localizados nos músculos da mastigação e extrínsecos do bulbo do olho; no entanto, os corpos celulares destes neurônios estão localizados no núcleo mesencefálico. Os neurônios motores branquiais do nervo trigêmeo fazem parte do nervo mandibular e suprem músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigoide medial, pterigoide lateral, o ventre anterior do músculo digástrico e o músculo milohióideo, bem como os músculos tensor do véu palatino no palato mole e tensor do tímpano na orelha média). Estes neurônios motores controlam princiapalmente os movimentos mastigatórios. TESTE RÁPIDO Quais são os três ramos do nervo trigêmeo (V) e qual destes ramos é o maior? Figura 14.20 Nervo trigêmeo (V). Os três ramos do nervo trigêmeo deixam o crânio pela fissura orbital superior, pelo forame redondo e pelo forame oval. Qual é o tamanho do nervo trigêmeo em relação aos demais nervos cranianos? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Neuralgia do trigêmeo A neuralgia (dor) transmitida por um ou mais ramos do nervo trigêmeo (V), causada por in amações ou lesões, é chamada de neuralgia do trigêmeo (tic douloureux). A dor é lancinante, dura entre alguns segundos e um minuto, e é causada por qualquer coisa que pressione o nervo trigêmeo ou seus ramos. Ela ocorre quase exclusivamente em pessoas acima dos 60 anos de idade e pode ser o primeiro sinal de uma doença que provoque lesão dos nervos, como o diabetes, a esclerose múltipla ou a de ciência de vitamina B12. Lesões do nervo mandibular podem causar a paralisia dos músculos da mastigação e a perda das sensibilidades tátil, térmica, dolorosa e proprioceptiva da parte inferior da face. • 30. EXPO 14.E Nervo facial (VII) (Figura 14.21) OBJETIVO Identificar as origens do nervo facial (VII), o forame pelo qual ele sai do crânio, e sua função. O nervo facial (VII) é um nervo craniano misto. Seus axônios sensitivos se projetam a partir dos calículos gustatórios dos dois terços anteriores da língua, entrando no temporal para se unir ao nervo facial. Deste ponto, os axônios sensitivos passam pelo gânglio geniculado, grupo de corpos celulares de neurônios sensitivos do nervo facial dentro do temporal, e terminam na ponte. A partir da ponte, os axônios de estendem até o tálamo, e dali para áreas gustativas do córtex cerebral (Figura 14.21). A parte sensitiva do nervo facial também apresenta axônios da pele do meato acústico externo que transmitem sensações táteis, álgicas e térmicas. Além disso, propriceptores de músculos da face e do escalpo transmitem informações, por meio de seus corpos celulares, para o núcleo mesencefálico. Os axônios dos neurônios motores branquiais se originam de um núcleo pontino e saem pelo forame estilomastóideo para inervar músculos da orelha média, da face, do escalpo e do pescoço. Impulsos nervosos que se propagam por estes axônios causam a contração dos músculos da mímica facial, bem como do músculo estilohióideo, ventre posterior do músculo digástrico e músculo estapédio. O nervo facial inerva mais músculos do que qualquer outro nervo do corpo. Axônios de neurônios motores percorrem ramos do nervo facial e se terminam em dois gânglios: o gânglio pterigopalatino e o gânglio submandibular. Por meio de transmissões sinápticas nos dois gânglios, os axônios motores parassimpáticos se projetam para as glândulas lacrimais (que secretam as lágrimas), as glândulas nasais, as glândulas palatinas, as glândulas sublinguais e as glândulas submandibulares (estas duas últimas produtoras de saliva). TESTE RÁPIDO Por que o nervo facial (VII) é considerado o principal nervo motor da cabeça? Figura 14.21 Nervo facial (VII). O nervo facial (VII) é responsável pela contração dos músculos da mímica facial. Onde se originam os axônios motores do nervo facial? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Paralisia de Bell Lesões do nervo facial (VII) por doenças como infecções virais (herpes-zóster) ou bacterianas (doença de Lyme) causam a paralisia de Bell (paralisia dos músculos faciais), bem como perda de gustação, diminuição da salivação e perda da capacidade de fechar os olhos, mesmo durante o sono. Este nervo também pode ser lesado por traumatismo, tumores e AVE. • 31. EXPO 14.F Nervo vestibulococlear (VIII) (Figura 14.22) OBJETIVO Identificar a origem do nervo vestibulococlear (VIII), o forame pelo qual ele sai do crânio, e as funções de cada ramo. O nervo vestibulococlear (VIII) era antigamente conhecido como nervo acústico ou auditivo. Ele é um nervo sensitivo e tem dois ramos, o vestibular e o coclear (Figura 14.22). O ramo vestibular transmite impulsos relacionados com o equilíbrio e o ramo coclear, com a audição. Na orelha interna, os axônios sensitivos do ramo vestibular se projetam a partir dos canais semicirculares, do sáculo e do utrículo para os gânglios vestibulares, onde os corpos celulares destes neurônios estão localizados (ver a Figura 17.21B), e se terminam nos núcleos vestibulares da ponte e do cerebelo. Alguns axônios sensitivos também entram no cerebelo via pedúnculo cerebelar inferior. Os axônios sensitivos do ramo coclear se originam no órgão espiral (órgão de Corti), localizado na cóclea. Os corpos celulares destes neurônios se situam no gânglio espiral da cóclea (ver a Figura 17.21B). A partir daí, os axôniosse projetam até núcleos bulbares e terminam no tálamo. O nervo vestibulococlear contém algumas fibras motoras. No entanto, em vez de inervarem tecidos musculares, elas modulam as células ciliadas da orelha interna. TESTE RÁPIDO Quais são as funções de cada um dos dois ramos do nervo vestibulococlear (VIII)? Figura 14.22 Nervo vestibulococlear (VIII). O ramo vestibular do nervo vestibulococlear (VIII) transmite impulsos relacionados com o equilíbrio, enquanto o ramo coclear envia impulsos responsáveis pela audição. Que estruturas são encontradas nos gânglios vestibular e espiral da cóclea? • 32. CORRELAÇÃO CLÍNICA | Vertigem, ataxia, nistagmo e zumbido Lesões do ramo vestibular do nervo vestibulococlear (VIII) podem causar vertigem (sensação subjetiva de que o próprio corpo ou o ambiente estão rodando), ataxia (descoordenação muscular) e nistagmo (movimentos involuntários rápidos do bulbo do olho). Lesões do ramo coclear podem causar zumbido ou surdez. Tais lesões podem ser secundárias a condições como traumatismo, tumores ou infecções da orelha interna. EXPO 14.G Nervo glossofaríngeo (IX) (Figura 14.23) OBJETIVO Identificar a origem do nervo glossofaríngeo (IX), o forame pelo qual deixa o crânio, e sua função. O nervo glossofaríngeo (IX) é um nervo craniano misto (Figura 14.23). Os axônios sensitivos deste nervo se originam (1) dos calículos gustatórios do terço posterior da língua; (2) de proprioceptores de alguns músculos de deglutição que são inervados pela parte motora; (3) de barorreceptores (receptores de pressão) do seio carótico que monitoram a pressão sanguínea; (4) de quimiorreceptores (receptores que monitoram os níveis sanguíneos de oxigênio e de gás carbônico) nos glomos caróticos, situados próximo das artérias carótidas (ver a Figura 23.26), e nos glomos paraórticos, localizados perto do arco da aorta (ver a Figura 23.26); e (5) da orelha externa para transmitir impulsos táteis, álgicos e térmicos (calor e frio). Os corpos celulares destes neurônios sensitivos estão localizados nos gânglios superior e inferior. A partir destes gânglios, os axônios sensitivos passam pelo forame jugular e terminam no bulbo. Os axônios dos neurônios motores do nervo glossofaríngeo partem de núcleos bulbares e saem do crânio pelo forame jugular. Os neurônios motores branquiais inervam o músculo estilofaríngeo, que auxilia na deglutição, e os axônios dos neurônios motores parassimpáticos estimulam a secreção de saliva pela glândula parótida. Os corpos celulares pós ganglionares dos neurônios motores parassimpáticos situamse no gânglio ótico. TESTE RÁPIDO Quais outros nervos cranianos inervam a língua? Figura 14.23 Nervo glossofaríngeo. Os axônios sensitivos do nervo glossofaríngeo suprem os calículos gustatórios. Por qual forame o nervo glossofaríngeo (IX) sai do crânio? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Disfagia, aptialia e ageusia Lesões do nervo glossofaríngeo causam disfagia, ou di culdade para engolir; aptialia, ou diminuição da secreção de saliva; perda de sensibilidade na garganta/faringe; e ageusia, ou perda do paladar. Tais lesões podem ser secundárias a traumas ou tumores. O re exo faríngeo (do engasgo) é uma contração rápida e intensa dos músculos faríngeos. Com exceção da deglutição normal, este re exo serve para prevenir engasgos ao não permitir a entrada de objetos indesejados na faringe. Ele é disparado pelo contato de um objeto com o palato, com a parte posterior da língua, com a área ao redor das tonsilas, e com a parte posterior da faringe. A estimulação de receptores nestas áreas gera informações sensitivas que são enviadas ao encéfalo pelos nervos glossofaríngeo (IX) e vago (X). As informações motoras que voltam por estes mesmos nervos causam a contração dos músculos faríngeos. Pessoas que apresentem um re exo faríngeo hiperativo têm di culdade em engolir comprimidos e são muito sensíveis a vários procedimentos médicos e dentários. EXPO 14.H Nervo vago (X) (Figura 14.24) OBJETIVO • 33. Identificar a origem do nervo vago (X), o forame pelo qual sai do crânio, e sua função. O nervo vago (X) é um nervo craniano misto que passa pela cabeça e pelo pescoço até o tórax e o abdome (Figura 14.24). Ele tem este nome devido a sua ampla distribuição no corpo. No pescoço, ele é medial e posterior à veia jugular interna e à artéria carótida comum. Os axônios sensitivos do nervo vago se originam da pele da orelha externa para enviar informações sensitivas táteis, álgicas e térmicas; de alguns receptores gustativos na epiglote e na faringe; e de proprioceptores em músculos do pescoço e da faringe. Além disso, este nervo apresenta axônios sensitivos derivados de barorreceptores no seio carótico e de quimiorreceptores nos glomos paraórticos. A maior parte dos neurônios sensitivos se origina de receptores da maioria dos órgãos situados nas cavidades torácica e abdominal, transmitindo sensações (como fome, plenitude e desconforto) destes órgãos. Os corpos celulares destes neurônios sensitivos estão localizados nos gânglios superior e inferior; seus axônios então passam pelo forame jugular e terminam no bulbo e na ponte. Os neurônios motores branquiais, que percorrem uma curta distância junto com o nervo acessório, se originam de núcleos bulbares e suprem músculos da faringe, da laringe e do palato mole que são utilizados na deglutição, na vocalização e na tosse. Historicamente estes neurônios motores foram chamados de nervo acessório craniano, mas, na verdade, estas fibras pertencem ao nervo vago (X). Os axônios de neurônios motores parassimpáticos do nervo vago se originam de núcleos bulbares e inervam os pulmões, o coração, glândulas do trato gastrintestinal (TGI) e músculos lisos das vias respiratórias, do esôfago, do estômago, da vesícula biliar, do intestino delgado e de boa parte do intestino grosso (ver a Figura 15.3). Os axônios motores parassimpáticos estimulam a contração dos músculos lisos do TGI, para auxiliar na motilidade deste trato, e na secreção das glândulas digestórias; ativam músculos lisos das vias respiratórias para diminuir seu calibre; e diminuem a frequência cardíaca. TESTE RÁPIDO Qual é a origem do nome do nervo vago? Figura 14.24 Nervo vago (X). O nervo vago (X) tem uma ampla distribuição – está presente na cabeça, no pescoço, no tórax e no abdome. Qual é a localização do nervo vago (X) na região cervical? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Neuropatia vagal, disfagia e taquicardia Lesões do nervo vago (X), secundárias a doenças como traumas ou tumores, causam neuropatia vagal, ou interrupção no envio das sensações de vários órgãos das cavidades torácica e abdominal; disfagia, ou di culdade em engolir; e taquicardia, ou aumento da frequência cardíaca. • 34. EXPO 14.I Nervo acessório (XI) (Figura 14.25) OBJETIVO Identificar a origem do nervo acessório (XI) na medula espinal, os forames pelos quais ele entre e depois sai do crânio, e sua função. O nervo acessório (XI) é um nervo craniano branquial (Figura 14.25). Historicamente ele foi dividido em duas partes: um nervo acessório craniano e um nervo acessório medular. Atualmente classificase o nervo acessório craniano como parte do nervo vago (X) (ver a Expo 14.H). O “antigo” nervo acessório medular é o que discutiremos nesta Expo. Seus neurônios motores se originam dos cornos anteriores dos primeiros cinco segmentos da parte cervical da medula espinal. Seus axônios deixam a medula espinal lateralmente, unindose mais adiante; sobem pelo forame magno, e então saem pelo forame jugular junto com os nervos vago e glossofaríngeo. O nervo acessório transmite impulsos motores para os músculos esternocleidomastóideo e trapézio com o objetivo de coordenar os movimentos da cabeça. Os axônios sensitivos deste nervo, derivados de proprioceptores dos músculos esternocleidomastóideoe trapézio, começam seu curso em direção ao encéfalo no nervo acessório; entretanto, eles acabam deixando este nervo para se juntar a nervos do plexo cervical. A partir do plexo cervical, estes axônios entram na medula espinal por meio das raízes posteriores dos nervos cervicais; seus corpos celulares estão localizados nos gânglios sensitivos destes nervos. Na medula espinal, os axônios então ascendem em direção a núcleos bulbares. TESTE RÁPIDO Onde se originam os axônios motores do nervo acessório (XI)? Figura 14.25 Nervo acessório. O nervo acessório deixa o crânio pelo forame jugular. • Como o nervo acessório (XI) se distingue dos demais nervos cranianos? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Paralisia dos músculos esternocleidomastóideo e trapézio Se o nervo acessório é lesado por doenças como traumatismos, tumores ou AVE ocorre a paralisia dos músculos esternocleidomastóideo e trapézio. Nesta condição, o indivíduo não consegue elevar os ombros e tem di culdade em realizar a rotação da cabeça. EXPO 14.J Nervo hipoglosso (XII) (Figura 14.26) OBJETIVO Identificar a origem do nervo hipoglosso (XII), o forame pelo qual deixa o crânio, e sua função. O nervo hipoglosso (XII) é um nervo craniano motor. Seus axônios motores somáticos se originam de um núcleo bulbar 35. (núcleo do nervo hipoglosso), saem do bulbo pela sua face anterior, e passam pelo canal do nervo hipoglosso para então inervar os músculos da língua (Figura 14.26). Estes axônios conduzem impulsos nervosos relacionados com a fala e a deglutição. Os axônios sensitivos não voltam para o encéfalo pelo nervo hipoglosso. Em vez disso, os axônios sensitivos que se originam de proprioceptores de músculos da língua, embora comecem seu curso em direção ao encéfalo no nervo hipoglosso, deixam o nervo para se juntar a nervos espinais cervicais e terminam no bulbo, entrando na parte central do sistema nervoso pelas raízes posteriores dos nervos espinais cervicais. TESTE RÁPIDO Em que parte do encéfalo está situada o núcleo do nervo hipoglosso? Figura 14.26 Nervo hipoglosso (XII). O nervo hipoglosso (XII) sai do crânio pelo canal do nervo hipoglosso. Quais são as importantes funções motoras relacionadas com o nervo hipoglosso (XII)? CORRELAÇÃO CLÍNICA | Disartria e disfagia Lesões do nervo hipoglosso (XII) podem causar di culdades na mastigação; disartria (di culdade para falar); e disfagia. A protrusão da língua provoca seu deslocamento para o lado lesado, que se torna atro ado. Entre as causas de lesão do nervo hipoglosso estão traumas, tumores, AVE, esclerose lateral amiotró ca (ELA, também conhecida nos EUA como doença de Lou Gehrig) ou infecções do tronco encefálico. TABELA 14.4 Resumo dos nervos cranianos. NERVO CRANIANO COMPONENTES PRINCIPAIS FUNÇÕES Olfatório (i) Sensitivo especial Olfação. Óptico (II) Sensitivo especial Visão. Oculomotor (III) Motor Somático Movimentação dos bulbos dos olhos e da pálpebra superior. Motor (autônomo) Ajuste da lente para visão a curtas distâncias (acomodação). Constrição da pupila. Troclear (IV) Motor Somático Movimentação dos bulbos dos olhos Trigêmeo (V) Misto Sensitivo Motor (branquial) Sensações táteis, álgicas e térmicas do escalpo, face e cavidade oral (incluindo dentes e dois terços anteriores da língua). Mastigação e controle da musculatura da orelha média. Abducente (VI) Motor Somático Movimentação dos bulbos dos olhos. Facial (VII) Misto Sensitivo Gustação nos dois terços anteriores da língua. Sensações táteis, álgicas e térmicas da pele do meato acústico externo. Motor (branquial) Controle dos músculos da mímica facial e da musculatura da orelha média. Motor (autônomo) Secreção de lágrimas e saliva. 14.9 • Vestibulococlear (VIII) Sensitivo especial Audição e equilíbrio. Glossofaríngeo (IX) Misto Sensitivo Gustação no terço posterior da língua. Propriocepção de alguns músculos mastigatórios. Monitoramento da pressão sanguínea e dos níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue. Motor (branquial) Sensações táteis, álgicas e térmicas da pele da orelha externa e da faringe superior. Motor (autônomo) Auxilia na deglutição. Secreção de saliva. Vago (X) Misto Sensitivo Gustação na epiglote. Propriocepção dos músculos da faringe e da laringe. Monitoramento da pressão sanguínea e dos níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue. Sensações táteis, álgicas e térmicas da pele da orelha externa. Motor (branquial) Sensibilidade de órgãos torácicos e abdominais. Motor (autônomo) Deglutição, vocalização e tosse. Motilidade e secreção de órgãos do sistema digestório. Constrição das vias respiratórias. Diminuição da frequência cardíaca. Acessório (XI) Motor Somático Movimentação da cabeça e do cíngulo do membro superior. Hipoglosso (XII) Motor Somático Fala, tratamento do alimento, e deglutição. Desenvolvimento do sistema nervoso OBJETIVO Descrever como ocorre o desenvolvimento das várias partes do encéfalo. O desenvolvimento do sistema nervoso começa na terceira semana de gestação a partir de um espessamento do ectoderma conhecido como placa neural (Figura 14.27). A placa se dobra para dentro e forma um sulco longitudinal, o sulco neural. As margens elevadas da placa neural são chamadas de pregas neurais. À medida que o desenvolvimento progride, as pregas neurais ficam mais altas e se encontram para formar um tubo – o tubo neural. Três camadas de células se diferenciam a partir da parede que envolve o tubo neural. As células da camada marginal ou externa formam a substância branca do sistema nervoso. As células da camada do manto ou média dão origem à substância cinzenta. As células da camada ependimária ou interna formam o revestimento do canal central da medula espinal e os ventrículos encefálicos.
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