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ESTRUTURA BÁSICA DE UM SISTEMA DE CUSTEAMENTO - APOSTILA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CAMPUS RESENDE
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERENCIAL
PROF.: LUIZ ANTONIO FONSECA
ESTRUTURA BÁSICA DE UM SISTEMA DE CUSTEAMENTO
É necessário que se entenda como os gastos relacionados aos custos e as despesas de uma empresa são organizadas para que resultem em relatórios distintos: os relatórios da formação de custos, o relatório que resume as despesas e o resultado obtido durante um determinado período. Assim, de todos os gastos, alguns são relativos à produção e outros são relativos a manutenção do funcionamento da estrutura operacional da empresa.
Usos da Contabilidade de Custos
A Contabilidade de Custos atua na Contabilidade Gerencial/Financeira para:
Valorizar os estoques para o Balanço Patrimonial (BP)
Apurar os Custos dos Produtos Vendidos e as Despesas Operacionais, para a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Apurar os Custos dos Serviços Prestados e as Despesas Operacionais, para a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Estrutura de um sistema de custeamento
Na estrutura básica de um sistema de custeamento, são reconhecidos os seguintes elementos:
Sistema de custeamento quanto à natureza do processo produtivo
Sistema de custeamento quanto à natureza da acumulação de custos
Sistema de custeamento quanto ao tipo de custo escolhido
Sistema de custeamento quanto à modalidade de custeio
Sistema de Produção
De modo bem simples e objetivo, podemos dizer que o sistema de produção é a maneira como a empresa vai produzir ou executar seus serviços. Ela pode produzir só por encomenda, pode produzir de maneira contínua, independente de encomendas ou pode produzir em um regime misto, produzindo por encomenda e mantendo sua linha de produção contínua.
Definir qual será o Sistema de Produção da empresa é a primeira tarefa de um sistema de custos, já que as demais etapas dependerão diretamente dessa decisão. 
Abaixo, temos a ordem de grandeza dos elementos de custos dentro de um Sistema de Controle de Custos é:
Definição do Sistema de Produção
Definição do Sistema de Acumulação de Custos
Definição do Sistema de Custeio
Definição da Modalidade de Custeio
SISTEMA DE CUSTEIO QUANTO A NATUREZA DA PRODUÇÃO
Refere-se ao ambiente no qual irá operar os Sistemas de Custeio (Histórico e Estimado) e as Modalidades de Custeio (Custeio por Absorção e Custeio Variável, entre outros)
Existem dois sistemas básicos de produção:
o sistema de produção por encomenda;
Caracteriza-se pela fabricação descontínua de produtos não padronizados
o sistema de produção contínua
Caracteriza-se pela fabricação em série de produtos padronizados
Assim, antes de decidir quanto ao “Sistema de Custeio” ou à “Modalidade de Custeio” a ser adotada, a empresa deverá escolher o seu Sistema de Acumulação de Custos, orientando-se, estritamente, pelo “Sistema de Produção da Empresa”.
Consistentemente com os dois sistemas produtivos existem também dois sistemas básicos de acumulação de custos.
SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS
O sistema de acumulação de custos corresponde ao ambiente básico no qual operam os sistemas e as modalidades de custeio, ou seja, representa a forma com que os custos são transferidos aos produtos ou serviços.
Uma vez calculado os custos de cada centro de custo, é necessário transferir tais custos aos produtos ou serviços.
Então, basicamente, o esquema de trabalho na apuração dos custos será:
Determinar os custos diretos e contabilizá-los aos respectivos centros.
Fazer o rateio dos custos indiretos e transferi-los aos centros de custos.
Transferir os custos assim determinados (1 e 2), incluindo os custos de materiais diretos, para os produtos.
SISTEMA DE CUSTEIO QUANTO A NATUREZA DA ACUMULAÇÃO DE CUSTOS
Uma vez definido o Sistema de Produção, a empresa optará pelo Sistema de Acumulação de Custos mais apropriado, em função do Sistema de Produção adotado, podendo acumular os custos por encomenda ou por processo de produção.
sistema de acumulação de Custos por Ordem de Produção ou encomenda;
sistema de acumulação de Custo por Processo.
Adotará o sistema de acumulação de custos por ordem ou encomenda a empresa cujo sistema produtivo for predominantemente descontínuo, produzindo bens ou serviços não padronizados e, geralmente, sob encomenda específica dos seus clientes.
Por outro lado, a empresa que produz, em série, bens ou serviços padronizados deverá adotar o sistema de acumulação de custos por processo.
Então, de acordo com o sistema de produção, é que se definirá qual será o “sistema de acumulação de custos”:
Por ordem de produção (para produção por encomenda)
Por processo (para produção contínua)
Ambos os processos são perfeitamente viáveis e aceitáveis contábil e fiscalmente. O importante é que um ou outro seja aplicado com base no custo por absorção e pelos custos reais incorridos.
– Sistema de Acumulação de Custos por Ordem de Produção
Este é o sistema no qual cada elemento do custo é acumulado segundo ordens específicas de produção referentes a um determinado produto ou lote de produtos. As ordens de produção são emitidas para o início da execução da atividade produtiva e nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que seja devidamente precedido pela emissão da correspondente ordem de produção.
É o mais adequado quando a empresa tem um processo produtivo não repetitivo e onde cada produto ou grupo de produtos é mais ou menos diferente entre si. Como exemplos: móveis sob encomenda, máquinas e equipamentos especiais, etc.
Os termos “ordem de fabricação”, “ordem de serviço” ou “ordem de trabalho” são sinônimos de “ordem de produção”.
Os custos diretos de mão-de-obra e materiais gastos em uma determinada ordem são alocados a partir de registros mantidos para este propósito.
Os custos indiretos – aluguel, seguro, eletricidade, etc. – são usualmente aplicados às ordens por taxas predeterminadas, tendo como base horas de mão-de-obra direta.
A condição indispensável para o adequado custeamento de uma ordem de produção é a sua contínua identificação com uma determinada produção em particular.
O sistema de ordem de produção é o mais apropriado para o custeio de produtos por encomenda, sendo pouco usado nas indústrias de produção em série. Nestas indústrias, a sua utilização restringe-se, normalmente, ao controle de construções e às atividades de manutenção.
Esse sistema apresenta vantagens e desvantagens que destacamos:
VANTAGENS
Maior exatidão quanto ao cálculo de custos individualizado por pedido;
Maior controle interno, possibilitando averiguar falha de produção que exijam aperfeiçoamentos no processo produtivo;
Apuração mais exata dos produtos em elaboração, sem necessidade de cálculos de equivalência de produção.
DESVANTAGENS
Custo administrativo elevado – o sistema exige considerável trabalho burocrático para o registro das informações minuciosas requeridas no adequado preenchimento das ordens de produção;
Controles permanentes são necessários para assegurar a correção dos dados de material e de mão-de-obra direta apropriados a cada ordem de produção;
Quando um embarque parcial é efetuado antes do encerramento da respectiva ordem de produção, faz-se necessária a utilização de estimativas para determinação do custo de vendas dos produtos enviados ao cliente.
1.2 – Sistema de Acumulação de Custos por Processo
O sistema de acumulação por processo é usado, invariavelmente, na contabilização dos custos de uma produção em massa. Normalmente, nesse sistema produtivo, todos os produtos são fabricados para estoque; uma unidade de produção é idêntica a outra, os produtos são movimentados no processo de produção continuamente, e todos os procedimentos de fábrica são predominantemente padronizados.
Quando a fábrica produz de modo contínuo, em série ou em massa, a preocupação da contabilidade de custos é determinar e controlar os custos pelos departamentos, pelos setores, pelas fases de produção (processos) e em seguida dividir esses custos pela quantidadede produtos fabricados no processo, durante certo período – custear o processo fabril em determinado período.
O sistema de custos por processo não se preocupa em contabilizar os custos de itens individuais ou grupos de itens. Ao invés disso, todos os custos são acumulados por fase do processo, por operação ou por departamento (centros de custos) e alocados aos produtos em bases sistemáticas.
Esses sistemas são usualmente utilizados em entidades que produzem grandes volumes de produtos uniformes em bases contínuas, como por exemplo: eletrodomésticos, veículos, móveis (padronizados – em linha), etc.
Em tese, fica fácil para a contabilidade de custos determinar o custo de produção de cada produto, pois bastará dividir todos os custos pelas unidades físicas produzidas no período:
Custo Unitário de Produção = Custo Total no Período / Unidades Produzidas no Período
As seguintes características desse sistema podem ser destacadas:
Os custos, diretos ou indiretos, são acumulados nas contas de custos durante um determinado período, sendo reclassificados por departamento ou processo no fim desse período;
Nos casos em que os produtos são processados em mais de um departamento, os custos correspondentes são transferidos para o departamento seguinte, de forma que o custo total vai sendo acumulado até que o produto esteja terminado;
A produção, em termos de quantidade (quilos, toneladas, unidades etc), é registrada diária ou semanalmente, sendo preparado, no fim do mês, um demonstrativo dos resultados finais;
O custo total de cada processo é dividido pelo total da produção, obtendo-se um custo médio por unidade para o período.
BASE DE INFORMAÇÕES
Para atribuir-se os custos a diversos produtos, diferentes entre si (com etapas de produção também diferentes), devem-se estabelecer um fluxo regular mínimo de informações da engenharia de fábrica.
A contabilidade não “inventa” custos ou dados, mas, objetivamente, baseiam-se em apontamentos, cálculos e medições, boa parte advinda do próprio setor produtivo.
A principal informação é a quantidade física de produtos em movimentação (ou serviços executados), detalhados em:
Quantidade de produtos/serviços produzidos, no período.
Quantidade de produtos/serviços que permanecem em processamento, no final do período
Outras informações técnicas, como a ficha técnica do produto, unidades processadas pro centro de custos, etc. irão compor os dados necessários para que a contabilidade de custos possa distribuir os custos de forma adequada entre os produtos fabricados ou em fabricação.
CUSTO DO PRODUTO
No processo contínuo, normalmente se custeia os diversos produtos, dividindo-se o custo apurado em cada centro de custo pelas unidades de produtos processados naquele centro.
Se a engenharia de produção informar, regularmente, o tempo despedido para execução do processamento (horas/homem ou horas/máquina) entre os produtos, pode-se utilizar tal parâmetro para distribuição dos custos.
Em resumo, os passos para se obter o custo dos produtos ou serviços serão:
Realizar todas as contabilizações do mês, relativamente aos custos (folha de pagamento, provisão de férias e 13º salário, encargos sociais, gastos de manutenção, apropriação das contas de luz, água, cálculo das depreciações, etc)
Fazer a alocação dos custos indiretos aos diversos centros de custo.
Distribuir os custos para os produtos ou serviços.
DISTRIBUIÇÃO DOS CENTROS PRODUTIVOS AOS PRODUTOS
A fórmula para determinar o valor da produção é:
			MP = MOD + GG
Onde:
MP 	=	Matéria Prima (materiais empregados)
MOD	=	Mão-de-Obra Direta
GG	=	Gastos Gerais
Como proceder para distribuir cada componente dos custos.
Materiais Diretos
Matéria Prima – sua alocação é direta, de acordo com as requisições feitas para os respectivos produtos. A valorização dos materiais é feita pelo sistema de controle (ficha de estoque).
Mão de Obra Direta e Gastos Gerais
A Mão de Obra Direta também pode ser alocada diretamente, desde que se controle o número de horas aplicadas a cada produto. Nem sempre isto é praticável, devido ao custo burocrático do detalhamento necessário.
Neste caso, soma-se a MOD e os GG para serem distribuídos entre os produtos de acordo com um critério de rateio.
Uma base bastante simples é fazer a distribuição dos custos pelas unidades de produção que foram processadas nos respectivos centros.
Exemplo
Após a distribuição de custos, os centros de custos apresentaram os seguintes valores de Mão de Obra Direta (MOD) e Gastos Gerais (GG)
	Centro de Custo
	MOD
	GG
	TOTAL
	Acabamento
	10.000,00
	15.000,00
	25.000,00
	Montagem
	15.000,00
	23.000,00
	38.000,00
	Embalamento
	7.000,00
	8.000,00
	15.000,00
	TOTAL GERAL
	32.000,00
	46.000,00
	78.000,00
Pelos mapas de produção, obteve-se as seguintes unidades de processamento, por setor:
	Unidades Processadas
	Prod. A
	Prod. B
	Prod. C
	TOTAL
	Acabamento
	2.500
	500
	2.000
	5.000
	Montagem
	3.000
	400
	500
	3.900
	Embalamento
	2.000
	600
	400
	3.000
Ora, se conhecemos o total dos custos, por centro de custos, e sua respectiva produção (em unidades), fica fácil atribuir a cada produto o seu custo, com base na proporção de processamento de cada produto.
Assim, o Produto A, que teve 2.500 unidades processadas no Centro de Custo Acabamento, receberá um custo de MOD de:
R$ 10.000,00 / 5.000 (total de unidades) x 2.500 = 5.000,00
Para o mesmo produto, será distribuído a título de Gastos Gerais, no mesmo centro de custo:
R$ 15.000,00 / 5.000 (total de unidades) x 2.500 = 7.500,00
Assim se faz, sucessivamente, para cada produto. Então obteremos a seguinte distribuição de MOD e GG por produto:
	Produto A
	MOD
	GG
	TOTAL
	Acabamento
	
	
	
	Montagem
	
	
	
	Embalamento
	
	
	
	TOTAL
	
	
	
	Produto B
	MOD
	GG
	TOTAL
	Acabamento
	
	
	
	Montagem
	
	
	
	Embalamento
	
	
	
	TOTAL
	
	
	
	Produto C
	MOD
	GG
	TOTAL
	Acabamento
	
	
	
	Montagem
	
	
	
	Embalamento
	
	
	
	TOTAL
	
	
	
DISTRIBUIÇÃO DAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS E COMERCIAIS
Na situação anterior, chegamos ao estágio de cálculo, onde os custos compreendem todos os processos produtivos.
Mas, como mencionado anteriormente, o custo gerencial abrange também as despesas administrativas e comerciais. Estas últimas, exclusivamente de caráter fixo – como parte fixa dos salários de gerentes de vendas, despesas e manutenção do setor, etc – pois a parte variável, calculada sobre vendas – como comissões – não comporá o custo de produção, mas sim será uma variável na formação do preço de venda.
Uma alternativa relativamente simples é distribuir tais despesas na proporção direta dos Gastos Gerais de Fabricação (ou Produção).
Assim, considerando uma despesa administrativa e comercial de R$ 35.000,00 no período, teríamos a seguinte proporção entre tais gastos utilizando os números do exemplo anterior.
			Total dos Gastos Gerais	=	46.000,00
			Total das Desp. Adm/Com.	=	35.000,00
Proporção DAC / GG	=	35.000,00 / 46.000,00 = 0,76087
Então:
O Produto A receberia de DAC	=	R$ 30.525,64 x 0,76087	=	R$ 23.226,03
O Produto B receberia de DAC	=	R$ 5.458,97 x 0,76087	=	R$ 4.153,56
O Produto C receberia de DAC	=	R$ 10.015,39 x 0,76087	=	R$ 7.620,31
Nota: segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade, tais despesas não podem ser transferidas ao custo. Portanto, a contabilidade precisará preparar relatório específico, a parte, para demonstrar tais alocações.
SISTEMA DE CUSTEIO QUANTO AO TIPO DE CUSTO
Uma vez definidos os Sistemas de Custeio quanto à Natureza do Processo Produtivo e quanto à Natureza da Acumulação de Custos (Acumulação de Custos por Ordem de Produção ou Acumulação de Custos por Processo) a serem utilizados pela empresa, passa-se à escolha do Sistema de Custeio quanto ao Tipo de Custo a ser adotado. Essa escolha é independente das etapas anteriores, porém depende diretamente do tipo de informação e de controle que a gerência pretende obter a partir do Sistema de Custeio a ser implantado.
Os Sistemas de Custeioquanto ao Tipo de Custo diferenciam-se entre si pela natureza dos dados contábeis utilizados:
Custos Históricos ou Real (baseado em dados reais, atuais ou históricos)
Custos Estimados ou Predeterminados (baseados em dados estimados ou predeterminados)
1 – Sistema de Custeio Histórico ou Real
Quando a empresa optar pelo Sistema de Custeio Histórico, significa que os custos são registrados tais como ocorrem. Em conseqüência disso, nesse sistema, os custos só são determinados após o término da fabricação do produto ou da prestação do serviço pela empresa.
Pode ser usado tanto em um ambiente de “acumulação de custos por ordem de produção” como em um ambiente de “acumulação de custos por processo de fabricação em série”.
2 – Sistema de Custeio Predeterminado
Os custos são estabelecidos com antecedência sobre as operações de produção. Assim, tanto a Matéria-Prima como a Mão-de-Obra e os Gastos Gerais de Fabricação são contabilizados com base em preços, usos e volumes previstos.
Os Custos Predeterminados são usados quando a gerência está interessada, primeiramente, em conhecer quais deveriam ser os seus custos, para depois compará-los com os custos reais.
SISTEMA DE CUSTEIO QUANTO A MODALIDADE DE CUSTEAMENTO
A diferença entre as Modalidades de Custeio relaciona-se com o grau de variabilidade dos gastos apropriados aos produtos ou serviços produzidos pela empresa. Entre várias modalidades utilizadas destacamos:
Modalidade de Custeio por Absorção
É o método de custeio de estoques no quais todos os custos de fabricação (diretos e indiretos) vão sendo apropriados aos produtos em fabricação. Nessa modalidade, em função dos custos indiretos, faz-se necessário o uso de rateio.
Custos Diretos – que podem ser direta e objetivamente apropriados aos produtos.
Custos Indiretos – custos que para serem apropriados aos produtos exigem rateio.
Rateio – divisão proporcional de um valor. Na Contabilidade de Custos, utilizamos o rateio para dividir o total dos Custos Indiretos (GGF ou CIF) e apropriar proporcionalmente os valores encontrados aos produtos que estão sendo fabricados.
Modalidade de Custeio Variável, também conhecida como Custeio Direto
É o método de custeio de estoques que só apropria os produtos em fabricação os custos diretos, os quais, na teoria geral de custos, são considerados também como sendo custos variáveis. Nessa modalidade, os custos indiretos, que genericamente são associados como sendo custos fixos, não são apropriados aos produtos em fabricação, eliminando a necessidade de rateios.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01 – Quando todos os custos de um período de tempo são coletados sem nenhuma tentativa para atribuir estes custos a unidades específicas de produtos, temos:
	a) produção por processo				d) produção por centro de custos
	b) produção por ordem				e) n.r.a
	c) produção por departamento
02 – O sistema de acumulação de custos por processo é adotado por fábrica que:
Elabora o mais diversificado número possível de produtos heterogêneos
Produz apenas um tipo de produto, desde que de pequeno valor unitário, mas sempre determinado mediante a departamentalização
Fabrica somente um tipo de produto, por exemplo, cimento, ou onde as diferenças dos vários produtos são relativamente pequenas
Conserva os custos dos vários serviços ou contratos separadamente durante sua manufatura ou construção
N.r.a.
03 – Quando uma indústria mantém seus custos dos vários serviços ou contratos separadamente durante sua manufatura ou construção, temos o método de acumulação de custos denominado:
Custo por processo					d) Custo-padrão
Custo por ordem de produção			e) N.r.a.
Custo por departamento
04 – Quando uma indústria atribui o custo unitário médio para a produção, dividindo o custo total pelo número de unidades produzidas, temos o método de acumulação de custos:
Por processo					d) Por centro
Por ordem de produção				e) N.r.a.
Por departamentalização
05 – No sistema de custeamento por processo, os custos se relacionam mais com:
Os lotes de produção do que com os departamentos ou centros de custos
Os departamentos de produção do que com os produtos fabricados
As contas previstas na escrituração, para efeito de integração à contabilidade financeira
A mão-de-obra indireta do que com o total dos custos diretos já apropriados
Os lotes de produção do que com o departamento de administração
06 – No sistema de custeamento por ordem de produção (serviços) a alternativa da questão nº 05 que satisfaz é a:
Alternativa “a”					d) Alternativa “b”
Alternativa “c”					e) Nenhuma das alternativas
Alternativa “d”
07 – Na produção por ordem são produzidos bens para atender a encomendas de clientes; pode-se, também, produzir para venda posterior, não de forma contínua. São exemplos:
Indústria pesada e de equipamentos especiais
Algumas indústrias de móveis e as indústrias de construção civil
Escritórios de planejamento, de auditoria e de engenharia
Todas as alternativas estão corretas
08 – Na produção por ordem:
Os custos são acumulados numa mesma conta para cada ordem
A conta só para de receber custo quando a ordem estiver encerrada
As alternativas “a” e “b” estão erradas
As alternativas “a” e “b” estão corretas
09 – Correlacione as colunas e assinale a alternativa correta:
		( 1 ) Produção por Processo			( 2 ) Produção por Ordem
( ) A produção se destina a estoque
( ) A produção se destina a pedidos específicos
( ) O custo é acumulado por departamento
( ) O custo é acumulado por pedido
( ) O custo é calculado no fim do período
( ) O custo é calculado quando o bem é concluído
2 – 1 – 2 – 1 - 2 – 1 
1 – 2 – 1 – 2 – 1 – 2 
1 – 1 – 2 – 1 – 1 – 1 
2 – 2 – 1 – 2 – 2 – 2 
10 – Na ............. a empresa trabalha produzindo produtos iguais de forma continuada (um ou mais), para estoque e posterior venda.
Produção conjunta					d) Produção por departamento
Produção contínua					e) N.r.a.
Produção de ordem
11 – Na ............ aparecem diversos produtos a partir, normalmente, da mesma matéria-prima (a partir da soja temos o óleo e farelo).
Produção conjunta					d) Produção por departamento
Produção contínua					e) N.r.a.
Produção de ordem
12 – Marque a alternativa que contém a resposta certa:
O custo unitário na produção por processo é determinado pela adoção da seguinte fórmula:
Custo Departamental / Produção Departamental
O custo unitário na produção por ordem é determinado pela adoção da seguinte fórmula:
Custo de Ordem / Unidades Produzidas
Apenas a afirmativa I está correta
Todas as afirmativas estão corretas
Apenas a afirmativa II está correta
As afirmativas I e II estão incorretas
13 – Indique a opção correta:
quando a empresa fabrica um produto único, com especificações próprias, deve avaliar seu custo de produção pelo critério de apuração denominado custos por processo, uma vez que o processo de fabricação se desenvolve durante determinado período de tempo;
quando a empresa tem necessidade de conhecer e controlar as diversas fases de fabricação de seus produtos, deve organizar os registros de sua contabilidade de custos atendendo aos critérios que norteiam o denominado custo-padrão, porque é a forma segura de obter informações prévias quanto ao custo final do produto e manter controles que assegurem a execução conforme tenha sido planejado;
quando a empresa mantém uma produção contínua, desenvolvida em diversas fases distintas, a apuração de custos pode ser feita por departamentos, mas está sujeita, ao final de cada período, à verificação do nível de acabamento de todos os produtos existentes em cada Departamento ligado à produção;
quando a empresa não tem necessidade de conhecer com exatidão e de manter controle sobre os custos, como nos casos de produção sob encomenda, o Departamento de Custos pode ser organizado em Centros de Custos, em um sistema denominado Centro de Custo-Padrão;
quando a empresa adota a apuração de custos pelo método de custo-padrão, como o sistema mais simplesde registro dos custos de produção, deve tomar como base de verificação e acompanhamento dos custos de produção os parâmetros de padrões registrados em fabricações anteriores, na própria empresa ou em empresa similar.
14 – Numa ordem de produção utilizaram-se R$ 90.000,00 de matéria-prima e R$ 60.000,00 de mão-de-obra direta. Sabendo-se que os custos indiretos de produção foram aplicados a uma taxa de 35% sobre os custos diretos, o custo da ordem de produção foi de:
 52.500,00
 97.500,00
121.500,00
202.500,00
211.500,00
15 – Numa ordem de produção foram utilizados R$ 280.000,00 de mão-de-obra direta e R$ 420.000,00 de matéria-prima. Os custos gerais de produção foram aplicados, a uma taxa de 16% sobre os custos diretos básicos. O custo da ordem de produção é de:
 252.000,00
 588.000,00
 812.000,00
1.288.000,00
1.882.000,00
16 – Uma empresa industrial apresentou os seguintes dados, ao final do exercício:
Estoque de produtos em elaboração		-	R$ 194.600,00
Custo de transformação unitário		-	R$ 62,00
Considerando que a empresa possui uma linha de produção por processo, sendo seu custeamento efetuado por departamentalização e, ainda, que o Estoque de produtos em elaboração registra 2.500 unidades, em fase de fabricação de 100% de material direto e de 70% de mão-de-obra direta e 70% de despesas indiretas de fabricação, podemos dizer que o custo do produto acabado é de:
66,42
57,35
77,84
96,44
N.r.a.
17 – O famoso grupo de indústria ESTUDANDO EU PASSO adota o sistema de custo por encomenda no qual os custos indiretos de fabricação são aplicados às ordens de produção com base em taxas predeterminadas.
	Custos Indiretos de Fabricação do período:
	Mão-de-Obra Indireta
	18.000,00
	Luz e força
	6.000,00
	Reparos e manutenção de máquinas
	3.000,00
	Suprimentos de fábrica
	2.000,00
	Depreciação do edifício da fábrica
	7.000,00
	Depreciação da maquinaria
	60.000,00
	Seguro sobre o edifício da fábrica
	1.500,00
	Seguro sobre a maquinaria
	2.500,00
	Durante o período, foram processadas três ordens de produção. As informações de seus custos são as seguintes:
	Ordem de
Produção
	
Matéria-Prima
	Mão-de-Obra
Custo Direto
	Horas de Mão de Obra Direta
	
Horas/Máquina
	OP-001
	60.000,00
	200.000,00
	8.750
	4.200
	OP-002
	84.000,00
	120.000,00
	8.750
	3.100
	OP-003
	96.000,00
	 80.000,00
	7.500
	2.700
	Após estabelecer as taxas para aplicação predeterminada dos custos indiretos de fabricação, cuja base é o número de horas de mão-de-obra direta, determine o custo total de cada Ordem de Produção.
18 – Uma indústria de fabricação de turbinas passou a fabricar, ela mesma, uma máquina que necessitava para seu processo produtivo. Os gastos realizados foram os seguintes:
	
	Materiais Aplicados
	450.000,00
	Mão-de-Obra Direta
	400.000,00
	Mão-de-Obra Indireta
	30.000,00
	Desenho da planta da máquina pago a uma firma de engenharia
	200.000,00
	Tinta comprada para pintar a máquina
	60.000,00
	Energia gasta para teste com a máquina
	20.000,00
	Lubrificação da máquina
	10.000,00
	Em que contas e por qual valor se registrarão todos os eventos?
Máquinas e equipamentos, R$ 1.170.000,00
Máquinas e equipamentos, R$ 1.110.000,00, e Despesas Gerais, R$ 60.000,00
Custo da produção acabada, R$ 1.170.000,00
Máquinas e equipamentos, R$ 1.140.000,00, e Despesas Gerais de Produção, R$ 30.000,00
Máquinas e equipamentos, R$ 970.000,00, e Despesas Gerais de Produção, R$ 230.000,00
19 – Uma indústria usa o sistema de custeio por Ordem de Produção. Apurar o CPV com as seguintes informações:
Materiais consumidos na produção:
OP 001		R$ 45.000,00
OP 002		R$ 30.000,00
OP 003		R$ 15.000,00 	R$ 90.000,00
Mão-de-Obra Direta apropriada:
OP 001		R$ 50.000,00
OP 002		R$ 20.000,00
OP 003		R$ 10.000,00 	R$ 80.000,00
Os custos indiretos de fabricação = R$ 84.000,00. A taxa de aplicação dos CIFs é de 100% do custo da MOD.
As OP 001 e 002 foram completadas durante o mês, mas somente a OP 001 foi vendida.
20 – Na relação de custos a seguir estão incluídos todos os gastos gerais de fabricação do primeiro trimestre de 2008, ocorridos na empresa LAF Ltda.
	Seguro contra incêndio incorrido
	2.100,00
	Imposto Predial
	2.400,00
	Iluminação do prédio
	2.100,00
	Depreciação do edifício
	2.400,00
	Mão-de-obra direta
	2.400,00
	Mão-de-obra indireta
	2.100,00
	Encargos sociais do período
	0,00
	Com base nessas informações, pode-se dizer que o valor dos gastos gerais de fabricação debitado na conta Produtos em Processo foi de:
 9.000,00
 9.900,00
11.100,00
12.000,00
13.500,00

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