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CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS Professor: ANTONIO RUDIO CERQUEIRA DO NASCIMENTO - Msc CURRÍCULO Graduação em Administração e Ciências Contábeis; MBA – Controladoria e Finanças; Mestrado em Sistema de Gestão (Engenharia de Produção); Tesoureiro da Pro reitoria de Administração da UFF; Chefe da Divisão de Controle e Orçamento da UFF; Coordenação de Administração Financeira da UFF OBJETIVOS Compreender o papel das informações de custos no âmbito da gestão empresarial; Conhecer e assimilar a terminologia básica em custos bem como suas categorizações; Classificar os custos quanto à forma de alocação e volume de atividades; Conhecer as metodologias de alocação de custos bem como aplicá-las no contexto de apuração de resultados e controle gerencial; Utilizar a metodologia do custeio por absorção e custeio variável para apuração dos custos dos bens e serviços de uma organização; Aplicar uma abordagem quantitativa para as funções de custos; OBJETIVOS Utilizar custos indiretos aplicados para apuração dos custos de produção e realizar o respectivo tratamento contábil para ajuste das variações; Apurar custos de ordens de produção; Apurar custos de produção contínua; Utilizar o custo padrão como ferramenta de controle, apurar variações e avaliar desempenho dos envolvidos; Aplicar a metodologia de alocação de custos à produção conjunta. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS 1.1 Histórico da Contabilidade de Custos 1.2 Terminologia Contábil de Custos 1.3 Princípios Contábeis aplicados à contabilidade de Custos 1.4 Categorização dos Custos UNIDADE 2 - CUSTOS PARA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES: CUSTEIO POR ABSORÇÃO 2.1 Custos diretos e custos indiretos 2.2 Aplicação de custos aos produtos 2.3 Custeio por Absorção 2.4 Análise dos critérios de rateio dos Custos Indiretos 2.5 Aplicação do Custeio por Absorção 2.6 Inventário de Materiais CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 3- CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO E O CUIDADO COM OS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 3.1 Aplicação dos custos indiretos de fabricação 3.2 Conceitos de Departamento e sua classificação 3.3 Centros de Custos 3.4 Custeio por Absorção com Departamentalização UNIDADE 4 - CUSTEIO VARIÁVEL 4.1 Conceito de margem de contribuição 4.2 Custeio variável 4.3 Exemplo de aplicação do Custeio Variável com uso da Margem de Contribuição 4.4 Distinção entre o custeio por absorção e custeio variável CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 5 - UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA TRATAMENTO DOS CUSTOS. 5.1 Função Custo e sua determinação 5.2 Visualização gráfica - Gráfico de dispersão 5.3 Método dos Pontos altos e baixos 5.4 Método da Regressão Linear 5.5 Vantagens e desvantagens de cada um dos métodos apresentados. UNIDADE 6 - APLICAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 6.1 Custos Indiretos Reais 6.2 Custos Indiretos Aplicados 6.3 Taxa de Aplicação CIF: Definição e Aplicação 6.4 Registros Contábeis dos Custos Indiretos Aplicados 6.5 Apuração e ajustes dos Custos Indiretos Aplicados CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 7 - SISTEMA DE CUSTEAMENTO POR ORDEM DE PRODUÇÃO 7.1. Introdução aos Sistemas de Custeamentos 7.2 Características do sistema de custeamento por ordem 7.3 Aplicação do Sistema de custeamento por ordem nos setores econômicos 7.4 Etapas para atribuição de custos em uma ordem de produção 7.5 Ordem de Produção (OP): Definições e uso de uma OP 7.6 Critérios para determinação da Receita em um sistema de ordem de produção UNIDADE 8- SISTEMA DE CUSTEAMENTO POR PROCESSO 8.1 Características do sistema de custeamento por processo 8.2 Determinação do Grau de Acabamento e da Produção Equivalente 8.3 Produção Equivalente com diferentes graus de acabamento 8.4 Produção Equivalente e a utilização de critérios de avaliação de estoques: PEPS e CUSTO MÉDIO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 9 - CUSTO PADRÃO 9.1 Introdução ao Custo-padrão 9.2 Fixação do Custo-padrão 9.3 Cálculo e análise das variações entre o custo-padrão e o custo real 9.3.1 Variação da Quantidade 9.3.2 Variação do Preço 9.3.3 Variação Mista CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 10 - CUSTOS CONJUNTOS 10.1 Introdução aos Custos Conjuntos 10.2 Produção Conjunta e Ponto de Separação 10.3 Coprodutos, Subprodutos e sucatas: Definições e tratamento contábil 10.4 Alocação dos Custos Conjuntos 10.4.1 Método do valor das vendas 10.4.2 Método do volume produzido 10.4.3 Método do volume produzido ponderado 10.4.4 Método da igualdade do lucro bruto AVALIAÇÃO O processo de avaliação será composto de três etapas, Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2) e Avaliação 3 (AV3). Para aprovação na disciplina o aluno deverá: Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. 2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO Antes da Revolução industrial, os produtos eram fabricados por artesãos que, via de regra, não constituíam pessoas jurídicas e pouco preocupavam-se com o cálculo de custos. Nasceu da Contabilidade financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na indústria. A contabilidade nessa época, tinha sua aplicação maior no segmento comercial, sendo utilizada para apuração do resultado do exercício. Porém, com o incremento da indústria surge a necessidade de cálculo de custos para formação de estoques. RECEITA: $30 X 1500 = 45.000 CUSTO: 1000 X $10 + 500 X $15 = (17.500) RESULTADO: 27.500 1º LOTE = 1000 X $10 2º LOTE = 1000 X $15 3º LOTE = 1000 X $20 ESTOQUE = 3.000 $45.000 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO APURAÇÃO DO RESULTADO Exemplo: Vendas (-) custo das mercadorias vendidas (=) lucro bruto (-) despesas administrativas (-) despesas comerciais (-) despesas financeiras (=) lucro/prejuízo Na atividade comercial o custo da mercadoria vendida era fácil de ser identificado, uma vez que sua composição resulta do valor pago pela mercadoria, mais tributos não compensáveis, mais fretes pagos e seguros. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO No caso de haver variação de estoques, aplica-se a fórmula envolvendo, estoque inicial, compras e estoque final para se encontrar o CMV. 01/X1 ESTOQUE – 1000 – R$ 10.000,00 COMPRAS – 500 – R$ 5.000,00 02/X1 ESTOQUE – 500 – R$5.000,00 CMV = EI + COMPRAS – EF ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO EXEMPLO 1: Um vendedor de canetas possui em 01/01/2016 um estoque de canetas no valor de R$ 12.000,00. Em 31/12/2016 seu estoque está em R$ 8.000,00. Sabendo que o vendedor adquiriu durante o ano 1000 canetas ao valor de R$ 2,00 cada, qual é o custo da mercadoria vendida apurada ao final do ano? ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO No segmento industrial, a mesma sistemática de cálculo de custo dos produtos não poderia ser utilizada, uma vez que o fabricante compra materiais e os transforma, pagando mão-de-obra para elaborá-los e ainda consumo de uma infinidade de outros custos (energia, água etc.), para enfim gerar o bem para venda. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO CONTABILIDADE NO SEGMENTO INDUSTRIAL Vários insumos são consumidos para elaboração de um novo produto, não é tão simples o cálculo de custos a ser implementado. E essa dificuldade fez surgir a contabilidade de custos, inicialmente com a finalidade de mensurar os estoques produzidos, fornecer dados de custos apropriados às demonstrações contábeis e determinar o resultado do exercício. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO CONTABILIDADE NO SEGMENTO INDUSTRIAL As três finalidades principais da Contabilidade de Custos: a) Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avaliação dos estoques. b) Fornecer informações aos dirigentes para o controledas operações e atividades da empresa. c) Fornecer informações para o planejamento da direção e a tomada de decisões. A partir da revolução industrial a contabilidade de custos muito evoluiu, passando a gerar informações, não só para controle, mas também para o planejamento e tomada de decisão. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS a) avaliação de estoques; b) atendimento das exigências ficais; c) determinação do resultado; d) planejamento; e) formação do preço de venda; f) controle gerencial; g) avaliação de desempenho; h) controle operacional; i) análise de alternativas; j) estabelecimento de parâmetros; k) obtenção de dados para orçamentos; l) tomada de decisão ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS Muitas vezes confundimos as expressões Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custo e Contabilidade Gerencial. São expressões sinônimas? Representam disciplinas distintas? São apenas enfoque diferentes dado à Contabilidade? ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO CONTABILIDADE FINANCEIRA À CONTABILIDADE DE CUSTOS Até a Revolução Industrial(século XVIII), quase só existia a Contabilidade Financeira(ou geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas comerciais . Os bens eram quase todos produzidos por pessoas que poucas vezes constituíam entidades jurídicas. As empresas propriamente ditas viviam basicamente do comércio, e não da fabricação. Então, era fácil a verificação do valor de compra dos bens existentes, bastando a simples consulta aos documentos de sua aquisição. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO CONTABILIDADE FINANCEIRA À CONTABILIDADE DE CUSTOS Com o advento das indústrias, tornou-se mais complexo, pois para levantamento do balanço e apuração do resultado, não dispunha agora dos dados para poder atribuir valor ao estoque, o seu valor de “compras” na empresa comercial estava agora substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados. Devido ao crescimento das empresas, e aumento da distância entre administrador e ativos e pessoas administradas, a contabilidade de custos passou a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio do desempenho dessa nova missão: a gerencial. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO DIFERENÇAS DE CONTABILIDADE FINANCEIRA, DE CUSTOS E GERENCIAL A contabilidade financeira se preocupa com a parte legal, estrutural da empresa e com o fluxo de caixa. Os aspectos legais do produto e sua comercialização do mercado.Ela está ligada à contabilidade gerencial como a de custo está para a financeira. Portanto, entende-se que esteja cada uma com o seu desempenho, mas ao mesmo tempo ligadas para um mesmo fim, o produto industrial e a saúde da empresa. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO DIFERENÇAS DE CONTABILIDADE FINANCEIRA, DE CUSTOS E GERENCIAL A contabilidade de custo se preocupa em estabelecer o preço do produto ou serviço aplicados ou consumidos na produção de outros bens. Por isso, se verifica a preocupação pela empresa industrial o controle no gasto direto sobre o produto. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO DIFERENÇAS DE CONTABILIDADE FINANCEIRA, DE CUSTOS E GERENCIAL A contabilidade gerencial se preocupa também com o produto, mas com enfoque em sua comercialização, com o mercado que irá consumir e atingir para o consumo do produto final. Isto é bem visualizado na área de marketing, onde a cada dia vem se aperfeiçoando e sofisticando a venda e a comercialização. Contudo, merece também evidência todo o pessoal envolvido para o engrandecimento da empresa, alguns até ligados à divulgação e à distribuição do produto. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO CONTABILIDADE DE CUSTOS POSSUI DUAS FUNÇÕES RELEVANTES No que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamento e outras formas de previsão e, um estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com valores anteriores definidos. No que tange à decisão, seu papel consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medida de corte de produto, fixação de preços de venda, opção de compra ou fabricação, etc. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO CONTABILIDADE DE CUSTOS POSSUI DUAS FUNÇÕES RELEVANTES Resumindo, a Contabilidade de Custos passou, nesses últimos anos, de mera auxiliar na avaliação dos estoques e lucros globais para importante arma de controle e base para as decisões gerenciais. CONCLUSÃO A contabilidade financeira está empenhada em fornecer informações financeiras para uso externo para investidores, credores, sindicatos trabalhistas, analistas financeiros, agências governamentais e outros grupos de interessados. Está preocupada com os registros apropriados, resumos e apresentação de ativos, passivos, patrimônio líquido e resultados. CONCLUSÃO A contabilidade gerencial, dá origem à de custos, tem por objetivo principal fornecer informações para tomada de decisões internas. A contabilidade de custos, uma subárea da contabilidade gerencial, está preocupada com a acumulação e a análise da informação sobre custos para uso interno dos administradores, com fins de planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisões. CONCLUSÃO IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS As possibilidades de utilização dos fatores de produção determinam uma variedade infinita no comportamento dos custos,tornando-se imprescindível, para a empresa ter um sistema de custos. É difícil tomar decisões confiáveis e ter uma margem de segurança satisfatória, sem o conhecimento dos custos do modo mais real possível. CONCLUSÃO IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS Nesse sentido, as informações relativas aos custos de produção e/ou comercialização, desde que apropriadamente organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta administrativa da mais alta relevância. Assim, as informações de custos transformam-se, num verdadeiro sistema de informações gerenciais, de vital importância para a administração das organizações empresariais,porque essas informações constituem um subsídio básico para o processo de tomada de decisões, bem como para o planejamento e controle das atividades empresariais. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Exercícios 1 ao 10 (25 min) CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO Gasto – sacrifício financeiro com que uma entidade arca para obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício este representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Desembolso – pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer concomitantemente ao gasto ou depois deste. Investimento – gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO Custo – Um custo é um gasto que a empresa realiza para produzir o que será oferecido aos clientes. Por exemplo, uma empresa que faz sites pode considerar o salário dos funcionários que desenvolvem os sites como um custo, pois são eles que produzem o que será vendido. Já um restaurante precisa comprar alimentos dos seus fornecedores para preparar seus pratos. A compra destes produtos e todos os gastos com o seu preparo, são custos. Despesa – Uma despesa é o dinheiro que sua empresa gasta para vender um serviço ou produto e, assim, gerar receitas. Diferente dos custos, as despesas não são gastos usados para produzir o que será oferecido aos clientes. Por exemplo: os impostos, pagamento de fretes para o cliente, comissões de vendedores, investimento em propaganda e aluguéis estão entre as despesas mais comuns. CONCEITOSFUNDAMENTAIS DE CUSTO Despesas administrativas – gastos realizados com a administração (ex: honorários da diretoria, material de expediente, telefone). Despesas comerciais – gastos realizados com a venda do produto (ex: propaganda, comissão de vendedores, frete para entrega de mercadorias). Despesas financeiras – gastos realizados com a obtenção de recursos financeiros (ex: juros, despesas bancárias). CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO Perda – As perdas são gastos imprevistos e que não trazem retorno algum para a empresa. Quando acontecem problemas nos computadores, acidentes de trabalho, produtos vencidos no estoque ou incêndios, por exemplo, sempre há desperdício de dinheiro. Podem ser normais ou anormais: Normais: Podem ocorrer por problemas de corte, tratamento térmico, reações químicas, evaporação, etc. São classificados como custo de produção no período; Anormais: Consiste em um gasto não intencional decorrente de fatores externos extraordinários. DIFERENÇA CONTÁBIL ENTRE CUSTO E DESPESA CUSTO Será recuperado com a venda do produto; Diretamente ligado ao processo de produção; Enquanto os produtos ficam estocados os custos ficam alocados na conta Estoque; Só farão parte do resultado (DRE) quando da venda do produto ou serviço, quando serão confrontados com as Receitas. DIFERENÇA CONTÁBIL ENTRE CUSTO E DESPESA REGRAS EM CASO DE DIFICULDADE DE DIFERENCIAR CUSTO E DESPESA 1. Valores irrelevantes devem ser considerados como despesas (conservadorismo e materialidade); 2. Valores relevantes que tem sua maior parte considerada como despesa, com a característica de se repetirem a cada período, devem ser considerados na sua íntegra (conservadorismo); 3. Valores com rateio (divisão) extremamente arbitrário também devem ser considerados como despesa do período; 4. Gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos podem ter dois tratamentos: Como despesas do período em que incorrem ou investimento para amortização na forma de custo dos produtos a serem elaborados futuramente DIFERENÇA CONTÁBIL ENTRE CUSTO E DESPESA CONTA ATIVO CUSTO DESPESA PERDA ESTOQUE DE MATÉRIA-PRIMA CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA FÁBRICA MÃO DE OBRA DIRETA COMBUSTÍVEL – VEÍCULO DE ENTREGA PESSOAL DO FATURAMENTO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DEPRECIAÇÃO DA MAQUINA DE PRODUÇÃO PINTURA DO PRÉDIO DA FÁBRICA PESSOAL DA CONTABILIDADE GERAL DIFERENÇA CONTÁBIL ENTRE CUSTO E DESPESA CONTA ATIVO CUSTO DESPESA PERDA PESSOAL DA CONTABILIDADE DE CUSTOS HONORÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO DEPRECIAÇÃO DO PRÉDIO DA EMPRESA CONSUMO MATÉRIA-PRIMA AQUISIÇÃO DE EMBALAGENS DETERIORIZAÇÃO DE EMBALAGENS POR ENCHENTE TEMPO PESSOAL DE GREVE ENERGIA DE MAQUINA COM MEDIDOR IPTU EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Exercícios 11 a 20 (25 min) PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO São o núcleo central da teoria contábil e estruturam a resposta da contabilidade aos seus desafios na busca de atingir os seus objetivos dentro do ambiente delimitado pelos postulados fundamentais. Assim, os princípios têm o papel de orientar efetivamente os procedimentos contábeis definindo a produção da informação. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO Princípio da Competência - Toda despesa diretamente delineável com as receitas reconhecidas em determinado período, com elas deverá ser confrontada; os consumos ou sacrifícios de ativos, realizados em determinado período e que não puderam ser associados à receita do período nem às dos períodos futuros, deverão ser descarregados como despesas do período em que ocorrerem. As receitas e as despesas de determinado período devem ser confrontadas para o estabelecimento do resultado (lucro ou prejuízo) PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO Princípio da Realização da Receita - A receita é considerada realizada e, portanto, passível de registro pela contabilidade, quando os produtos e os serviços produzidos ou prestados pela entidade são transferidos para outra entidade mediante pagamento ou compromisso de pagamento especificado perante a entidade pagadora. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO Princípio do Custo Histórico como Base de Valor - O significado desse princípio direciona-se ao registro pelo valor original de todos os ativos ou bens adquiridos pela empresa, ou seja, contabilmente devem ser registradas as aquisições pelos seus valores históricos, valores de custo. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO Princípio da Consistência ou Uniformidade - Esse princípio determina que os registros contábeis devem ser realizados de maneira uniforme e que se tenha consistência diante das alternativas de registro de um mesmo evento. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO Princípio do Conservadorismo ou Prudência - Esse princípio determina precaução nos registros contábeis, onde em caso de dúvida nas avaliações, deve-se sempre considerar o menor valor para os ativos (bens e direitos) e o maior para os passivos (obrigações). PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CUSTO Princípio da Materialidade ou Relevância - Esse princípio possui extrema relevância e aplicação aos custos, pois considera que a empresa é desobrigada de um controle mais rigoroso os itens com pequeno valor monetário em relação ao total de gastos. ESTOQUE E A CATEGORIZAÇÃO DE CUSTOS ESTOQUE Compreendem mercadorias, produtos acabados, produtos em elaboração, materiais de consumo, materiais a serem aplicados no processo de transformação ou na prestação de serviço. São apresentados no Balanço Patrimonial pelo valor de custo ou valor realizável líquido (dos dois o menor) ESTOQUE E A CATEGORIZAÇÃO DE CUSTOS ESTOQUE As empresas trabalham para diminuir ao máximo o tempo de estocagem, por esse motivo ele é escriturado no Ativo Circulante; Podem existir empresas que possuam estoque que demore mais de um ano para ser vendido (Setor imobiliário), nesse caso ele deve ser escriturado no Ativo não circulante. ESTOQUE E A CATEGORIZAÇÃO DE CUSTOS COMPOSIÇÃO DO ESTOQUE A composição do estoque vai depender do ramo de atividades que a organização exerce: Uma empresa típica de comércio terá o estoque de mercadoria para revenda; Uma indústria terá o estoque de matéria-prima, produtos em elaboração, produtos acabados, estoque de embalagens, entre outros. ESTOQUE E A CATEGORIZAÇÃO DE CUSTOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ESTOQUE O valor do Estoque pode ser mensurado por dois critérios (dos dois o menor): O valor de custo: O custo de aquisição de mercadorias, matérias-primas e de outros bens mantidos em almoxarifado corresponde ao valor pago ao fornecedor. É influenciado pelos fatores que alteram os valores de compras: Devolução, abatimentos, fretes, etc. ESTOQUE E A CATEGORIZAÇÃO DE CUSTOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ESTOQUE O valor do Estoque pode ser mensurado por dois critérios (dos dois o menor): Valor realizável líquido: Preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzidos dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. ESTOQUE E A CATEGORIZAÇÃO DE CUSTOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ESTOQUE Exemplo 2: Supondo que em 31/12/X1, um lote de mercadoria estivesse contabilizado ao custo de R$ 6.000,00 e que o seu preço de venda estimado fosse igual a R$ 10.000,00, bem como os gastos estimados necessários para se concretizar a venda sejam de R$ 5.000,00. Encontraremos o seguinte valor realizável líquido. ESTOQUE E A CATEGORIZAÇÃO DE CUSTOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ESTOQUE Preço de Venda estimado..................................................R$ 10.000,00 (-) Gastos estimados para se concretizar a venda.............R$ ( 5.000,00) (=) Valor Realizável Líquido ...........................................R$ 5.000,00 ESTOQUE E A CATEGORIZAÇÃO DE CUSTOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ESTOQUE VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO (5.000,00)< VALOR DE AQUISIÇÃO (6.000,00) Teremos que reconhecer contabilmente essa perda de R$ 1.000,00 D- Despesa com Perdas estimadas por Redução ao Valor Realizável líquido.....R$ 1.000 C- Perdas Estimadas por redução ao Valor realizável líquido ......................R$ 1.000 CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO CONCEITO Compreendem todos os gastos relativos aos bens e serviços (recursos) consumidos na produção de outros bens. Custo de Fabricação = Materiais + MO + GGF (CIF) CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO ELEMENTOS DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO MATERIAIS; MÃO DE OBRA; GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO (CUSTO INDIRETOS DE FABRICAÇÃO). CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO ELEMENTOS DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO MATERIAIS: São objetos utilizados no processo de fabricação, podendo ou não entrar na composição do produto. Matéria-prima: é o principal material que entra na composição do produto final, sofrendo transformação no processo de fabricação. Exemplo: Madeira para fabricação de mesas, farinha para fabricação de massas alimentícias. Material secundário: materiais que complementam a matéria-prima na fabricação do produto. São os materiais aplicados na fabricação em menores quantidades que a matéria-prima. Exemplo: prego, cola, verniz (mesas); ovos, manteiga, fermento (massas) CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO ELEMENTOS DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO Materiais de embalagem: destinados para embalar ou acondicionar os produtos antes de saírem da produção. Materiais auxiliares: são todos os materiais que, embora necessários ao processo de fabricação, não entram na composição dos produtos. Exemplo: lixas, estopas, pincel (mesas); mantega utilizada para untar as assadeiras. * Podem existir outras denominações (materiais de acabamento) fica a critério das empresas. CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO ELEMENTOS DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO MÃO DE OBRA: Compreende não só os gastos com salários, mas também com os benefícios a que os empregados têm direito, como cestas básicas, vale-transporte, vale-refeição e outros. Acrescentam-se ainda à mão de obra os encargos sociais de obrigação da empresa, como previdência Social (INSS) da parte patronal e o Fundo de Garantia do tempo de Serviço (FGTS). CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO ELEMENTOS DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO Mão-de-obra Direta: Compreende os gastos com pessoal que trabalha diretamente na fabricação dos produtos. Pode ser facilmente identificada em relação aos produtos, já que dispomos de meios para equacionar o tempo consumido na elaboração de determinado produto, mediante apontamento, relógio de ponto, etc. Exemplo: Salários, encargos sociais (INSS), 13º salário, etc. CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO ELEMENTOS DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO Mão-de-obra Indireta: Compreende os gastos com o pessoal que trabalha dando assistência e supervisão a vários setores de na área de produção. Seus trabalhos, portanto, beneficiam toda a produção de um período, o que dificulta a identificação com esse ou aquele produto. CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO ELEMENTOS DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO Importante: A mão-de-obra pode ser tratada como indireta por sua natureza (quando de fato não pode ser identificada em relação ao produto) ou por conveniência, em razão da dificuldade na sua identificação, do elevado custo na manutenção de seu controle ou mesmo do pequeno valor do custo envolvido, sendo, portanto rateada entre os produtos por critério de rateio. Outros gastos incorridos pela empresa, mas relacionados com a mão-de-obra, como por exemplo: vale-refeição, vale-transporte, assistência médica e outros, por não influenciarem o volume produzido e terem valores fixos serão classificados como custo indireto de fabricação para posterior rateio entre os produtos. CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO ELEMENTOS DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO Importante: Os encargos e contribuições previdenciárias e trabalhistas relativos à mão-de-obra recebem o mesmo tratamento desta: se a mão-de-obra é direta, os encargos e contribuições são custos diretos; se a mão-de-obra é indireta, os encargos e contribuições são custos indiretos. CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO ELEMENTOS DOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO GASTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO (CUSTO INDIRETO DE FABRICAÇÃO): Serão apropriados aos produtos por meio de um processo de rateio, que consiste em uma divisão proporcional dos valores consumidos junto aos produtos. Exemplo: Aluguel da fábrica, energia elétrica, mão-de-obra indireta. São de difícil identificação com o produto; Rateio dos CIF: é um processo empregado para alocar ou apropriar os custos indiretos aos produtos ou departamentos. CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO CUSTO DE AQUISIÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DE CONSUMO Devem estar incluídos todos os gastos necessários para que esses materiais estejam em condições de utilização na produção. Fretes, seguros, imposto de importação. Ficarão de fora somente os impostos recuperáveis; Na atividade industrial os impostos recuperáveis são o ICMS e IPI. CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO CUSTO DE AQUISIÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DE CONSUMO Compras Brutas (-) Impostos Recuperáveis (ICMS e IPI) + Frete e Seguro (-) Devoluções/cancelamentos (-) Descontos/ abatimentos = Custo de Aquisição CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO CUSTO DE AQUISIÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DE CONSUMO Exemplo de impostos recuperáveis Matéria-Prima ---------------R$ 3.000,00 IPI de 20% ------------------- R$ 600,00 Valor da NF ------------------ R$ 3.600,00 ICMS de 10% incluso no valor da operação = R$ 300,00 CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO CUSTO DE AQUISIÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DE CONSUMO Exemplo de impostos recuperáveis Para empresa contribuinte do ICMS (comercial): Industria vende para o comércio Custo de aquisição = R$ 3.000 - R$ 300(ICMS recuperável) + R$ 600(IPI não recuperável) = R$ 3.300,00. Observe que o IPI não é recuperável tornou-se um custo da operação. Lançamento: D- Mercadorias --------------$ 3.300,00 D- ICMS a Recuperar-------$ 300,00 C- Caixa/Fornecedor--------$ 3.600,00 CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO CUSTO DE AQUISIÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DE CONSUMO Exemplo de impostos recuperáveis Para empresa contribuinte do IPI e do ICMS (industrial): Industria vende para a Indústria Custo de aquisição = R$ 3.000 - R$ 300 (ICMS recuperável) = R$ 2.700,00. Observe que o ICMS e IPI são recuperáveis. Lançamento: D- Matéria-Prima -----------$ 2.700,00 D- ICMS a Recuperar-------$ 300,00 D- IPI a Recuperar---------- $ 600,00 C- Caixa/Fornecedor--------$ 3.600,00 CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO CUSTO DE AQUISIÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DE CONSUMO Caso o frete e o seguro estejam incluídos na NF, significa que o próprio fornecedor está transportando a MP adquirida pelo cliente. Neste caso, o ICMS e IPI incidirão também sobre frete e seguro. (Frete e seguro pagos pelo comprador) MP---------------------R$ 3.000,00 Frete -------------------R$ 400,00 Total NF --------------R$ 3.400,00 ICMS de 10% incluso no valor da operação = R$ 340,00 Lançamento: D- MP------------------------R$ 3.060,00 D- ICMS a Recuperar------R$ 340,00 C- Caixa/ Fornecedor-----R$ 3.400,00 CUSTOS DE FABRICAÇÃO OU PRODUÇÃO OUTRAS NOMENCLATURAS DE CUSTOS Custo Primário: compreende a soma da matéria-prima consumida com a mão-de-obra direta aplicada. Custo primário = MP + MOD Custo de Transformação ou conversão: compreende a soma da mão-de-obra direta com os gastos gerais de fabricação (GGF) ou Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Custo de transformação = MOD + GGF (CIF) CUSTOS TOTAL E UNITÁRIO DE PRODUÇÃO Custo Total: é o montante despendido no período, para se fabricarem todos os produtos, também conhecido Custo de Produção ou Custo de Fabricação; compreende o somatório dos três elementos de fabricação dos serviços. Custo Unitário: é o custo para se fabricar uma unidade do produto CUSTOS TOTAL E UNITÁRIO DE PRODUÇÃO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ESTOQUE Exemplo3: A empresa A e a empresa B são concorrentes. Num determinado período, a empresa A produziu 4.000 unidades, a um custo total de $ 8.000,00, enquanto a empresa B confeccionou 4.500 itens ao custo de $ 9.450,00. Qual das empresas foi mais eficiente? CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Quanto à alocação ou identificação dos custos ao objeto de custeio (Quanto a forma de custeio): Podem ser classificados como custos diretos e indiretos: Custos diretos: São os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos havendo uma medida de consumo. São de fácil mensuração nos produtos. Exemplo quilogramas de farinha utilizada em uma massa alimentícia, horas de MOD utilizadas. Custos Indiretos: São os custos que não oferecem condições de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Não são de fácil mensuração nos produtos, havendo necessidade de rateio. Exemplo: energia elétrica, salários de supervisores da fábrica, aluguel, seguro. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Quanto à alocação ou identificação dos custos ao objeto de custeio (Quanto a forma de custeio): Podem ser classificados como custos diretos e indiretos: Rateio do CIF: Processo empregado para alocar ou apropriar os custos indiretos aos produtos ou departamentos. Existem vários critérios que podem ser usados para que seja efetuado o rateio dos CIF, entre eles: · Em função do consumo do custo direto · Em função do consumo da matéria-prima · Em função do consumo da mão de obra direta · Em função do consumo de horas máquinas CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CRITÉRIOS DE RATEIO DO CIF Exemplo 4: A empresa DELTA produz três produtos A, B e C. O consumo de matéria prima dos três ficam no valor mensal de $ 45.000,00, $ 35.000,00 e $ 20.000,00 respectivamente. O valor dos Gastos gerais de produção mensais são $ 200.000,00. Utilizando o critério de rateio em função da matéria-prima utilizada Qual seriam os valores de CIF alocados para cada produto? CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS IMPORTANTE: Havendo apenas um produto produzido todos os custos são diretos; A classificação de direto e indireto é usada apenas para custos, ou seja, não se aplicada no conceito das despesas CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Quanto ao comportamento face ao volume de produção (Quanto ao volume de produção): Podem ser classificados como custos variáveis e fixos: Custos variáveis: são aqueles que quanto maior a quantidade fabricada, maior seu consumo. Portanto, varia de acordo com o volume de produção. Se não houver quantidade produzida o custo variável será nulo. Exemplo: Matéria-prima, embalagem. Custos Fixos: são aqueles que independentemente de aumentos ou diminuições do volume produzido permanecerão constantes, seja por um período de tempo. Aluguel da fábrica. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Exercícios 21 ao 30(25 min) CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Quanto ao comportamento face ao volume de produção (Quanto ao volume de produção): Podem ser classificados como custos variáveis e fixos: Custos variáveis: são aqueles que quanto maior a quantidade fabricada, maior seu consumo. Portanto, varia de acordo com o volume de produção. Se não houver quantidade produzida o custo variável será nulo. Exemplo: Matéria-prima, embalagem. Custos Fixos: são aqueles que independentemente de aumentos ou diminuições do volume produzido permanecerão constantes, seja por um período de tempo. Aluguel da fábrica. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS A classificação de direto e indireto só é utilizada para custos, porém a classificação em variável e fixa pode ser utilizada, também, para as despesas: Despesas variáveis: Comissão dos vendedores com base nas vendas; impostos sobre faturamento, fretes etc. Despesas fixas: Salário do gestor; aluguéis; seguros, etc. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Todos os custos podem ser classificados em fixos ou variáveis e diretos e indiretos ao mesmo tempo. Os custos variáveis são sempre diretos por natureza, embora possam às vezes ser tratados como indiretos por razões de irrelevância e economia. Os custos fixos podem ser considerados repetitivos ou não repetitivos. Repetitivos: Quando seu valor é igual em todos períodos. Exemplo: Aluguel da fábrica; Não repetitivos: Quando seu valor é diferente em cada período, muito embora não dependa da quantidade produzida. Exemplo: Conta de telefone da fábrica. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS CONCLUSÕES FINAIS O custo fixo total é constante! O custo fixo unitário diminui quando as saídas aumentam! O custo variável unitário é constante! Os custos variáveis aumentam proporcionalmente com o volume das saídas! CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO POR ABSORÇÃO OBJETIVOS Entender o fluxo dos custos em uma empresa industrial, comercial e de serviço; Compreender a influência dos critérios de rateio Custos indiretos no sistema de Custeio por absorção; Apurar o custo fabril, dos produtos fabricados e dos produtos vendidos; Registrar contabilmente os custos Industriais. CUSTEIO POR ABSORÇÃO Nas aulas anteriores à classificação dos custos é dividida de duas maneiras: face a alocação (custos diretos e Indiretos) face ao comportamento dos custos em relação ao volume de produção (custos fixos e custos variáveis); Há ainda os custos mistos, aqueles que possuem tanto parcela fixa como parcela variável. CUSTEIO POR ABSORÇÃO CONCEITOS Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados (só os de produção); Todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços realizados. De acordo com Martins (2010) o Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos Princípios da Contabilidade geralmente aceitos. CUSTEIO POR ABSORÇÃO CONCEITOS O custeio por absorção obedece ao regime de competência do exercício e é aceito pela legislação do imposto de renda, já que, os custos de produção (apropriados aos produtos) só serão transferidos para o resultado quando estes produtos forem vendidos; CUSTEIO POR ABSORÇÃO REGRA DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO Apropriar TODOS os custos de produção (sejam eles fixo, variáveis, diretos ou indiretos), e somente estes aos produtos. Ou seja, tudo que for classificado como custo fará parte do custo da produção, portanto NÃO inclui as DESPESAS (ou os gastos relativos para obtenção de receitas). CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO POR ABSORÇÃO EMPRESAS INDUSTRIAIS Os estoques em empresas Industriais, tipicamente, têm um ou mais dos seguintes estoques: 1- Estoque de Materiais diretos; 2- Estoque de Produtos em processo (em elaboração); 3- Estoque de Produtos Acabados (finalizados) CUSTEIO POR ABSORÇÃO EMPRESAS INDUSTRIAIS O sistema de custeio por absorção considera na apuração do CPV todos os custos de produção: Diretos e Indiretos, Fixos e Variáveis. Assim, os custos fixos e variáveis são estocados e lançados ao resultado apenas quando da venda dos produtos correspondentes. As despesas serão registradas pela contabilidade financeira e serão evidenciadas na DRE. CUSTEIO POR ABSORÇÃO EMPRESAS INDUSTRIAIS Apuração do Custo dos Produtos Vendidos: Para apurarmos o CPV de uma empresa industrial devemos conhecer três conceitos de custo: Custo de produção do período – CPP: É a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica; Custo da produção acabada – CPA: É A soma dos custos contidos na produção acabada no período e que pode conter custos de produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completas no presente período. Custo do Produto Vendido – CPV: É a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Podendo também incidir custos de produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversos períodos diferentes CUSTEIO POR ABSORÇÃO EMPRESAS INDUSTRIAIS Apuração do Custo dos Produtos Vendidos: Custo da matéria prima consumida (aplicada): CMC= EiMP+ Compras - EfMP. Custo de produção do período – CPP:CMC + MOD + CIF Custo da produção acabada – CPA: CPP + EiPE - EFPE Custo do Produto Vendido – CPV: CPA + EiPA - EfPA. Por razões de simplificação, empresas Indústrias de pequeno e médio portes costumam considerar como materiais diretos somente a matéria-prima aplicada, sendo todos os demais materiais considerados como Indiretos, ainda que possam ser facilmente identificados em relação aos produtos. CUSTEIO POR ABSORÇÃO EMPRESAS COMERCIAIS As empresas comerciais, elas compram e então vendem produtos tangíveis sem modificar suas formas básicas. Empresas comerciais mantêm apenas um tipo de estoque o produto em sua forma original de compra, ou seja, estoque de produtos acabados, mas a expressão utilizada no comércio é estoque de Mercadorias. CMV = Ei + Compras - Ef CUSTEIO POR ABSORÇÃO EMPRESAS DE SERVIÇOS As empresas prestadoras de serviços fornecem serviços ou produtos intangíveis para seus clientes. A mão de obra é a categoria mais significativa. CSV = Sin + (MOD + GDS + GIS) – Sfi Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, subcontratações, etc.) aplicados nos serviços vendidos GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços vendidos Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento CUSTEIO POR ABSORÇÃO Exemplo 5. Uma Indústria produz dois tipos de Produtos, “A” e “B”, e apresenta os seguintes saldos nas contas do seu processo produtivo: Sabendo que os Custos Indiretos serão rateados proporcionalmente em função do valor total da MOD. Calcule o valor do Custo do produto vendido de cada produto. Contas “A” “B” Estoque Inicial de MP 25.000 12.000 Estoque Inicial de Produtos em elaboração 25.000 27.000 Estoque Inicial de produtos acabados 20.000 18.000 Compras de MP no período 10.000 13.000 Estoque final de MP 12.000 18.000 Estoque final de Produtos em elaboração 15.000 14.000 Estoque Final de Produtos Acabados 20.000 12.000 MOD 3.125 6.875 CIF 24.000 Despesas gerais com vendas 35.000 Quantidades vendidas 1000 1500 CUSTEIO POR ABSORÇÃO Exemplo 5. Uma Indústria produz dois tipos de Produtos, “A” e “B”, e apresenta os seguintes saldos nas contas do seu processo produtivo: “A” “B” CMC = EiMP+ Compras – EfMP CMC = 25.000 + 10.000 – 12.000 = 23.000 CMC = 12.000 + 13.000 – 18.000 = 7.000 CPP = CMC + MOD + CIF CPP = 23.000 + 3125 + (0,3125 X 24.000) = 33.625 CPP = 7.000 + 6.875 + (0,6875 X 24.000) = 30.375 CPA = CPP + EiPE - EFPE CPA = 33.625 + 25.000 – 15.000 = 43.625 CPA = 30.375 + 27.000 – 14.000 = 43.375 CPV = CPA + EiPA - EfPA CPV = 43.625 + 20.000 – 20.000 = 43.625 CPV = 43.375 + 18.000 – 12.000 = 49.375 43.000 49.375 CUSTEIO POR ABSORÇÃO LANÇAMENTOS CONTÁBEIS Compra de Matéria-prima D- Estoque de MP --------------$ 23.000,00 C- Caixa/Fornecedor--------$ 23.000,00 Custo do produto acabado D- Estoque de produto acabado --------------$ 87.000,00 C- Estoque de produtos em elaboração--------$ 87.000,00 Custo do produto Vendido D- Custo do produto vendido --------------$ 93.000,00 C- Estoque de produtos acabados--------$ 93.000,00 DEMONSTRAÇÃO DO CPV (RIBEIRO – 2013) A B TOTAL 1. Estoque Inicial de MP 25.000 12.000 17.000 2. (+) Compras de MP no período 10.000 13.000 23.000 3. (=) Custos da matéria prima disponível (1+2) 35.000 25.000 60.000 4. (-) Estoque final de MP 12.000 18.000 30.000 5. (=) Custo da matéria prima consumida 23.000 7.000 30.000 6. (+) MOD 3.125 6.875 10.000 7. (=) Custo Primário (5+6) 26.125 13.875 40.000 8. (+) Outros custos diretos se tiver (embalagens) 0,00 0,00 0,00 9. (+) Custos Indiretos de Produção 7.500 16.500 24.000 10. (=) Custo de produção do período CPP (7+8+9) 33.625 30.375 64.000 11. (+) Estoque Inicial de Produtos em elaboração 25.000 27.000 52.000 12. (-) Estoque final de Produtos em elaboração 15.000 14.000 29.000 13. (=) Custo da produção acabada no período (10+11-12) 43.625 43.375 87.000 14. (+) Estoque Inicial de produtos acabados 20.000 18.000 38.000 15. (=) Custo dos produtos disponíveis para venda (13+14) 63.625 61.375 123.500 16. (-) Estoque Final de Produtos Acabados 20.000 12.000 32.000 17. Custos do Produto Vendido (CPV) (15-16) 43.625 49.375 93.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO CRITÉRIOS DE RATEIO PARA OS CUSTOS INDIRETOS Para uma devida alocação dos Custos Indiretos de Produção é necessário proceder a uma análise de seus componentes e verificação de quais critérios melhor relacionam esses custos com os produtos. Critérios bons numa empresa podem não ser em outras em virtude das características especiais do próprio processo de produção. CUSTEIO POR ABSORÇÃO CRITÉRIOS DE RATEIO PARA OS CUSTOS INDIRETOS É absolutamente necessário que as pessoas responsáveis pela escolha dos critérios de rateio conheçam bem o processo produtivo da empresa. Quando alteramos o critério de rateio adotado, poderemos provocar mudanças no valor apontado como custo de um produto, sem que de fato nenhuma outra modificação tenha ocorrido no processo de produção. CUSTEIO POR ABSORÇÃO CRITÉRIOS DE RATEIO PARA OS CUSTOS INDIRETOS Os critérios de rateio adotados devem estar nas notas explicativas e quando houver mudanças nesses critérios, deverá constatar também nas notas explicativas com a justificativa da mudança de critério. A mudança de critérios é autorizada desde que ela não fira o princípio contábil da Consistência. CUSTEIO POR ABSORÇÃO CRITÉRIOS DE RATEIO PARA OS CUSTOS INDIRETOS Exemplo 6: A Padaria Paladar produz dois tipos de produto, Pão Francês e Bolo de Fubá, cujo volume de produção e de vendas e custos Indiretos de Fabricação (CIF) totalizam: PÃO FRANCÊS BOLO DE FUBÁ Produção (un) 4.000 1.000 Vendas (un) 4.000 1.000 CIF ($) 2.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO CRITÉRIOS DE RATEIO PARA OS CUSTOS INDIRETOS Em determinado período foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $/un.): Com base nos dados anteriores, pede-se calcular o valor dos Custos Indiretos de Produção (CIF) de cada produto, utilizando dois critérios de rateio: a) o custo da MOD como base de rateio; b) o custo da matéria-prima como base de rateio. PÃO FRANCÊS BOLO DE FUBÁ MOD $ 0,75/un $ 1,75/un Matéria prima $ 0,05/un $ 1,50/un Solução letra a) Custo da MOD como base de rateio: PÃO FRANCÊS BOLO DE FUBÁ MOD $ 0,75/un $ 1,75/un Matéria prima $ 0,05/un $ 1,50/un PÃO FRANCÊS BOLO DE FUBÁ Produção (un) 4.000 1.000 Vendas (un) 4.000 1.000 CIF ($) 2.000 PRODUTOS MOD VOLUME MOD TOTAL % CIF Pão Francês $ 0,75/un 4.000 3.000 63,15% 1.263 Bolo de Fubá $ 1,75/un 1.000 1.750 36,85% 737 4.750 100% 2.000 Solução letra b) o custo da matéria-prima como base de rateio: PÃO FRANCÊS BOLO DE FUBÁ MOD $ 0,75/un $ 1,75/un Matéria prima $ 0,05/un $ 1,50/un PÃO FRANCÊS BOLO DE FUBÁ Produção (un) 4.000 1.000 Vendas (un) 4.000 1.000 CIF ($) 2.000 PRODUTOS MP VOLUME MOD TOTAL % CIF Pão Francês $ 0,05/un 4.000 200 11,76% 235 Bolo de Fubá $ 1,50/un 1.000 1.500 88,24% 1.765 1.700 100% 2.000 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Exercícios 31 ao 40 (50 min) CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO OU CUSTEIO FUNCIONAL CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO INTRODUÇÃO As empresas podem se deparar com alguns problemas quando da necessidade de apurar e contabilizar os custos dos produtos, principalmente quando o assunto é: Custos Indiretos de Fabricação. A alocação dos CIF são realizados de forma muito subjetiva e arbitrária, como vimos na aula passada. CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO INTRODUÇÃO Torna-se necessário conhecer os CIF dos produtos através da: estimativa do volume de produção; b) estimativa do valor dos custos indiretos; e c) fixação do critério de apropriação dos custos indiretos aos departamentos e aos produtos. CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO INTRODUÇÃO estimativa do volumede produção: As empresas têm dificuldade de chegar a um consenso sobre qual é o volume de atividade da produção normal. Elas podem adotar critérios de estimativas como volume máximo de produção, média da produção dos últimos três meses ou expectativa do administrador. CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO INTRODUÇÃO b) estimativa do valor dos custos indiretos: Problema é desenvolver um critério de alocação (ou rateio) dos custos indiretos com menos arbitrariedade possível. CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO INTRODUÇÃO c) fixação do critério de apropriação dos custos indiretos aos departamentos e aos produtos: O grande problema é respeitar os critérios adotados e utilizá-los de maneira consistente. CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO Departamento - é a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos, representada por pessoas e máquinas, em que se desenvolvem atividades homogêneas. Deve sempre haver um responsável para cada departamento, os quais podem ser constituídos por pessoas e máquinas ou apenas por pessoas e, teoricamente apenas por máquinas. CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO Departamentos de produção (Produtivos) - promovem qualquer tipo de alteração/modificação sobre o produto, direta ou indiretamente e, têm seus custos apropriados aos produtos. Exemplo: Corte, costura, montagem, acabamento etc. CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO Departamentos de Serviços (não produtivos ou auxiliares): não recebem o produto, vivem basicamente para a execução de serviços auxiliares e não para atuação direta sobre os produtos. Os departamentos de serviços têm seus custos apropriados para os que deles se beneficiam. Exemplos: Administração da produção, manutenção etc. CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO CENTRO DE CUSTOS Segundo Eliseu Martins, um departamento é um centro de custos, ou seja, nele são acumulados os Custos Indiretos para posterior alocação aos produtos (departamentos de produção) ou a outros departamentos (departamentos de serviços). É a unidade mínima de acumulação de custos indiretos, pode ser uma máquina ou uma pessoa, lembrando sempre sempre do princípio da relevância. CUSTEIO POR DEPARTAMENTALIZAÇÃO CENTRO DE CUSTOS Para que se possa ser caracterizado como tal, um centro de custos deveria: a) ter uma estrutura de custos homogênea; b) estar concentrado num único local; e c) oferecer condições de coleta de dados de custos. CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO A alocação dos custos indiretos aos produtos por meio do uso do Custeio por Absorção com Departamentalização é uma maneira de se cometer menos injustiças e diminuir as chances de erros maiores no uso dos critérios de rateio. CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Exemplo 7: A empresa “X” confecções quer reduzir a subjetividade no rateio de seus custos indiretos de fabricação para seus produtos fabricados. Sabe-se que a empresa produz 3 tipos de produtos. “A”, “B” e “C”. A fábrica possui 3 departamentos (setores) de produção: Corte, Montagem e Costura. Possui, também, 2 departamentos de serviços: Administração da fábrica e Manutenção. CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO A empresa possui os seguintes custos diretos: A empresa produziu 1.000 unidades de cada produto (Valor unitário) A B C Matéria prima 30 20 30 MOD 20 10 15 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO A empresa produziu 1.000 unidades de cada produto (Valor TOTAL) A B C Matéria prima 30.000 20.000 30.000 MOD 20.000 10.000 15.000 TOTAL 50.000 30.000 45.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO A empresa possui os seguintes Custos Indiretos de Fabricação CIF TOTAL Depreciação 20.000 Limpeza 35.000 Energia 30.000 Supervisão 10.000 Aluguel 20.000 TOTAL 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Foi realizado um levantamento de quantas horas-máquinas o produto utilizou para sua fabricação PRODUTO Quant Produto A 400 horas máquinas Produto B 200 horas máquinas Produto C 400 horas máquinas Total 1000 horas máquinas CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Qual seria o valor rateado para cada produto do CIF sem utilizar a departamentalização e considerando que o critério de rateio será a quantidade total de utilização de horas máquinas PRODUTO Quant % CIF Produto A 400 horas máquinas 40 46.000 Produto B 200 horas máquinas 20 23.000 Produto C 400 horas máquinas 40 46.000 Total 1000 horas máquinas 100 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO E o valor total dos produtos utilizando o custeio por absorção sem a departamentalização PRODUTO Custos diretos CIF TOTAL Produto A 50.000 46.000 96.000 Produto B 30.000 23.000 53.000 Produto C 45.000 46.000 91.000 Total 125.000 115.000 240.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Como ficaria o custeio por absorção com departamentalização Dividiremos o custeio por absorção com departamentalização em etapas para melhor compreensão CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos para os departamentos, de acordo com o critério específico para aquele custo que está sendo rateado. CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção Depreciação 20.000 Limpeza 35.000 Energia 30.000 Supervisão 10.000 Aluguel 20.000 TOTAL 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Para o rateio da depreciação o gerente definiu como critério o número de máquinas e equipamentos que cada departamento possui. Segue abaixo as informações: Administração Manutenção Corte Montagem Costura TOTAL Departamentos de Serviço Departamentos de produção 1 2 6 3 7 19 5,26% 10,52% 31,58% 15,79% 36,85% 100% Depreciação 1.052 2.104 6.316 3.158 7.370 20.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos para os departamentos, de acordo com o critério específico para aquele custo que está sendo rateado. CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção Depreciação 20.000 1.052 2.104 6.316 3.158 7.370 Limpeza 35.000 Energia 30.000 Supervisão 10.000 Aluguel 20.000 TOTAL 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos para os departamentos, de acordo com o critério específico para aquele custo que está sendo rateado. CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção Depreciação 20.000 1.052 2.104 6.316 3.158 7.370 Limpeza 35.000 Energia 30.000 Supervisão 10.000 Aluguel 20.000 TOTAL 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Para o rateio da limpeza e do aluguel o gerente definiu como critério o tamanho da área de cada departamento em m². Segue abaixo as informações: Administração Manutenção Corte Montagem Costura TOTAL Departamentos de Serviço Departamentos de produção 80 m² 65 m² 145 m² 125 m² 100 m² 515 m² 15,53% 12,62% 28,16% 24,27% 19,42% 100% Limpeza 5.436 4.417 9.856 8.494 6.797 35.000 Aluguel 3.106 2.524 5.632 4.854 3.884 20.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos para os departamentos, de acordo com o critério específico para aquele custo que está sendo rateado. CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção Depreciação 20.000 1.052 2.104 6.316 3.158 7.370 Limpeza 35.000 5.436 4.417 9.856 8.494 6.797 Energia 30.000 Supervisão 10.000 Aluguel 20.000 3.106 2.524 5.632 4.854 3.884 TOTAL 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos para os departamentos,de acordo com o critério específico para aquele custo que está sendo rateado. CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção Depreciação 20.000 1.052 2.104 6.316 3.158 7.370 Limpeza 35.000 5.436 4.417 9.856 8.494 6.797 Energia 30.000 Supervisão 10.000 Aluguel 20.000 3.106 2.524 5.632 4.854 3.884 TOTAL 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Para o rateio da energia elétrica o gerente definiu como critério a quantidade de KW que cada departamento gastou. Segue abaixo as informações: Administração Manutenção Corte Montagem Costura TOTAL Departamentos de Serviço Departamentos de produção 240 Kw 220 Kw 440 Kw 320 Kw 500 Kw 1.720 Kw 13,95% 12,79% 25,58% 18,60% 29,08% 100% Energia 4.185 3.837 7.674 5.580 8.724 30.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos para os departamentos, de acordo com o critério específico para aquele custo que está sendo rateado. CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção Depreciação 20.000 1.052 2.104 6.316 3.158 7.370 Limpeza 35.000 5.436 4.417 9.856 8.494 6.797 Energia 30.000 4.185 3.837 7.674 5.580 8.724 Supervisão 10.000 Aluguel 20.000 3.106 2.524 5.632 4.854 3.884 TOTAL 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos para os departamentos, de acordo com o critério específico para aquele custo que está sendo rateado. CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção Depreciação 20.000 1.052 2.104 6.316 3.158 7.370 Limpeza 35.000 5.436 4.417 9.856 8.494 6.797 Energia 30.000 4.185 3.837 7.674 5.580 8.724 Supervisão 10.000 Aluguel 20.000 3.106 2.524 5.632 4.854 3.884 TOTAL 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Para o rateio da Supervisão o gerente definiu como critério a quantidade de funcionários que cada departamento possui. Segue abaixo as informações: Administração Manutenção Corte Montagem Costura TOTAL Departamentos de Serviço Departamentos de produção 2 2 6 4 6 20 10,00% 10,00% 30,00% 20,00% 30,00% 100% Energia 1.000 1.000 3.000 2.000 3.000 10.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos para os departamentos, de acordo com o critério específico para aquele custo que está sendo rateado. CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção Depreciação 20.000 1.052 2.104 6.316 3.158 7.370 Limpeza 35.000 5.436 4.417 9.856 8.494 6.797 Energia 30.000 4.185 3.837 7.674 5.580 8.724 Supervisão 10.000 1.000 1.000 3.000 2.000 3.000 Aluguel 20.000 3.106 2.524 5.632 4.854 3.884 TOTAL 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 1ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos para os departamentos, de acordo com o critério específico para aquele custo que está sendo rateado. CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção Depreciação 20.000 1.052 2.104 6.316 3.158 7.370 Limpeza 35.000 5.436 4.417 9.856 8.494 6.797 Energia 30.000 4.185 3.837 7.674 5.580 8.724 Supervisão 10.000 1.000 1.000 3.000 2.000 3.000 Aluguel 20.000 3.106 2.524 5.632 4.854 3.884 TOTAL 115.000 14.779 13.882 32.478 24.086 29.775 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 2ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos alocados nos departamentos de serviço para os departamentos de produção CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção CIF Já rateados 115.000 14.779 13.882 32.478 24.086 29.775 Administração 14.779 Manutenção 13.882 TOTAL CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Para o rateio dos custos alocados ao Departamento de Administração verificou o tempo em horas destinados pelo departamento aos demais no mês. Segue as informações: Manutenção Corte Montagem Costura TOTAL 24 h 80 h 70 h 66 h 240 h 10,00% 33,33% 29,17% 27,50% 100% Administração 1.478 4.926 4.311 4.064 14.779 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 2ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos alocados nos departamentos de serviço para os departamentos de produção CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção CIF Já rateados 115.000 14.779 13.882 32.478 24.086 29.775 Administração 0 (14.779) 1.478 4.926 4.311 4.064 Manutenção 15.360 TOTAL 115.000 0 15.360 37.404 28.397 33.839 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 2ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos alocados nos departamentos de serviço para os departamentos de produção CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção CIF Já rateados 115.000 14.779 13.882 32.478 24.086 29.775 Administração 0 (14.779) 1.478 4.926 4.311 4.064 Manutenção 15.360 TOTAL 115.000 0 15.360 37.404 28.397 33.839 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Para o rateio dos custos alocados ao Departamento de Manutenção foi utilizado a porcentagem de recursos gastos para suprir as demandas dos departamentos. Segue as informações: Administração Corte Montagem Costura TOTAL 0 30% 50% 20% 100% Manutenção 0 4.608 7.680 3.072 15.360 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 2ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos alocados nos departamentos de serviço para os departamentos de produção CIF TOTAL Administração Manutenção Corte Montagem Costura Departamentos de Serviço Departamentos de produção CIF Já rateados 115.000 14.779 13.882 32.478 24.086 29.775 Administração 0 (14.779) 1.478 4.926 4.311 4.064 Manutenção 0 0 (15.360) 4.608 7.680 3.072 TOTAL 115.000 0 0 42.012 36.077 36.911 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 3ª Etapa: Devemos ratear todos os custos indiretos alocados nos departamentos de produção nos produtos CIF TOTAL Corte Montagem Costura Departamentos de produção TOTAL 115.000 42.012 36.077 36.911 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Utilizaremos o mesmo critério (horas máquinas) porém deveremos apontar quanto tempo cada produto se utilizou do departamento PRODUTO Quant % Produto A 400 horas máquinas 40 Produto B 200 horas máquinas 20 Produto C 400 horas máquinas 40 Total 1000 horas máquinas 100 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Deveremos saber quanto custa cada hora máquina no departamento Apontamento do tempo gasto por cada produto por cada departamento Departamentos Corte Montagem Acabamento Total H/M Hm Hm Hm Hm Produto “A” 100 50 250 400 Produto “B” 200 - - 200 Produto “C” - 250 150 400 Total 300 300 400 1.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Deveremos saber quanto custa cada hora máquina no departamento CIF TOTAL Corte Montagem Costura Departamentos de produção TOTAL 115.000 42.012 36.077 36.911 Horas máquina 300 300 400 Valor da hora máquina 140,04 120,26 92,28 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Multiplicamos o valor da hora máquina no departamento pelas quantididades de hora que o produto se utilizou dele; Apontamento do tempo gasto por cada produto por cada departamento Departamentos Corte Montagem Acabamento Total Produto “A” 100 x (140,04) 50 x (120,26) 250 x (92,28) 400 Produto “B” 200 x (140,04) - - 200 Produto “C” - 250 x (120,26) 150 x (92,28) 400 Total 300 300 400 1.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Multiplicamos o valor da hora máquina no departamento pelas quantididades de hora que o produto se utilizou dele; Apontamento do tempo gasto por cada produto por cada departamentoDepartamentos Corte Montagem Acabamento Total Produto “A” 14.004 6.012 23.070 43.086 Produto “B” 28.008 - - 28.008 Produto “C” - 30.065 13.841 43.906 Total 42.012 36.077 36.911 115.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO 4ª Etapa: Somaremos os CIFs rateados com departamentalização aos Custos diretos PRODUTO Custos diretos CIF TOTAL Produto A 50.000 43.086 93.086 Produto B 30.000 28.008 58.008 Produto C 45.000 43.906 88.906 Total 125.000 115.000 240.000 CUSTEIO POR ABSORÇÃO COM DEPARTAMENTALIZAÇÃO Comparação entre o custeio por absorção com e sem a departamentalização PRODUTO COM SEM Variação % Produto A 93.086 96.000 -3,04 Produto B 58.008 53.000 9,43 Produto C 88.906 91.000 -2,30 Total 240.000 240.000 CUSTEIO VARIÁVEL CUSTEIO VARIÁVEL Existem diversos problemas envolvidos na alocação arbitrária de custos indiretos (fixos, especialmente) aos produtos, podendo assim resumidos: - Elevado grau de subjetividade no rateio dos custos indiretos; - Grande chance de distorção no custo de determinados produtos (ou de todos); - Confusão para tomada de decisões gerenciais, entre outros. CUSTEIO VARIÁVEL Para minimizar esses problemas surgiu o Custeio Variável Nesse método, somente são alocados aos produtos os custos variáveis, ou seja, aqueles custos que variam em função do volume de produção; Os custos fixos são considerados como despesas do período e são lançados diretamente para o resultado do exercício. CUSTEIO VARIÁVEL MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Representa a quantia gerada pelas vendas capaz de cobrir os custos fixos e ter como resultado o lucro. A margem de contribuição é expressa em unidades monetárias (reais (R$), por exemplo) e pode ser apresentada na forma unitária ou total. É calculada pela diferença entre a receita e os custos e despesas variáveis. MC = PV – (CV + DV) CUSTEIO VARIÁVEL MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Unitária Total Receita de Vendas Preço de venda unitário (PVu) PV = PVu x Quantidade vendida (-) Custos e despesas variáveis Custo variável unitário (CVu) + Despesa variável unitária (DVu) CV = CVu x Quantidade Vendida DV = DVu x Quantidade Vendida (=) Margem de Contribuição Margem de Contribuição Unitária (MCu) MC = MCu x Quantidade produzida (-) Custos e despesas Fixas Custos e despesas fixos (=) Resultado do exercício Resultado do exercício CUSTEIO VARIÁVEL MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO A margem de contribuição torna clara como que cada produto contribui para o pagamento dos custos e das despesas fixas. CUSTEIO VARIÁVEL MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Exemplo 8: A Shoes SA é uma indústria de calçados responsável pela fabricação de botas e sapatos na região de São Paulo. O gestor da empresa apresentou a você em determinado período os seguintes dados: Botas Sapatos Quantidades Produzidas 5.000 4.000 Preço de Venda $ 100/un $ 80/un Material direto $ 40/ un $ 30/um MOD $ 5,5/ un $ 5,5/um Custos Fixos $ 16.500 CUSTEIO VARIÁVEL MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO O gestor possui uma verba para aplicar no marketing nos produtos, mas não pode aplicar nos dois, precisa escolher apenas um deles. Com base nos dados anteriores o gestor pediu que você lhe ajudasse a definir qual produto deveria ter a venda incentivada pela campanha de Marketing. Para isso, responda as seguintes questões: a) Calcule a Margem de Contribuição unitária de cada produto. b) Calcule a Margem de Contribuição Total de cada produto. c) Qual produto deve ter sua venda incentivada? Por quê? EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Exercícios 41 ao 46 CUSTEIO VARIÁVEL CUSTEIO VARIÁVEL O custeio variável é o método de custeio em que somente os custos variáveis de produção são considerados nos custos inventariáveis (estoques). Assim, todos os custos de produção fixos são excluídos dos custos inventariáveis: eles são custos do período em que ocorreram CUSTEIO VARIÁVEL REGRA DO CUSTEIO VARIÁVEL Apropriar os CUSTOS VARIÁVEIS, e somente estes! Portanto NÃO inclui os CUSTOS FIXOS OU DESPESAS! Observação: O cálculo da Margem de Contribuição considera Custos e Despesas Variáveis; mas o conceito de Custeio Variável considera, apenas, Custos Variáveis! CUSTEIO VARIÁVEL Não é aceito pelo Fisco, porém fornece importantes informações gerenciais: Margem de Contribuição: é a diferença entre as receitas e os gastos variáveis, representa a quantia gerada pelas vendas capaz de cobrir os custos fixos e ter como resultado o lucro. A margem de contribuição pode ser expressa em sua forma unitária, no total ou em índice. Ponto de Equilíbrio: Indica a capacidade mínima que a empresa deve operar para não ter prejuízo, por Martins (2010). Margem de Segurança: conforme Martins (2010) demonstra o quanto à empresa pode reduzir suas receitas sem ter prejuízo. CUSTEIO VARIÁVEL Exemplo 9: A ViaCouro SA. é uma empresa que produz malas. Em determinado período apresentou os seguintes dados: ViaCouro S.A. Quantidades Produzidas 1.000 un Quantidade Vendidas 800 un Couro $ 15/ un MOD $ 40/ un Custos Indiretos $ 1.000 Despesas de Venda $ 1.500 Preço de Venda $ 90/un CUSTEIO VARIÁVEL 1ª Etapa: Separar os custos e despesas ViaCouro S.A. Quantidades Produzidas 1.000 un Quantidade Vendidas 800 un Couro $ 15/ un MOD $ 40/ un Custos Indiretos $ 1.000 Despesas de Venda $ 1.500 Preço de Venda $ 90/un CUSTEIO VARIÁVEL 2ª Etapa: Separar os custos fixos dos variáveis ViaCouro S.A. Quantidades Produzidas 1.000 un Quantidade Vendidas 800 un Couro $ 15/ un MOD $ 40/ un Custos Indiretos $ 1.000 Despesas de Venda $ 1.500 Preço de Venda $ 90/un CUSTEIO VARIÁVEL 3ª Etapa: Os Custos Variáveis devem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados ViaCouro S.A. Mala Couro $ 15.000 MOD $ 40.000 Custos variáveis totais $ 55.000 CUSTEIO VARIÁVEL 4ª Etapa: Os Custos Fixos devem ser tratados conforme as Despesas e lançados diretamente no Resultado do período. ViaCouro S.A. Receita de vendas $ 72.000 (-) CPV $ 44.000 Couro $ 12.000 MOD $ 32.000 (=) Resultado bruto $28.000 (-) Custos Indiretos $ 1.000 (-) Despesas administrativas $ 1.500 (=) Resultado líquido $ 25.500 CUSTEIO VARIÁVEL Quando a quantidade vendida é menor que a quantidade produzida o LAIR é maior no custeio por absorção do que o custeio variável. Assim como a variação no estoque. ViaCouro S.A. Variável Absorção Receita de vendas $ 72.000 $ 72.000 (-) CPV $ 44.000 $ 44.800 Couro $ 12.000 $ 12.000 MOD $ 32.000 $ 32.000 (=) Resultado bruto $28.000 $27.200 (-) Custos Indiretos $ 1.000 $ 800 (-) Despesas administrativas $ 1.500 $ 1.500 (=) Resultado base para o IR/CSLL $ 25.500 $ 25.700 Estoque Variável Absorção variáveis $ 11.000 $11.000 Fixos 0 $200 Total $ 11.000 $11.200 CUSTEIO VARIÁVEL Vantagens 1. Lucratividade por produto, através da margem de contribuição. Que é o valor que cada unidade traz efetivamente à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputada sem erro; 2. Potencialidade de cada produto, mostrando como cada um contribui para amortizar os gastos fixos, e formar o lucro propriamente dito; 3. Mais eficaz para tomada de decisão CUSTEIO VARIÁVEL Desvantagens 1. Não é aceito pelo Fisco e pela legislação do Imposto de Renda; 2. Desacordo com principio da competência e confrontação FUNÇÃO LINEAR DE CUSTOS O custo pode possuir duas partes: uma fixa e outra variável. Podemos representar uma função custo usando a seguinte expressão: f(x) = aX + b ou C(x) = CvuX + CF Onde: a ou Cvu é igual ao Custo Variável unitário b ou CF é igual ao Custo Fixo total X = quantidade produzida FUNÇÃO LINEAR DE CUSTOS Exemplo 10 - Suponha que uma indústria ao produzir 150 unidades de um produto, gasta R$ 525, 00 e quando produz 400 unidades seus gastos são de R$ 700,00, então podemos afirmar que o custos fixos dessa indústria em reais, são: Sistema 525 = Cvu x 150 + CF 700 = Cvu x 400 + CF FUNÇÃO LINEARDE CUSTOS REPRESENTAÇÃO GRÁFICA R$ CT CV 420 CF 75 150 225 300 375 450 Quantidade MÉTODOS DOS PONTOS ALTOS E BAIXOS/ MÁXIMOS E MÍNIMOS Consiste em observar o comportamento tanto da produção de determinado período de tempo como dos custos semi variáveis correspondentes; Como a parcela dos custos fixos é constante, a diferença de custo de um período para outro será o custo variável da diferença da quantidade. MÉTODOS DOS PONTOS ALTOS E BAIXOS/ MÁXIMOS E MÍNIMOS Exemplo 11 - Considere uma empresa de Aço que possui um forno de tratamento térmico que utiliza óleo combustível. Mesmo parado o forno precisa ser mantido em uma temperatura constante, consumindo óleo combustível. Ao iniciar uma produção o consumo desse óleo aumenta ou diminui conforme o volume produzido. Como identificar a parcela fixa e a parcela variável do consumo de óleo? MÉTODOS DOS PONTOS ALTOS E BAIXOS/ MÁXIMOS E MÍNIMOS 1ª Etapa: Define-se um período de tempo para ser analisado, observe os dados a seguir: Meses Qtd Produção Custo Semi Variável JULHO 120.000 kg R$ 250.000 AGOSTO 130.000 kg R$ 262.500 SETEMBRO 110.000 kg R$ 237.500 OUTUBRO 150.000 kg R$ 287.500 NOVEMBRO 140.000 kg R$ 275.000 DEZEMBRO 100.000 kg R$ 225.000 MÉTODOS DOS PONTOS ALTOS E BAIXOS/ MÁXIMOS E MÍNIMOS 2ª Etapa: Identifica-se os extremos de custos e de produção (pontos altos e baixos): No caso, os valores dos meses de OUTUBRO e DEZEMBRO Meses Qtd Produção Custo Semi Variável JULHO 120.000 kg R$ 250.000 AGOSTO 130.000 kg R$ 262.500 SETEMBRO 110.000 kg R$ 237.500 OUTUBRO 150.000 kg R$ 287.500 NOVEMBRO 140.000 kg R$ 275.000 DEZEMBRO 100.000 kg R$ 225.000 MÉTODOS DOS PONTOS ALTOS E BAIXOS/ MÁXIMOS E MÍNIMOS 3ª Etapa: Calcula-se a diferença dos custos e a diferença da produção: Esse valor corresponde ao valor da parcela variável. Assim, o CVu será: CVu = CV / Qde Produzida CVu = 62.500/50.000 = R$ 1,25 Meses Qtd Produção Custo Semi Variável OUTUBRO 150.000 kg R$ 287.500 DEZEMBRO 100.000 kg R$ 225.000 Variação 50.000 Kg R$ 62.500 MÉTODOS DOS PONTOS ALTOS E BAIXOS/ MÁXIMOS E MÍNIMOS Para encontrar o Custo Fixo, basta substituir na função custo considerando os valores máximos ou mínimos, tal como segue. 287.500 = CF + 1,25 * 150.000 CF = 100.000 Ou 225.000 = CF + 1,25 * 100.000 CF = 100.000 Dessa forma, encontramos a função custo, que é: C(x) = 1,25x + 100.000 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Exercícios 47 ao 52 MÉTODOS QUANTITATIVOS São utilizados para resolverem: Rateio de custos fixos; Distribuição de custos de centros comuns para principais; Análise de relações custo / volume / lucro; Análise de variações entre orçado e real; Orçamentos probabilísticos; Otimização de utilização de capacidade limitada entre vários produtos MÉTODOS QUANTITATIVOS Existem quatro as abordagens para estimar o comportamento dos custos: Método da Engenharia Industrial: a função de custo é definida pela análise das relações entre insumos e produção em termos físicos. Também é chamado de método da medição do trabalho. Método da Entrevista: estima as funções de custo com base em análises e opiniões sobre os custos e seus direcionadores, obtidas de vários departamentos da empresa. MÉTODOS QUANTITATIVOS Método da Análise de Conta: utiliza o livro razão para estimar as funções custos. Neste método classifica e decompõe os custos para avaliá-los e isso deve ser feito por pessoas altamente conhecedoras das operações de produção. Análise Quantitativa das relações de custos, atuais ou passados: Método dos pontos altos e baixos (apresentado na aula anterior) e Análise de Regressão Essas abordagens não são mutuamente excludentes, podem ser usadas de forma combinada. MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR A Análise de Regressão é um método estatístico que mede o valor médio de variação da variável dependente (y) associada a uma variação unitária de uma ou mais variáveis independentes (x). A regressão simples ocorre quando se deseja estabelecer a relação entre uma variável dependente e uma variável independente. A regressão múltipla, ocorre quando se deseja estabelecer a relação entre uma variável dependente e várias variáveis independentes. MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR Exemplo 12 - A empresa Tapetes Elegantes fabrica tapetes para residências e escritórios e utiliza teares automatizados. Os custos em determinado período totalizaram: MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR Meses Custo MOI Horas - Máquina 1 1.190 68 2 1.211 88 3 1.004 62 4 917 72 5 770 60 6 1.456 96 7 1.180 78 8 710 46 9 1.316 82 10 1.032 94 11 752 68 12 963 48 MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR GRÁFICO DE DISPERSÃO R$ 1.500 y = ax + b ou CT = Cvux + CF 1.300 1.100 900 600 40 50 60 70 80 90 100 Quantidade MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR CVu ou a = CF ou b = n = números de observações (no caso da Tapetes Elegantes, são 12 meses) Sx = soma dos valores dados de X = 68 + 88 +..........+ 48 = 862 Sx² = soma dos quadrados dos valores dados de x² = 64.900 Sy = soma dos valores dados de Y = 1.190 + 1.211 + ...... + 963 = 12.501 Sxy = soma das quantias obtidas multiplicando cada um dos valores dados de x pelo valor observado associado de y. Meses Y X X . Y X² 1 1.190 68 80.920 4.624 2 1.211 88 106.568 7.744 3 1.004 62 62.248 3.844 4 917 72 66.024 5.184 5 770 60 46.200 3.600 6 1.456 96 139.776 9.216 7 1.180 78 92.040 6.084 8 710 46 32.660 2.116 9 1.316 82 107.912 6.724 10 1.032 94 97.008 8.836 11 752 68 51.136 4.624 12 963 48 46.224 2.304 Total 12.501 862 928.716 64.900 MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR CVu ou a = CF ou b = CVu ou a = = 10,31 CF ou b = = 300,98 Y = 10,31 X + 300,98 MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR O método de regressão é mais preciso do que o método máximo e mínimo porque a função estima os custos usando informações de todas as observações, ao passo que a função do alto-baixo usa informações de apenas duas. Meses Y X 6 1.456 96 8 710 46 Diferença 746 50 MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR Comparação entre o métodos dos pontos altos e baixos e a regressão linear. Esse valor corresponde ao valor da parcela variável. Assim, o CVu será: CVu = CV / Qde Produzida CVu = 746/50 = R$ 14,92 MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR Comparação entre o métodos dos pontos altos e baixos e a regressão linear. 1.456 = 14,92 x 96 + CF CF = 1.456 – 1.432,32 CF = 23,68 CT = 14,92 X + 23,68 Meses Y X 6 1.456 96 8 710 46 Diferença 746 50 MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR Função pelo Método do ponto alto e baixo CT = 14,92 X + 23,68 Função pelo Método por Regressão Linear CT = 10,31 X + 300,98 Meses Custo MOI Horas - Máquina 2 1.211 88 MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR Função pelo Método do ponto alto e baixo CT = 14,92 (88) + 23,68 = 1.336,64 Função pelo Método por Regressão Linear CT = 10,31 (88) + 300,98 = 1.208,26 Meses Custo MOI Horas - Máquina 2 1.211 88 MÉTODOS DE ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR Etapas para determinar a Função Custo: 1ª Etapa: Escolha da Variável Dependente, ou seja, aquele valor a ser previsto
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