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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Pós-graduação em Gestão Fiscal e Tributária Disciplina: Gestão dos Impostos Sobre Consumo Professor: Gustavo da Mata Alunos: Evandro Alves Machado, Mariana Ferreira Ribeiro, Renata Silva de Araújo, Romulo de Oliveira Souza, Thayná Evangelista Santos. Trabalho Grupo 5 Tema: Dissertar sobre o IPI, abortando as suas características gerais e seus aspectos material (materialidade – fato gerador, imunidades, isenções), espacial (local em que se considera realizado o fato gerador), temporal (momento em que se considera realizado o fato gerador), pessoal (sujeitos ativo e passivo) e quantitativo (base de cálculo e alíquotas). O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), está previsto no art. 153, IV, da Constituição Federal, pois, incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros importados que passaram por algum processo de industrialização. É um tributo de competência federal no qual somente a União pode cobrá-lo e tem caráter extrafiscal. A materialidade do seu fato gerador é a industrialização, considerando-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação, mesmo incompleta, parcial ou intermediária, que lhe modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo. Conforme o Art. 18 do decreto Nº 7.212, de 15/06/2010, são imunes da incidência do imposto: I) Os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão; II) Os produtos industrializados destinados ao exterior; III) O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial (Constituição Federal, art. 153, § 5º) ; e IV) A energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. Se a imunidade estiver condicionada à destinação do produto, e a este for dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do imposto e da penalidade cabível, como se a imunidade não existisse. Pela Lei 8.989, de 1995, têm isenção do IPI os automóveis de passageiros de fabricação nacional, equipados com motor de cilindrada não superior a 2.000 cm³, de, no mínimo, quatro portas, movidos a combustível de origem renovável, sistema reversível de combustão ou híbrido e elétricos, quando adquiridos por motoristas profissionais e cooperativas que trabalhem com transporte autônomo de passageiros, além de pessoas com deficiência. Pela legislação vigente, os acessórios opcionais do carro não são isentos de IPI. Mas o substitutivo aprovado garante a isenção sobre acessórios opcionais utilizados para a adaptação do veículo ao uso por pessoa com deficiência. O aspecto espacial indica o lugar em que terá que ocorrer o fato gerador, que deverá situar-se dentro dos limites territoriais a que a pessoa política tem a competência tributária. Deste modo tendo como exemplo a União o aspecto espacial é todo território Nacional que define a cobrança do imposto que será aplicada dentro do território nacional ou sobre produtos industrializados fora o país, mas importados e comercializados no respectivo território nacional. Como efeito o aspecto espacial surge como condicionante do aspecto material, pois limita a aplicabilidade da hipótese tributaria em determinado espaço, em determinado território. Tendo duas as principais hipóteses de ocorrência do fato gerador: I) Na importação: o desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeira II) Na operação interna a Saída de produto de estabelecimento industrial ou equiparado a indústria. Conforme descrito no artigo 46 do Código Tributário Nacional os aspectos temporais deste imposto são: I) O seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II) A sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; III) A sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. Temos também o sujeito ativo do IPI no qual compete à União, conforme artigo 46 do Código Tributário Nacional. No artigo 51 do CTN, informa que o contribuinte do IPI é o importador, ou quem a lei a ele equiparar; o industrial quem a lei a ele equiparar; o comerciante de produtos sujeitos ao imposto e que os forneça ao importador ou industrial supracitados; e o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. Este artigo em seu parágrafo único ainda informa que para os efeitos do IPI, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante. Em relação à expressão “ou quem a lei a ele equiparar” mencionada no parágrafo anterior, o decreto nº 7.212 de 2010 em seu artigo 8º define estabelecimento industrial como o que executa qualquer das operações referidas no art. 4 o , de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento. Em seus incisos, o artigo destaca quem são os considerados equiparados ao estabelecimento industrial, como, por exemplo: A) os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma; (Inciso II); B) os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saída a esses produtos; C) os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiros, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos; dentre outros. Esse mesmo decreto, em seu artigo 25º, determina os responsáveis pelo pagamento do tributo, e em quais situações, podendo ser destacados: A) O transportador, em relação aos produtos tributados que transportar, desacompanhados da documentação comprobatória de sua procedência; B) O possuidor ou detentor, em relação aos produtos tributados que possuir ou mantiver para fins de venda ou industrialização, nas mesmas acima; C) Os estabelecimentos que possuírem produtos tributados ou isentos, sujeitos a serem rotulados ou marcados, ou, ainda, ao selo de controle, quando não estiverem rotulados, marcados ou selados D) Os que desatenderem as normas e requisitos a que estiver condicionada a imunidade, a isenção ou a suspensão do imposto; dentre outros. O decreto ainda prevê a possibilidade de um responsável como contribuinte substituto, em seu artigo 26º. Conforme o decreto, é ainda responsável, por substituição, o industrial ou equiparado a industrial, mediante requerimento, em relação às operações anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que promover, nas hipóteses e condições estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Finalmente, em seu artigo 27º, o Decreto prevê a possibilidade de existência de responsáveis solidários pelo IPI, conforme situações determinadas em seu inciso, como: A) Um contribuinte substituído conforme o artigo 26º, mas cujo substituto esteja inadimplente com o tributo; B) O adquirente ou cessionário de mercadoria importada beneficiada com isenção ou redução do imposto pelo seu pagamento e dos acréscimos legais; C) O adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora, pelo pagamento do imposto e acréscimos legais; dentre outros. O aspecto quantitativo determina o quando devido, ou seja, especifica quanto o contribuinte poderá pagar o quando o sujeito ativo deverá exigir, é composto pela base de cálculo e alíquota. Conforme descrito no art. 47 do CTN a base de cálculo do imposto é: I) no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II) do artigo 20, acrescido do montante: A) do imposto sobre a importação; B) das taxas exigidas para entrada do produto no País;C) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II) no caso do inciso II do artigo anterior: A) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; B) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação. A Alíquota do IPI varia de 0% a 30%, de acordo com o produto vendido, conforme descrito no art. 10 e 11 da Lei Nº 7.798 de 10/07/1989 Art. 10. Ficam sujeitos ao IPI, à alíquota zero, independentemente de sua forma de apresentação, acondicionamento, estado ou peso, os produtos relacionados nos Anexos IV e V. Art.11.Serão tributados independentemente sua forma de apresentação, acondicionamento estado ou peso: I) À alíquota de dez por cento, os produtos dos códigos 2309.90.0501 e 2309.90.0503 da TIPI; II) À alíquota zero, os demais produtos do código 2309.90 da TIPI. A formula para calcular o IPI é = Base de cálculo (Valor do produto + Frete + Seguro + Outras Despesas Acessórias) * (Alíquota / 100) Exemplo: Uma empresa que vende um produto pelo valor de R$ 1000,00 com despesas acessórias de R$ 250,00 e uma alíquota de 10% deverá recolher um total de R$ 125,00: IPI = R$ 1.250 * 10% = R$ 125,00
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