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Disciplina Prática de Ensino em Pedagogia - Educação Básica Apresentação Na disciplina Prática de Ensino em Pedagogia – Educação Básica, trabalharemos a prática do ensino no exercício da docência nas etapas da educação infantil e da primeira fase do ensino fundamental, na educação de jovens e adultos e nos processos educativos em empresas e organizações não escolares. Dessa forma, estudaremos temas importantes como: os conceitos de educação, pedagogia e didática, a discussão sobre o planejamento, a atuação docente, a prática pedagógica e sua produção na escola, as abordagens pedagógicas existentes no processo educativo e a articulação entre o processo de produção e aplicação de conhecimentos e a realidade cultural e pedagógica. As atividades propostas aqui têm como objetivo pedagógico fazer o vínculo direto e permanente com outros componentes curriculares do curso e com as demandas sociais da educação básica contemporânea e de outros processos educativos que acontecem fora do ambiente escolar. Esta disciplina é parte integrante do núcleo de formação pro�ssional do licenciado e tem a �nalidade de desenvolver e aprofundar o seu conhecimento sobre as práticas docentes na área educacional dentro e fora da escola, articulando de maneira didática os processos de produção de conhecimentos com a realidade vivenciada e ainda oferecer atividades que promovam o processo de re�exão-ação sobre as práticas pedagógicas na escola, como prescrevem as DCNs de 2015. Objetivo Discutir a prática de ensino em pedagogia mediante o exercício do estágio supervisionado em ambiente escolar nos níveis de ensino: educação infantil, ensino fundamental I, ensino médio na modalidade de curso normal, na educação pro�ssional e no EJA; Reconhecer a participação do pro�ssional pedagogo na produção e difusão do conhecimento cientí�co-tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não escolares; Analisar a formação dos professores mediante os desa�os atuais da docência, suas competências e as relações entre currículo, planejamento e avaliação para pensar metodologias de ensino que atendam às diversidades dos diferentes sujeitos em seus percursos de aprendizagens. Conteudista Marta Teixeira do Amaral Montes Currículo Lattes Validador: Rodrigo dos Santos Rainha https://lattes.cnpq.br/7207700111214487 Resumos Aula 1: Estágio como momento de aprendizado e re�exão Discutiremos o campo de estágio e a importância desta experiência para a formação do pedagogo que atuará em uma diversidade de ambientes e atividades distintas, passando pela docência, gestão escolar, processos educativos em organizações não escolares. Também veremos o caderno de campo e o relatório de estágio. Aula 2: Docência como pro�ssão Veremos que a docência é uma pro�ssão e que o professor tem uma identidade, especialmente o pedagogo que tem uma formação ampla e diversi�cada. Também estudaremos sobre a formação inicial e continuada de professores e a importância da e�cácia desses processos para o bom desenvolvimento do trabalho docente. Aula 3: Estágio como formação docente inicial Discutiremos a importância do estágio na formação acadêmica e pro�ssional inicial: atividade fundamental na qual você terá chance de vivenciar o cotidiano escolar e a sala de aula. Essa etapa se apresenta como um momento fértil para repensar as práticas educativas e conhecer um pouco do cotidiano escolar e suas dinâmicas. Aula 4: Docência na educação infantil à luz da BNCC Analisaremos as novas orientações curriculares tendo como referência a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) para tratar da realidade educacional brasileira nos diferentes contextos, discutindo situações e estudos de caso da Educação Infantil ou de Anos Iniciais do Ensino Fundamental na escola brasileira. Para isso, conheceremos a organização curricular e o uso de projetos. Aula 5: Formação e competências docentes para a educação infantil Estudaremos as competências para a educação infantil articulada com a formação de professores, as Diretrizes da Educação Básica de 2015. Discutiremos ainda as especi�cidades do trabalho com a educação infantil e os eixos da educação básica apresentados pela BNCC. Aula 6: Oralidade, leitura e produção escrita nos iniciais do ensino fundamental Ainda com base nos novos eixos sinalizados na BNCC, analisaremos o processo de oralidade, leitura e produção escrita nos anos iniciais do ensino fundamental. Outro ponto importante que discutiremos é acerca das diretrizes propostas e referenciadas pela BNCC para a área de linguagens. Aula 7: Matemática, ciências da natureza e humanas e ensino religioso na BNCC Discutiremos as áreas de conhecimento da matemática, das ciências da natureza e das ciências humanas e do ensino religiosos propostos na BNCC e estabeleceremos relações entre o planejamento e a avaliação nessas disciplinas, a �m de analisarmos como acontece a aprendizagem no ensino fundamental. Aula 8: Construção participativa na educação básica Analisaremos a perspectiva democrática de gestão na educação básica e a função social do gestor escolar ou diretor de escola, que precisa ter uma visão extensa para dar conta dos processos �nanceiros, sociais, culturais, intelectuais, administrativos e inclusivos referentes à sua atividade educacional. Aula 9: Estágio e concepções teórico-metodológicas na prática docente Reconheceremos a importância do estágio em pedagogia por meio da observação crítica da didática e das concepções teórico-metodológicas na prática docente. Veremos também as abordagens pedagógicas do planejamento e do processo educativo, com ênfase na inclusão escolar. Aula 10: Ações educativas em ambientes escolares Identi�caremos as características do processo de ensino: objetivos, conteúdos e competências. Além disso, veremos os componentes do processo didático: plano de curso, de unidade e de aula. Falaremos ainda sobre a formação para a diversidade: uma discussão sobre cultura, etnia e igualdade entre os diferentes (educação especial). Prática de Ensino em Pedagogia – Educação Básica Aula 1: Estágio como momento de aprendizado e re�exão Apresentação A experiência do estágio em pedagogia precisará, continuamente, relacionar a teoria estudada na universidade e a prática que você observará nos vários campos em que atuará. Você será levado a pesquisar e a observar determinados fatos e detalhes, para ter uma experiência acerca das práticas de ensino em pedagogia e seus mais variados campos de trabalho. O estágio é uma etapa básica de construção de conhecimento, aprendizado, re�exão e uma importante ocasião para desenvolver uma pesquisa de campo que lhe auxiliará nessa articulação entre teoria e prática. Então, vamos conhecer um pouco sobre o estágio em pedagogia e suas especi�cidades? Objetivo Reconhecer a importância do estágio como uma experiência necessária para a formação do pedagogo que atuará em ambientes diversos; Identi�car o momento do estágio como processo de construção de conhecimento, aprendizado, re�exão e pesquisa de campo que auxiliará o estudante na análise entre teoria e prática; Descrever os procedimentos básicos do estágio, como campo do estágio, caderno de campo e relatório de estágio. Fonte: shutterstock A lei do estágio Para iniciarmos nossa jornada nesta disciplina, é importante conhecermos a lei que regulamenta o estágio: a Lei n°11.788, de 25 de setembro de 2008. Essa lei de�ne o estágio como o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do estudante. Por esse motivo, os estágios que você realizará no curso de Pedagogia são procedimentos básicos, necessários e integrantes de sua formação e fazem parte do Projeto Pedagógico do curso de Pedagogia da Estácio, sendo pré-requisito para sua aprovação no curso e obtenção do seu diploma. AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online Dica Quando for ao campo de estágio, entre com muito a�nco e dedicação. Retire desse momento de estágio experiênciasque sejam produtivas e tenha um olhar re�exivo no campo de estágio. Pense, re�ita, tire conclusões, proponha soluções para a área da educação, seja ela no espaço escolar ou fora dele. Dúvidas frequentes Por ser o estágio uma questão legal e obrigatória, vamos esclarecer logo algumas possíveis dúvidas? Clique nos botões para ver as informações. Em escolas de educação infantil, fundamental I, classe especial, educação pro�ssional, EJA, gestão escolar e espaço não escolares. Onde posso estagiar tomando por base essa disciplina? Você estabelecerá sua carga horária diária. Mas lembre-se de que você não pode estagiar mais do que 6 horas por dia. Quantas horas posso estagiar por dia? javascript:void(0); Para entrar no campo de estágio, você deverá realizar alguns procedimentos básicos. A primeira ação é conhecer o portal Estácio Carreiras e ler com cuidado todas as informações disponíveis nele. A segunda ação é providenciar o Termo de Compromisso de Estágio (TCE) com todas as informações exigidas por lei. Por isso, não perca tempo e leia em Estácio Carreiras todas as informações para preencher seu TCE corretamente. Repare que, de acordo com a lei do estágio, você não poderá iniciar o seu sem o TCE. Para isso, você precisa abrir um requerimento solicitando a assinatura do TCE. Por onde começo meu estágio? A avaliação de sua prática de ensino em Pedagogia será por meio de �chas e do relatório que você elaborará com as informações e observações dos campos dos estágios. Dessa maneira, você, quando �zer a prática de estágio, precisará entregar, na conclusão do estágio, a documentação comprobatória (�cha de avaliação do estagiário, �cha de frequência e declaração de horas de estágio) e o Relatório de estágio. Os documentos deverão ser entregues por requerimento. Como é a avaliação nas práticas de ensino em Pedagogia? O plano de atividades é um documento em que você deverá apresentar os objetivos e o planejamento de como o seu estágio ocorrerá. Nele, você de�nirá os objetivos que deseja alcançar em cada estágio e as atividades que prevê na realização do seu estágio. O que é o plano de atividades? O diário de campo e a escrita do relatório AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online Video Vamos começar este assunto assistindo ao vídeo “Como fazer diário de campo” para veri�car a �nalidade do caderno de campo no âmbito do estágio supervisionado. Ao assisti-lo, prontamente entende-se que o diário de campo é um caderno em que você registrará as informações importantes observadas na escola, ou seja, no seu campo de pesquisa. Pesquisa? Sim, ao estagiar você tem um tempo precioso para pesquisar e re�etir sobre diversos temas ligados à educação e às práticas pedagógicas. javascript:void(0); javascript:void(0); O caderno de campo é um instrumento que pode ser utilizado no estágio, mas também todas as vezes que você �zer pesquisa. Serve para você anotar suas observações, ideias, re�exões, comentários, articulações com textos lidos sobre o que está observando no estágio ou na pesquisa em desenvolvimento. Nesse caderno, você também pode colar fotos, fazer esquemas, diagramas. Tudo que for facilitar o seu estudo e pesquisa. Além de anotar pontos importantes, o caderno de campo também é um espaço para você descrever e re�etir sobre problemas observados ou que vão surgindo ao longo do seu estágio. Nele, você ainda pode sugerir possíveis soluções para os problemas vistos. Esses fatos anotados servirão não somente para a construção de seu relatório de estágio, mas, sobretudo, para você pensar sobre as questões da área da educação. No diário de campo, portanto, você apontará todas as principais informações para montar seu relatório de estágio. Dica Como sabemos que a prática do estágio precisa estar relacionada ao fundamento teórico visto nas aulas, é muito importante que, ao anotar uma observação, você, imediatamente, a relacione com um teórico ou uma discussão conceitual realizada nas aulas. Se assim você �zer, durante as anotações, ao �nal do estágio seu relatório já estará com bastante material concreto para a elaboração do conteúdo do documento. Escrever é um hábito Outro ponto positivo sobre o caderno de campo é que ele facilita a criação do hábito de escrever e observar com atenção, descrever com precisão e re�etir sobre os acontecimentos observados. Veja alguns exemplos de diários de campo: Fonte: eco-antropologia Fonte: agriculturaemar Saiba mais Para ver outros exemplos de cadernos em pesquisa acesse esta caderneta de campo <https://pt.slideshare.net/popecologia/caderno-7276572> . A técnica do caderno de campo pode ser utilizada também por professores como metodologia didática para a aprendizagem de crianças. Veja o exemplo do projeto ecoweb <https://projetoecoweb.wordpress.com/wet-lands/4/> . Se você deseja conhecer mais sobre a metodologia ativa de cadernos de campo com crianças acesse também a APICE <//apice.febrace.org.br/> e faça um curso gratuito sobre orientação de projetos. Como fazer o caderno de campo? Como roteiro, por exemplo, você pode dividir a estrutura dos registros em três partes: Cabeçalho – com data, horário do início e do �m da atividade e local onde ocorreu a atividade. Descrição da atividade ou do fato – com textos, observações, diagramas, grá�cos, imagens, referências, vídeos, tabelas etc. Re�exão sobre os resultados alcançados – pode conter as anotações sobre a forma como a atividade foi conduzida, o efeito causado no processo de desenvolvimento da atividade e os próximos passos sugeridos. Principalmente, nesse momento, deve ter a vinculação entre o fato observado e a teoria vista nas aulas, com referências e citações. Clique nos botões para ver as informações. javascript:void(0); javascript:void(0); https://pt.slideshare.net/popecologia/caderno-7276572 https://projetoecoweb.wordpress.com/wet-lands/4/ https://apice.febrace.org.br/ Um registro e�ciente do campo é aquele que: Faz uma descrição exata da atividade observada; Identi�ca o contexto do registro: dia, hora, local, executores. Concentra a descrição do registro em seus aspectos essenciais. Inclui uma re�exão crítica e comentários signi�cativos. Como fazer um bom registro de campo? A observação no estágio supervisionado é uma maneira de coletar dados de pesquisa que consiste na contemplação de atividades diretamente vinculadas a instituições educativas escolares e não escolares, nas ações didáticas realizadas no interior da sala de aula ou fora dela (atividades extraclasses). Apesar de muito utilizada como atividade de estágio nos cursos de graduação, a observação nem sempre se con�gura como ferramenta signi�cativa para a formação pro�ssional. Por quê? Porque, ao observar uma situação, mesmo com todos os cuidados, a presença do estagiário é fator de interferência na situação que está sendo observada. Esta possibilidade é muito expressiva no caso da observação de aulas. Também, ao descrever uma situação, evento ou experiência, o observador fala de sua percepção. Portanto, há um signi�cativo grau de subjetividade nesse procedimento. Para que a observação se constitua em uma atividade relevante na formação pro�ssional, é importante que ela seja cuidadosamente planejada. Quantas horas posso estagiar por dia? Isso signi�ca considerar algumas questões, mesmo quando a observação é livre, isto é, sem um roteiro formal e previamente de�nido: 1 Qual o objetivo da observação que estou fazendo? Essa pergunta está relacionada à avaliação da observação, ou seja, se o tempo que você está observando será signi�cativo para a sua formação de estagiário e futuro professor. 2 O que devo observar? Nessa indagação é importante considerar que a observação de pessoas criará, inevitavelmente, um grau de alteração no fenômeno observado ou em determinada situação. Portanto, em tais momentos, será preciso uma concordância dos sujeitos e das instituições que se pretende observar. 3 4 Como devo proceder durante a observação? Você, como estagiárioque se propõe a observar, deve �car realmente observando como os fatos acontecem, sem fazer nenhuma intervenção. Poderá participar do processo caso o professor lhe convide para isso. Caso seja solicitado pelo professor, seja prestativo, caprichoso e responsável. Quais instrumentos de coleta de dados posso utilizar? A observação é um importante instrumento para coletar dados, mas você também pode coletá-los por meio de questionários ou entrevistas com professores, funcionários etc. Agora, conheça alguns episódios em que a observação pode ser uma ferramenta fundamental para que você conheça melhor o campo de estágio, re�ita e possa agir com mais conhecimento quando estiver lecionando. Você deve: 1 Observar as relações de ensino-aprendizagem na sala de aula e nas atividades extraclasses e extracurriculares. 2 Observar a estrutura e funcionamento da escola, visando identi�car as relações interpessoais deste espaço. 3 Entrevistar professor, diretor, funcionários, alunos e pais de alunos sobre diversos aspectos da educação. 4 Observar reuniões de coordenação pedagógica, associação de pais e mestres, conselho de escola e outras instituições escolares. 5 Investigar aspectos que constituem di�culdades de aprendizagem em determinada série escolar ou na escola como um todo. 6 Re�etir sobre as causas de evasão escolar nos diferentes níveis de escolaridade. 7 Analisar os resultados de avaliação dos alunos e pesquisar avaliações de grande escala no Brasil, como a Prova Brasil. Fonte: shutterstock 8 Conhecer como acontecem os processos educativos em empresas e organizações não escolares. 9 Entender como acontece a atuação do pedagogo em empresas e suas funções educacionais e de planejamento. Teoria do conhecimento posta em prática Os diários de campo não são apenas locais de anotação de fatos ou situações. Ao contrário, eles fazem parte de linhas de pesquisa baseadas em documentos pessoais ou narrações autobiográ�cas. Por isso, os registros no diário de campo durante o estágio podem ser entendidos como ocorrências de investigação e, portanto, de pesquisa. Durante o estágio há a perfeita articulação entre a prática da escola e a teoria sobre escola discutida na universidade. Segundo Paulo Freire (1989), teoria e prática fazem parte de uma única unidade, pois teoria sem prática é verbalismo, assim com a prática sem teoria é ativismo, ou seja, ação sem vigilância da re�exão: "(...) daí o seu gosto pela sloganização, que di�cilmente ultrapassa a esfera dos mitos e, por isso mesmo, morrendo nas meias verdades, nutre-se do puramente relativo a que atribui valor absoluto." FREIRE, 1989, p.50. Mas, ainda de acordo com Freire (1989), quando unimos as duas, temos a práxis: ação criadora e modi�cadora da realidade. Entendeu? Quando você realiza sua prática de estágio, essa ação é uma teoria do conhecimento posta em prática. É isso que Paulo Freire quer dizer quando diz que a prática não pode existir sem a teoria e vice-versa. Por isso, o olhar no campo de pesquisa precisa estar embasado nas teorias estudadas, porque a junção de prática (às vezes realizada sem pensar, sem racionalizar) só pode ser efetiva e gerar resultados educativos se estiver vinculada a uma discussão teórica. Ou seja: Ação prática + teoria = práxis Atenção A práxis é, nesse sentido, uma ação mobilizadora, que nos faz entender a vida por uma visão investigativa e nos propõe uma mudança para uma realidade melhor daquela que a nos é imposta. Portanto, a práxis precisa ser experimentada, vivida e aprendida continuamente, por meio de um processo cíclico de aprendizagem experimental, como esse que você está fazendo agora em seu estágio. Características de um bom relatório Para elaborar um bom relatório, você deve: AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online O início da escrita do relatório Antes de iniciar a escrita do relatório, você precisa reler seu caderno de campo e reunir todo o material que utilizará nesse processo. O texto de seu relatório de estágio deve ser dividido em três partes: Elementos pré-textuais: Elementos textuais: Elementos pós-textuais: Capa; Agradecimentos (opcional); e Sumário. Introdução; Apresentação da escola; Síntese das atividades; Descrição; Articulação teórica e re�exão; e Considerações �nais. Referências; Anexos (opcional). Leitura Con�ra algumas informações sobre os Elementos textuais e pós-textuais. Atividade 1. Ana Cristina está no 5º período de pedagogia na Estácio. Iniciou seu estágio supervisionado e planejou estagiar 8 horas por dia para adiantar a conclusão desse estágio. Ao ler essa informação você conclui que: I – Ana não pode cursar 8 horas por dia de estágio de acordo com a legislação em vigor. II – Ana está correta em estagiar 8 horas e adiantar o término do estágio. III – Ana só poderá estagiar, no máximo, 6 horas por dia, de acordo com a Lei n° 11.788/08. A única alternativa que contém o(s) item(ns) correto(s) é: a) I e III b) I e II c) Somente a I d) Somente a II e) Somente a III javascript:void(0); 2. Ana Paula, começou seu estágio em uma escola municipal perto de sua casa. Hoje é seu primeiro dia. Ela já preparou seu caderno de campo para fazer todos os registros referentes ao seu período de estágio. Para Ana Paula realizar um bom registro de campo, ela precisa: I – Fazer uma descrição exata das atividades observadas. II – Fazer a identi�cação do contexto de registro. III – Concentrar a descrição do registro em seus aspectos essenciais. IV – Abrir mão da re�exão crítica nesse momento, porque ela só será importante na escrita do relatório. Após analisar todas as a�rmativas acima, assinale a única alternativa que contém o(s) item(ns) correto(s) em relação ao caderno de campo: a) I, II e III estão corretas b) I e II estão corretas c) Somente a I está correta d) I, III e IV estão corretas e) I, II e IV estão corretas 3. Ana Paula já terminou seu estágio na escola municipal. Agora ela começará a escrever seu relatório. Dentre as a�rmativas abaixo, quais delas Ana Paula precisa observar com muita atenção para elaborar um bom relatório? I – Relatar os fatos observados de maneira precisa, sem exagero ou sucintez. II – Redigir o relatório com uma linguagem clara, simples e em 3ª pessoa. III - Dividir seu relatório em três partes: pré-textual, textual e pós-textual. IV – Evitar colocar anexos para não deixar seu relatório muito grande. Após analisar todas as a�rmativas acima, assinale a única alternativa que contém o(s) item(ns) correto(s) em relação à elaboração do relatório: a) I, II e III estão corretas b) I e II estão corretas c) Somente a I está correta d) I, III e IV estão corretas e) I, II e IV estão corretas Notas Empírica 1 Baseada na experiência direta e na observação, sem comprovação cientí�ca. Ga-Sur 2 Cientistas acreditam que a localidade que recebia este nome no passado é atualmente o Iraque. quem faz o mapa 3 O pro�ssional que elabora as cartas geográ�cas é chamado de “cartógrafo”. Na época dos Descobrimentos era denominado "cosmógrafo" e considerado muito importante. Idade Média 4 Período da história da Europa entre os séculos V e XV. Antiguidade Clássica 5 Período da história da Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C. e vai até a queda do Império Romano do Ocidente no século V d.C.Referências BRASIL. Casa Civil. Lei nº11.788, de 25 de setembro de 2008. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2008/lei/l11788.htm. Acesso em: 2 maio 2019. BRASIL. MEC. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: //basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 2 maio 2019. BRASIL. MEC. Resolução CNE/CP n°1, de 15 de maio de 2006. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Disponível em: //portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acesso em: 2 maio 2019. BURIOLLA, Marta A. Feiten. O Estágio Supervisionado. São Paulo: Cortez, 2001. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. São Paulo: Paze Terra, 1989. Disponível em: //www.dhnet.org.br/direitos/militantes/paulofreire/livro_freire_educacao_pratica_liberdade.pdf. Acesso em: 2 maio 2019. KOLB, David. Experiential learning. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice Hall, 1984. RABAGLIO, Maria Odete. Gestão por competências. São Paulo: Qualytimark, 2015. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); Próxima aula Pro�ssão professor; Formação ampla e diversi�cada do pedagogo; Formação inicial e continuada de professores; Importância da e�cácia desses processos para o bom desenvolvimento do trabalho docente. Explore mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, assista aos seguintes vídeos: A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação?, de Celso João Ferretti. Ensino de Ciências dá capacidade de análise crítica, de Rose Talamone. Acesse também imagens do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS) <//www.cbers.inpe.br/> . javascript:void(0); javascript:void(0); https://www.cbers.inpe.br/ Prática de Ensino em Pedagogia – Educação Básica Aula 2: Docência como pro�ssão Apresentação Nesta aula, entenderemos que a docência é uma pro�ssão e que o professor, especialmente o pedagogo, tem uma identidade que o distingue como professor e pro�ssional da Educação. O pedagogo tem uma formação ampla e diversi�cada que o capacita a transitar em vários espaços pro�ssionais na área da docência, da gestão escolar, gestão de projetos, gestão de processos educacionais e também de produção de conteúdo para internet e atualmente para games. Também estudaremos sobre a formação inicial e continuada de professores e a importância da e�cácia desses processos para o bom desenvolvimento do trabalho docente. Objetivo Explicar a docência e a atuação do pedagogo como uma pro�ssão que tem identidade e características próprias; Descrever as diretrizes do curso de pedagogia e da área de atuação do pedagogo; Reconhecer a importância da formação inicial e continuada de professores e a relevância da e�cácia desses processos para o bom desenvolvimento do trabalho docente. Fonte: shutterstock A identidade do pedagogo Ser pedagogo atualmente é ser um pro�ssional que tem uma ampla formação e que estudou diversos campos teóricos, como: didática, psicologia, antropologia, sociologia, administração etc. Portanto, o curso de licenciatura em pedagogia trabalha de forma analítica para proporcionar ao egresso uma visão geral das várias áreas em que pode atuar. Veja onde você poderá atuar, segundo a Resolução CNE/CP n°1: AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online O curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Pro�ssional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. Parágrafo único. As atividades docentes também compreendem participação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando: I - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor da Educação; II - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos e experiências educativas não escolares; III - produção e difusão do conhecimento cientí�co-tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não escolares. (Art. 4º da Resolução CNE/CP nº 1) 1 Na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino. 2 Na gestão escolar. 3 Na orientação e coordenação pedagógica. 4 Em projetos educativos em organizações não escolares. 5 Na produção de conhecimento cientí�cos em vários ambientes, como empresas, museus, editoras, ONGs etc. Comentário javascript:void(0); Como você pode perceber, ao concluir o curso de pedagogia, estará apto a atuar em escolas, seja na docência ou na gestão escolar, na orientação educacional ou na coordenação pedagógica. Por isso, é muito importante que você estude sobre esses assuntos e os observe na prática. O estágio lhe proporcionará a oportunidade de conhecer a escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para a cidadania. Também lhe proporcionará oportunidade de pesquisar, analisar e aplicar os resultados de suas pesquisas na área da educação. O estágio ainda lhe possibilitará observar e participar da gestão de processos educativos da escola e fora dela, como em empresas, hospitais, editoras, produtores de games, museus etc. Todos esses são pontos fundamentais na atuação do pedagogo na atualidade. Fonte: shutterstock O estágio e a formação inicial Para alguns alunos dos cursos de pedagogia, o momento do estágio é o contato inicial como pesquisador-estagiário com a escola e, certamente, com as especi�cidades e questões pedagógicas, culturais, sociais que ela apresenta. Por esse motivo, o estágio não é só o tempo de unir teoria à prática, mas, sobretudo, um período de re�exão sobre a natureza do trabalho do pedagogo. AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online Veja que, de acordo com a Resolução CNE/CP nº 1, que institui as diretrizes para o curso de pedagogia, o estágio deve proporcionar durante o curso uma gama de experiência e atividades relacionadas à pratica pro�ssional, seja em espaço escolares ou não escolares. Essas atividades precisam ampliar e consolidar comportamentos sociais e laborais coerentes com atitudes éticas e desenvolver competências que são exigidas no mundo contemporâneo. Além disso, o estágio em pedagogia deve privilegiar, prioritariamente, a observação das atividades educativas e sociais na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Deve também proporcionar oportunidades para o estagiário observar cursos do ensino médio normal e entender como acontecem as atividades nas disciplinas pedagógicas dessa modalidade, bem como entrar em contato com a realidade da educação pro�ssional e da educação de jovens e adultos. Por �m, o aluno da pedagogia precisará ainda estagiar em empresas, instituições ou organizações que promovam atividades e gestão de processos educativos em seus mais variados níveis, como: Planejamento; Implementação; Coordenação; Acompanhamento e avaliação de atividades e projetos educativos. Leitura Percebeu a importância da sua formação inicial? Para que esses processos ocorram, a Resolução CNE/CP nº 1 estabelece que o egresso da pedagogia deve agir de maneira ética e com a �nalidade de construir uma sociedade mais justa e igualitária. Esse pro�ssional também deve entender como acontece a aprendizagem e todas as suas vertentes, bem com o desenvolvimento humano de 0 a 5 anos, de modo a contribuir de forma coerente para o desenvolvimento global das crianças dessa idade nas seguintes dimensões: 1 Física 2 Psicológica 3 Intelectual 4 Social javascript:void(0); No entanto, o pedagogo não pode entender somente sobre crianças nesta faixa etária, mas compreender o desenvolvimento e as aprendizagens de crianças do ensino fundamental e também daqueles que não conseguiram concluir os estudos na idade própria. Devido a sua ampla formação com vistas a trabalhar em vários lugares, como vimos acima, o pedagogo também trabalhará em outros espaços não escolares para o desenvolvimento da aprendizagem das pessoas em diferentes fases do desenvolvimento humano e em modalidades variadas durante o processo educativo. Atenção É importante sinalizar que, de acordo com as DCNs de pedagogia e formação de professores, pedagogos e professores precisam desenvolver competências para realizar trabalho em equipe e demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, faixas geracionais, classes sociais, religiões, necessidades especiais e identidades sexuais. São muitos processos, não é mesmo? Por essa razão, você precisa de um longo tempo deestágio durante sua formação inicial. Devido a isso, inclusive, a Resolução n°1/2006 foi atualizada e complementada pela Resolução n°2, de 1° de julho 2015, que de�ne as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Essa Resolução estabelece que o estágio nas licenciaturas (e pedagogia é uma licenciatura) deve ser de 400 horas. Fonte: freepik.com Leitura Leia na íntegra o artigo 13 da Resolução n°2. A formação de uma bagagem sólida Todos esses processos na formação inicial têm o objetivo de favorecer a construção do conhecimento do graduando em Pedagogia, de modo que o estudante re�ita sobre a identidade de sua pro�ssão e crie estratégias de atuação baseadas na cooperação, re�exão, pesquisa, análise e ação. javascript:void(0); javascript:void(0); Veja o que a�rma Imbernón sobre a formação inicial do pedagogo: "A formação inicial deve dotar de uma bagagem sólida nos âmbitos cientí�co, cultural, contextual, psicopedagógico e pessoal que deve capacitar o futuro professor ou professora a assumir a tarefa educativa em toda sua complexidade, atuando re�exivamente com a �exibilidade e o rigor necessários, isto é, apoiando suas ações em uma fundamentação válida para evitar cair no paradoxo de ensinar a não ensinar." IMBERNÓN, 2006, p.66. Percebeu como sua formação inicial precisa ser bem fundamentada em leituras de textos, artigos e discussões teóricas para que você possa observar a realidade da prática sob a visão teórica? Por isso, seu curso de pedagogia precisa receber e construir ensinamentos cientí�cos, culturais, do senso comum, da antropologia, da didática, das subjetividades humanas e dos vários contextos sociais para que você esteja preparado para essa tarefa tão desa�adora que é educar e formar pessoas nos dias atuais. Atenção Aqui vale a pena assinalar que não só o estágio dá conta de todas essas complexidades. No seu currículo estão previstas outras atividades práticas que lhe ajudarão a construir uma formação pro�ssional inicial mais sólida e articulada com a realidade prática. Atividade 1. Analise a charge acima e re�ita sobre a importância da pro�ssão professor. Fonte: correiobraziliense.com.br. Fonte: shutterstock javascript:void(0); Pro�ssão docente a formação continuada Além da formação inicial, a pro�ssão docente necessita de atualizações contínuas. Essas atualizações são o que conhecemos como formação continuada que tem como objetivo o desenvolvimento da re�exão e da análise do professor acerca do trabalho pedagógico e da natureza do trabalho docente. Trata-se de um processo importante, porque proporciona o exercício processual e contínuo dos professores e pedagogos já formados, favorecendo o desenvolvimento pro�ssional e certamente a melhoria na qualidade do que se ensina, se planeja, se organiza e se entrega aos alunos e professores. O professor Tardif a�rma que a educação continuada de professores é um processo crucial para a melhoria do trabalho desse pro�ssional e, consequentemente, de seus saberes e da forma como ensina. AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online "[...] quanto mais desenvolvido, formalizado e sistematizado é um saber, como acontece com as ciências e os saberes contemporâneos, mais longa e complexa se torna a aprendizagem. [...] os professores, no exercício de suas funções e na prática de sua pro�ssão, desenvolvem saberes especí�cos, baseados em seu trabalho cotidiano e no conhecimento de seu meio." TARDIF, 2002, p. 35. Isso signi�ca dizer que o professor pedagogo não pode atuar somente com os saberes da prática, mas vinculá-los ao suporte teórico para lhe dar respaldo às suas ações. Por essa razão, o Plano Nacional de Educação (2014-2024) estabelece na sua meta 16 que o Brasil precisa investir na formação continuada de seus professores: "Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) pro�ssionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino." Plano Nacional de Educação (2014-2024). Fonte: pne.mec.gov.br Leitura Não deixe de ler as 20 metas do Plano Nacional da Educação (PNE). Para repensar suas práticas, trazer inovação e fazer uma escola mais igualitária e justa é necessário que o professor repense continuamente suas práticas e os processos educativos na escola e fora dela. Por isso, a formação continuada é tão importante no decurso da carreira docente. Como escreve o professor Demo (2000), é relevante que o professor se coloque na posição de aprendiz para que possa desenvolver um verdadeiro relacionamento entre o que ensina e com quem aprende. Fonte: shutterstock Fonte: shutterstock O professor re�exivo javascript:void(0); javascript:void(0); O tema educação é sempre um assunto presente na sociedade brasileira, seja para criticá-la ou para solicitar melhorias, devido a sua vinculação com a formação de um sujeito cidadão. A realidade e as várias pesquisas na área da educação indicam a necessidade da formação de pro�ssionais quali�cados e valorizados para atuarem na área educacional brasileira de uma maneira e�ciente, ou seja, que proporcionem uma educação signi�cativa e de qualidade para os alunos. Saiba mais Esse fato está também evidenciado no Plano Nacional de Educação, que deve ser executado no período de 2014 a 2024, a partir do estabelecimento de 20 metas para a educação no Brasil que já lemos. A prática do professor não pode ser, atualmente, a simples transferência dos conhecimentos adquiridos, mas, uma prática pautada na re�exão sobre o que se ensina, como se ensina e para quem se ensina. Isso quer dizer que a prática docente hoje precisa estar acompanhada de um processo re�exivo já no momento da formação inicial. Mas, a�nal, o que é ser um professor re�exivo? O professor re�exivo é: 1 Organizador do conhecimento porque tem o papel de criar e desenvolver recursos para que seus alunos possam trabalhar. 2 Facilitador do conhecimento, porque facilita o processo de comunicação entre todos os alunos na sala de aula e indica os melhores caminhos para a compreensão das atividades e textos. 3 Fonte de informações e experiências relevantes para seus alunos. 4 Orientador, porque conduz os alunos às descobertas na prática de aprender a aprender. 5 Pesquisador, pois está continuamente buscando novas formas de ensinar e aprender para contribuir efetivamente no processo de aprendizagem dos alunos. javascript:void(0); Fonte: shutterstock A iniciação cientí�ca Seu caderno de campo pode ser um instrumento de pesquisa para você começar a participar, por exemplo, de grupos de iniciação cientí�ca aqui dentro da Estácio. Você já sabe o que é um programa de iniciação cientí�ca? Então, vamos lá! A iniciação cientí�ca é uma forma de fazer pesquisa na universidade com o auxílio de um professor-orientador. Essa pesquisa é desenvolvida por alunos de graduação nas universidades brasileiras em diversas áreas do conhecimento. Geralmente, os estudantes que se dedicam a esta atividade possuem pouca ou nenhuma experiência em trabalhos ligados à pesquisa cientí�ca. Por isso o nome iniciação. Nesse grupo, o professor-orientador auxiliará os alunos a fazer pesquisa e os ensinará como esse processo acontece. Geralmente, após realizarem as pesquisa, professor e alunos escrevem artigos que são publicados ou apresentados em congressos de pesquisa. Dica Então, gostou da ideia? Gostaria de participar de um desses grupos? Se tiver interesse, procure um professor que faça parte do Programa de Iniciação Cientí�ca (PIBIC) da Estácio ou acesse o nosso portal e conheça o PIBIC. javascript:void(0); Atividade 2. De acordo com o artigo 13, da Resolução nº 2, que estudamos nesta aula, os cursos de formaçãoinicial de professores para a educação básica em nível superior devem: I – Ter duração de, no mínimo, 8 (oito) semestres ou 4 (quatro) anos. II - Ter 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular distribuídas ao longo do processo formativo. III – Ter 400 (quatrocentas) horas dedicadas ao estágio supervisionado, na área de formação e atuação na educação básica, contemplando também outras áreas especí�cas. Assinale a única alternativa CORRETA em relação ao artigo 13 da DCN 2/2015: a) Todas as alternativas estão corretas. b) Somente as alternativas I e III estão corretas. c) Somente as alternativas I e II estão corretas. d) Somente as alternativas II e III estão corretas. e) Somente a alternativa II está correta. 3. O pedagogo nos dias atuais tem grandes desa�os pois: I – Seu campo de atuação é amplo e abrange qualquer espaço que tenha processos educativo. II – A escola é o espaço exclusivo do pedagogo e do professor e tem enormes provocações à pro�ssão docente. III – Sua área de atuação é ampla, porque pode atuar na docência, na gestão escolar e nos processos educativos em quaisquer organizações não escolares. Assinale a única alternativa CORRETA em relação à atuação do pedagogo nos dias atuais: a) Todas as alternativas estão corretas. b) Somente as alternativas I e III estão corretas. c) Somente as alternativas I e II estão corretas. d) Somente as alternativas II e III estão corretas. e) Somente a alternativa II está correta. 4. Sobre formação inicial docente, podemos a�rmar que: I – O momento do estágio é o contato inicial como pesquisador-estagiário com a escola. II – No estágio e durante as aulas, o estudante de pedagogia entra em contato com questões pedagógicas, culturais e sociais que a escola apresenta. III – O estágio curricular a ser realizado, ao longo do curso, assegura aos graduandos experiência de exercício pro�ssional, em ambientes escolares e não escolares, que ampliem e fortaleçam atitudes éticas, conhecimentos e competências. Assinale a única alternativa CORRETA em relação à formação inicial de pedagogos: a) Todas as alternativas estão corretas. b) Somente as alternativas I e III estão corretas. c) Somente as alternativas I e II estão corretas. d) Somente as alternativas II e III estão corretas. e) Somente a alternativa II está correta. Notas Referências BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Plano Nacional de Educação PNE 2014-2024: Linha de Base. Brasília, DF: Inep, 2015. Disponível em: //portal.inep.gov.br/documents/186968/485745/Plano+Nacional+de+Educa%C3%A7%C3%A3o+PNE+2014- 2024++Linha+de+Base/c2dd0faa-7227-40ee-a520-12c6fc77700f?version=1.1. Acesso em: 3 maio 2019. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CP nº1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Disponível em: //portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf. Acesso em:3 maio 2019. BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. De�ne as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Disponível em: //portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res- cne-cp-002-03072015-pdf/�le. Acesso em: 3 maio 2019. BRASIL. Portaria Normativa nº 38, de 12 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. Diário O�cial da União, n. 239, seção 1, p. 39, 2007. Disponível em: https://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Portaria_Normativa_38_PIBID.pdf. Acesso em: 3 maio 2019. DEMO, Pedro. Professor e seu direito de estudar. In: NETO, Alexandre S.; MACIEL, Lizete S. Bomura. Re�exões sobre a formação de professores. Campinas: Papirus, 2002. p. 18-29. Imbernón, Francisco. Formação docente e pro�ssional: formar-se para a mudança e a incerteza. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2006. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação pro�ssional. Petrópolis: Vozes, 2002. Próxima aula javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); A importância do estágio na formação acadêmica e pro�ssional inicial; O estágio como oportunidade de vivenciar o cotidiano escolar e a sala de aula; Re�exão sobre as práticas educativas, o cotidiano escolar e as suas dinâmicas. Explore mais Leia os seguintes textos: “A identidade do professor: desa�os colocados pela globalização”; “Sequências didáticas nas aulas de ciências do ensino fundamental: possibilidade para a alfabetização cientí�ca”; “Formação inicial e continuada do professor pedagogo: uma experiência extensionista da Universidade Estadual de Londrina”. Veja outras áreas de atuação do pedagogo no vídeo Pedagogia Hospitalar. Assista ao vídeo “Eleonora Taveira, pedagoga - Carreiras Petrobras” e veja a atuação do pedagogo em organizações não escolares. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); Prática de Ensino em Pedagogia – Educação Básica Aula 3: Estágio como formação docente inicial Apresentação Ser professor é uma pro�ssão que requer muito estudo, pesquisa e dedicação. Especialmente no curso de Pedagogia que dispõe de uma formação ampla, como aprendemos na aula passada. Nesta aula, discutiremos a importância do estágio na formação acadêmica e pro�ssional inicial, que se constitui como uma atividade fundamental na qual o estudante terá chance de vivenciar o cotidiano escolar e a sala de aula. Veremos que essa etapa se apresenta como um momento fértil para repensar as práticas educativas e conhecer um pouco do cotidiano escolar e suas dinâmicas. Objetivo Reconhecer a importância do estágio na formação acadêmica e pro�ssional inicial; Defender o estágio na formação inicial como uma atividade fundamental que vincula teoria e prática; Distinguir o momento do estágio como um tempo fértil para conhecer o cotidiano escolar e repensar as práticas educativas. Fonte: shutterstock Por que fazer estágio durante o curso de graduação? Para ser professor ou pedagogo, a pessoa precisa construir uma série de conhecimento e desenvolver muitas habilidades, entre elas técnicas, discursivas, éticas, interpessoais e analíticas. Além disso, estuda muitas áreas como: didática, psicologia, sociologia, antropologia, história etc. Por essa razão, o pro�ssional da educação desenvolve conhecimento gerais, mas também muitos conhecimentos especí�cos da área da aprendizagem, da gestão escolar, da orientação escolar, entre outras. AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online Então, é fácil perceber que a pro�ssão docente é ancorada em saberes e conhecimentos próprios que precisam ser legitimados em sua prática docente. Atenção Por essa razão, é uma falácia o que o senso comum a�rma que “uma coisa é a prática e outra é a teoria”. Isso não é verdade. Professores e estudantes das licenciaturas não podem rea�rmar ideias como essa, porque, assim, contribuímos para o não reconhecimento social e institucional da pro�ssão docente e sua legitimação. Se a docência é uma pro�ssão, tem uma base teórica ampla, e, certamente, precisa vincular essa base teórica a momentos de re�exão e de observação da prática dos docentes que estão atuando no momento. Portanto, sendo uma pro�ssão, necessita dos estágios curriculares na formação inicial para termos, como estudantes de graduação em pedagogia, um olhar amplo e global sobre o foco de atuação do professor e do pedagogo. Qual melhor lugar para que essa perspectiva global aconteça? Os campos de estágios, que, na pedagogia, são as escolas em suas vertentes: docência e gestão educacional e as organizações não escolares em seus vários aspectos educativos e espaços sociais. Fonte: shutterstock Qual a função do estágio curricular supervisionado e obrigatório para minha formação? O estágio e seus vários campos constituem uma convergência de todos osconhecimentos produzidos durante as aulas teóricas, pesquisas e atividades de prática como componentes curriculares. Justamente no estágio, você, enquanto estudante e futuro pedagogo poderá analisar e relacionar a teoria estudada com a prática laboral docente e coordenar toda a sua produção de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades durante o curso. Veja que todos os momentos do estágio são importantes: O momento de separar e assinar os documentos do estágio. A fase do campo em que você pode observar, praticar e re�etir sobre as práticas laborais na escola e em outros espaços educativos. O momento autoral de escrever o relatório. Fonte: shutterstock Os saberes docentes Já entendemos que a formação de professores é ampla e favorece a construção de vários tipos de conhecimento: os chamados saberes docentes. AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online A formação desses saberes docentes está intimamente ligada à sua identidade como professor, bem como com a formação inicial e continuada ao longo de sua carreira. A professora Selma Garrido Pimenta (2012) a�rma que a construção dos saberes docentes é realizada com base na identidade docente por meio de alguns itens especiais. Veja quais são: Clique nos botões para ver as informações. Toda pro�ssão é uma ação social voltada para um bem social. Por isso, o professor, bem como todo pro�ssional, precisa entender os signi�cados sociais da sua pro�ssão. Uma pergunta interessante para saber o sentido de ser professor na sua vida é: “Por que sou professor(a)?” Signi�cado social da pro�ssão É importante revermos, pensarmos e discutirmos a pro�ssão docente ao longo dos anos e também suas modi�cações. Revisão das tradições Da mesma forma que re�etimos sobre o item “revisão das tradições, é necessário que compreendamos essas práticas ao longo dos anos e veri�car quais delas permanecem válidas e signi�cativas. Rea�rmação das práticas consagradas culturalmente Fonte: shutterstock Os saberes Para evitarmos um trabalho docente mecânico e acrítico, é relevante, já no estágio, darmos atenção e considerarmos os saberes docentes e sua difusão ao longo dos anos e, especialmente, como esses saberes são produzidos e praticados nos ambientes educativos. O professor Saviani (1996), por exemplo, ajuda-nos a entender esse trabalho docente ativo e frutífero, porque a�rma que esses saberes precisam estar apoiados em vários tipos de saberes, entre eles: saber atitudinal saber crítico-contextual saberespecífico saber pedagógico saber didático- curricular Diz respeito ao controle de nossas vivências e hábitos adquiridos ao longo de nossa passagem pelas escolas. Devemos colocá-los, todas, em questionamento analítico e reflexivo. O saber atitudinal promove o saber crítico-contextual que se forma ao longo do processo de desenvolvimento e evolução da formação do professor, por meio da aglutinação do conteúdo visto nas aulas com a mediação realizada nos ambientes dos estágios e a interação social vivida nos espaços escolares. Para ele, esse tipo de saber refere-se aos conhecimentos que são construídos durante o processo de formação universitária, mediante o currículo. De acordo com Saviani (1996), é o conhecimento elaborado por meio dos textos, artigos e das várias áreas de estudo que fundamentam a área da educação. Formado pela experiência de ser professor, na atuação da sala de aula e no contato com os alunos. Outro grande estudioso acerca dos saberes docentes e da formação de professores é Maurice Tardif (2002). Ele entende que os saberes docentes se fundamentam na Ciência da Educação e nos saberes pedagógicos aprendidos durante o curso e, sobretudo, nos campos de estágio. Tardif (2002, p.54) entende que o saber docente é múltiplo e: "(...) formado de diversos saberes provenientes das instituições de formação, da formação pro�ssional, dos currículos e da prática cotidiana." Tardif (2002, p.54) Assim como o professor Saviani, Tardif (2002) entende que há vários tipos de saberes na formação de professores: saberes disciplinares, curriculares, pro�ssionais e experienciais. Saberes disciplinares São elaborados e aprendidos enquanto o estudante está realizando o curso de graduação, ou seja, na formação inicial, incluindo os estágios e também na formação continuada ao longo do processo laboral como docente. Saberes curriculares São aqueles que adquirimos por meio da gestão que as universidades fazem do currículo e, especialmente, da perspectiva cultural inserida nesse currículo por meio dos discursos aprendidos culturalmente, dos objetivos educacionais, dos conteúdos e métodos trabalhados pelas escolas. Saberes pro�ssionais São os transmitidos pelas universidades que formam esses pro�ssionais, por meio do currículo e das disciplinas estudadas. Saberes experienciais São os conhecimentos produzidos pela experiência e que nela são legitimados. Ou seja, são os saberes que só aprendemos no momento do nosso trabalho docente, na relação com os outros, no meio social. Esses momentos nos proporcionam oportunidades de pensarmos sobre a teoria estudada para constituir a prática docente e re�etida, que acabam por se transformar em habilidades e competências que vamos desenvolvendo ao longo do trabalho docente. Leitura Veja o Quadro dos saberes docentes propostos por Tardif (2004). Para o professor Tardif, os saberes experienciais docentes constituem um processo de construção individual e também social, porque, ao mesmo tempo em que são produzidos pelo indivíduo, são compartilhados e validados mediante a interação social e os processos de socialização pro�ssional. Por essa razão, é tão importante o momento do estágio. Nele, o estudante de pedagogia entrará em contato com o universo escolar e todas as suas vertentes e terá oportunidade de interagir com o grupo de alunos e professores. A interação com os professores provocará, ainda segundo Tardif, um processo de reconhecimento da função professor, da identidade docente e dos saberes que os professores precisam movimentar no exercício da função docente. Portanto, o contato com os alunos proporcionará aos estagiários em pedagogia o real discernimento sobre as situações escolares, desa�os educacionais e, especialmente, desenvolverá no estagiário o conhecimento sobre a necessidade precípua de o professor saber realizar a gestão de todos esses saberes enquanto estiver no contexto escolar. Fonte: shutterstock javascript:void(0); Fonte: shutterstock Importância da formação de professores Para concluirmos o tema da aula, vamos pensar sobre a formação de professores. A prática docente, bem como a formação acadêmica do professor, envolve considerar situações muito importantes e também re�etir sobre o signi�cado da pro�ssão “ser professor”. Por que este assunto é tão importante? É necessário nos conscientizarmos sobre o objetivo e a �nalidade do fazer e da pro�ssão docente. Isso quer dizer que o professor precisa saber o signi�cado da sua pro�ssão e da sua função social na sociedade. Re�ita agora sobre algumas questões cruciais na sua formação docente: 1 Por que serei professor(a)? 2 Para que serei professor(a)? 3 Como me comportarei como professor(a)? Entender e saber responder essas questões é crucial para compreender alguns dilemas que aparecerão nos estágios e no decorrer do seu curso. Seja também coautor na sua formação e busque sempre um fazer docente que prime pelo exercício de valores éticos e democráticos. AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online Atividade 1. O estágio é um momento de observação e prática, mas também de grandes re�exões. Por falar em re�exão, vamos analisar a charge a seguir. Analise a situação retratada abaixo e tente descrevê-la a partir da importância do estágio e dos saberes docentes. Gabarito sugerido Fonte: oatodeestagiar. javascript:void(0); 2. Maurice Tardif, como estudamos nesta aula, entende que o trabalho do professor precisa envolver váriostipos de saberes: disciplinares, curriculares, pro�ssionais e experienciais. Aponte a única alternativa que corresponde aos conhecimentos dos saberes disciplinares na visão do professor Tardif: I - Elaborados e aprendidos enquanto o estudante está realizando o curso de graduação. II – Fazem parte da formação inicial e inclui o que se aprende nos estágios. III - São aqueles transmitidos pelas práticas vivenciais. a) I e II estão corretas b) I e III estão corretas c) II e III estão corretas d) Somente a I está correta e) Somente a II está correta 3. O professor Tardif compreende que o trabalho docente é plural e se sustenta por meio do aprendizado teórico e prático que se fundamenta em várias áreas de estudo diferentes. Entende também que o trabalho do professor precisa envolver vários tipos de saberes: disciplinares, curriculares, pro�ssionais e experienciais. Aponte a única alternativa que corresponde aos conhecimentos sobre os saberes experienciais na visão do professor Tardif: I - Conhecimentos produzidos pela experiência e que nela são legitimados. II - Saberes que só aprendemos no momento do nosso trabalho docente. III – Conhecimentos produzidos no processo de socialização pro�ssional docente. a) I, II e III estão corretas b) I e III estão corretas c) II e III estão corretas d) Somente a I está correta e) Somente a II está correta 4. O professor Saviani entende que o trabalho docente está fundamentado em vários tipos de saberes diferentes. São eles: a) Diferencial, atitudinal, social, vivencial e crítico-contextual. b) Atitudinal, crítico-contextual, específico, pedagógico e didático-curricular. c) Curricular, experiencial, crítico-contextual, vivencial e específico. d) Atitudinal, crítico-contextual, específico, pedagógico e didático-curricular. e) Laboral, crítico-contextual, específico, pedagógico e extracurricular. Notas Referências PIMENTA, Selma Garrido. Saberes pedagógicos e atividade docente. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2012. PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? 11. ed. São Paulo: Cortez, 2012. PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2012. SAVIANI, Demerval. Os saberes implicados na formação do educador. In: SILVA JUNIOR, Celestino Alves; BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Formação do educador: dever do Estado, tarefa da universidade, 1996. p.145-155. TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como pro�ssão de interações humanas. 6. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2011. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação pro�ssional. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2004. Próxima aula As novas orientações curriculares tendo como referência a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) para tratar da realidade educacional brasileira nos diferentes contextos; As situações e estudos de caso do ser professor de educação infantil ou dos anos iniciais do ensino fundamental na escola brasileira; A organização curricular da educação infantil; O uso de projetos na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Explore mais Leia os textos: “Formação de professores – saberes da docência e identidade do professor, de Selma Garrido Pimenta.”; “Formação de professores no Brasil: características e problemas, da profa. Bernadete Gatti. ”; “Formação inicial e continuada do professor pedagogo: uma experiência extensionista da Universidade Estadual de Londrina” javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); Londrina . Assista ao vídeo da professora Selma Garrido Pimenta, uma pesquisadora na área de formação de professores, em que ela discorre sobre a importância do estágio supervisionado. javascript:void(0); javascript:void(0); Prática de Ensino em Pedagogia – Educação Básica Aula 4: Docência na educação infantil à luz da BNCC Apresentação Nesta aula, continuaremos as discussões acerca da formação de professores e pedagogo e avançaremos sobre as novas orientações curriculares para a educação infantil, tendo como referência a Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Veremos que esse documento norteador das práticas pedagógicas determina a organização curricular da educação básica e regulamenta os conteúdos e as aprendizagens necessárias que as escolas, tanto públicas como particulares, devem trabalhar. Em seu escopo, notaremos que a educação é vista como um direito e, por isso, a BNCC entende que todos os estudantes, de cada parte deste país, devem partir do mesmo ponto e ser formado de maneira semelhante para promover igualdade no sistema educacional, proporcionar formação integral do público da educação básica brasileira e construir uma sociedade que seja mais ética, democrática e inclusiva. Objetivos Reconhecer a importância da vivência do estágio para a re�exão acerca da prática da herança social; Discutir as novas orientações curriculares para a educação infantil, tendo como referência a BNCC; Descrever a organização curricular da educação infantil proposta pela BNCC. AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online O estágio e a vivência escolar AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online Como estamos estudando, vivenciar a escola durante o curso de graduação em pedagogia ou nas licenciaturas é um momento de especial importância para que o estudante compare teoria e prática e re�ita acerca das práticas educativas enquanto um futuro professor da educação básica. Por esse motivo, o estágio, no Brasil, tem sido visto por uma nova perspectiva não só pelas universidades, mas especialmente pelo Ministério da Educação. Por isso, foi instituído o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES (2008). Fonte: shutterstock Comentário O PIBID é um programa que oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos dos cursos de graduação que invistam tempo e dedicação em estágios nas escolas públicas e que, depois de formados, exerçam a carreira do magistério na rede pública. O objetivo do PIBID é acelerar o contato e associação dos futuros professores e as peculiaridades das salas de aula da rede pública brasileira, além de articular o ensino superior com as escolas de educação básica. Estágio supervisionado obrigatório Mesmo sem participar do PIBID, lembre-se de que o estágio supervisionado obrigatório que você cumpre durante o seu curso de graduação é um momento que, certamente, provocará muita mudança e re�exão na sua trajetória acadêmica e visão sobre os processos de aprendizagem e relação interpessoal. Durante o processo de estágio, portanto, você terá a oportunidade de construir sua identidade, tanto como aluno da pedagogia quanto como futuro professor. Isso ocorre porque o objetivo do estágio é desenvolver a aprendizagem acadêmica vivenciada no lócus do futuro trabalho, por meio da observação e da mediação dirigida de pro�ssionais experientes na área da educação. Fonte: shutterstock Aprender com os mais experientes é muito importante na formação inicial. No entanto, é igualmente relevante a exigência de se observar as práticas laborais na escola de maneira analítica e questionadora, no sentido de não reproduzirmos práticas javascript:void(0); educativas que herdamos de nossa vivência escolar e social sem as questionarmos ou pensarmos sobre sua validade ou legitimidade. Vamos discutir um pouco mais sobre esse tema utilizando o pensamento de um sociólogo francês chamado Pierre Bourdieu. O estágio e a prática das heranças vividas na escola AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte˙do online Pierre Bourdieu (1930-2002) em seus estudos, criou um pensamento denominado teoria nas práticas sociais. Nessa teoria, ele utiliza conceitos-chave para entender o comportamento das pessoas, por meio de enredos lógicos que demonstrem a existência da conduta individual direcionada e mediada pelo comportamento e imposições sociais implícitos ao comportamento individual. Isso signi�ca que Bourdieu (2005) entende que o comportamentode cada pessoa é resultado de um aprendizado social que ela adquire por meio da percepção, do pensamento e da ação vivida socialmente e, também, pela observação dos atos de outras pessoas. 1 Atenção Portanto, os conceitos que temos dentro de nós são concepções sociais. Ou seja, o que a maioria das pessoas acha que é certo ou errado, justo ou injusto, feio ou bonito não é simplesmente uma concepção do indivíduo, mas sim uma ideia partilhada pela maioria das pessoas daquela sociedade em que vive o indivíduo. Por isso, Bourdieu (2005) entende que as estruturas sociais (como a escola), as representações sociais (como conceitos, formas, imagens, teorias etc.) e as práticas sociais (como o processo de aprendizagem) criam e são criadas continuamente pelas pessoas. Por que isso ocorre? Ao estar no campo do estágio, As práticas sociais na escola Bourdieu (2005) também https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0222/aula4.html o estagiário tem a oportunidade de observar de maneira questionadora e analítica toda a prática educativa e social ali realizada, a �m de re�etir — com base na teoria e nos princípios éticos — se essas práticas desenvolvidas são coerentes e válidas em relação ao momento histórico-social presente. são dinâmicas, assim como é a concepção de Bourdieu (2005) sobre sua “teoria da prática”, na qual o autor de�ne como as várias relações sociais e históricas que desempenhamos em nossa vida produzem e são produzidas ativamente pelo contato social. a�rma que nossas estruturas mentais, ou seja, nossa capacidade de pensar, ao entrar em contato com o mundo dos objetos e das práticas sociais, tem a habilidade de analisar esses ambientes de forma a trazer equilíbrios ou reequilibrar essas práticas. O que isso quer dizer? Que precisamos estabelecer um movimento contínuo de interpretação analítica da realidade e de nossas práticas, a �m de torná-las mais inteligíveis e coerentes com o nosso tempo. Observar a prática laboral de uma professora que grita continuamente com seus alunos e ensina os conteúdos super�cialmente porque não os estudou previamente, nos leva a criticar esse comportamento, certo? Mas e quando formos os professores, estivermos em sala de aula, e tivermos o mesmo comportamento? Trata- se da reprodução das heranças aprendidas, tanto quando éramos alunos quanto quando estagiários. Fonte: shutterstock Portanto, se, ao criticar, nós mesmos não adotarmos um novo comportamento social, apenas estaremos reproduzindo práticas sociais — e, nesse caso, educativas — que não são compreensíveis, nem tampouco coerentes com o mundo presente. Ao conseguir observar, analisar e ponderar sobre essas práticas sociais na escola, você, como estagiário, desenvolve competências analíticas, técnicas e éticas importantes para a futura pro�ssão docente, e as incrementará continuamente de modo a se tornar cada vez mais democrático, ético e promotor de comunidades mais igualitárias e justas. Esse é o conceito de habitus praticado por Bourdieu em seus textos e análises críticas sobre a sociedade e a escola. Ele distingue o habitus de outros conceitos semelhantes disponíveis no senso comum, como costume, tradição ou hábito. Para Bourdieu (2005), o habitus cria uma estrutura lógica e inteligível no interior das práticas sociais, mesmo que essas sejam incoerentes. Isso signi�ca que o habitus elabora uma racionalidade prática que condiciona as pessoas a aprenderem e a reproduzirem as mesmas práticas sociais do seu convívio social. Viver em sociedade é condicionar as pessoas e ser condicionada por elas. Você já pensou nisso? Já pensou porque “gosta” de determinadas práticas sociais? Será que você gosta mesmo ou foi condicionado a gostar? O habitus, segundo Bordieu estabelece como iremos interagir com o mundo e todos os seus elementos. Ou seja, de�nirá como perceberemos, apreciaremos e valorizaremos o mundo que nos cerca, por meio da ação, seja ela objetiva ou corporal. Entenda que o habitus não estabelece apenas o condicionamento do sujeito, mas também sua forma de agir. Atividade 1. Analise o quadrinho a seguir e tente explicá-lo pelo pensamento do habitus adotado por Bourdieu. Fonte: rosamargaridacarvalho.blogspot.com javascript:void(0); As novas orientações curriculares para a educação infantil com base na BNCC Proposta pedagógica, currículo e projeto didático na educação infantil A educação infantil no Brasil atualmente é um direito social de toda criança desde a Constituição de 1988, que a reconheceu como um dos deveres do Estado. Desde essa época, a educação infantil vem sofrendo revisões sobre a concepção do ensino e as práticas pedagógicas que precisam estar presentes na educação de bebês, crianças bem pequenas e pequenas para garantir o processo de aprendizagem e desenvolvimento. Leitura Leia mais sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Proposta pedagógica para a educação infantil A proposta pedagógica para a educação infantil, de acordo com as DCNEI, precisa respeitar os seguintes princípios: Éticos Da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades. Políticos Dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. Estéticos Da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. javascript:void(0); Direitos de aprendizagem e desenvolvimento e campos de experiências De acordo com as DCNEI, a BNCC entende que o currículo da educação infantil deve organizar-se a partir dos eixos estruturantes (interações e brincadeira). Ela estabeleceu que devem ser assegurados seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, para que as crianças tenham condições de aprender e se desenvolver. São eles: 1 Conviver 2 Brincar 3 Participar 4 Explorar 5 Expressar 6 Conhecer-se A partir desses seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, a BNCC estabelece cinco campos de experiências, nos quais as crianças podem aprender e se desenvolver: 1 O eu, o outro e o nós 2 Corpo, gestos e movimentos 3 Traços, sons, cores e formas 4 Escuta, fala, pensamento e imaginação 5 Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento Para cada campo de experiências, são de�nidos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento organizados em três grupos por faixa etária. Veja esses grupos no quadro a seguir: Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento Bebês (zero a 1 ano e 6 meses) Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses) (EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente. (EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música. (EI03TS01) Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas. Adaptado de: basenacionalcomum.mec.gov.br. Acessado em: 08 maio 2019. O que é esse código alfanumérico? Percebeu que em cada grupo há um código alfanumérico? Então, esse é um código criado pela BNCC para sistematizar os objetivos didáticos. javascript:void(0); Vamos entender como funciona? Fonte: basenacionalcomum.mec.gov.br. Acessado em: 08 maio 2019. Atente que o código colocado acima (EI02TS01) refere-se ao primeiro objetivo da aprendizagem e do desenvolvimento de crianças bem pequenas (02) da Educação Infantil (EI), que irão aprender sobre o campo de experiência de traços, sons, cores e formas (TS). Entendeu como se faz a leitura desse código da BNCC para objetivos pedagógicos? Distinção entre bebê, crianças bem pequenas e crianças pequenas Também é importante esclarecermos que a BNCC faz uma distinção entre bebê, crianças bem pequenas e crianças pequenas, como mostra o esquema a seguir: javascript:void(0); Fonte: basenacionalcomum.mec.gov.br.Acessado em: 08 maio 2019. Fundamentado nos campos de experiência e nos objetivos pedagógicos, o professor da Educação Infantil poderá planejar seu trabalho com projetos. A pedagogia de projetos na educação infantil pode intensi�car as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, por meio da conversa, da discussão em grupo e do compartilhamento de responsabilidades entre a escola e a família. É importante que a escola, ao trabalhar projetos, abranja e dialogue com a diversidade cultural das famílias e da comunidade, pensando que a criança já na educação infantil é: "Um sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura." Resolução nº 5, 2009. javascript:void(0); As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009), no Artigo 4º, de�nem a criança como esse sujeito histórico e que precisa aprender a partir de sua interação com o conhecimento que aprende. Já em seu Artigo 9º, como vimos, temos que os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa da educação básica são as interações e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização. Atividade 2. Estabeleça as etapas para a construção de um projeto de trabalho na E.I. A metodologia de projetos na educação infantil Já aprendemos como a BNCC vê o aluno da educação infantil e também já sabemos que a aprendizagem, nos dias atuais, não pode mais ser uma mera transmissão ou reprodução de conhecimentos. Ao contrário, precisa ser um processo de construção da razão, dos signi�cados, do sentido das coisas, dos outros, da natureza, de realização, da realidade, da vida. Contudo, para que esse processo ocorra de verdade, é necessária uma metodologia em que a criança seja ativa no processo de aprender. A pedagogia de projetos é uma alternativa pedagógica importante com esse objetivo. Sua perspectiva entende que o aluno é um sujeito histórico e por isso deve participar ativamente do processo de construção do conhecimento. Dessa maneira, a escola precisa criar estratégias para ensinar o aluno a pensar e não simplesmente decorar e reproduzir uma informação. Atenção É importante entender que trabalhar com projetos é trabalhar de maneira colaborativa não só com os alunos, mas com outros professores e pro�ssionais na escola. Para isso, são necessárias reuniões e a organização de todo o processo do projeto. Como acontece o planejamento de um projeto? Na primeira reunião com o grupo de professores e outras pessoas que estarão envolvidas no projeto, estabeleça os seguintes itens: 1. De�nam o tema a ser trabalhado e o nome do projeto; Estabeleçam o objetivo geral e os especí�cos; 3. Determinem a justi�cativa do projeto, ou seja, para que servirá o projeto; 4. Determinem a metodologia que será aplicada no projeto; 5. Indiquem as atividades que serão realizadas e o produto �nal (Importante: todo projeto precisa ter um produto �nal); 6. Estabeleçam como será o acompanhamento, a avaliação e a comunicação do resultado ou produto. Fonte: shutterstock Depois de de�nidos os cinco itens acima, criem um cronograma em que serão estabelecidos os prazos para o cumprimento de cada etapa. A metodologia de projetos é uma forma diferente de trabalhar a construção do conhecimento, e que o tema deve surgir do interesse dos alunos. Dessa maneira, há quatro elementos que não podem faltar na elaboração de um projeto: O desa�o O professor planejador Alunos protagonistas O produto �nal O tema do projeto de trabalho precisa ser um interesse que desa�e a turma. O professor atua como o planejador das ações, atividades, metodologia e apresentação do produto, juntamente com as crianças, uma vez que elas são as protagonistas de todo o processo de construção do conhecimento. Perguntas avaliativas Importante que o grupo planejador, ao de�nir o tema do projeto, faça algumas perguntas avaliativas sobre o trabalho a ser implantado. Veja alguns exemplos: O tema interessa aos alunos e aos professores? O tema parte dos conhecimentos prévios dos alunos? A metodologia do trabalho ensinará como buscar informações e selecioná- las? As atividades propostas estimularão a participação, a colaboração e a criatividade das crianças? As atividades ampliarão conhecimentos, experiências, habilidades e atitudes? A metodologia de trabalho respeitará as diferenças entre as crianças e favorecerá o trabalho diversi�cado? A metodologia favorecerá um trabalho interdisciplinar? Com isso, concluímos que a função do projeto é propiciar a criação de estratégias para resolver um problema proposto, testar hipóteses levantadas pelas crianças sobre um determinado tema, pesquisar sobre um assunto eleito pelo grupo, ou seja, fazer o grupo pesquisar sobre algo que é signi�cativo para eles. Certamente, esse não é um trabalho fortuito ou sem planejamento e devemos esperar acontecer alguma coisa para instigar o interesse das crianças. O professor, portanto, precisa estimular o interesse a partir de situações que ele mesmo pode provocar em sala de aula, despertando a curiosidade desses alunos. Após de�nidos os temas, é necessário buscar informações para resolver a questão que foi levantada. Mas como? As fontes de pesquisa podem ser as mais diversas. Veja alguns exemplos: 1 Internet 2 Livros 3 Material impresso 4 Vídeos 1 Relatos de exposições culturais 2 Músicas 3 Entrevistas 4 Observações externas 4 Experimentos Alunos coautores A pesquisa nos trabalhos com projeto precisa envolver os alunos e colocá-los, mesmo pequenos, como coautores de suas aprendizagens, e, sobretudo, possibilitar que eles façam escolhas, decidam e se comprometam com essas escolhas. É necessário, portanto, que eles pensem, decidam, assumam responsabilidade e planejem as ações para atingirem o objeto do projeto. Essas etapas contribuem para a construção e o desenvolvimento de competências intelectuais, discursivas e éticas nas crianças. Saber onde procurar, com a ajuda do professor, estabelecer hipóteses, escutar o coleguinha etc. são ações inerentes à prática do trabalho com projetos e estabelecem novas funções para alunos e professores, colocando ambos como sujeitos na construção do próprio conhecimento. Fonte: shutterstock De igual forma, constrói uma comunidade de crianças que não irão simplesmente ouvir, decorar e reproduzir, mas saber buscar o conhecimento, ou seja, aprender a aprender. Atenção É muito importante que a avaliação seja realizada durante todo o trabalho com os temas do projeto, desde o planejamento, passando pela execução, envolvimento do grupo e entrega do produto �nal. Essa avaliação pode ser realizada por meio de registros grá�cos, relatórios, conversas gravadas em áudio e painéis, por exemplo. Todos esses registros servirão, no futuro, como referencial sobre o trabalho desenvolvido na escola e sobre as trocas com outros grupos. Dessa forma, podemos compreender que os projetos nascem na relação de sala de aula, em que professor e crianças atribuem signi�cado à um problema levado pelo professor, na qual a curiosidade das crianças é despertada. Ao despertar a atenção dos alunos para uma questão de trabalho, o professor tem a chance de profundar conhecimentos e de se aventurar com os alunos por caminhos de in�nitas descobertas. Sem dúvida, isso é um trabalho pedagógico enriquecedor. Atividade 3. Como a BNCC entende o currículo da educação infantil? a) Documento que tem o objetivo principal de garantir a autonomia escolas no que se refere à gestão de suas questões pedagógicas, administrativas e financeiras. b) O plano orientador das ações da instituição para
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