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TCC Completo Finalizado

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA 
ACADEMIA DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA 
CURSO SUPERIOR DE BOMBEIRO MILITAR 
 
 
 
 
 
RIVELINO DE MOURA SILVA – MAJ QOBM/Comb, 
AIRTON SANSÃO SOUSA – MAJ QOBM/Comb. 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DE 
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO PIAUÍ 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simões Filho – BA 
2021 
 
 
 
RIVELINO DE MOURA SILVA – MAJ QOBM/Comb, 
AIRTON SANSÃO SOUSA – MAJ QOBM/Comb. 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DE 
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO PIAUÍ 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado como 
requisito para apresentação de trabalho de 
conclusão de Curso Superior de Bombeiro 
Militar na Academia de Bombeiros Militar 
do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. 
Instrutor: Maribel Fernandes R Santana. 
Orientador: Lucivando Ribeiro Martins. 
Linha de Pesquisa: 2 - Segurança Contra 
Incêndio e Pânico, 7 - Busca e 
Salvamento, Combate a Incêndio e 12 - 
Gestão Social. 
 
 
Simões Filho – BA 
2021 
 
 
 
 
Autorizo a reprodução e divulgação total parte deste trabalho, por meio convencional 
ou eletrônico para fins de estudos e pesquisa, desde que citada a fonte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S725p Silva, Rivelino de Moura 
 Programa de Capacitação Continuada do Corpo de Bombeiros Militar 
do Estado do Piauí / Rivelino de Moura Silva, Airton Sansão Sousa, 
Teresina, 2021. 
115 fls.: il. Color. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso — Academia de Bombeiros Militar, 
Curso Superior de Bombeiros Militar - CSBM 2020, Simões Filho, 2021. 
 
 Orientador: Lucivando Ribeiro Martins 
1 Capacitação. 2. Continuada. 3 Qualificação. I. Silva, Rivelino de Moura 
II. Título. 
CDD: 350 
CDU: 3.35.356-3 
Ficha Catalográfica feita pelos autores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos a Deus pelo dom das nossas vidas, a nossas 
famílias pelo total apoio nessa caminhada vitoriosa. Dedicamos 
também em especial a nossas esposas e filhas pelo 
incondicional apoio durante todo esse tempo. Enfim, muitíssimo 
obrigado a todos. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos primeiramente a Deus pelo dom das nossas vidas, a nossas 
famílias, aos meus novos amigos feitos durante o Curso Superior de Bombeiros, 
realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, nos ajudando nos entendimentos 
de normas de outro estado, e com certeza continuamos amigos após o término do 
curso. 
Nossos agradecimentos ainda aos instrutores que sabiamente nos repassaram 
um aprendizado novo, nos proporcionaram uma caminhada até o momento 
direcionando a um aprendizado para um primeiro curso na forma Ead, em especial a 
Doutorando Maribel Fernandes R Santana que sabiamente nos ensinou a ver novas 
formas de metodologias na educação superior. 
Agradeço ainda a instituição Corpo de Bombeiros Militar da Bahia pelo respeito 
que teve em receber alunos oficiais de outros estados, demonstrando uma forma de 
referência no ensino de qualidade demonstrado durante esses oito meses de aula, a 
todos que fazem o CBMBA muitíssimo obrigado, e em especial ao Sr. Cel Francisco 
Teles, hoje ex-comandante. 
Por fim, e não menos importante agradeço incondicionalmente a nosso 
orientador Dr. Lucivando Ribeiro Martins, pela disposição em colaborar, pela 
compreensão e por ter confiado na nossa capacidade para chegarmos até aqui. 
Obrigado a todos sem vocês não seria possível a realização desse sonho, 
concluir um Curso Superior de Bombeiros Militar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A única maneira de fazer um bom trabalho 
é amando o que você faz. Se você ainda 
não encontrou, continue procurando. Não 
se desespere. Assim como no amor, você 
saberá quando tiver encontrado”. 
(Steve Jobs) 
 
 
RESUMO 
 
Este estudo trata de investigar a necessidade de implantação de um Programa de 
Capacitação Continuada, como um tipo de formação que possa contribuir para a 
efetividade de respostas dos Bombeiros Militares do Estado do Piauí à população 
piauiense. Proporcionando uma contribuição para mudanças na prática de 
atendimento, ou melhoria no atendimento, e ainda em uma perspectiva pessoal e 
profissional a todos os integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí 
- CBMEPI. Pois com o surgimento de novas tecnologias, novos conceitos e novas 
experiências, a qualificação e formação e continuada nada mais é do que uma 
formação complementar. A formação continuada é considerada um direito para os 
profissionais que lecionam em qualquer estabelecimento de ensino, bem como para 
os profissionais de serviços essenciais, como é o caso dos Bombeiros Militares. De 
maneira que é extremamente importante para o professor e instrutor, quanto para o 
aluno estar pronto para atuar no mercado de trabalho. É necessário atualizar seus 
conhecimentos para que você possa desempenhar melhor suas competências. Com 
um conceito civil de formação continuada que entrou em vigor em 1996, quando foi 
implementada a lei de Diretrizes e Bases da Educação. Esta lei visa valorizar e 
orientar a formação do profissional da educação. No meio militar veio a ser 
implementada com o surgimento da Senasp, com uma matriz curricular de formação 
para todo o Brasil. A partir dessa necessidade surgiu a ideia do presente trabalho de 
conclusão do Curso Superior de Bombeiros, realizados pelo Corpo de Bombeiros 
Militar do Estado da Bahia. 
Palavra-chave: 
Capacitação. Continuada. Formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRATIC 
 
This study seeks to investigate the need to implement a Continuing Training Program, 
as a type of training that can contribute to the effectiveness of responses by the Military 
Firefighters of the State of Piauí to the population of Piauí. Providing a contribution to 
changes in service practice, or improvement in service, and in a personal and 
professional perspective to all members of the Military Fire Brigade of the State of Piauí 
- CBMEPI. Because with the emergence of new technologies, new concepts and new 
experiences, qualification and continuous training is nothing more than complementary 
training. Continuing education is considered a right for professionals who teach at any 
educational establishment, as well as for professionals of essential services, as is the 
case with Military Firefighters. So it is extremely important for the teacher and 
instructor, as well as for the student to be ready to work in the job market. It is 
necessary to update your knowledge so that you can better perform your skills. With a 
civil concept of continuing education that came into force in 1996, when the Law of 
Directives and Bases of Education was implemented. This law aims to value and guide 
the training of education professionals. In the military, it came to be implemented with 
the emergence of Senasp, with a curricular matrix of training for the whole of Brazil. 
From this need arose the idea of the present work to conclude the Superior Course for 
Firefighters, carried out by the Military Fire Brigade of the State of Bahia. 
 
Keyword: 
 
Training. Continued. Formation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Logomarca do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí ............... 13 
Figura 2 - Vista aérea do quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar 
do Estado do Piauí .................................................................................................... 18 
Figura 3 - Instrução de Salvamento em Altura realizado pelo 2º BBM/CBMEPI ....... 20 
Figura 4 -Logomarca do Programa desenvolvida pela dupla de Of. Als. CSBM ....... 46 
Figura5 - Gráfico da Questão 07 .............................................................................. 61 
Figura 6 - Gráfico da Questão 08 .............................................................................. 62 
Figura 7 - Gráfico da Questão 09 .............................................................................. 62 
Figura 8 - Gráfico Questão 10 ................................................................................... 63 
Figura 9 - Gráfico da Questão 11 .............................................................................. 63 
Figura 10 - Gráfico da Questão 12 ............................................................................ 64 
Figura 11 - Gráfico da Questão 13 ............................................................................ 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///D:/Rivelino/Documents/CSBM%20CBMBA/TCC/TCC%20Completo.docx%23_Toc66051569
file:///D:/Rivelino/Documents/CSBM%20CBMBA/TCC/TCC%20Completo.docx%23_Toc66051572
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 13 
1.1 Justificativa ...................................................................................................... 14 
1.2 Formulação do problema ................................................................................ 15 
1.3 Objetivos ........................................................................................................... 16 
1.3.1 Objetivo geral. .................................................................................................. 16 
1.3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 16 
1.4 Hipóteses .......................................................................................................... 17 
2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 18 
2.1 Exemplos de Programas de Capacitação e Implantação continuada. ........ 18 
2.2 O processo de ensino apendizagem. ............................................................. 20 
2.3 Da educação. .................................................................................................... 22 
2.3.1 A educação como processo ............................................................................. 23 
2.3.2 A educação como fator existencial e cultural. .................................................. 24 
2.3.3 A evolução da educação no mundo ................................................................. 25 
2.3.4 Do enquadramento do ensino militar ................................................................ 26 
2.4 Matriz Curricular Nacional e suas estratégias. .............................................. 28 
2.4.1 Educação em Serviços de Segurança Pública e Defesa Social. ...................... 31 
2.4.2 A educação nos Corpos de Bombeiros do Brasil. ............................................ 32 
2.4.3 Breve histórico do CBMEPI. ............................................................................. 33 
2.4.4 Nossos Heróis. ................................................................................................. 34 
2.4.5 Evolução do CBMEPI. ...................................................................................... 35 
2.5 Efetivo atual do CBMEPI. ................................................................................. 38 
2.6 O Ensino. .......................................................................................................... 39 
2.6.1 Definição de ensino. ......................................................................................... 39 
2.6.2 O ensino técnico-profissional bombeiro militar. ................................................ 40 
2.7 A Educação e o Ensino no CBMEPI. .............................................................. 40 
2.7.1 As ferramentas de ensino do CBMEPI. ............................................................ 41 
2.7.2 Do treinamento ................................................................................................. 42 
2.7.3 A formação do profissional Bombeiro Militar. ................................................... 43 
2.7.4 A qualificação técnico-profissional no CBMEPI. ............................................... 43 
2.8 Da capacitação continuada. ............................................................................ 44 
3 O PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA. ....................................... 46 
 
 
3.1 Atividades do Programa de Capacitação Continuada. ................................. 47 
3.2 Do adestramento da tropa. .............................................................................. 47 
3.3 A avaliação dos processos de ensino aprendizagem. .................................. 49 
3.4 A avaliação da capacitação continuada. ........................................................ 51 
3.5 O conceito de eficiência e eficácia. ................................................................ 52 
3.6 Metodologia da Pesquisa. ............................................................................... 54 
3.6.1 Classificação da pesquisa ................................................................................ 55 
3.7 Pesquisa documental e bibliográfica. ............................................................ 58 
3.7.1 Pesquisa de campo. ......................................................................................... 58 
3.7.2 Amostra da pesquisa. ....................................................................................... 58 
3.8 Procedimento de coleta de dados. ................................................................. 59 
4 PESQUISA E ANÁLISE DOS RESULTADOS. .................................................. 60 
5 DISCUSSÃO ....................................................................................................... 66 
5.1 Estudo dos objetivos ....................................................................................... 66 
5.2 Conceitos da educação no processo de ensino aprendizagem .................. 66 
5.3 Conhecer o Programa de Capacitação Continuada a ser aplicado ao efetivo 
operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí – CBMEPI. ..... 67 
5.4 Avaliar o aproveitamento do Programa de Capacitação Continuada pelo 
efetivo operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí – 
CBMEPI. ................................................................................................................... 67 
5.5 Resultado da Hipótese 1: ................................................................................ 70 
5.6 Resultado da Hipótese 2: ................................................................................ 71 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 72 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS. ........................................................................ 76 
GLOSSÁRIO ............................................................................................................. 77 
APÊNDICE ................................................................................................................ 79 
APÊNDICE A - Questionário da pesquisa. ............................................................ 79 
APÊNDICE B - PROPOSTA DE EMENTA PARA O PROGRAMA DE 
CAPACITAÇÃO CONTINUADA. .............................................................................. 82 
 
 
 
 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Durante muito tempo, a formação 
inicial foi considerada suficiente para a 
preparação do indivíduo relativamente a 
toda vida profissional. Entretanto, o 
avanço do conhecimento, das novas 
tecnologias nos últimos anos, e o seu 
inter-relacionamento com o desempenho 
profissional trouxeram à tona a 
necessidadede atualização e de 
aperfeiçoamento constante e continuado 
dos que atuam na educação, e mais 
ainda para aqueles que salvam vidas. 
 
Rodrigues e Esteves (1993, p. 41) asseveram que: 
A formação não se esgota na formação inicial, devendo prosseguir ao longo 
da carreira, de forma coerente e integrada, respondendo às necessidades de 
formação sentidas pelo próprio e Às do sistema educativo, resultantes das 
mudanças sociais e/ou do próprio sistema de ensino. 
 
A complementação e atualização de conhecimentos técnico-profissionais 
repassados durante o processo de formação básica do profissional bombeiro militar é 
uma necessidade recorrente da política de ensino do Corpo de Bombeiros Militar do 
Estado do Piauí CBMEPI. Após o curso de formação é necessário que o profissional 
Bombeiro Militar tenha a oportunidade de rever, atualizar e aprimorar seus 
conhecimentos técnico-profissionais por intermédio de uma ferramenta administrativa 
gerencial e operacional, que execute uma capacitação continuada dos bombeiros 
militares, para uma qualificação dos serviços prestados pelo CBMEPI. 
A política de ensino do CBMEPI prevê o direcionamento do ensino em duas 
modalidades: ensino de formação profissional básica e ensino de direcionado a 
formação para promoção. Este ensino compreende os cursos de formação, 
especialização, habilitação e aperfeiçoamento dos Oficiais e Praças da corporação, 
buscando a galgar postos e graduações, com tempos de interstícios pré-determinados 
em lei. 
Figura 1 – Logomarca do Corpo de 
Bombeiros Militar do Estado do Piauí 
Fonte: Site do Corpo de Bombeiros Militar do 
Estado do Piauí. 
14 
 
Não confundir os cursos de especialização com as ferramentas de capacitação 
continuada destinadas a manutenção do ensino, pois o objetivo dos cursos de 
especialização é o de preparar o profissional bombeiro militar para a realização de 
determinada atividade (operacional e administrativa) específica do elenco de ações 
do serviço operacional do CBMEPI. Enquanto os processos de ensino aprendizagem, 
adotados na capacitação continuada, visam atender as necessidades da atualização 
dos conhecimentos repassados na formação básica, agregando valores e novas 
técnicas de ações, com busca a técnica e tática com eficiência e eficácia. 
A política de ensino do CBMEPI deverá instituir por meio de um Programa de 
Capacitação Continuada, um processo de revitalização das atividades de ensino ao 
efetivo da corporação. Os serviços do CBMEPI, comumente denominado de serviços 
operacionais, não adotam qualquer programa que sirva de modelo de estudo na 
implementação desses mecanismos de manutenção do ensino, pois essa ferramenta 
visa complementar, atualizar e aprimorar os conhecimentos adquiridos durante os 
cursos de formação, especialização, habilitação e aperfeiçoamento dos Oficiais e 
Praças da corporação. 
A presente pesquisa propõe realizar uma avaliação da necessidade de 
implantação de um Programa de Capacitação Continuada no CBMEPI, verificar a 
influência das ferramentas de ensino técnico-profissional no programa e sua influência 
nos procedimentos de adestramento da tropa para o serviço operacional da 
instituição, desenvolvendo desta forma a produção de elementos para discussão do 
problema objeto da pesquisa. 
 
1.1 Justificativa 
 
A avaliação da necessidade de implantação de um processo de ensino-
aprendizagem empregando uma atividade educacional denominada neste trabalho de 
Programa de Capacitação Continuada. Evidencia a importância dessa ferramenta de 
ensino, bem como dos processos de ensino aprendizagem, que compõem seus 
fundamentos, para a manutenção e retroalimentação do ensino técnico-profissional 
dos bombeiros militares que atuam no serviço operacional da corporação. Conhecer 
o Programa de Capacitação Continuada é de fundamental importância para a gestão 
do ensino na corporação, todos os profissionais que trabalham no serviço operacional 
devem estar cientes das diretrizes e meios disponíveis para a execução dos 
15 
 
treinamentos e instruções, com previsão elaborada para um período determinado de 
ações e instrução da instituição para um ano no mínimo. 
As ferramentas do ensino técnico-profissional adotadas em programa de 
capacitação continuada são de extrema importância para o entendimento da dinâmica 
na capacitação do ensino na corporação. A fim de realizar uma delimitação da 
proposta de estudo do presente trabalho, direciona-se o foco de investigação para o 
corpo humano de bombeiros militares de uma unidade que trabalhem no serviço 
operacional, com a necessidade de do emprego de um Programa de Capacitação 
Continuada e que necessitem estarem atualizados em técnicas e táticas novas para 
prestação do serviço constitucional da corporação Corpo de Bombeiro Militar. órgão 
responsável pela proteção de vidas e patrimônio, por deparar-se com diferentes 
cenários de incêndios, necessita dominar técnicas e táticas e adaptar-se as novas 
situações a que é submetido. Nesta premissa, a pesquisa direcionou o estudo para a 
implantação de um Programa de Capacitação Continuada, avaliando a eficiência e 
eficácia. De posse dessas informações pode-se traçar um perfil de um programa e os 
resultados permitirão mensurar o grau de aproveitamento dos processos de ensino 
aprendizagem utilizados na capacitação da tropa, hoje dispensado ao efetivo do 
serviço operacional na Corporação, deixando a segundo e/ou até terceiro plano este 
método de acompanhamento pós-ensino dos Bombeiros Militares. 
 
1.2 Formulação do problema 
 
O problema alvo da presente pesquisa é decorrente da seguinte questão: Qual 
a Necessidade de implantação de um Programa de Capacitação Continuada no 
CBMEPI? 
Com este questionamento, o presente trabalho de pesquisa pretende 
diagnosticar o grau de necessidade de implantação de um Programa de Capacitação 
Continuada no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí, por parte do 
Comandante Geral e dos profissionais que são submetidos às instruções e demais 
mecanismos aplicados na metodologia de ensino empregado no CBMEPI. Se as 
ferramentas de ensino técnico-profissional adotadas por Programa de Capacitação 
Continuada para o CBMEPI atendem ao complemento, atualização e aprimoramento 
dos conhecimentos científico-operacionais adquiridos na formação básica dos 
profissionais das diversas unidades da Corporação. Se o Programa de Capacitação 
16 
 
Continuada prepara os profissionais do CBMEPI, para o desempenho das atividades 
operacionais e se promove a correção de falhas nas ações e operações da unidade. 
 
1.3 Objetivos 
 
Os objetivos são traçados mediante o investimento no treinamento de combate 
a incêndio, resgate, busca e salvamento e APH, e posterior aplicação no atendimento 
às ocorrências torna-se condição indispensável para atender as expectativas da 
sociedade. Deve-se ainda considerar que este serviço está intimamente ligado, ou 
mesmo, trata-se da própria missão da instituição, qual seja, “Vidas alheias e riquezas 
salvar”. O insucesso reflete em perda de vidas e materiais. (Lema dos Corpo de 
Bombeiros Militares do Brasil). No Brasil, diversas organizações têm discutido sobre 
a importância da retroalimentação das informações obtidas após os incêndios com a 
finalidade de reavaliar procedimentos, condições de segurança do trabalho, sistemas 
de prevenção contra incêndio e pânico, bem como reformulação de leis e decretos. 
Desta forma, faz-se necessário o estudo que promova constantemente avaliações das 
condições atuais de administração dos sistemas institucionais ou que proponham a 
necessidade de se complementar, aperfeiçoar e viabilizar os sistemas já existentes, 
na tentativa de operacionalizá-los, para o fim a que se destinam. 
 
1.3.1 Objetivo geral. 
 
Desenhar uma proposta de capacitação continuada para o CBMEPI, avaliando 
a necessidade de implantação, a eficiência e eficácia de um Programa de Capacitação 
Continuadana visão dos profissionais do serviço operacional do CBMEPI. 
 
1.3.2 Objetivos específicos 
 
a. Pesquisa diagnostica para implantação de formação continuada 
b. Desenhar Proposta com treinamentos específicos de formação e 
qualificação continuada; 
c. Elaborar minuta do Programa de Capacitação Continuada, aproveitamento 
os conhecimentos profissionais e continuando já existente. 
 
17 
 
1.4 Hipóteses 
A implantação de um Programa de Capacitação Continuada atenderá 
satisfatoriamente as necessidades operacionais de adestramento e treinamento dos 
profissionais do CBMEPI. 
A formação inicial, não deve acabar em uma cerimônia, mais sim, deve ser 
continuada, organizados para preparar para a vida produtiva e social do indivíduo. No 
caso do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí, deve ser promovida para a 
inserção e reinserção de todos da corporação no trabalho operacional institucional. 
Isso inclui cursos de capacitação profissional, aperfeiçoamento e atualização 
profissional para Bombeiros de todos os postos e graduações. Devendo abranger 
cursos especiais, de livre oferta, abertos a todos, além de cursos de qualificação 
profissional integrados aos itinerários formativos do dia a dia. No que tange ao nosso 
estudo, podemos contextualizar que esperamos encontrar na pesquisa, por 
experiencia, por resultados das entrevistas que, deve ser implantado o quanto antes 
uma forma de atualização de informação aos Bombeiros Miliares do CBMEPI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
Figura 2 - Vista aérea do quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar 
do Estado do Piauí 
 
Fonte: Arquivo pessoal Of. Al. Maj. Rivelino de Moura Silva. 
Esta revisão de literatura buscou por meio de conceitos formulados por autores 
da área de atuação dos Corpos de Bombeiros Militar do Brasil e da análise das leis 
que regem o CBMEPI, abordar conteúdos relativos aos serviços desempenhados 
pelos Corpos de Bombeiros Militar, uma retroalimentação, contextualização sobre o 
tema, suas definições e conceitos, a fundamentação legal para um o sistema 
programado de instrução para o CBMEPI, o histórico de coleta e análise de dados 
obtidos em diversas ocorrências no estado, conceitos de dados, informação e 
conhecimento dos autores, e exposição sobre sistema de informação. 
 
2.1 Exemplos de Programas de Capacitação e Implantação continuada. 
 
Os exemplos de Programas de Capacitação Continuada implantado em outras 
instituições que funciona desde o ano de 1996, com a nomenclatura de reciclagem. 
Naquela época era atribuição da Seção de Ensino da então, 2ª Companhia 
Independente de Emergência Médica (CIEM) do CBMDF, reciclar o efetivo executante 
do serviço de APH no Distrito Federal, conforme relatos do comandante na ocasião e 
arquivos da Companhia. A partir do final da década de noventa, começou a ser 
19 
 
empregado o termo Programa de Capacitação Continuada, desde então existe o 
pensamento de capacitar anualmente todo o efetivo. Hoje o pensamento de 
Capacitação continuada serve para todas as áreas da instituição, objetivando sempre 
um serviço de qualidade, partindo de uma boa formação. O Corpo de Bombeiros da 
Polícia Militar do Estado de São Paulo por meio de Procedimentos Técnicos de 
Análise de Conduta Operacional (PTAC-Op) detectou a necessidade de implementar 
um sistema de instrução e avaliação centralizado, com a finalidade de treinar 
individualmente e coletivamente sua tropa para melhoria dos seus serviços. 
Por meio do PTAC-Op foi possível detectar, mediante dados estatísticos e 
estudos de casos, que acidentes poderiam ser evitados caso tivessem sido 
observados os procedimentos operacionais padrão e fundamentos de bombeiros. 
Assim, o comando padronizou os procedimentos operacionais e por meio de uma 
diretriz expedida pelo Chefe de Operações, equivalente ao Chefe da 3ª Seção do 
EMG, implementou um programa de treinamento a todos os militares do Corpo de 
Bombeiros da Grande São Paulo. Tal programa teve a finalidade de prever a 
padronização da rotina de todas as Unidades de bombeiros, apresentar todo o efetivo 
operacional para treinamento pré-estabelecido, difundir amplamente os manuais 
fundamentais, manuais técnicos e procedimentos operacionais padrão em vigor, 
formar uma unidade de doutrina a todo efetivo, promover condicionamento físico ideal 
para execução dos serviços, evitar acidentes de trabalho e orientar os bombeiros a 
buscarem continuamente o aprimoramento profissional individual. O programa prevê 
cinquenta e três conhecimentos obrigatórios, que todos os militares devem possuir 
para a execução do serviço de forma padronizada. Tais conhecimentos são 
repassados de forma harmônica e planejada durante o período de um ano de 
treinamento. Os militares que não conseguem ser aprovados são submetidos 
novamente ao treinamento, sem prejuízo do serviço. 
O programa estabelece as obrigações de todos os envolvidos no processo de 
instrução, bem como banca de avaliação, normas de segurança da instrução, tabela 
de pontuação dos exercícios. O acompanhamento da instrução é feito por meio de 
relatórios diários de passagem de serviço, em livro próprio, no qual são relatados 
apenas fatos relativos à instrução. Esses relatórios são subsídios ao comando e 
instrumentos de averiguação por parte do Estado-Maior. Aliado a este trabalho de 
coleta de dados, estudo de casos e planejamento de instrução, o comando através do 
centro de informática, elaborou um sistema de tabulação de dados, que abordasse 
20 
 
todo o ciclo de inserção, processamento e análise de dados, dos eventos de 
bombeiros. 
O desafio da instituição é a revisão do modelo de dados de ocorrências que 
levem à reestruturação dos registros de eventos de bombeiros e sua terminologia, 
aperfeiçoando a qualidade, a confiabilidade das informações e o desenvolvimento do 
mapeamento do serviço operacional do serviço de bombeiros no território do estado, 
relacionando seus indicadores quantitativos e qualitativos de atendimento com as 
demandas exigidas pela população. 
Desta forma, o sistema possui dez relatórios padronizados e que devem ser 
obrigatoriamente preenchidos diariamente no próprio sistema. 
O objetivo da instituição dentre outros é melhorar a qualidade dos serviços por 
meio de direcionamento da capacitação profissional, treinamento, desenvolvimento 
de novas técnicas, aperfeiçoamento dos procedimentos operacionais padronizados. 
 
2.2 O processo de ensino apendizagem. 
 
Figura 3 - Instrução de Salvamento em Altura realizado pelo 2º BBM/CBMEPI 
 
Fonte: Arquivo pessoal Of. Al. Maj. BM Rivelino de Moura Silva 
Para Catapan (1996, p.38) a definição do processo de ensino aprendizagem é 
o "Conjunto de ações e estratégias que o educando, considerado individual ou 
21 
 
coletivamente, realiza, contando para tal, com a gestão facilitadora e orientadora do 
professor, para atingir os objetivos propostos”. 
Segundo o autor, o processo de ensino-aprendizagem desenvolve-se de três 
maneiras: presencial, não presencial ou mista, utilizando para esse fim ambientes 
educacionais como escolas, centros de formação, ambientes virtuais empresas e 
comunidades urbanas e rurais (grifo nosso). 
O processo de ensino-aprendizagem está centrado no educando e dá ênfase 
tanto ao método quanto ao conteúdo. O Processo de ensino-aprendizagem 
compreende a organização do ambiente educativo, a motivação dos 
participantes, a definição do plano de formação, o desenvolvimento das 
atividades de aprendizagem e a avaliação do processo e do produto. Constitui 
essencialmente o trabalho escolar, cujo produto são os conhecimentos 
construídos, os conhecimentos dominados e as habilidades. (CATAPAN, 
1996, p.38). 
 
O processo de ensino-aprendizagem compreende a organização do ambiente 
educativo, a motivação dos participantes, a definição do plano de formação, o 
desenvolvimentodas atividades de aprendizagem e a avaliação do processo de 
ensino. Entende-se por processos de ensino aprendizagem como o conjunto de ações 
e estratégias empregadas ao aluno, individual ou em grupo, visando a mudança de 
comportamento em proveito do desenvolvimento da instituição. 
O processo de ensino aprendizagem no Corpo de Bombeiros deve ocorrer 
desde o planejamento e organização dos cursos e estágios na corporação, bem como 
das instruções e treinamentos dispensados aos profissionais bombeiros militares nas 
diversas formas de metodologias de ensino e instrução. A preocupação com a 
dinâmica das instruções, o desempenho do instruendo nas atividades de cunho 
prático, o aproveitamento das correções nas falhas da metodologia aplicada e a 
avaliação dos professores e instrutores são apenas uma parte da aplicação dos 
princípios dos processos de ensino aprendizagem no seio do CBMEPI. 
O ensino no CBMEPI se caracteriza por uma abordagem técnico-profissional 
de caráter militar, agregando em sua essência o elenco das ações que compõem o 
leque das atividades do serviço operacional do profissional bombeiro militar. Nos 
primórdios da corporação Corpo de Bombeiros, a principal atividade era apenas 
dedicada a extinção de incêndios. Nos dias atuais, a ampla gama de ações que 
compõem as atividades do Corpo de Bombeiros impõe que os conhecimentos técnico-
profissionais sejam inseridos durante toda a passagem do profissional pela 
corporação, conforme consta no Artigo 144 da CF de 1988. 
22 
 
A Segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos 
para a preservação da ordem pública, exercida pelas Policias Militares e 
Civis, o Policiamento ostensivo e preservação da ordem pública, e aos 
Corpos de Bombeiros, que além das atribuições constantes em Lei, as ações 
de combate a incêndio, busca e salvamento, incumbe ainda ações de Defesa 
Civil. (CF, 1988. Art. 144). 
 
O principal objetivo do ensino técnico-profissional bombeiro militar é de 
preparar um agente público, tanto para a realização das atividades operacionais, 
típicas do serviço bombeiro militar, como para o exercício do cargo público na 
administração governamental. Sendo assim, considera-se que rol de atividades 
exercidas pelo CBMEPI desdobra-se em duas grandes vertentes: Atividade fim 
(Combate a incêndio, Resgate, Busca e Salvamento) e atividade meio (Vistorias, 
Análise de Projeto e Prevenção) (Maj. Rivelino de Moura). 
Essa atividade fim compreende o elenco de ações que caracterizam o serviço 
operacional, ou seja, todas as atividades empregadas no socorro prestado pelo 
CBMEPI junto à comunidade. Em outra perspectiva, a atividade meio compreende a 
gestão de todos os recursos materiais e humanos destinados a realização do apoio 
administrativo, bem como da logística, das finanças, da comunicação social, do 
serviço técnico e compreende também o planejamento do ensino. Desta forma, o 
efetivo da corporação bombeiro militar é dividido em: Bombeiros Militares que 
trabalham nas unidades operacionais e bombeiros militares que trabalham na 
administração. 
A presente pesquisa inicia sua busca bibliográfica na abordagem das 
definições de processos de ensino aprendizagem e demais ferramentas da educação. 
Segundo Cabral (2004, p.12), “o ensino bombeiro militar feito com investimento 
e planejamento proporciona ao sistema condições necessárias para valorização 
profissional do educador, bem como dos alunos”. 
Num mundo cada vez mais globalizado, onde há a necessidade de um 
profissional polivalente, as constantes mudanças tecnológicas de 
equipamentos operacionais, exigem dos militares um conhecimento desta 
evolução, para que os mesmos venham a utilizá-los com eficiência no 
trabalho. Sendo assim, é importante ter a competência para aprender, 
repensar a aprender, dominando e atualizando os conhecimentos exigidos, 
assim como é preciso ser flexível para assimilar novos conhecimentos. 
(Cabral. 2004, p. 12). 
 
2.3 Da educação. 
 
O conceito de educação está diretamente ligado a construção dos saberes 
necessários a formação do próprio homem. Ao longo da vida, o homem adquire a 
23 
 
capacidade de discernimento e das ações que precisa para o convívio social, 
moldando assim o seu caráter e sua reputação como membro efetivo do grupo. 
Para Pinto (2007. P.30) a educação possui um significado restrito e outro 
amplo. No significado restrito, a educação está diretamente ligada ao contexto da 
pedagogia clássica, de caráter sistematizado e convencional. Está intrinsecamente 
ligado às fases da vida de um indivíduo enquanto ser socialmente incluído em 
determinado tipo de grupo social. São os conhecimentos que o indivíduo recebe, por 
seus pais e principalmente por membros de sua comunidade, durante as fases da 
infância e da juventude do ser humano que irão formá-lo como membro participante e 
atuante. 
Já no seu sentido amplo e autêntico, o autor trata a educação como uma 
relação com a existência humana em todos os seus aspectos. 
A educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à sua 
imagem e em função de seus interesses. Por consequência a formação do 
homem, ou seja, o processo pelo qual a sociedade atua constantemente 
sobre o desenvolvimento do ser humano no intento de integrá-lo no modo de 
ser social vigente e de conduzi-lo a aceitar a buscar os fins coletivos. (PINTO, 
2007, p. 30). 
 
2.3.1 A educação como processo 
 
A educação como processo, desde os primórdios, o homem vem passando por 
contínuos processos de educação. Desde o advento da roda e do manuseio do fogo 
o homem passa por um constante processo de aprendizagem. 
Portanto, o conceito de educação pode estar ligado aos processos de formação 
do homem como indivíduo, do homem como ser que passa por constantes mudanças, 
e do homem como um ser que participa de uma sociedade que passa por processos 
de constante aprendizado e por isso educa a si e a outros, ao longo de sua jornada. 
A educação é um processo, portanto é o decorrer de um fenômeno (a 
formação do homem) no tempo, ou seja, é um fator histórico. Todavia, é 
histórico em duplo sentido: primeiro, no sentido de que represente a própria 
história individual de cada ser humano; segundo, no sentido de que está 
vinculada â fase vivida pela comunidade em sua contínua evolução. Sendo 
um processo, desde logo se vê que não pode ser racionalmente interpretada 
com os instrumentos da lógica formal, mas somente com as categorias da 
lógica dialética. (PINTO, 2007, p. 30). 
 
Segundo Cabral (2004, p.16) “a educação transforma e traz modificações 
necessárias nos seres humanos. Oportuniza o conhecimento, assegura-lhes a 
segurança profissional e um bem estar na sociedade”. 
24 
 
A educação como processo assegura a transferência de toda a cultura de um 
povo e que liberta pelo saber quando somada ao estímulo para um pensar e 
agir empreendedor, pode acelerar, em muito, a construção de uma nação 
mais justa, que assegure vida digna a seus cidadãos. (Edição Sebrae, 2001 
apud CABRAL,2004. P.16). 
 
2.3.2 A educação como fator existencial e cultural. 
 
Os educadores afirmam que a escola é para o aluno a segunda casa. A 
instituição escolar é responsável pela educação, pelo ensino e pela aprendizagem. 
Possui uma participação fundamental no papel de repassar ao indivíduo os 
ensinamentos necessários para se comportar socialmente e aprender sobre os 
principais fatos e acontecimentos da sociedade em geral. 
Para Hoffmann (2000. P.30) “a educação tem como principal finalidade 
preparar o indivíduo para o exercício da cidadania e sua qualificação para as 
ocupações no trabalho”. Ou seja, seu acesso a maneiras de sua iniciação a uma 
posição dentro de seu grupo social. 
Refere-se ao modo como (por si mesmo e pelas ações exteriores que sofre) 
o homem se faz ser homem. A educação configura o homem em toda sua 
realidade. Pode-se dizer (em outra versão da definição) que é o processo 
pelo qual o homemadquire sua essência (real, social e não metafísica). É o 
processo constitutivo do ser humano. (PINTO, 2007, p. 30). 
 
A partir dessas considerações, queremos justificar a importância dessa 
discussão sobre a natureza pedagógica da formação Bombeiro Militar, que pode 
oferecer elementos úteis para a construção de um sistema de educação, no cenário 
atual, sem termos que abdicar de uma raiz ontológica que foi esquecida e deve voltar 
à pauta de uma reflexão pedagógica: a educação como um dinamismo com 
significado existencial da consciência no ato de transcender a si mesma; que constrói 
sua dinâmica mediante as decisões e ações tomadas pelo sujeito em suas relações 
com um mundo de significados e valores; uma educação que, em última análise, 
atinge sua finalização na responsabilização pessoal. A educação abrange 
principalmente os processos de ensinar e aprender, tais processos emglobam o 
contexto familiar, escolar, social e profissional. Esse fenômeno é observado em 
quaisquer tipos de comunidades ou grupos sociais constituídos. 
Educação implica diretamente em formação social, ou seja, são os 
conhecimento necessários para a criação de hábitos para construção de 
comportamentos nos indivíduos. Tais comportamentos visam habilitar os indivíduos a 
conviverem em perfeita harmonia com seus grupos sociais. 
25 
 
Refere-se à sociedade como um todo. É determinada pelo interesse que 
move a comunidade a interagir todos os seus membros à forma social vigente 
(relações econômicas, instituições, usos, ciências, atividades, etc.). É o 
procedimento pelo qual a sociedade se reproduz a si mesma ao longo de sua 
duração temporal. (PINTO, 2007, p. 30). 
 
A educação parte do princípio de que todos os indivíduos são responsáveis por 
ensinar e educar a corporação de acordo com os valores e costumes da sociedade 
de cada instituição a que pertence. 
A educação é uma ferramenta para assimilação, manutenção e perpetuação 
dos conhecimentos adquiridos pelos membros de todos os grupos sociais. O repasse 
de conhecimentos é feito de forma transcendental, dos membros mais velhos e mais 
experientes aos mais jovens e em fase de socialização. Neste contexto são 
transmitidos de geração a geração os conhecimentos necessários ao perfeito convívio 
familiar e social. 
Não somente os conhecimentos, crenças e valores, mas também os métodos 
utilizados pela totalidade social para exercer sua função educativa e 
dependem do grau cultural da comunidade. A educação é a transmissão da 
cultura em todos os seus aspectos. O método pedagógico é função da cultura 
existente. O saber é o conjunto dos dados da cultura que se têm tornado 
socialmente conscientes e que a sociedade é capaz de expressar pela 
linguagem. Nas sociedades iletradas não existe saber gratificante 
conservado pela escrita, contudo, há transmissão pela prática social, pela via 
oral e, portanto, há educação. (CABRAL, 2007, p. 30). 
 
É por meio da educação, ou seja, da dose de conhecimentos que podemos 
explicar a participação de figuras históricas na mudança de rumo que a humanidade 
sofreu ao longo de sua jornada na terra. 
 
2.3.3 A evolução da educação no mundo 
 
A história da educação confunde-se em muitos momentos com a própria 
história do homem em seu contexto social e participativo nas principais mudanças. As 
primeiras formas de educação são aquelas observadas no comportamento do homem 
primitivo, o qual para sobreviver, produziu ferramentas e inventou técnicas de caça, 
além é claro da produção e manuseio do fogo. 
Tais formas primitivas de comportamento perdurou por toda a Era do Fogo 
através dos ensinamentos que eram repassados de geração em geração. Podemos 
afirmar então que estes são os primeiros registros de um processo de eniso 
aprendizagem, logo um sistema de educação. 
26 
 
Na idade média, a educação era privilégios de poucos, quem possuisse um 
livro era considerado além de um homem culto, um homem rico. Pois os livros eram 
feitos de materiais de difícil reprodução. A evolução da educação no mundo ocorreu 
em conformidade com os preceitos de socialização e endoculturação até atingir a 
prática da educação formal. Entende-se como educação formal a as atividades 
desenvolvida nos espaços das escolas, que vai da educação infantil aos cursos de 
pós-graduação. 
A educação exercida com a inserção do individuo no manuseio de ferramentas 
e recursos técnicos e de instrumentos e ferramentas tecnológicas dá-se o nome de 
Educação Tecnológica. Educação profissional é aquela que prepara o indivíduo para 
o exercício de determinado Ofício (profissão), habilitando-o a exercer uma atividade 
laboral, ou seja, promove sua aceitação no mercado de trabalho. 
 
2.3.4 Do enquadramento do ensino militar 
 
A educaçao no Brasil acontece de várias formas e leva em consideração a 
diversidade cultural e econômica dos estados da federação. 
No âmbito nacional, a educação é regulada pela Lei nº 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, chamada de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Em 
seu artigo 83 aborda o ensino militar como um ramo da educação nacional que possui 
legislação específica. 
A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional estabelece: Art. 83. O ensino militar é regulado em lei 
específica, admitida a equivalência de estudos, de acordo com as normas 
fixadas pelos sistemas de ensino (Carneiro, 2008. p199). 
 
Desde 1997 a SENASP1 vem investindo na formação dos profissionais da área 
de segurança pública, inicialmente com cursos sobre Direitos Humanos em parceria 
com o Comitê da Cruz Vermelha Internacional; (DECRETO LEI nº 7443, Diário Oficial 
da União de 23 de fevereiro de 2017. Brasília – DF). 
Em dezembro de 1999, após um processo de elaboração conjunta com 
profissionais de todos os estados lançou as bases curriculares para os cursos de 
 
1 Senasp - A Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) - Decreto nº 5.834, de 6 de julho de 
2006, é um órgão público superior de nível federal, vinculado ao Ministério da Justiça. Ela é 
responsável pela política de segurança pública no país 
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Justi%C3%A7a_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seguran%C3%A7a_p%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
27 
 
formação dos profissionais da área de segurança pública. Este documento trazia uma 
série de orientações para o currículo de formação, uma proposta de grade de 
disciplina e um conjunto de ementas. Neste mesmo período e nos anos subsequentes 
a SENASP estruturou um programa de treinamento com vários cursos ofertados. 
Em março 2004, com a necessidade de inserir novas questões na agenda de 
formação, a SENASP realizou o primeiro encontro da Matriz Curricular e lançou o 
referido o documento intitulado Matriz Curricular Nacional2. Um conjunto de 
orientações para subsidiar as ações formativas dos centros de formação policiais e 
bombeiros. 
De acordo com o gestor da Rede Nacional de Educação a Distância (Rede Ead) 
em Sergipe, delegado Jorge Ribeiro, dado o conjunto de fatores favoráveis, os países 
do Mercosul também aderiram à Rede e, a partir do próximo ciclo, os seus operadores 
de segurança pública também estarão matriculados e trocando experiências com 
policiais brasileiros. “Isso é uma demonstração clara da qualidade dos nossos cursos”, 
avaliou Ribeiro. “São mais de quarenta cursos disponíveis da Rede Senasp, além de 
outros 25 cursos da Rede DtCom, estes relacionados com Gestão Pública (Talk Show: 
Desenvolvimento da Excelência em Gestão Pública etc.), Gestão Corporativa (Inglês 
Básico...) e Autodesenvolvimento (Português Instrumental II: A Reforma Ortográfica e 
outros). No total, são oferecidos mais de 40 cursos. A partir de uma grade da Senasp 
com os seguintes cursos: Integração das Normas Internacionais de Direitos Humanos 
na Área de Segurança Pública, Filosofiados Direitos Humanos Aplicada à Atuação 
Policial, Direitos Humanos e Atividade Policial, Tópicos em Psicologia Relacionados 
à Segurança Pública, Aspectos Jurídicos da Abordagem Policial, Termo 
Circunstanciado, Emergencista Pré-Hospitalar II, Conflitos Agrários, Democracia 
Participativa, todos com 60 horas. Os interessados devem ficar atentos, pois alguns 
cursos exigem pré-requisitos. 
No cenário de mudanças permanentes a educação destaca-se como processo 
de compreensão do contexto e de construção de conhecimentos, desenvolvimento de 
habilidades e fortalecimento de atitudes para agir sobre o presente e o futuro. 
 
2 Matriz Curricular Nacional - Matriz curricular nacional para ações formativas dos profissionais da área 
de segurança pública / Secretaria Nacional de Segurança Pública, - Brasília : Secretaria Nacional de 
Segurança Pública, 2014. 
28 
 
Em relação ao processo de formação, capacitação e desenvolvimento dos 
profissionais de segurança pública não poderiam ser diferentes; atreladas à eficácia 
organizacional o investimento no capital humano e a valorização profissional se 
tornam imprescindíveis para superar os desafios existentes, com a finalidade de uma 
unidade em todos os Estados da Federação. 
 
2.4 Matriz Curricular Nacional e suas estratégias. 
 
Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Nacional do Ministério da 
Justiça, a Matriz Curricular Nacional é um referencial nacional para as atividades de 
formação em Segurança Pública que fomenta a reflexão e orientação, garantindo a 
coerência das políticas de melhoria da qualidade da Educação em Segurança Pública, 
bem como de desempenho profissional e institucional. 
Fundamentada numa concepção mais abrangente e dinâmica de currículo, ela 
propõe instrumentos que permitam orientar práticas formativas e situações de trabalho 
em Segurança Pública, proporcionando a unidade na diversidade, a partir do diálogo 
entre Eixos Articuladores e Áreas Temáticas. 
Os Eixos Articuladores estruturam o conjunto dos conteúdos formativos, em 
que foram definidos por sua pertinência na discussão da Segurança Pública e por 
envolverem problemáticas sociais atuais e urgentes, enfrentadas pelos por seus 
profissionais, considerados de abrangência nacional. As Áreas Temáticas 
contemplam os conteúdos indispensáveis à formação do profissional da segurança 
pública, isto é, devem convergir para capacitá-los no exercício de sua função: 
- A compreensão do exercício da atividade de Segurança Pública como prática 
da cidadania; 
- O posicionamento crítico, responsável e construtivo nas diferentes situações 
sociais; 
- A percepção dos agentes transformadores da realidade social e histórica do 
país; 
- O conhecimento e valorização da diversidade que caracteriza a sociedade 
brasileira; 
- O conhecimento e domínio das diversas técnicas ao uso da força e da arma 
de fogo; 
29 
 
- O desenvolvimento do autoconhecimento dos profissionais da segurança 
pública; 
- A utilização de diferentes linguagens, fontes de informação e recursos 
tecnológicos que norteiam a atuação dos profissionais da área de segurança pública. 
A Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP, criada pelo Decreto 
nº 2.315, de 4 de setembro de 1997, foi decorrente de transformação da antiga 
Secretaria de Planejamento de Ações Nacionais de Segurança Pública – 
SEPLANSEG. 
A SEPLANSEG foi criada no Governo Fernando Henrique Cardoso através da 
MP 813, de 1º de janeiro de 1995 - mais tarde Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. 
Dos Departamentos que a compunham inicialmente, o Departamento de 
Entorpecentes migrou para a Secretaria Nacional Anti-Drogas, com o advento da Lei 
nº 9.649, de 27 de maio de 1998, transformando-se em Subsecretaria de Prevenção 
e Recuperação; o Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN passou à 
subordinação do Secretário Executivo do Ministério da Justiça, a partir de 17 de 
outubro de 1997, de acordo com o Decreto nº 2.351, e o Departamento de Polícia 
Rodoviária Federal também passou a ser subordinado à Secretaria Executiva do 
Ministério da Justiça, pelo Decreto nº 2.802, de 13 de outubro de 1998. Da união 
desses órgãos traçou-se as estratégias para a implementação da MCN são: 
1. Pactuação com os Entes da Federação: a pactuação é um exercício 
permanente em razão da peculiaridade de cada local e instituição, bem como pelos 
diferentes níveis de processo de Educação em Segurança Pública dos Parceiros. 
2. Criação de um Grupo da MCN: A Secretaria Nacional de Segurança Pública 
criou mediante Portaria (Decreto nº 2.315, Diário Oficial da União de 4 de setembro 
de 1997) um grupo representativo por Instituição e Região para estudar, refletir e 
propor adequações à Matriz. Esse grupo é formado por policiais civis, militares e corpo 
de bombeiros. As propostas foram apresentadas e discutidas em Encontros/Reuniões 
com todos os representantes Estaduais. Desta forma, a SENASP legitima o processo 
de construção e pactuação da política de formação adotada. 
3. Elaboração das Diretrizes de implementação: O documento da Diretriz traz 
referências e princípios e mostra como trabalhar os eixos ético, legal e técnico, 
pertinentes ao ensino do profissional da área de segurança pública, num Estado 
Democrático de Direito; faz referência ao conceito de integração trabalhado pela 
Secretaria Nacional de Segurança Pública na área da formação, recomendando a 
30 
 
criação de uma Coordenação (ou outra denominação) de Ensino, única e integrada, 
que ficará responsável pelo planejamento de ensino, execução e acompanhamento 
das ações de educação e propõe a adoção de um núcleo comum (Malha Curricular). 
4. Elaboração da Malha Curricular: é composto por disciplinas que congreguem 
conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, cujo objetivo é a garantia de 
unidade de pensamento e ação dos profissionais da área de segurança pública. 
Foram consideradas as especificações dos quadros de profissionais da área de 
Segurança Pública descritos na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério 
do Trabalho. 
Além disso, trabalha com o Mapa de Competências favorecendo a identificação 
de conteúdo conceituais (Leis, teorias e princípios), conteúdos procedimentais 
(habilidades técnicas, administrativas, interpessoais, políticas e conceituais, 
traduzidas em métodos, técnicas e procedimentos) e conteúdos atitudinais (valores, 
crenças, atitudes e normas), possibilitando um equilíbrio entre os conteúdos 
propostos. É importante ressaltar que as ementas das disciplinas da malha curricular 
foram elaboradas por profissionais da área de segurança pública indicados pela 
Unidade Federativa para participarem de um processo de seleção com base numa 
ficha cadastral e um sistema de pontuação. 
5. Elaboração do Documento Matriz Curricular em movimento: este documento 
é um guia didático-metodológico que tem por objetivo apresentar idéias e sugestões 
de estratégias e ações - com base nos princípios e fundamentos da Matriz Curricular 
Nacional - que possam subsidiar o gestor, técnico ou professor que atua nos Centros 
de Ensino de Formação dos Profissionais de Segurança Pública na reflexão da prática 
pedagógica, no planejamento e na execução das ações formativas. 
6. Realização de Oficinas Regionais: tem como objetivo conhecer e analisar os 
currículos e projetos educacionais que estão sendo desenvolvidos nas Academias e 
Centros de Formação em relação a MCN, mediante relato de experiência; análise 
junto aos Parceiros das Diretrizes Pedagógicas e da Malha Curricular apresentada 
pela SENASP; Discutir Direitos Humanos como tema transversal. 
A Matriz Curricular em Movimento é um guia didático-metodológico que tem por 
objetivo apresentar ideias e sugestões de estratégias e ações - com base nos 
princípios e fundamentos da Matriz Curricular Nacional - que possam subsidiar 
gestores, técnicos ou professores que atuam nos Centros de Ensino de Formaçãodos 
http://200.238.112.36/capacitacao/arquivos/MatrizCurricular2007.pdf
31 
 
Profissionais de Segurança Pública na reflexão da prática pedagógica, no 
planejamento e na execução das ações formativas. 
Através da utilização da expressão "em movimento” espera-se que as idéias e 
sugestões possam provocar um movimento, no sentido de mobilização mental 
(reflexões); mobilização de pessoas e mobilização estratégico-política. Espera-se 
também que todo este movimento chegue as salas de aula, contribuindo para a 
excelência da formação do profissional de segurança pública. 
Nos dias 15 e 16 de abril de 2005, em Brasília, o MJ/SENASP realizou o II 
encontro da Matriz Curricular Nacional, com representantes das Unidades 
Federativas, onde após análise, discussão, complementações e observações foram 
aprovadas as Diretrizes para as atividades formativas para os profissionais da área 
de segurança pública no âmbito do Sistema Único de Segurança Pública - SUSP e a 
Grade de Disciplinas do Núcleo Comum para a Matriz Curricular Nacional. Dando 
continuidade a esta ação, o MJ/SENASP realiza, à distância, até 12/10 o processo de 
elaboração das ementas e orientações didáticas para oferta dessas disciplinas nos 
currículos das ações formativas do ensino policial e de bombeiros, no âmbito das 
orientações da Matriz Curricular Nacional. 
O objetivo deste encontro virtual é contar com a colaboração dos profissionais 
que trabalham na área de segurança pública para elaboração das ementas das 
disciplinas que compõe a Matriz Curricular Nacional. O processo de elaboração das 
ementas das disciplinas da Matriz Curricular iniciou-se no mês de agosto/2005 com a 
seleção dos currículos enviados para a SENASP pelos estados. 
(www.portal.mj.gov.br). 
De acordo com a publicação da Senasp, existem dezenove Unidades da 
Federação que utilizam a Matriz como referencial. São elas: Amapá, Bahia, Ceará, 
Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, 
Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Sul, Rio 
Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. 
 
2.4.1 Educação em Serviços de Segurança Pública e Defesa Social. 
 
Para a Senasp do Ministério da Justiça, a Matriz Curricular Nacional configura-
se numa estratégia para promover a integração das academias e demais instituições 
de ensino das polícias e corpos de bombeiros, garantindo a transversalidade e 
http://www.portal.mj.gov.br/
32 
 
interdisciplinaridade temática, as especificidades dos diferentes segmentos de 
segurança pública, justiça criminal e órgãos periciais e defesa social, sem prescindir 
das especificidades locais e regionais. E essa comunidade foi criada para colaborar 
com o processo de construção dos planos de disciplinas selecionadas para compor a 
Matriz Nacional, em atenção ao ensino policial e de bombeiros do País. 
A Matriz Curricular Nacional também teve como referência as competências 
inseridas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) que é o documento 
normalizador do reconhecimento, da nomeação e da codificação dos títulos e 
conteúdo das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. É ao mesmo tempo uma 
classificação enumerativa e uma classificação descritiva. 
Classificação enumerativa: codifica empregos e outras situações de trabalho 
para fins estatísticos de registros administrativos, censos populacionais e outras 
pesquisas domiciliares. Inclui códigos e títulos ocupacionais e a descrição sumária. 
Ela também é conhecida pelos nomes de nomenclatura ocupacional e estrutura 
ocupacional. 
Classificação descritiva: inventaria detalhadamente as atividades realizadas no 
trabalho, os requisitos de formação e experiência profissionais e as condições de 
trabalho. 
 
2.4.2 A educação nos Corpos de Bombeiros do Brasil. 
 
A educação nas corporações Bombeiro Militar tem sua história baseada na 
própria história político-social do país. Iniciou-se no Rio de Janeiro, que então era a 
capital do país, por ato do Imperador Dom Pedro II (Patrono dos Bombeiros 
Brasileiros) foi instituído a criação do Corpo de Bombeiro Provisório da Corte em 2 de 
julho de 1856, através do Decreto Nº 1.755, originando os serviços de extinção de 
incêndio no Brasil, aproveitando a experiência de integrantes do Arsenal de Marinha 
nas ações de combate a incêndio em navios e constituiu, com esses, o primeiro 
contigente daquela unidade de bombeiros.(www.bombeiros.sp.gov.br). 
O Ministério da Justiça elaborou o Decreto Imperial nº 1.775, assinado por sua 
majestade, o Imperador Dom Pedro II, e promulgado em 2 de julho de 1856, criando 
o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte. Em 30 de abril de 1860, mediante o 
Decreto nº 2.587 a sua subordinação passou para a jurisdição do Ministério da 
Agricultura. 
http://www.mtecbo.gov.br/busca.asp
http://www.bombeiros.sp.gov.br/
33 
 
Em 19 de junho de 1895, criou-se o serviço médico social da Corporação. No 
período em que foi instalada a enfermaria, os medicamentos passaram a ser 
fornecidos para os oficiais, praças e seus familiares. 
Fez público em 1 de junho de 1913, pelo Boletim do Comando do Corpo de 
Bombeiros da Capital, o início da substituição do galopar dos cavalos pelo ronco dos 
motores dos carros de bombeiros. 
Em 2 de abril de 1954, foi instituído o Dia do Bombeiro Militar, pelo então 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Getúlio Vargas, referendado pelo 
Ministro da Justiça e Negócios Interiores, Exmo. Sr. Tancredo Neves. 
(www.bombeiros.sp.gov.br) 
 
2.4.3 Breve histórico do CBMEPI. 
 
Em 18 de julho de 1944, através do Decreto Lei n.º 808, foi criada a Seção de 
Bombeiros da Força Policial do Piauí, sob o comando do Cel. PM Evilásio Gonçalves 
Vilanova, então Comandante Geral da Força Policial do Piauí, sendo nomeado como 
primeiro comandante da Seção o 2º Ten. PM Joaquim de Araújo Farias (18/09/1944 
a 25/07/1945), com um efetivo de trinta e três homens, seguido pelos seguintes 
comandantes até os dias atuais: Maj PM José Valdinar de Oliveira Lopes (07/09/1968 
a 08/08/1984), Ten Cel PM Luiz Tadeu Novais de Menezes (09/08/1984 a 
24/04/1986), Cel QOPM Lucimar Alves de Almeida (25/04/1986 a 19/11/1996), Cel 
QOPM Raimundo Brasil LUSTOSA (20/11/1996 a 15/04/1998), Cel QOBM Francisco 
Cícero Silva de Souza (16/04/1998 a 27/11/2001), Cel QOPM Francisco Barbosa da 
Mota (28/11/2001 a 31/12/2010), Cel QOBM/Comb. Manoel Bezerra dos Santos 
(01/01/2017), Cel QOBM/Comb. Antonio da Cruz de Oliveira, Cel QOBM/Comb. 
Carlos Frederico Macedo Mendes e o atual Comandante Cel QOBM/Comb. Demetrius 
Rodrigues do Rêgo. 
À organização inicial do Corpo de Bombeiros do Estado do Piauí deu-se caráter 
rigorosamente militar, porém, sem a imprescindível autonomia, pois a Seção era 
subordinada à força policial (brilhante e tradicional unidade, com fins diversos), o que 
perdura até os dias atuais. A Seção ficou ocupando uma parte do prédio onde 
funcionava o então, Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, na Praça 
http://www.bombeiros.sp.gov.br/
34 
 
Pedro II3. À época foi requisitado o material necessário para a formação e 
funcionamento da Seção, que era composta de três viaturas equipadas na fábrica 
“Itaúma” do Estado de São Paulo, adaptadas para o serviço de bombeiros, com 
capacidade para três mil litros d'água, bombas centrífugas de jatos contínuos e 
mangueiras de 2.1/2 polegadas. Foram adquiridos, também na época, uma bomba 
manual portátil “O elite”, uma escada prolongável com dois lances, uma escada de 
assalto com três lances, uma escada de gancho, uma bomba cisterna manual e ainda 
um extintor de espuma marca “Fomait”. Para o translado das citadas viaturas de São 
Paulo à Teresina, partiram com destino àquele Estado, Joaquim de Araújo Farias 
(futuro Cmt da Seção), acompanhado de três motoristas civis: Antônio Aleixo Amorim, 
Lourival Aleixo e Francisco Bezerra Pinho. As viaturas foram transportadas de São 
Pauloà Pirapora (MG) por estrada de ferro; de Pirapora (MG) à Remanso (BA), por 
via fluvial; e de Remanso (BA) à Teresina (PI), via terrestre, apesar das estradas 
encontrarem-se em péssimo estado, em decorrência do pleno período de chuvas. 
Joaquim de Araújo Farias comandou a Seção até 25 de julho de 1945, quando 
ocupava então o posto de 1º Tenente. Por falta de meios e com o passar de alguns 
anos, a Seção perdeu as condições de exercer suas atividades normais. 
Nada poderá ter maior naturalidade para o serviço operacional de bombeiros, 
em se falando dos serviços de bombeiros, no seu ligeiro histórico, do que se fazer 
resenhas dos incêndios atendidos desde o início da organização. 
Poderíamos incluir em anexo a este trabalho, pormenorizada relação dos 
incêndios de grandes proporções lavrados desde 1944 até os dias atuais. Porém, 
relataremos apenas alguns dos muitos pedidos de socorro feitos e atendidos pelas 
suas prontidões. (o que significa “prontidão” e o que o fez escolher o termo): 
 
2.4.4 Nossos Heróis. 
 
A prontidão de serviço teve muitas vezes, alguns de seus componentes feridos. 
Houve ainda, falecimentos de praças consequentes a absorção excessiva de 
humanidade, ferimentos recebidos, etc. Não foram raros, simultaneamente, casos 
patentes de atos heroicos na prática de virtudes profissionais. 
 
3 Atual Centro de Artesanato de Teresina. 
35 
 
Simplicidade da vida, em se falando dos serviços de bombeiros, no seu ligeiro 
histórico, do que se fazer resenhas dos atendimentos de ocorrências desde o início 
da organização, pormenorizando os grandes incêndios lavrados desde 1944 até os 
dias atuais, não vamos citar, pois podemos deixar de citar alguns dos nossos grandes 
heróis do fogo. 
 
2.4.5 Evolução do CBMEPI. 
 
Cogitou-se, já em 1977, a descentralização dos socorros. Porém, não sendo 
possível por falta de condições do Estado. Um ano depois, o Governo assinava 
convênio com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) 
através do Comandante Geral da Polícia Militar, a fim de que Bombeiros militares 
prestassem serviços de proteção contra incêndios no Aeroporto de Teresina, ficando 
a citada empresa na obrigação de contribuir para o aquartelamento e os meios para 
a consecução dos objetivos. O primeiro convênio foi assinado e publicado no Diário 
Oficial nº 143 de 31 de julho de 1978. 
Hoje, a Seção de Contra Incêndio do Aeroporto de Teresina (SCI/SBTTE), 
conta com quarenta e quatro homens e cinco viaturas: um Ataque Rápido (AR/II) com 
capacidade para mil e duzentos litros d’água; cento e cinquenta litros de espuma e 
cem quilos de Pó Químico Seco, equipada com material operacional moderno. Possui 
ainda dois Ataques Pesados (AP/I) METZ, com capacidade de três mil litros d’água e 
quatrocentos e quarenta litros de espuma química, uma ambulância, um limpa-pistas 
e modernas instalações. 
O Corpo de Bombeiros começa seu verdadeiro processo de descentralização 
com a aprovação da Lei n.º 4.355, de 30 de julho de 1990, que dispõe sobre a fixação 
do efetivo da Polícia Militar do Piauí e dá outras providências, publicado em Diário 
Oficial do estado de n.º 153, datado de 15 de agosto do mesmo ano, quando, além de 
haver ampliado o efetivo do Corpo de Bombeiros para novecentos e trinta homens, 
foram criados de acordo com o art. 4º,no 1º Grupamento de Incêndio, com sede em 
Teresina, três Sub grupamentos de Incêndio (SGI), destacados nas cidades de 
Parnaíba, Piripiri e Santa Filomena e a Seção de Combate a Incêndio, destacada no 
Aeroporto de Teresina (SCI/SBTE). 
Em 03 de agosto de 1990, era instalado na cidade de Parnaíba, sendo 
governador do estado do Piauí à época, Alberto Tavares Silva, contando com um 
36 
 
efetivo inicial de 26 (vinte e seis) bombeiros militares, o 2º Subgrupamento de Incêndio 
do 1º Grupamento de Incêndio (2º SGI/1º GI). 
 A mesma Lei, em seu Art. 5º, criou o 2º Grupamento de Incêndio do Corpo de 
Bombeiros, na zona leste de Teresina, que passou a dispor de quatro Sub 
grupamentos de Incêndio, instalados nas cidades de Floriano, Picos e Corrente, além 
de um na capital do estado, e, através de seu parágrafo único, destacou também, seis 
Seções de Busca e Salvamento (SBS) para as cidades constantes dos artigos 4º e 5º. 
Um grande passo se deu com a instalação do 1º Grupamento de Incêndio 1º (GI), 
criado sob o Decreto Lei nº 3.529, de 20 de outubro de 1977, sendo estruturado com 
a publicação do Boletim Interno do CB nº 104, de 05 de junho de 1978, em Quartel 
próprio, localizado na rua David Caldas n.º 281, cruzamento com rua São Pedro, 
centro desta capital, em 28 de fevereiro de 1997, através da Portaria do Comando 
Geral da PMPI de n.º 029/97. 
O terceiro passo se deu com a instalação do 2º Grupamento de Incêndio (2º 
GI), em sua sede atual, no bairro Dirceu Arcoverde, também no ano de 1997. 
Ainda em 17 de outubro de 1997, foi instalado no Corpo de Bombeiros, o 
Grupamento de Socorros de Emergência (GSE), hoje comandado por Oficial 
intermediário, formado na área de saúde (odontologia pela UFPI), tendo como 
Subcomandante, outro Oficial intermediário, formado em enfermagem pela UFPI com 
Especialização em Saúde Pública e Saúde da Família. Desde a criação do Corpo de 
Bombeiros, que na força era apenas uma seção de bombeiros, socorros, tanto de 
incêndio como de Salvamento eram prestados por uma única viatura ABT 01. Até 
1972, quando foram adquiridas duas viaturas marca Gurgel, para o Salvamento, 
composta por duas guarnições para viaturas que foram chamadas de ASSP Terrestre 
e ASSP aquática, onde na mesma havia uma lancha com motor de popa e um dos 
mais modernos aparelhos de escafandria no país. Em 13 de abril de 1972, a sede do 
Corpo de Bombeiros foi transferido para um local próprio. Até o início de 1973 o 
salvamento era chamado de Pelotão de Salvamento (atual GBS). 
O grupamento de busca e salvamento (GBS) estava instalado no prédio do 
Comando Geral, situado na Avenida Miguel Rosa nº 3515, bairro Piçarra, quando foi 
transferido em 21 de abril de 1998, para o bairro Acarape, na rua Espírito Santo, s/nº 
sendo posteriormente no dia 05 de julho de 2000, quando foi inaugurado a nova sede 
na Avenida Maranhão (na região da Prainha), sob o comando do Cap. QOBM Antônio 
da Cruz de Oliveira, às margens do Rio Parnaíba, próximo a Centro Administrativo, 
37 
 
com ampla área e com rápido acesso para atendimento ás ocorrências de salvamento 
aquático. 
A Desvinculação do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Piauí, deu-se 
através da Lei n° 5.2764, de 23 de dezembro de 2002, sancionada pelo então 
Governador Hugo Napoleão do Rego Neto, no comando do Coronel QOBM Francisco 
Barbosa da Mota, autor da proposta que desvinculou o Corpo de Bombeiros da Policia 
Militar e deu outras providências, prevendo a inserção da Instituição na composição 
organizacional do Estado, de dispositivos de regimento administrativo da Corporação 
e relacionados ao direito de permanência do exercício das funções em respectiva 
corporação até a definição em lei sobre a matéria, verbis: 
Art. 1º - Para efeito do disposto no art. 156 e seu inciso III da Constituição do 
Estado do Piauí o Corpo de Bombeiros Militar fica desvinculado da Policia 
Militar do Piauí, de acordo com o constante na presente lei. 
Art. 3º - O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí passa a integrar a 
composição organizacional do Poder Executivo Estadual como órgão da 
Administração Direta, subordina diretamente ao Governador do Estado, nos 
termos do § 1º, art. 158 da Constituição Estadual 
Art. 5º. Fica assegurado, a oficiais e praças PM’s que atualmente servem no 
Corpo de Bombeiros o direito a permanecer exercendo suas funções até que 
a matéria seja definida em lei. 
Observe-se que esta mesma lei de desvinculação disciplinou através do 
parágrafo único do Art. 4º- ver anexo I, o prazo de cento e vinte dias para 
elaboração e envio ao Governo do Estado das legislações específicas 
necessárias aos Bombeiros Militares do Estado do Piauí, verbis: 
Art. 4º - Até que sejam aprovadas leis específicas o Corpo de Bombeiros 
Militar reger-se-á pela legislação da Policia Militar do Piauí. 
Parágrafo único – O Comandante do Corpo de Bombeiros Militar deverá no 
prazo de cento e vinte dias, a contar da data de publicação da presente Lei, 
encaminhar ao Governador do Estado, os necessários projetos de leis 
específicos. 
 
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí é uma Corporação cuja 
missão primordial consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e 
combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito do estado 
do Piauí, participante dos órgãos de segurança pública, de acordo com o Art. 144 da 
CF, mesmo desvinculado da PMPI a quase 20 ainda não produziu as legislações 
necessárias para a expansão do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piaui. De 
um total de 224 municípios a instituição está instalado em 4 cidades, a saber: Teresina 
(Capital), Parnaíba, Picos e Floriano. 
 
 
 
4 Lei n° 5.276, de 23 de dezembro de 2002 – Lei que desvinculou o CBMEPI da PMPI. 
38 
 
2.5 Efetivo atual do CBMEPI. 
 
O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí é o menor entre 
todas as instituições do pais, com uma defazagem de quase de 80% do constante em 
Lei de Fixação de Efetivo5 - Lei Ordinária Nº 5.949 de 17/12/2009. 
 
Tabela 1- Quadro de oficiais bombeiros militares combatentes 
Posto ou Graduação Fixado Existente 
Coronel 04 04 
Tenente Coronel 10 10 
Major 17 15 
Capitão 25 00 
1º Tenente 28 00 
2º Tenente 30 25 
Total 114 54 
Fonte: Diretoria de Pessoal do CBMEPI. 
II - Quadro de oficiais bombeiros militares da Saúde 
Posto ou Graduação Fixado Existente 
Tenente Coronel 1 0 
Major 1 0 
Capitão 2 0 
1º Tenente 2 0 
2º Tenente 6 0 
Total 12 0 
Fonte: Diretoria de Pessoal do CBMEPI. 
III - Quadro de oficiais bombeiros militares Engenheiros 
Posto ou Graduação Fixado Existente 
Tenente Coronel 1 0 
Major 1 0 
Capitão 2 0 
1º Tenente 2 0 
2º Tenente 2 0 
Total 08 02 
Fonte: Diretoria de Pessoal do CBMEPI. 
IV - Quadro de oficiais bombeiros militares do Quadro Auxiliar 
Posto ou Graduação Fixado Existente 
Capitão 12 12 
1º Tenente 22 22 
2º Tenente 33 33 
Total 67 67 
Fonte: Diretoria de Pessoal do CBMEPI. 
 
5 Lei de Organização Básica e Fixação de Efetivo do CBMEPI - Lei Ordinária Nº 5.949 de 17/12/2009 
 
Dispõe sobre a Organização Básica do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí e dá outras 
providências. 
 
http://legislacao.pi.gov.br/legislacao/default/detalhe/14667
http://legislacao.pi.gov.br/legislacao/default/detalhe/14667
39 
 
V - Quadro das praças 
Posto ou Graduação Fixado Existente 
Aspirante a Oficial 0 0 
Sub tenente 55 55 
1º Sargento 100 18 
2º Sargento 130 11 
3º Sargento 170 35 
Cabo 280 48 
Soldado 478 63 
Total 1.203 230 
Fonte: Diretoria de Pessoal do CBMEPI. 
VI - Quadro de oficiais e praças do CBMEPI em 2021 
Posto ou Graduação Fixado Existente 
Oficiais 201 123 
Praças 1241 230 
Total 1.442 353 
Fonte: Diretoria de Pessoal do CBMEPI. 
 
2.6 O Ensino. 
 
Podemos definir a educação nas corporações de bombeiros como sendo o 
conjunto de ações e de hábitos forjados no seio da caserna, do convívio de instituições 
de carater militar, pois o indivídio é inserido em um conjunto de regras e de normas 
provenientes da conduta baseada nos pilares do militarismo: Hierarquia e disciplina. 
Tais preceitos regem sua conduta tanto do que diz respeito ao cunho profissional 
como no contexto social, pois o militar facilmente é reconhecido por sua postura, seu 
modo de se expressar, de vestir-se, de reagir a certos incômodos e principalmente no 
seu modo de tratar com respeito aqueles que demonstrem autoridade. 
Todos esses atributos fazem do convívio na caserna um modo de educação 
bastante observado e elogiado por todos os ramos da sociedade. É portanto uma 
forma de educação, talvez a mais eficiente, eficaz e efetiva. 
 
2.6.1 Definição de ensino. 
 
O conceito de ensino se confunde com conceito de educação. Como foi 
abordado anteriormente a educação é a transmissão de conhecimento para o 
indivíduo com o objetivo de inseri-lo em um contexto social: 
Uma escola é criada para realizar o ensino. O primeiro requisito é saber 
ensinar. Para isso necessita dominar os conteúdos que integram o programa 
e saber transmiti-los, o que, além dos conhecimentos dos métodos e a técnica 
40 
 
mais adequados em função do conteúdo a ser apresentado e do perfil dos 
alunos. (BARRETO LIMA, 2007. P.43). 
 
Já o ensino pode-se definir como o processo de aprendizagem que levará o 
indivíduo a aquisição de conhecimentos. Neste panorama, o ensino tem um caráter 
intencional, pois propicia ao indivíduo escolher o ramo de conhecimento específico 
para agregação de determinado grupo de conhecimento. Este pode ter o objetivo de 
formar o indivíduo para uma certificação, diplomação ou habilitação de determinado 
ofício, podendo ser melhor entendido como sendo a ação e o efeito de ensinar 
(instruir, doutrinar e amestrar com regras ou preceitos). 
 
2.6.2 O ensino técnico-profissional bombeiro militar. 
 
Entende-se por ensino técnico-profissional militar o leque de atividades de 
ensino voltada a execução de tarefas relacionadas a atividade prática. Também 
conhecido como ensino técnico operacional. 
O ensino técnico-profissional militar reporta principalmente às instruções da 
formação profissional básica e aos treinamentos operacinais destinados ao 
adestramento do bombeiro militar. 
 
2.7 A Educação e o Ensino no CBMEPI. 
 
No CBMEPI o órgão responsável por regulamentar e normatizar, bem como de 
baixar as diretrizes de ensino é a Diretoria de Ensino e Instrução. A execução do 
ensino ocorre em conformidade com as diretrizes emanadas pelo planejamento de 
metas do comando geral. Tendo seu controle durante todo processo desde o 
planejamento até a classificação final dos alunos através de instrumentos previstos 
pela Diretoria de Ensino e Instrução. 
A estrutura de Ensino e Instrução do CBMEPI está prevista na Lei que dispões 
sobre a Organização Básica do Cropo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí 
(Regulamento da LOB – RLOB), que se encontra para regulamentação. 
 Art. 19. A 3ª Seção (BM/3) é responsável pelo planejamento, coordenação e 
controle de todas asa tividades de formação, aperfeiçoamento, habilitação, 
capacitação e especialização, nos diferentes níveis de ensino da Corporação, 
a qual será dirigida pelo Diretor de Ensino e Instrução. 
Parágrafo único. A 3ª Seção (BM/3) está estruturada da seguinte forma: 
I – Diretoria de Ensino; 
II – Gerência de Ensino; 
III – Coordenação de Instrução; 
IV – Seção de Curso. (Lei 5949, pag. 3, 2017) 
41 
 
A Diretoria de Ensino do CBMEPI (DEI), levantamento feito junto as 
publicações de editais e Boletins gerais do CBMEPI, prestou a informação dos cursos 
ocorridos durante os últimos 10 (dez) anos, que foram realizados de cunho para 
formação, ou obrigatórios para elevação de graduação ou postos, a saber: 
Nos anos de 2010 e 2017, Curso para operador de Plataforma Hidráulica de 
Resgate, curso destinado exclusivamente aos operadores voluntários para 
trabalharem na APR, três Cursos de formação de soldados, que ingressam na 
instituição, com duração em média de oito meses; quatro Cursos de habilitação a 
cabos, com duração de três meses; quatro Cursos de habilitação a sargentos, com 
duração em média de três meses; e três Cursos de habilitação a oficiais QOA, com 
duração de seis meses6. 
A instituição está há oito anos sem formar oficiais em academias de formação 
de oficiais, o que vai prejudicar o futuro da instituição, pois para este quadro de 
bombeiros, não foi disponibilizados curso para aperfeiçoamento, além dos cursos 
obrigatórios para promoção,

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