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Relatório_Aula prática sobre observação de células vegetais de briófitas

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INTRODUÇÃO 
 
Microscópio 
O microscópio é um instrumento utilizado para ampliar e observar estruturas 
pequenas dificilmente visíveis ou invisíveis a olho nu (ATTIAS, 2010). O microscópio 
ótico utiliza luz visível e um sistema de lentes de vidro que ampliam a imagem das 
amostras. Os primeiros microscópios óticos datam de 1600, mas é incerto quem terá 
sido o autor do primeiro. A sua criação é atribuída a vários inventores: Zacharias 
Janssen, Galileo Galilei, entre outros. A popularização deste instrumento, no entanto, 
é atribuída a Anton van Leeuwenhoek. Os microscópios óticos são constituídos por 
uma parte mecânica que dão e componentes ópticos que ampliam as imagens. Os 
componentes mecânicos são: pé ou base, braço, platina, revólver, tubo ou canhão, 
parafuso macrométrico, parafuso micrométrico. Já representando os componentes 
ópticos temos o condensador, diafragma, fonte luminosa, lente ocular e lente objetiva 
(MOREIRA, 2013). 
 
Briófitas 
Utilizamos o termo “briófitas” para designar musgos, hepáticas e antóceros, 
ou seja, plantas que possuem um ciclo de vida marcado pela alternância de gerações 
(gametofítica e haplóide e esporofítica e diplóide), onde a geração gametofítica é 
dominante (VANDERPOORTEN; GOFFINET, 2009). As briófitas são criptógamas, 
avasculares, normalmente pequenas (a maioria até 10 cm), com ampla distribuição 
geográfica (LEMOS-MICHEL, 2001). Elas compõem o segundo maior grupo de 
plantas terrestres, sendo consideradas as pioneiras na transição do ambiente aquático 
para o terrestre (VANDERPOORTEN; GOFFINET 2009). No mundo são conhecidas 
cerca de 17.900 espécies (GRADSTEIN et al., 2001) e no Brasil, aproximadamente 
2.961 espécies (YANO; PERALTA, 2007). 
Antóceros, hepáticas e musgos formavam o filo Bryophyta, pois se acreditava 
que os mesmos tivessem um único ancestral comum. Hoje, no entanto, sabe-se que 
musgos, hepáticas e antóceros não formam um grupo monofilético, mas compõem 
três filos distintos: Anthocerotophyta (antóceros), Marchantiophyta (hepáticas) e 
Bryophyta (musgos) (VANDERPOORTEN; GOFFINET, 2009). 
No mundo estima-se a existência de 100 espécies de Anthocerotophyta, 5.000 
de Marchantiophyta e 12.800 de Bryophyta (GRADSTEIN et al., 2001). No Brasil 
ocorrem 22 espécies de antóceros, 978 de hepáticas e 1.970 de musgos (YANO; 
PERALTA, 2007). 
As briófitas são de ambientes úmidos e os nutrientes são transportados de 
célula a célula por todo o vegetal. É por isso que não existem briófitas muito grandes, 
o transporte de água de célula a célula é muito lento e as células mais distantes 
morreriam desidratadas (LEMOS-MICHEL, 2001). Fixam-se ao solo por meio de 
filamentos chamados rizóides, que absorvem a água e os sais minerais de que o 
vegetal necessita. Também não possuem verdadeiro caule, tem uma haste 
denominada caulóide. Suas "folhas" denominam-se filóides e são apenas partes 
achatadas do cauloide. Seu nível de organização é simples e o gametófito (forma 
sexual) é a geração predominante, incluem musgos, hepáticas e antóceros 
(VANDERPOORTEN; GOFFINET, 2009). 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Esta aula foi ministrada pela Prof. Dra. Jéssica Viana no dia 2 de junho de 
2017, referente à disciplina: Unidade da Vida: Célula e Desenvolvimento Embrionário, 
ofertada no quinto semestre do curso de Ciências Naturais-Biologia, da Universidade 
Estadual do Pará. Para que os discentes pudessem obter melhores resultados a turma 
foi dividida em dois grupos e horários diferentes, sendo que a primeira foi das 19:00 
até 20:00 h, e a segunda das 20:30 às 21:30 h. Esta prática em laboratório teve como 
foco conhecer as principais partes de um microscópio óptico, seu manuseio e 
funcionamento, assim como aprender a preparar lâminas de briófitas para podermos 
visualizar as diferentes estruturas (parede celular, membrana plasmática, 
cloroplastos, núcleo) da célula vegetal. 
 Em um primeiro momento a professora distribuiu o roteiro de aula prática para 
todos os alunos e nos apresentou o microscópio óptico, explicando sobre as partes 
componentes do equipamento (base, braço ou estativa, mesa ou platina, charriot, 
canhão, revólver, fonte de luz, condensador, receptáculo do filtro, diafragma ou íris, 
objetivas, ocular e parafusos macrométrico e micrométrico) juntamente com suas 
respectivas funções. Em seguida, caracterizou a amostra a ser utilizada para 
desenvolver a aula, ou seja, o material que seria usado para observação. 
Os materiais utilizados foram roteiros de aula prática, lâminas, lamínulas, 
pinça metálica, conta-gotas com água, papel higiênico e microscópio óptico. Além 
disso, para depositar as estruturas macroscópicas foi utilizado uma placa de petri onde 
as briófitas permaneciam parcialmente ou totalmente imersa em água. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
A aula no Laboratório de Química foi de muita importância para nossos 
estudos, sendo que todos os objetivos do trabalho foram alcançados. Conseguimos 
preparar as lâminas para observação e no final da prática distinguir algumas 
estruturas constituintes das células como os vacúolos, parede celular e a membrana 
plasmática. 
As amostras utilizadas foram as briófitas, que é o grupo mais basal dentro das 
plantas, pois não possuem vasos condutores de seiva e isso faz com que elas sejam 
de tamanhos diminutos, com isso, não possuem raízes, nem caules e nem folhas 
verdadeiras, mas sim rizoides, caulídeos e filoides. Então, a observação das 
estruturas celulares só foi possível pelo fato dos tecidos vegetais das briófitas serem 
finos e isso faz com que não haja necessidade de cortes histológicos. 
Para preparação da lâmina, colheu-se com o auxílio de uma pinça metálica 
uma pequena amostra do material (briófita) que estava presente na placa de petri e 
depositou-se a briófita sobre a lâmina, em seguida foi colocado duas gotas de água 
sobre a amostra presente na lâmina e cobriu-se esse material com lamínula tendo 
bastante cuidado para que não se deixasse formar bolhas. Uma vez que a lâmina 
estava preparada, ela foi levada ao microscópio para observação. 
A amostra pronta foi colocada cuidadosamente na platina, em seu devido 
lugar, e presa com a pinça. Em seguida, foi acesa a luz do microscópio e centralizou-
se o material no orifício da platina utilizando os parafusos do charriot. Posteriormente, 
focou-se a imagem, aproximando a objetiva da amostra com a ajuda do sistema 
macrométrico e micrométrico, ajustando até a visualização da imagem com nitidez 
desejada. Depois disso, foi girando-se o revólver para passar para a próxima objetiva 
de maior aumento, sendo que foi utilizada a objetivas de ampliação de 4X, 10X, 40X, 
lembrando sempre de regular a intensidade de luz, bem como corrigir a focalização 
com o parafuso micrométrico. Terminada a observação, girou-se o revólver até ajustar 
a objetiva de menor aumento em posição de observação e então retirou-se a mostra. 
Para limpar as lâminas, abriu-se a torneira primeiro e retirou-se a lamínula deslizando 
lateralmente da lâmina embaixo da água e colocou-se nos copinhos que continham 
detergentes. 
Através do trabalho prático realizado pôde-se observar com alguma clareza 
diferentes estruturas celulares da amostra em estudo, tais como: 
Parede celular: É uma estrutura que envolve as células de muitos seres 
vivos, tais como fungos, várias bactérias, algas e plantas verdes. É encontrada em 
células vegetais, sendo uma camada depositada externamente em células vegetais, 
apresentando estrutura microfibrilar e uma matriz. A parede celular é uma organela 
multifuncional envolvida com a proteção e forma celular, ligações moléculas do meio 
(atividade receptora), realização de atividades enzimáticas especializadas e 
interações celulares. 
Cloroplastos: São organelas exclusivas dos vegetais, originando-se a partir 
de proplastídeos presentes no zigoto. Acredita-se que os cloroplastos tiveram origem 
na endocitose de bactérias fotossintéticasque estabeleceram uma relação 
simbiótica com a célula hospedeira. Os cloroplastos são limitados por três 
membranas: a membrana externa, a membrana interna e as membranas tilacóides, 
que delimitam três compartimentos: o espaço intermembranas, o estroma e o espaço 
tilacóide. A maior parte das proteínas dos cloroplastos é sintetizada no citossol e 
possui sequências de endereçamento que as direcionam para a membrana ou 
compartimento ao qual pertencem. 
Vacúolos: são estruturas celulares, muito abundantes nas células vegetais, 
contidas no citoplasma da célula, com formato mais ou menos esférico ou ovalado, 
geradas pela própria célula ao criar uma membrana fechada que isola um certo 
volume celular do resto do citoplasma. Seu conteúdo é fluido e armazenam produtos 
de nutrição ou de excreção, podendo conter enzimas lisossômicas ou até 
mesmo pigmentos, que são os vacúolos de suco celular. 
 
Referências bibliográficas 
 
ATTIAS, M. Biologia Celular I. v.1. 4.ed / Márcia Attias. Rio de Janeiro: Fundação 
CECIERJ, 2010. 166p.; 19 x 26,5 cm. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulas_vegetais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Citoplasma
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lisossomo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pigmento
GRADSTEIN, S. R., CHURCHILL, S. P. e SALAZAR-ALLEN, N. 2001. Guide to the 
Bryophytes of Tropical America. Memoirs of The New York Botanical Garden 86: 1-
577. 
 
LEMOS-MICHEL, E. 2001. Hepáticas Epífitas sobre o pinheiro-brasileiro no Rio 
Grande do Sul. Editora da Universidade, Porto Alegre, 191 p. 
 
MOREIRA, C. (2013), Revista de Ciência Elementar, 1(01):0005. 
 
VANDERPOORTEN, A. e GOFFINET, B. 2009. Introduction of Bryophytes. Cambridge 
University Press, 294p. 
 
YANO, O. e PERALTA, D. F. 2007. Musgos (Bryophyta). In: J.A. Rizzo (coord.). Flora 
dos Estados de Goiás e Tocantins: Criptógamos, v. 6, Universidade Federal de Goiás, 
Goiânia, pp. 1-333.

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